Depois do BCE, preços superam meta do BOE

Agora foi a vez de o Banco de Inglaterra ver a inflação a superar o alvo de 2% que definiu para este indicador. Isto depois de os preços terem tocado a meta do Banco Central Europeu.

A inflação do Reino Unido acelerou em fevereiro, naquele que foi o ritmo mais célere desde setembro de 2013. Os preços aceleraram 2,3%, superando a meta do Banco de Inglaterra pela primeira vez em mais de três anos. Uma subida que acontece depois de os preços na Zona Euro terem tocado os 2%, o alvo do Banco Central Europeu para a inflação.

Os preços no Reino Unido cresceram 2,3% em fevereiro, ficando acima da meta de 2% que o banco central britânico definiu para a inflação. Os dados apresentados pelo gabinete nacional de estatísticas também mostram que esta recuperação se deve à queda de 17% da libra desde que o Reino Unido decidiu sair da União Europeia — subindo agora 0,88% para 1,2466 face ao dólar –, assim como a um aumento dos preços do petróleo. Já a inflação subjacente — que exclui energia e alimentos — avançou 2%, o ritmo mais rápido desde meados de 2014.

“Uma inflação acima do alvo deve ficar em foco quando falarmos do desempenho económico do Reino Unido num futuro próximo”, diz o economista Dan Hanson à Bloomberg. “A inflação só deve regressar à meta em meados de 2019”, acrescenta. O relatório de fevereiro também põe fim a quase três anos de queda dos preços dos alimentos, com os custos a acelerarem 0,3%. O último aumento tinha sido em abril de 2014.

Já não é a primeira vez que a inflação alcança o alvo de um banco central. Também o BCE viu isso acontecer em fevereiro, quando os preços tocaram os 2%. Uma subida que, segundo o Eurostat, se deveu sobretudo à energia. Mas, excluindo esta componente, os preços subiram apenas 0,9%, o que deve convencer Mario Draghi a manter, por agora, a política monetária para impulsionar os preços da Zona Euro.

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Moscovici: Europa “está preparada para negociar” o Brexit

O comissário europeu para os Assuntos Económicos, Financeiros e Fiscalidade diz que as "equipas estão preparadas" para começarem a negociar o Brexit. O processo de saída arranca a 29 de março.

A Europa está preparada para começar a negociar a saída do Reino Unido da União Europeia (UE). Quem o diz é o comissário europeu para os Assuntos Económicos, Financeiros e Fiscalidade. Pierre Moscovici garante que “as equipas estão preparadas” para dar início a este processo que vai durar dois anos. As declarações são feitas depois de o representante do Reino Unido na União Europeia ter informado o presidente do Conselho Europeu de que a primeira-ministra vai acionar o Artigo 50 do Tratado de Lisboa na próxima quarta-feira, dia 29 de março.

“A UE está pronta para negociar, as equipas estão preparadas, as nossas posições estão preparadas”, diz o comissário europeu para os Assuntos Económicos, Financeiros e Fiscalidade, Pierre Moscovici, referindo-se ao processo de saída do Reino Unido da União Europeia que arranca oficialmente a 29 de março.

“[Theresa] May e o Governo vão defender o Reino Unido. Nós vamos defender os interesses dos 27 Estados-membros“, diz o responsável antes da reunião dos ministros das Finanças em Bruxelas, citado pela Bloomberg. O comissário realça também a vontade da Europa de manter “uma relação próxima com o Reino Unido”. As negociações vão ser longas, podendo durar cerca de dois anos.

O representante do Reino Unido na União Europeia, Tim Barrow, informou ontem o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, de que a primeira-ministra vai acionar o Artigo 50 do Tratado de Lisboa na próxima quarta-feira, dia 29 de março. Theresa May cumpre assim a promessa de começar as negociações para a saída da UE antes do final deste mês.

Nesse dia as instituições europeias vão receber uma carta assinada por May, iniciando-se formalmente o processo de saída do Reino Unido da União Europeia.”Depois de desencadearmos [o processo] os 27 [Estados-membros) vão acordar as suas diretrizes para as negociações e o mandato de negociação da Comissão”, esclareceu o porta-voz do Governo britânico.

