Lucros da Sonae Capital caem 96%. Investimentos do início do ano aumentam endividamento
Cláudia Azevedo garante que o elevado valor de investimentos realizados nos primeiros nove meses do ano, e o continuado foco na alienação de ativos imobiliários, não põem causa os capitais próprios.
A Sonae Capital teve um aumento do volume de negócios em 3,2%, para 135,18 milhões de euros, nos primeiros nove meses do ano, mas os lucros caíram 96,3%, para 490 mil euros, segundo a informação, divulgada no sítio da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.
Esta variação do resultado líquido deve-se à baixa em 89% da rubrica ‘resultados de investimentos e empresas associadas’, que passou para 1,99 milhões de euros.
No terceiro trimestre, a Sonae Capital registou um aumento homólogo do volume de negócios de 15,3%, para 59,64 milhões de euros, e dos lucros em 30,8%, para 4,42 milhões de euros.
A holding agrupa negócios no Troia Resort e nos segmentos designadamente de hotelaria, ginásios, energia, refrigeração & AVAC (aquecimento, ventilação e ar condicionado) e engenharia industrial, uma estreia na carteira de atividades.
Na mensagem de apresentação dos resultados, a presidente executiva (CEO), Cláudia Azevedo, salientou a integração de um novo negócio na carteira da holding, “a Adira, que alavanca um dos principais ativos e recursos do país, o ‘know-how de engenharia, fortemente vocacionado para o mercado internacional”. No seu texto, Cláudia Azevedo salientou também “o elevado valor” dos investimentos desde o início do ano, que ascendem a 58,6 milhões de euros, dos quais 16,1 milhões relativos à aquisição da Adira.
O balanço consolidado da holding mostra um ativo que cresceu este ano 4,6%, para 523,6 milhões de euros, variação inferior à do passivo, que subiu 26,9%, para 228,4 milhões de euros, o que foi atribuído aos investimentos. Assim, o capital próprio baixou 7,5%, para 296,4 milhões de euros. A dívida líquida expandiu-se 62,5%, para 107,3 milhões de euros.
A CEO da Sonae Indústria terminou a sua mensagem com a garantia de que “o elevado valor de investimentos realizados nos primeiros nove meses do ano, em conjugação com o continuado foco na alienação de ativos imobiliários, não coloca em causa a manutenção de uma estrutura de capitais confortável”.
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