Tribunal Europeu de Justiça admite proibição do véu islâmico pelas empresas

  • Margarida Peixoto
  • 14 Março 2017

Os juízes do Tribunal Europeu de Justiça decidiram sobre o caso de duas mulheres demitidas por se recusarem a deixar de usar o véu islâmico no trabalho. Proibir o véu não é discriminação.

O Tribunal Europeu de Justiça decidiu esta terça-feira que as empresas podem impedir os trabalhadores de usar o véu islâmico no trabalho. A decisão é sobre o caso concreto de duas mulheres que foram demitidas por se terem recusado a deixar de usar o véu, uma na Bélgica, outra em França. O acórdão surge um dia antes das eleições holandesas, que estão a ser marcadas sobretudo pelos temas da imigração e integração.

"Uma regra interna de uma empresa que proíbe o uso visível de quaisquer sinais políticos, filosóficos ou religiosos não constitui uma discriminação direta.”

Tribunal Europeu de Justiça

Comunicado de imprensa n.º 30/2017

“Uma regra interna de uma empresa que proíbe o uso visível de quaisquer sinais políticos, filosóficos ou religiosos não constitui uma discriminação direta”, lê-se no comunicado do TEJ, publicado esta manhã.

Os juízes europeus decidiram sobre dois casos concretos: um colocou-se na Bélgica, outro em França. No caso Belga, S. Achbita foi demitida por se ter recusado a deixar de usar o véu islâmico. Trabalhava como rececionista na G4S, uma empresa que presta serviços de acolhimento e receção tanto no setor público, como privado. A empresa tinha determinado no seu regulamento interno a “proibição aos trabalhadores de usar, no local de trabalho, sinais visíveis das suas convicções políticas, filosóficas ou religiosas ou praticar qualquer ritual decorrente de tais convicções”, já que tinha uma política de neutralidade.

O Tribunal decidiu que “esta regra interna não institui uma diferença de tratamento diretamente baseada na religião ou nas convicções”, uma vez que trata todas as convicções de igual modo. Recomenda, contudo, à justiça belga que verifique se esta norma não prejudica mais determinadas religiões face a outras, caso em que para ser admitida deve ser devidamente fundamentada nos objetivos da empresa — seria uma diferença de tratamento indireta.

Os juízes dão indicações para esta avaliação: notam que caso se verifique que a norma interna resulta numa discriminação indireta, ela deve ser limitada aos trabalhadores que contactam diretamente com os clientes e tem de estar integrada num posicionamento sistemático da empresa. Deve também ser avaliado se a empresa poderia ter proposto à trabalhadora um novo cargo. Seja como for, a “discriminação indireta pode ser objetivamente justificada por um objetivo legítimo.”

"A vontade de um empregador de ter em conta os desejos de um cliente de que as prestações dos seus serviços deixem de ser asseguradas por uma trabalhadora que usa um lenço islâmico não pode ser considerada um requisito profissional essencial e determinante.”

Tribunal Europeu de Justiça

Comunicado de imprensa n.º 30/2017

O segundo caso em análise decorre do despedimento de uma trabalhadora em França. Neste caso, A. Bougnaoui foi despedida depois de um cliente da empresa ter manifestado desagrado por ela usar o véu islâmico. Os juízes pedem que a justiça francesa verifique se a proibição do véu decorre de normas internas da empresa e avisam que não são admitidas “considerações subjetivas, como a vontade do empregador de ter em conta os desejos concretos do cliente”. Ou seja, uma empresa pode, de forma fundamentada, introduzir limitações à utilização de sinais visíveis de convicções políticas ou religiosas, mas não pode demitir um trabalhador apenas para satisfazer o desejo específico do cliente.

“A vontade de um empregador de ter em conta os desejos de um cliente de que as prestações dos seus serviços deixem de ser asseguradas por uma trabalhadora que usa um lenço islâmico não pode ser considerada um requisito profissional essencial e determinante”, lê-se no comunicado do TEJ.

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Montepio: Supervisor e Governo em silêncio mas deputados querem esclarecimentos

  • Margarida Peixoto
  • 14 Março 2017

Os deputados vão aproveitar as idas do governador ao Parlamento por causa do BES para confrontá-lo com as dúvidas sobre o que se passa no Montepio. Supervisor e Governo em silêncio.