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Revista de imprensa internacional

A Rússia está nas notícias por dois motivos: uma investigação que revelou a lavagem de dinheiro feita por Russos no Reino Unido e pela alegada interferência de Putin nas eleições dos EUA.

Numa altura em que o discurso xenófobo, racista e de ódio invadiu o discurso político em praticamente todo o mundo, a Google decidiu dar mais controlo aos anunciantes que se tinham queixado de ter a sua publicidade exposta a conteúdo ofensivo. Uma das origens do problema está nos EUA e reflete-se numa outra medida sobre voos internacionais, revelada por uma companhia aérea, direcionada a rotas específicas do Médio Oriente e África. Os norte-americanos vão, contudo, apertar a pressão feita ao regime da Coreia do Norte.

Bloomberg

Google quer dar mais controlo aos anunciantes

A Alphabet quer dar mais controlo dos anúncios online aos anunciantes. Esta é a reação da empresa-mãe da Google à retirada de publicidade de várias marcas no Reino Unido com receio de estar misturada com discurso de ódio ou conteúdo ofensivo. A Alphabet anunciou também que iria expandir a sua definição de discurso de ódio, principalmente sobre grupos vulneráveis atacados pela sua identidade, classe socioeconómico ou país de origem. As novas políticas aplicam-se também os vídeos do YouTube e a toda a publicidade explorada pelo Google Ads.

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Reuters

EUA querem pressionar mais o Coreia do Norte

A Casa Branca está a considerar ampliar as sanções à Coreia do Norte para a deixar ainda mais isolado do sistema financeiro global. Esta é a resposta da administração Trump às várias ameaças de mísseis que Pyongyang tem feito nos últimos meses. As maiores sanções vão fazer maior pressão no regime de Kim Jong-un, mas também nos bancos chineses que são os principais parceiros económicos da Coreia do Norte. Os EUA, em conjunto com a Coreia do Sul e o Japão, também vão aumentar a sua capacidade de defesa.

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Business Insider

Casa Branca quer banir os portáteis de certos voos internacionais

É expectável que a administração Trump impeça a entrada de passageiros com aparelhos eletrónicos maiores do que um telemóveis em alguns voos para e do Médio Oriente e África. A informação foi revelada pela própria companhia aérea Royal Jordanian Airlines que, esta segunda-feira, tweetou a descrição dos aparelhos eletrónicos banidos pelos Estados Unidos. A companhia apagou o tweet horas depois, mas o seu conteúdo foi logo espalhado: portáteis, câmaras e tablets estão entre os aparelhos proibidos.

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The Guardian

Dinheiro russo “lavado” em bancos britânicos

Uma investigação do The Guardian revela que os maiores bancos britânicos processaram perto de 750 milhões de libras. A origem está numa operação russa de lavagem de dinheiro com ligações ao próprio Governo russo e ao KGB, a organização de serviços secretos da Rússia. No leque de 17 bancos estão HSBC, the Royal Bank of Scotland, Lloyds, Barclays e o Coutts. Neste momento esta operação está a ser investigada e os bancos estão a ser questionados sobre o que sabiam deste esquema interacional. Além disso, as autoridades pretendem apurar porque é que não fizeram alertas perante transferências suspeitas de dinheiro.

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Reuters

Diretor do FBI confirma investigação à interferência Rússia nas eleições

James Comey confirmou esta segunda-feira — pela primeira vez — que o FBI está a investigar as possíveis ligações entre a campanha republicana de Donald Trump e a Rússia, dado que Moscovo tentou influenciar as eleições norte-americanas do ano passado. Tanto o diretor do FBI como o responsável pela NSA (National Security Agency) foram claros: a investigação pode durar meses. Além disto, Comey admitiu não existir nenhuma informação que fundamente a suspeita de Trump de que Obama o espiou.

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Lu-Olo ganha eleições presidenciais em Timor

  • Lusa
  • 21 Março 2017

Francisco Guterres Lu-Olo, candidato apoiado pelos dois maiores partidos timorenses, Fretilin e CNRT, lidera a contagem dos votos nas eleições presidenciais timorenses, com 59,79%.

Francisco Guterres Lu-Olo foi eleito Presidente da República de Timor-Leste nas eleições. Quando estão contados 90,09% dos votos, segundo o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE), Lu-Olo lidera a contagem com 262.147 votos ou 57,42% do total, à frente do segundo classificado, António da Conceição, que tem 147.436 votos ou 32,29% do total.

