Airbus confirma buscas judiciais em investigação sobre alegada corrupção
Em causa estão suspeitas de corrupção em contratos com o Cazaquistão. A gigante da aeronáutica confirma que as buscas decorreram nos seus escritórios na região francesa de Suresnes na semana passada.
Uma busca aos escritórios da Airbus na região francesa de Suresnes, ocorrida na semana passada, esteve enquadrada nas investigações sobre suspeitas de corrupção em contratos com o Cazaquistão, confirmou esta terça-feira a empresa aeronáutica.
A investigação “Cazaquegate” diz respeito a supostos atos de corrupção ocorridos durante a presidência de Nicolas Sarkozy em que foram celebrados vários contratos entre a Airbus e o Cazaquistão.
“Nós confirmamos que uma operação (policial) decorrer nos escritórios da Airbus no quadro das investigações judiciais relativas ao Cazaquistão”, disseram fontes da empresa à Agência France Presse.
“Como as investigações ainda se encontram em curso, não temos mais comentários a fazer sobre o assunto. A Airbus está a cooperar com as autoridades” acrescentou a mesma fonte sobre as buscas que foram realizadas na quinta-feira da semana passada às instalações da empresa, na região de Paris.
A investigação começou no dia 4 de abril de 2012, poucas semanas antes da derrota de Nicolas Sarkozy frente a François Hollande, nas eleições presidenciais francesas.
Na altura, o organismo francês contra o branqueamento de capitais (Tracfin) detetou movimentos suspeitos de capital nas contas de um antigo membro do gabinete de Sarkozy.
A investigação centra-se num contrato que foi anunciado em outubro de 2010 sobre a venda de 45 helicópteros militares franceses EC145 ao governo do Cazaquistão.
Os investigadores tentam apurar se o contrato incluiu o pagamento de comissões ilegais a intermediários.
A pedido dos juízes de instrução, o presidente da Airbus, Tom Enders, dois outros altos cargos do grupo aeronáutico e a advogada Noelle Lenoir foram interrogados no passada mês de outubro pela polícia francesa.
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