Perante as dúvidas levantadas sobre a robustez do Montepio, o Ministério do Trabalho e o Banco de Portugal preferiram, até ao momento, manter-se em silêncio. Contudo, o PS e o PSD garantem que estão a acompanhar a situação e que vão pedir esclarecimentos ao governador Carlos Costa, na sua próxima ida ao Parlamento. Os social-democratas adiantam que também vão questionar o ministro das Finanças sobre o assunto.

“O governador virá brevemente ao Parlamento. Estes são sempre temas a incluir nas audições”, assegurou ao ECO João Galamba, deputado socialista, referindo-se às duas audições que estão previstas a Carlos Costa sobre o caso BES. “O Banco de Portugal acompanha o Montepio, por isso esperamos pelos seus esclarecimentos”, somou, sem querer adiantar mais detalhes sobre as preocupações concretas do PS.

"O governador virá brevemente ao Parlamento. Estes são sempre temas a incluir nas audições.”

João Galamba

Deputado do PS

“As notícias têm sempre que nos preocupar”, reconheceu Duarte Pacheco, deputado do PSD. “Não vamos ficar indiferentes, aproveitaremos as idas do governador do Banco de Portugal e do Ministro das Finanças ao Parlamento para colocar questões sobre o assunto”, garantiu, sublinhando que os social-democratas esperam receber informação, “dentro do que for possível revelar”.

"As notícias têm sempre que nos preocupar. Não vamos ficar indiferentes, aproveitaremos as idas do governador do Banco de Portugal e do Ministro das Finanças ao parlamento para colocar questões sobre o assunto.”

Duarte Pacheco

Deputado do PSD

Pelo CDS-PP, Cecília Meireles garantiu que também está a acompanhar o caso, mas não quis adiantar para já a posição dos centristas. Até ao momento ainda não foi possível obter reações do BE e do PCP.

Em causa está uma notícia do Expresso, publicada no sábado, que dá conta de uma carta do Banco de Portugal onde são feitos alertas sobre o nível de “risco elevado” do banco. Entre outras falhas, nomeadamente de prestação de informação, o supervisor identificou irregularidades na concessão de crédito — por exemplo, operações aprovadas contra o parecer da análise de risco, sem que tenham sido suficientemente fundamentadas.

Fonte oficial do Montepio já garantiu que aquela situação não reflete o banco em 2016, mas antes em 2015. E o mesmo foi dito pelo próprio José Félix Morgado, presidente do conselho de administração do banco, num comunicado interno, enviado aos colaboradores.

O ECO também já confirmou que a avaliação do supervisor teve por base dados de 2015. Ainda assim, nem o banco, nem o regulador clarificaram, até ao momento, que irregularidades, em concreto, foram já corrigidas e que falhas se encontram por resolver.

Confrontados pelo ECO, o Ministério do Trabalho — que supervisiona o acionista do Montepio e alguns do produtos vendidos aos balcões do banco — e o Banco de Portugal optaram por não comentar o assunto.

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Revista de imprensa internacional

  • Margarida Peixoto
  • 14 Março 2017

O Tribunal Europeu de Justiça já decidiu sobre a proibição do véu islâmico no trabalho. Há novidades no caso Lava Jato e o novo plano de saúde de Trump pode deixar ainda mais pessoas desprotegidas.

O anúncio do novo referendo na Escócia sobre a independência, com o objetivo de dar a oportunidade ao território de se manter na União Europeia não passou despercebido ao Governo espanhol. A proposta dos Republicanos para mudar a proteção na saúde aos americanos também está a dar que falar e há desenvolvimentos no caso Lava Jato, no Brasil.

El País

Espanha avisa: Escócia não tem direito a ficar na UE sozinha

Na segunda-feira a primeira-ministra escocesa, Nicola Sturgeon, revelou que quer referendar novamente a independência da Escócia face ao Reino Unido. A ideia é fazê-lo ainda antes de o Reino Unido concretizar o Brexit, dando aos escoceses a hipótese de se manterem na União Europeia. Mas esta terça-feira Espanha, prevenindo eventuais efeitos de contágio para a Catalunha, avisa que não será assim tão simples. A linha oficial do Executivo de Madrid é que a Escócia sozinha não terá direito a participar na União Europeia: será tratada como um país terceiro e terá de se colocar na fila para voltar a entrar, conta o El País.

