Mais rendimentos? Veja cinco formas de os conseguir
Ações? Sim. E obrigações? Também. E ainda metais, imobiliário e até... moedas virtuais. São vários os ativos que prometem brilhar no próximo ano. Saiba o que dizem os analistas.
Não espere pelo Governo para conseguir um aumento dos seus rendimentos no próximo ano. Apresentamos-lhe cinco formas de aumentar o seu pé-de-meia em 2018, com soluções de investimento que vão desde os mercados mais tradicionais, como as ações ou as obrigações, até ao emergente mundo das moedas digitais.
Ações? Vá aos emergentes
A dica é da BlackRock. Se procura investir no mercado acionista, a melhor solução passa pelos mercados emergentes. “Vemos espaço para uma maior avaliação dos mercados emergentes em 2018, enquanto os EUA e a Europa tem menor margem para subir”, dizem os analistas desta grande gestora de ativos.
“Outras razões para gostar dos mercados emergentes: o desenvolvimento de reformas nos mercados chave e a capacidade plena dos investidores para aumentar a exposição depois de anos de pressão nesta classe de ativos”, acrescenta a BlackRock.
Onde procurar? “Vemos as maiores oportunidades no mercado emergente asiático, mas notamos progressos positivos no Brasil e Argentina“, sugere a gestora de ativos, antecipando que as ações dos emergentes vão ter um desempenho acima dos outros mercados em 2018 com o aumento do lucro das empresas, melhores avaliações e o regresso dos investidores a alimentar uma pressão compradora positiva.
Obrigações? Cuidado com os bancos centrais
Se 2017 ficou marcado pela inversão na política monetária de alguns dos bancos centrais mundiais. E em 2018, a Reserva Federal norte-americana (Fed) vai acentuar essa inversão, acelerando a retirada dos estímulos monetários perante a subida da taxa de inflação. E assim a estratégia no domínio do mercado de obrigações deverá passar sobretudo pela proteção do poder de compra, diz a Allianz Global Investor.
“A normalização da política monetária não será boa para as obrigações de referência. Selecione oportunidades no mercado de dívida dos países emergentes”, sugerem os analistas da Allianz. Alternativa mais segura? “Considere obrigações indexadas à inflação na Europa e nos EUA”, acrescentam ainda.
Aposte no metal via ações
“Assim vai o crescimento, assim vão os metais industriais”. Diz a BlackRock que 2018 será um bom ano para estas matérias-primas. “O bom momento na economia mundial impulsionou os preços recentemente. Vemos a disciplina no investimento e as reformas no lado da oferta da China a apoiar os preços dos metais em 2018. A proliferação dos veículos elétricos abrilhanta as perspetivas para o cobre assim como para commodities de nicho, como o lítio, cobalto e o grafite“, diz Olivia Markham, gestora da BlackRock.
Ainda assim, o detalhe está estratégia de investimento a adotar: a BlackRock prefere uma exposição ao mercado de matérias-primas via ações e títulos dívida de empresas relacionadas. “Ambos os ativos ainda não acompanharam o crescimento do preço das mercadorias e várias empresas estão a centrar as suas atenções na rentabilidade”, explica Markham.
Imobiliário vai continuar a mexer
Como em qualquer mercado, as dinâmicas da oferta e da procura são lei. E no imobiliário não há exceções. A consultora Confidencial Imobiliário antecipa que a limitada oferta no mercado residencial em Portugal vai manter a procura em níveis elevados, uma circunstância que será alimentada pelo aumento da atividade de crédito. Consequência? Os preços das casas vão continuar a subir.
Pelo menos, é o que antecipam os operadores inquiridos pela consultora. Em média, os preços das habitações vão subir 5% nos próximos 12 meses. A longo prazo, as perspetivas são também otimistas: preços registarão aumentos médios anuais em torno dos 6% nos próximo cinco anos.
“A confiança dos operadores no mercado é bastante elevada, pois o movimento de crescimento dos preços não se baseia apenas no aumento do financiamento, mas é também suportado pela dinâmica de outras fontes de procura, como a compra de casa para fins turísticos, destinados ao arrendamento de curta duração”, explica o diretor da Confidencial Imobiliária, Ricardo Guimarães.
Inclua-se na lista de excêntricos da bitcoin
Foram as estrelas entre as moedas, embora não sendo propriamente… moedas. As moedas virtuais entraram definitivamente no radar de muitos dos investidores, mesmo com os múltiplos alertas quanto à falta de regulação neste mercado emergente. Bitcoin, ethereum, ripple, litecoin… a lista de criptomoedas parece não terminar.
O BiG deixa o aviso: “Existem vários motivos que ajudam a justificar as subidas das criptomoedas este ano, como a fuga de capital de países com rígidos controlos de capital, a utilização destas moedas para pedidos de resgates de ciberataques, ou simplesmente a atenção mediática que têm tido. Nenhum deles é suficiente para ponderar um investimento neste tipo de ativos“. Considere-se avisado.
E perspetivas? No Guia dos Pessimistas, a agência Bloomberg considera que a bitcoin vai ser o próximo ativo de refúgio. E depois de atingir a casa dos 20 mil dólares, a rainha das moedas digitais poderá ascender a um valor de 40 mil dólares. Nas previsões mais improváveis do Saxobank, a bitcoin vai chegar aos 60 mil dólares antes de afundar num espetacular crash para os mil dólares.
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