Para vencer, qualquer candidato teria de obter 50% dos votos válidos mais um, ou 261.289, valor já ultrapassado por Lu-Olo. Num universo de 743.150 eleitores, mesmo que a taxa de participação nos locais ainda por escrutinar fosse 100%, faltariam contar 73.646 votos, ou seja, menos do que aqueles de que António da Conceição precisaria para evitar a vitória de Lo-Olo.

Dirigentes do Partido Democrático (PD), que apoiou o segundo candidato mais votado nas eleições presidenciais, António da Conceição, já congratularam esta manhã Francisco Guterres Lu-Olo pela vitória. Francisco Guterres Lu-Olo foi apoiado pelos maiores partidos timorenses, Fretilin (Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente) e CNRT (Congresso Nacional para a Reconstrução de Timor-Leste).

Cerca das 13h locais desta terça-feira (4h em Lisboa), e 22 horas depois do fecho das urnas, o escrutínio provisório estava concluído em oito dos 12 municípios, na região especial de Oecusse-Ambeno e nos três centros de votação no estrangeiro (Sydney, Darwin e Lisboa). Falta terminar a contagem em Bobonaro, Dili, Ermera e Lautem, municípios onde Lu-Olo lidera também a contagem.

Esta foi a terceira tentativa de Lu-Olo chegar à Presidência da República (perdeu na segunda volta em 2007 e 2012). O novo Presidente teve o apoio do líder histórico da resistência timorense Xanana Gusmão, do CNRT, que formalizou o apoio ao candidato dando instruções às bases para votarem pelo líder da Fretilin, que, outrora, era o seu principal rival.

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Ex-CEO da EDP Renováveis e Amaral Tomaz na CGD

O Estado elegeu quatro gestores não executivos para integrar o conselho de administração da CGD. Ana Maria Fernandes e Amaral Tomaz, que já foi administrador do Banco de Portugal entre os eleitos.

O Estado nomeou quatro administradores não executivos para fazerem parte do conselho de administração do banco público. Entre os escolhidos está João Amaral Tomaz, ex-administrador do Banco de Portugal e ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais no primeiro Governo socialista liderado por José Sócrates, mas também a antiga líder da EDP Renováveis.

“Nos termos e para os devidos efeitos legais e regulamentares a CGD informa que, em 17 de março de 2017, o Estado Português, na qualidade de acionista detentor da totalidade do respetivo capital social, deliberou proceder à eleição dos seguintes membros não executivos do Conselho de Administração para o mandato 2017-2020, com efeitos a 20 de março de 2017”, lê-se no documento enviado ao regulador.

São duas mulheres e dois homens: Ana Maria Fernandes, que durante alguns anos liderou a EDP Renováveis, mas foi também presidente da EDP Brasil até 2015, Maria dos Anjos Melo Machado Nunes Capote e ainda José Maria Monteiro de Azevedo Rodrigues. Mas também João José Amaral Tomaz, que, segundo a Lusa, deixou a administração do Banco de Portugal em maio do ano passado por “razões pessoais”.

No cargo desde setembro de 2011, o novo gestor não executivo da CGD trabalhou como mediador do crédito após sair do Governo. No Executivo, desempenhou funções enquanto secretário de Estado dos Assuntos Fiscais no primeiro Governo socialista liderado por José Sócrates, trabalhando com Luís Campos e Cunha e Teixeira dos Santos como ministros das Finanças, até ser substituído por Carlos Lobo.

A administração é reforçada numa altura em que a polémica em torno da CGD volta a intensificar-se. Desta vez devido ao corte do número de balcões que o banco público tem distribuídos pelo país. Mas Paulo Macedo já veio dizer que o plano que prevê o encerramento de quase duas centenas de balcões da CGD acordado com Bruxelas deverá sofrer alterações. De acordo com o Expresso (acesso pago), a nova administração do banco público decidiu reavaliar o plano, prevendo não alterar o número, mas a forma de seleção dos balcões a fechar portas que deverá deixar de obedecer apenas a critérios financeiros.

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Macron ataca Le Pen no 1º debate a um mês das eleições

Ao candidato independente falta-lhe a notoriedade, mas o primeiro debate televisivo foi prova superada. Le Pen foi o alvo dos ataques dos quatro principais candidatos à presidência francesa.