Politico

24 milhões? Não, serão 26 milhões os norte-americanos sem plano de saúde

O impacto do novo plano de saúde que a administração Trump quer introduzir para substituir o Obamacare está em destaque na imprensa internacional. O Congress Budget Office (um departamento não partidário do Congresso americano) apresentou uma estimativa de impacto na segunda-feira: as alterações de Trump deixam sem plano de saúde 24 milhões de cidadãos, dentro de dez anos. Mas o Politico revela agora estudos de impacto da própria Casa Branca que assumem que o número de americanos excluídos da proteção de saúde poderá ser ainda maior: 26 milhões. O jornal conta como os Republicanos entraram de imediato em modo de alerta.

Le Monde

Tribunal Europeu de Justiça decide sobre proibição do véu islâmico

O Tribunal Europeu de Justiça decidiu hoje sobre o caso de duas mulheres — uma em França, outra na Bélgica — que foram demitidas por usarem o véu islâmico, um tema que está a dominar a imprensa francesa. O Le Monde conta que os juízes decidiram que as empresas podem fazer tal proibição, marcando assim um ponto fundamental na jurisprudência comunitária sobre o assunto. A decisão surge um dia antes das eleições holandesas, que têm sido sobretudo marcadas por questões de imigração e integração.

Folha de S. Paulo

Odebrecht pagou 35 milhões de reais num dia em luvas

A denúncia foi feita perante o Tribunal Superior Eleitoral: Fernando Migliaccio disse, em depoimento, que a Odebrecht distribuiu mais de 35 milhões de reais (mais de 10 milhões de euros) em apenas um dia, em luvas e pagamentos no âmbito de campanhas eleitorais. O ex-empresário não especificou o dia, nem o ano, em que os pagamentos foram feitos, não contou quem beneficiou, mas disse que as entregas foram feitas em dinheiro vivo, dispersas por várias pessoas. A notícia é a abertura do Folha de S. Paulo.

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Popular prepara venda de unidade nos EUA

O banco espanhol já terá contratado a UBS para explorar a venda do TotalBank, negócio sedeado na Flórida, avança a Bloomberg.

O Banco Popular estará já a preparar a alienação da sua unidade norte-americana: o TotalBank. A Bloomberg avança esta terça-feira, que o banco espanhol terá contratado o UBS como assessor financeiro para avaliar o potencial de alienação do negócio sedeado em Miami, citando fontes que não quiseram identificar-se.

De acordo com a agência de notícias, a venda do TotalBank poderá estar avaliada em 500 milhões de dólares (perto de 470 milhões de euros), uma operação que, a concluir-se com sucesso, poderá ajudar o Banco Popular a melhorar os seus rácios de forma a cumprir com os critérios de capital exigidos pelo Banco Central Europeu.

Há cerca de um mês, a imprensa espanhola já tinha adiantado que o Banco Popular pretendia avançar com a alienação não só do TotalBank como de outros ativos, onde se incluiria a operação em Portugal. No que respeita ao negócio em Portugal, a suposta intenção de venda foi entretanto desmentida ao ECO pelo próprio presidente do Banco Popular, Carlos Álvares. O “Popular está para ficar”, disse na ocasião o responsável do banco espanhol.

No caso concreto do TotalBank, um porta-voz do Banco Popular confirmou à Bloomberg haver interesse nessa unidade, confirmando ainda ser um dos ativos não core do banco onde existe potencial para gerar capital. Já um representante do UBS preferiu não comentar, dizendo apenas que as discussões estariam apenas numa fase preliminar e que nenhuma decisão final teria sido ainda tomada.

O TotalBank é um banco comercial e de retalho com mais de 2,9 mil milhões de dólares (cerca de 2,7 mil milhões de euros) em ativos e com 18 balcões em Miami. O seu negócio foi adquirido pelo Banco Popular por 300 milhões de dólares (quase 282 milhões de euros), em 2007, uma operação que na altura foi justificada como uma necessidade de diversificação da atividade do banco espanhol.

