Bancos com capital espanhol ganham margem no crédito às empresas
O banco Santander, banco cujos acionistas são espanhóis, foi o que mais engordou no volume de crédito disponível para as empresas. BPI acompanha a tendência, mas são os únicos.
Santander Totta e BPI, bancos com acionistas espanhóis e de presença internacional, são os únicos onde as carteiras de crédito às empresas alargaram no último ano. Em oposição, CGD, BCP e Novo Banco estão a retrair-se no volume concedido, dado o processo de redução de ativos não rentáveis.
O banco Santander cresceu 13% no crédito concedido às empresas. Estes resultados ajudaram ao balanço geral do banco, contrabalançando as perdas ao nível dos empréstimos a particulares. O BPI, agora nas mãos do espanhol CaixaBank, aumentou em 5% o crédito às empresas. Outra característica em comum, para além da nacionalidade dos acionistas, é a presença internacional, avança o Negócios.
Estes dois bancos destacam-se assim entre os grandes que operam em Portugal, uma vez que os restantes têm atravessado processos de diminuição de ativos não rentáveis. As carteiras de crédito a empresas têm encolhido, precisamente, com a venda destes ativos.
No caso do Novo Banco, o crédito às empresas desceu 9,6% por uma questão de “rigor e seletividade”, justifica a instituição, e acrescenta que o foco são as pequenas e médias empresas. No total, este tipo de crédito pesa 64,5% na carteira do banco. Já a Caixa Geral de Depósitos regista uma diminuição de 18,6% nos créditos a empresas nos 12 meses terminados em setembro. No relatório de contas encontra-se como explicação “o processo de redução de exposições não produtivas via vendas e ‘write-offs’ da carteira de crédito, no valor de 1,3 mil milhões de euros”.
O BCP conseguiu menores quebras nesta rubrica. Caiu 2,8%, sendo o setor da construção o mais afetado por este declínio. Tal como no caso do Novo Banco e da CGD, a diminuição nos ativos não rentáveis é o principal motivo da diferença homóloga.
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