Foi uma maratona de debate onde os candidatos atacaram as políticas de extrema-direita de Le Pen. No primeiro debate televisivo, a cerca de um mês da primeira volta das eleições, os candidatos à presidência francesa direcionaram os seus ataques para a líder da Frente Nacional. Foram 3h30 de um debate onde Macron foi o principal opositor de Marine Le Pen tendo acusado a candidata de mentir e de querer dividir o país.

Tem o cabelo loiro, é a favor de banir imigrantes e impor uma tarifa de 35% em bens importados, mas não é Donald Trump. Chama-se Le Pen e foram estes os trunfos que a candidata anti-euro usou no debate. Do outro lado da barricada, o seu oponente mais forte até ao momento, Macron, lançou acusações de falta de ética e uma vida longe exclusivamente na política. Um percurso que contrasta com o do economista que já foi banqueiro e chegou à política da primeira linha quando Hollande o convidou para ser o seu ministro da Economia, cargo que depois abandonou.

Da esquerda para a direita: o republicano François Fillon, o independente Emmanuel Macron, o candidato da esquerda Jean-Luc Mélenchon, a candidata da Frente Nacional Marine Le Pene e o candidato do Partido Socialista francês Benoît Hamon.

Com as sondagens a darem uma segunda volta com Le Pen e Macron, o debate tornou-se em parte num duelo entre os dois. Questões como o multiculturalismo e o uso do ‘burkini’, mais do que problemas económicos, foram centrais. A líder da extrema-direita francesa não quer Schegen (quer controlar as fronteiras novamente), expulsar militantes terroristas identificados, encerrar mesquitas fundamentalistas, opondo-se a uma França multicultural. Já Macron acusou-a de querer antagonizar os muçulmanos presentes no país, além de defender o uso da ‘burka’, “uma matéria de ordem pública”. Para o candidato independente a questão do terrorismo tem de ser resolvida na origem, ou seja, na resolução do conflito no Médio Oriente.

À Bloomberg, o cientista político Bruno Cautres considerou que Macron conseguiu levar a melhor. “O desafio para ele era mostrar que não era apenas um novo e inexperiente [político], era mostrar a profundidade e as qualidades que tem para ser Presidente“, explicou Cautres em declarações à agência financeira, em Paris, após o fim da emissão. Numa sondagem pós-debate da empresa Elabe, onde participaram 1.157 adultos que viram o debate, Macron foi visto como o mais convincente por 29%. Mélechon arrecadou 20%, seguido de Fillon e Le Pen com 19%. Hamon conseguiu apenas apoio de 11%.

Nos mercados, a reação ao debate fizeram as yields francesas cair e o euro subir 0,5% para os 1,0788 dólares, o nível mais elevado desde 6 de fevereiro. A primeira volta das eleições presidenciais francesas realiza-se a 23 de abril. Caso nenhum candidato consiga mais de 50% de votos (o cenário mais provável), a segunda volta realiza-se duas semanas depois, a 7 de maio, entre os dois candidatos mais votados.

O maior banco privado do mundo, o grupo UBS, espera que o euro recupere depois das eleições francesas, caso se confirme que uma vitória de Le Pen é pouco provável. “A única coisa que impede os investidores e gestores de fundos globais de apostarem na Europa é Marine Le Pen“, afirmou o diretor executivo do banco, Wayne Gordon.

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Portugal importou 500 toneladas de carne suspeita do Brasil

  • ECO
  • 21 Março 2017

No Brasil, o processo “Carne Fraca” desmantelou uma organização que adulterava carne, levando vários países a suspender as importações. Portugal tem vindo a encolher a importação de carne brasileira.

Portugal importou, de forma direta, 524.519 quilos de carne do Brasil, equivalentes a 3,44 milhões de euros, de acordo com os dados do INE. Os números são noticiados pelo Público (acesso condicionado), depois de ter sido desmantelada uma organização que adulterava carne no Brasil.

As importações diretas de Portugal de carne bovina e de aves eram de 8,88 milhões de euros em valor e de 2.360.170 quilos, há seis anos. Ou seja, têm vindo a recuar. Portugal, segundo o INE, não importou de forma direta, entre 2010 e 2016, outro tipo de carnes daquele país, nomeadamente de suíno, acrescenta o jornal.

