CEO da Oi de saída. Ações da Pharol tombam mais de 10%
O mercado não está a receber com agrado o anúncio da demissão do CEO da brasileira Oi. Decisão contagia as ações da Pharol que tombam mais de 10% na bolsa de Lisboa.
Na passada sexta-feira já existiam rumores que acabaram por se confirmar. O CEO da Oi está de saída da empresa brasileira e os efeitos da sua demissão estão a chegar à portuguesa Pharol. As ações da da empresa liderada por Palha da Silva derrapam 11% na praça lisboeta nesta sessão.
O título recua 11,05%, para os 31,4 cêntimos, com as ações da Pharol a negociarem assim em mínimos de setembro deste ano. Este tombo acontece depois de na sexta-feira passada as ações da empresa também já terem recuado perto de 6%. No acumulado das duas sessões, a queda já vai em mais de 16%.
Ações da Pharol na última semana
Fonte: Bloomberg
O deslize das ações acontece depois de no sábado passado se ter confirmado a esperada demissão do CEO da brasileira Oi, onde a Pharol detém uma participação de cerca de 27%. A confirmação veio através de comunicado enviado ao mercado e publicado no site da CMVM no sábado, mas na sexta-feira já circulava a notícia de que Marco Schroeder estava de saída dos comandos da Oi.
Na ocasião estava a ser veiculado que Marco Schroeder tinha entregue a sua carta de demissão, depois der desavenças com o conselho de administração da empresa, segundo avançava a Reuters. Na carta de demissão, Schroeder citava a falta de consenso e mudanças recentes no conselho de administração. “As últimas reuniões do conselho deixaram clara a necessidade da minha saída”, lia-se na carta, citada pela imprensa brasileira. “Tenho a certeza de que existe um caminho através da recuperação judicial que irá permitir a continuidade da Oi enquanto uma empresa importante do setor de telecomunicações no mercado brasileiro”, acrescentava.
Certo é que os ventos não têm soprado a favor da Oi que enfrenta um processo de recuperação que passa em grande medida por um aumento de capital que irá diluir a posição da Pharol, caso esta não pretenda participar na operação. Ainda na passada quarta-feira foi anunciada uma alteração a esse plano.
Os investidores não têm apreciado esta instabilidade tanto em torno da brasileira Oi como da portuguesa Pharol, castigando os respetivos títulos em bolsa.
(Notícia atualizada às 9h34 com mais informação)
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