Tesouro troca dívida de curto prazo por maturidade mais longa. Operação é já amanhã
O Tesouro anunciou uma operação de troca de dívida que vence a curto prazo, por maturidades mais longas nesta quarta-feira. Em causa estão duas linhas de obrigações com maturidade em 2019 e 2020.
O Tesouro português avança nesta quarta-feira com uma operação de troca de dívida com vencimento no curto prazo por maturidades mais longas. Em causa estão duas linhas de obrigações Tesouro com maturidade em junho de 2019 e de 2020, que serão trocadas por títulos com vencimentos em outubro de 2022 e abril de 2027, anunciou a Agência de Gestão de Tesouraria e da Dívida Pública.
“O IGCP vai realizar no próximo dia 6 de dezembro pelas 10:00 horas uma oferta de troca recomprando as seguintes obrigações do Tesouro com maturidade em 2019 e 2020”, diz o comunicado da entidade liderada por Cristina Casalinho divulgado nesta terça-feira.
Esta operação acontece num período marcado pelo alívio dos custos de financiamento de Portugal e da queda das yields da dívida soberana no mercado secundário. A última vez que o Tesouro português foi ao mercado para emitir dívida foi a 15 de novembro, operação em que obteve juros negativos recorde para financiar-se em 1.500 milhões de euros em bilhetes do Tesouro a seis e 12 meses.
Uma quebra de custos de financiamento que acompanha a diminuição dos juros no mercado secundário, sendo que no prazo a três anos as taxas entraram em terreno negativo na primeira metade do mês de novembro. Trata-se de um sinal de que alguns investidores estão mais confiantes em relação a Portugal e estão a manifestar esse otimismo com a aquisição de títulos de dívida por um valor superior àquele que o título vai dar no seu vencimento.
Já a taxa de juro da dívida soberana a dez anos que serve de referência para Portugal, também tem aliviado para mínimos de mais de dois anos e meio. A yield nessa maturidade negoceia nesta sessão nos 1,89%.
Esta operação de troca de dívida acontece ainda no mesmo dia em que Ricardo Mourinho Félix, secretário de Estado Adjunto e das Finanças, anunciou que Portugal planeia fazer mais um reembolso antecipado ao Fundo Monetário Internacional (FMI), desta vez de 500 milhões de euros. “Estamos a avaliar, tendo em conta o fecho das contas do ano e a evolução da situação orçamental, o valor exato, mas pelo menos 500 milhões de euros estou convicto de que conseguiremos pagar ao FMI ainda este ano”, disse Ricardo Mourinho Félix, numa conferência de imprensa, em Bruxelas, no final da reunião do Ecofin.
(Notícia atualizada)
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