Estes números apontam para uma quebra nas importações portuguesa de carne brasileira, isto numa altura em que o país está a ser abalado por um escândalo que coloca em causa a saúde pública.

De acordo com a polícia federal, no âmbito deste processo, intitulado “Carne Fraca”, foram identificados funcionários públicos que eram subornados por diretores de empresas para darem aval a carnes com prazos de validade já ultrapassados, mas adulteradas.

Entre as práticas, foi comprovado o uso de químicos para melhorar o aspeto das carnes, a falsificação de etiquetas com a data de validade ou a inclusão de alimentos não adequados para consumo na elaboração de enchidos.

Perante esta descoberta, a Comissão Europeia garantiu que está a acompanhar a investigação a fraudes envolvendo produtos animais de consumo e que todas as empresas envolvidas estão impedidas de exportar para a União Europeia (UE). “A Comissão está informada sobre a investigação que decorre no Brasil e pediu, na sexta-feira, clarificações às autoridades brasileiras”, diz.

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PSI-20 no verde. Grupo EDP dá energia

Mais um dia de ganhos para a bolsa nacional. O PSI-20 abriu em alta de 0,3%, com o desempenho a ser novamente determinado pelo setor energético.

Mais um dia de ganhos para a bolsa nacional. O PSI-20 abriu a subir, com o setor energético a determinar mais uma vez o bom desempenho do índice de referência. Destaque para a EDP, mas também para a Galp Energia. A petrolífera acompanha a recuperação dos preços do petróleo, depois de terem caído perto de 1% na sessão anterior.

O principal índice da bolsa portuguesa, o PSI-20, abriu em alta de 0,27% para os 4.643,80 pontos. A praça portuguesa está a ser animada pela valorização de 0,24% da EDP e pela subida de 0,38% da EDP Renováveis. Mas sobretudo pela recuperação da Galp Energia, que acompanha a subida das cotações do petróleo.

Na sessão anterior, os preços da matéria-prima tombaram depois de ter sido revelado um aumento do número de plataformas petrolíferas nos EUA, o que se traduz num aumento da produção. Hoje, o barril do Brent, negociado em Londres, sobe 0,91% para os 52,09 dólares e o West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, avança 0,82% para 49,31 dólares.

A Jerónimo Martins também está a contribuir para esta maré verde. A retalhista acelera 0,29% para 15,76 euros na abertura. Na banca, destaque para os ganhos de 0,37% do BCP.

Na Europa, a tendência também é positiva. O Stoxx 600 sobe 0,1% para 378,07 pontos, numa altura em que o cenário político continua a influenciar os mercados. “A frente político-económica continua a influenciar os mercados. De facto, a Grécia e os seus credores da Zona Euro mantém a discussão sobre as reformas exigidas ao país para que consiga a aprovação de novos empréstimos, depois da reunião de ontem do Eurogrupo em Bruxelas se ter revelado inconclusiva”, dizem os analistas do BPI.

(Notícia atualizada às 08h25)

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BCE ataca desequilíbrios macroeconómicos de Portugal

Há perigo de novas sanções a Portugal: não por défices, mas por desequilíbrios excessivos. O processo pode concretizar-se se a Comissão Europeia for mais dura, tal como pede o Banco Central Europeu.

Portugal está prestes a sair do Procedimento por Défices Excessivos mas, tal como apontava a Comissão Europeia no seu último relatório, isso não quer dizer que o país deixou de ter desequilíbrios macroeconómicos excessivos. Para o Banco Central Europeu é preciso que Juncker seja mais duro: a instituição liderada por Draghi diz que Portugal não tem adotado as reformas recomendadas e, por isso, deve ser alvo de sanções. Esta análise consta de um documento do BCE que o Jornal de Negócios noticiou esta segunda-feira.

“Especialmente surpreendido” – é esta a expressão que o Banco Central Europeu utiliza para classificar o comportamento de Portugal. Em causa estão os planos governamentais de António Costa que, segundo o BCE, pouco implementaram em 2016. Era essa também a conclusão da Comissão Europeia no final de fevereiro, num relatório dividido país por país, onde esta dizia que as reformas estruturais em Portugal tiveram um “progresso limitado”. Nessa altura, o vice-presidente da CE, Valdis Dombrovskis, alertou que “em vez de fazer falsas promessas, que não podem ser cumpridas, devemos manter o rumo traçado e continuar a trabalhar para resolver as repercussões da crise e as deficiências estruturais das nossas economias”.

