Negócio da Santa Casa da Misericórdia no Montepio é “pouco transparente”, acusa Assunção Cristas
A líder do CDS, na ausência de mais esclarecimentos, é "frontalmente contra" o negócio que diz ser "pouco transparente". Cristas alerta para o que estará a preparar a "grande família socialista".
Assunção Cristas critica o Governo pela entrada da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) no capital do banco Montepio. Para a presidente do CDS este é um negócio “pouco transparente” sobre o qual o Executivo não tem feito esclarecimentos. Em entrevista ao Público (acesso condicionado), Cristas diz temer o que a “grande família socialista” possa estar a preparar neste negócio.
Cristas tem dúvidas e Costa não a esclarece — “as respostas são sempre vagas”, classifica. “O dinheiro dedicado às pessoas mais pobres ser alocado para um banco, quando a banca tem este histórico que acabámos por ver nos últimos anos?”, questiona a líder centrista, reprovando a entrada da SCML no Montepio por não ter existido um estudo. E deixa mais uma questão: “Dizem-nos que o Montepio está muito bem, que não precisa de dinheiro nenhum. Então porquê pôr lá a Santa Casa?”
"O dinheiro dedicado às pessoas mais pobres ser alocado para um banco, quando a banca tem este histórico que acabámos por ver nos últimos anos?”
A líder do CDS desconfia das relações entre o atual provedor da SCML, o Montepio e o Governo. “Isto é tudo elaborado com muita facilidade entre uns e outros”, considera, assinalando que se chegam a “soluções que não têm os reais interesses dos portugueses em primeiro lugar”. “Sem mais esclarecimentos, a nossa posição só pode ser frontalmente contra este negócio, que achamos pouco esclarecido, pouco transparente”, sintetiza a líder do CDS.
Na mesma entrevista, Assunção Cristas esclarece que não quer uma coligação pré-eleitoral com o PSD uma vez que “os momentos em que PSD e CDS estiveram separados” foram os que se registaram “melhores resultados”. E após as eleições? Aí, sim, o PSD é “o parceiro natural”. “Hoje os portugueses estão libertos do voto útil“, atira, argumentado que a atual solução governativa acabou com essa lógica.
Quanto à esquerda, Cristas antevê uma maior dificuldade do PCP e do BE em lidar com Mário Centeno, o novo presidente do Eurogrupo. “Agora vai ser mas difícil ter duas vozes, ou ter uma voz mais silenciosa“, remata.
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