Incêndios, crescimento e fim da austeridade. A mensagem de Natal de Costa em três pontos
O primeiro-ministro salientou o "maior crescimento económico desde o início do século" e apontou a criação de emprego "digno" como a grande aposta do próximo ano.
Um ano marcado pelos incêndios de junho e outubro, pelo crescimento económico e pelo fim da austeridade e conquista da “credibilidade”. É desta forma que o primeiro-ministro, António Costa, olha para 2017, na mensagem de Natal que transmitiu esta segunda-feira.
O “momento de luto nacional”
António Costa começou o discurso lembrando a “dor e o sofrimento das pessoas” afetadas pelos incêndios deste ano.
“O ano que agora termina foi dramaticamente marcado pela perda de vidas humanas em incêndios que, enlutaram famílias e devastaram uma grande parte do nosso território”, disse o primeiro-ministro, em declarações transmitidas pela RTP. “Foi uma tragédia para todo o País. Foi um momento de luto nacional, que sofremos coletivamente”, acrescentou.
Agora, sublinhou, “é tempo de dar nova vida ao que o fogo consumiu” e “reerguer as casas destruídas, recuperar a capacidade produtiva das empresas atingidas e devolver o verde aos territórios e a esperança às populações”.
O primeiro-ministro reiterou ainda o “compromisso de fazer tudo o que tem de ser feito para prevenir e evitar, naquilo que é humanamente possível, tragédias como as que vivemos”, através da melhoria da “prevenção, o alerta, o socorro e a capacidade de combater as chamas”. E, sobretudo, com a “revitalização do interior e o reordenamento da floresta”.
“O maior crescimento económico desde o início do século”
O crescimento económico foi o segundo ponto-chave do discurso de Costa, que voltou a salientar o “virar de página da crise“.
“A verdade é que este ano vamos ter o maior crescimento económico desde o início do século, as empresas já criaram 242 mil novos postos de trabalho, a pobreza e a desigualdade diminuíram e o país cumpriu as metas orçamentais, registando o défice mais baixo da nossa democracia, assegurando a saída do Procedimento por Défices Excessivos”.
Esta evolução, acrescentou, permitiu “diminuir o peso da nossa dívida” e “reduzir os seus custos”, o que, por sua vez, liberta “recursos para investir responsavelmente na melhoria do nosso sistema de ensino, do serviço nacional de saúde e na modernização do país”.
O fim da austeridade, a conquista da credibilidade
“Libertámo-nos da austeridade e conquistámos a credibilidade“, destacou António Costa. Agora, “chegou o tempo de vencer os bloqueios ao nosso desenvolvimento”.
A criação de emprego será o grande investimento a fazer no próximo ano. “Não apenas mais, mas melhor emprego. Essa é a prioridade que definimos para o ano de 2018. Emprego digno, salário justo e oportunidade de realização profissional”.
“Só assim teremos um crescimento sustentável, um país preparado para agarrar as oportunidades que o futuro nos traz e para enfrentar os desafios tão complexos do século XXI”, concluiu.
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