Tal como demonstra este quadro da Comissão Europeia, Portugal está — juntamente com a Croácia, França, Bulgária, Itália e Chipre — nos clube dos Estados-membros com desequilíbrios excessivos. Essa manutenção durante alguns anos, tal como aconteceu no caso do défice, pode significar uma multa ou, pelo menos, um processo de sanções. O Jornal de Negócios escreve que, segundo o Procedimento por Desequilíbrios Macroeconómicos, Portugal pode vir a pagar uma multa de 0,1% do PIB, ou seja, cerca de 190 milhões de euros.

Caso estes programas não contenham as medidas de política requeridas, um procedimento por desequilíbrio excessivo poderia ser aberto em maio.

Banco Central Europeu

O Banco Central Europeu entende que neste ponto a Comissão Juncker tem sido suave com Portugal. “Desde a criação deste procedimento tem sido a posição do BCE que as ferramentas do PDM – incluindo a totalidade do braço corretivo deste procedimento – deveria ser usadas na totalidade em relação aos países com desequilíbrios excessivos“, escreve o BCE no boletim económico mensal.

O alerta principal vai para Itália, Chipre e Portugal, países que o banco central espera que adotem “medidas de política particularmente ambiciosas” no Programa Nacional de Reformas que apresentarem em abril. “Caso estes programas não contenham as medidas de política requeridas, um procedimento por desequilíbrio excessivo poderia ser aberto em maio”, conclui a instituição liderada por Mario Draghi.

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PS e BE tentam chegar a um meio termo sobre dívida pública

  • ECO
  • 21 Março 2017

O PS e o BE estão a tentar encontrar soluções negociadas, e não de rutura, para a dívida pública. Um tema que sobe esta semana a plenário. A iniciativa é do PCP, que pediu um debate de urgência.

Depois de vários adiamentos, ainda não há um relatório do grupo de trabalho sobre a sustentabilidade da dívida pública. Um tema que sobe esta semana a plenário, numa iniciativa do PCP, que pediu um debate de urgência. Este documento poderá trazer algumas soluções para ajudar a resolver o problema. E apresentar cenário negociados, e não de rutura, numa questão que desperta visões diferentes entre PS e Bloco de Esquerda.

O jornal Público (acesso pago) avança que o relatório do grupo de trabalho sobre a sustentabilidade da dívida pública — que já estava pronto em dezembro mas que foi novamente adiado — privilegia cenários negociados e não de rutura entre PS e Bloco de Esquerda. O documento apresenta “algumas soluções” para ajudar a resolver o problema, identificando opções que dependem da decisão do Governo ou outras soluções que envolvem “negociação com os parceiros”, diz o jornal.

O jornal refere que está excluído do relatório um cenário de uma renegociação unilateral, o que deixaria o Governo vulnerável. Uma das negociações em cima da mesa é o de um pagamento prioritário da dívida ao FMI, considerando o seu custo face à média da dívida suportada pelo Estado. No entanto, neste caso Portugal está sempre dependente da autorização das autoridades europeias.

Pedro Filipe Soares disse ao Público que já deverá haver um relatório “nas próximas semanas”. Mas não antecipa as conclusões. O deputado bloquista refere que “ainda estamos a trabalhar e não queria antecipar resultados do grupo”.

Já Francisco Louçã, que também faz parte deste grupo de trabalho, reafirma que não é possível sustentar os juros da dívida. O economista refere que todas as projeções mostram que é insustentável.

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Morreu antigo vice-primeiro-ministro da Irlanda do Norte

  • Lusa
  • 21 Março 2017

Martin McGuinness, vice-primeiro-ministro durante uma década de poder partilhado na Irlanda do Norte e ex-chefe do IRA, faleceu aos 66 anos.

Martin McGuinness, que foi vice-primeiro-ministro durante uma década de poder partilhado na Irlanda do Norte e ex-chefe do IRA, morreu, hoje de madrugada, aos 66 anos, anunciou o seu partido em comunicado.

“É com profundo pesar e tristeza que ficámos a saber da morte do nosso amigo e camarada Martin McGuinness, que faleceu durante a madrugada em Derry“, indicou o Sinn Féin, partido nacionalista que representa os interesses católicos irlandeses na aspiração de integração na República da Irlanda.

Martin McGuinness morreu na sequência de um raro problema cardíaco, segundo a emissora britânica BBC.

Figura histórica do Sinn Féin renunciou recentemente à vida política. Demitiu-se em janeiro em divergência com a líder da outra formação no poder na Irlanda do Norte, Arlene Foster, do Partido Democrático Unionista (DUP), forçando eleições antecipadas naquela província britânica.

Era também conhecido por ter sido um dos líderes do extinto Exército Republicano Irlandês (IRA, na sigla em inglês), organização responsável por vários atentados e protagonista da violência que dominou a região durante três décadas.

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Governo aprova registo de terras sem custos

  • Lusa
  • 21 Março 2017

O Governo vai aprovar em Conselho de Ministros este registo gratuito que tem como objetivo ficar a conhecer os terrenos sem dono, que serão depois integrados num banco de terras.

O Governo vai avançar com o registo de terras gratuito, nos próximos dois anos, para conhecer os terrenos sem dono, que serão integrados num banco de terras, medidas sobre a floresta que dominarão hoje o Conselho de Ministros.

Em declarações à Lusa, o ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos, explicou que caberá ao ministério da Justiça criar o balcão único físico em todas as conservatórias do registo predial e um balcão virtual, sem custos ou emolumentos, para os interessados em registar as suas propriedades.

“Muitas vezes uma das razões que leva as pessoas a não registarem os seus prédios e, sobretudo quando existem heranças, é porque o custo da burocracia é superior ao valor do próprio prédio rústico”, informou.

Na sequência dos registos, ficarão conhecidos, por exclusão, os terrenos sem dono conhecido, que serão integrados num banco, que agregará essas terras para serem exploradas, preferencialmente por cooperativas de produtores florestais.

“O Governo cederá por arrendamento e, mais tarde, admite vender às pessoas, que depois de vários anos de boa gestão, comprovem ser merecedores de virem a tornar-se proprietários”, referiu à Lusa o governante, referindo ter sido definido como área mínima de atribuição 100 hectares e que “pelo menos 50% da área deve ter cinco prédios inferiores a cinco hectares” .

Questionado sobre qual pode ser a dimensão das terras sem donos conhecidos, o ministro apresentou estimativas sobre mais de um milhão de prédios rústicos, “mas ninguém neste momento pode dizer que este número está certo ou errado”.

“É uma resposta que poderemos dar com toda a objetividade daqui por dois anos quando o processo do sistema cadastral simplificado estiver concluído”, referiu o governante, garantindo que o “Estado conhece todo o seu património, que está identificado, localizado e está delimitado”.

O Executivo socialista somará este banco de terras à bolsa de terras criado pelo governo da coligação PSD/CDS, que passa por apresentar terras para arrendar e vender.

A Conselho de Ministros, que se realizará no Palácio de Monserrate, em Sintra, irá ainda a criação de entidades gestoras e o regime de incentivos fiscais “muito generosos, que se aplica quer às novas entidades, quer aos associados e proprietários florestais que integrem os seus terrenos nessas novas entidades”.

A reforma “para muitas décadas” do setor florestal será feita através de 12 diplomas, dos quais dois já estão em vigor, e servirá para “dar resposta a um problema tormentoso que há muitas décadas aflige o país: o abandono e má gestão” das florestas, um “ativo riquíssimo”.

“A reforma, no seu todo, visa reduzir o risco de incêndios, já que num clima mediterrânico nunca será possível eliminá-lo a 100%. O que queremos é reduzir tanto quanto possível o risco de incêndio”, acrescentou.

O novo pacote legislativo também inclui a reformulação do sistema de prevenção de incêndios, disse.

Para os municípios serão transferidas competências, enquanto nos Planos Diretores Municipais estará a componente florestal para saber “o que se pode plantar, onde e como”, anunciou ainda Capoulas Santos.

Esta terça-feira decorrerá, em Sintra, o segundo Conselho de Ministros dedicado à floresta, num espaço de cinco meses, depois da realização de uma reunião na Lousã no final de outubro de 2016.

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