À venda pelo Popular também estará a sua participação de 49% na WiZink, empresa de cartões de crédito que comprou o Barclaycard em Portugal ao Barclays. A Bloomberg explica, com base na sua fonte, de que estas duas operações poderão render um aumento de dois pontos percentuais no seu rácio de capital Common Equity Tier 1.

A alienação de ativos que o Banco Popular estará a preparar surge ainda depois de este ter apresentado o pior resultado da sua história, com os prejuízos a ascenderem ao valor recorde de 3.485 milhões de euros em 2016. Um resultado que se deveu ao esforço extraordinário na constituição de provisões para limpar o balanço do banco, numa altura em que o malparado no Popular suscita preocupação.

As ações do Banco Popular seguem inalteradas nos 93,2 cêntimos na bolsa de Madrid.

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Amorim investe 10 milhões para aumentar capacidade de produção de pavimentos

  • Lusa
  • 14 Março 2017

Corticeira quer reforçar capacidade de produção para quatro milhões de metros quadrados a partir do próximo ano.

A Corticeira Amorim anunciou esta terça-feira um investimento de dez milhões de euros no reforço da capacidade de produção, para quatro milhões de metros quadrados, a partir de 2018, de uma gama de pavimentos ‘premium’ lançada há dois anos.

Em comunicado, a empresa de Mozelos, Santa Maria da Feira, explica que a decisão reflete “a grande recetividade do mercado à [tecnologia] Hydrocork em inúmeras geografias, que culminou num crescimento de vendas muito rápido e que faz deste produto um dos que apresenta, na história da Corticeira Amorim, a mais rápida penetração de mercado”.

Operacional a partir do início de 2018, a nova linha industrial a criar permitirá à empresa aumentar a capacidade de produção industrial de pavimentos em quatro milhões de metros quadrados, para além de possibilitar o desenvolvimento de um aglomerado de cortiça isento de PVC e com emissões reduzidas de dióxido de carbono.

Adicionalmente, a nova tecnologia possibilitará uma gama mais ampla de espessuras, densidades e larguras do material.

Este investimento visa dotar uma das áreas de negócio mais relevantes da Corticeira Amorim de uma capacidade de resposta robusta às solicitações do mercado. A tecnologia em causa é ainda mais relevante na medida em que potencia os processos de I&D [Investigação & Desenvolvimento] para uma nova geração de compostos de cortiça verdadeiramente inovadores”, afirma o presidente e administrador executivo da Corticeira Amorim, António Rios de Amorim.

Segundo a empresa, o “forte crescimento” da gama de pavimentos Hydrocork assenta em “vantagens competitivas” como o facto de ser à prova de água, ter uma reduzida espessura e ser de fácil e rápida instalação.

Características a que se juntam as características da tecnologia Corktech, designadamente o isolamento térmico e acústico, bem-estar corporal, conforto e resistência ao impacto, e o facto de a gama Hydrocork apresentar uma garantia vitalícia para uso doméstico.

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Volvo promete concorrência à altura da Tesla nos elétricos

  • ECO
  • 14 Março 2017

O novo modelo totalmente elétrico que a Volvo está a preparar deverá apontar para um intervalo de preços entre os 35 e os 40 mil dólares.

A Tesla terá concorrência à altura no mercado dos carros totalmente elétricos — e de gama não absolutamente proibitiva nos Estados Unidos. O presidente executivo da Volvo para o mercado norte-americano disse, numa feira em Genebra, que o intervalo de preços para onde a marca estava a apontar o seu novo modelo elétrico será entre os 35 mil e os 40 mil dólares — um valor que o coloca no mesmo patamar do futuro Modelo 3 da Tesla.

“É esse o pré-requisito que coloco para os Estados Unidos”, disse Lex Kerssemakers aos jornalistas, à margem da feira de automóveis de Genebra, citado pelo Automotive News. “Se quiser marcar a diferença nos Estados Unidos, se quiser produzir em volume, é o que acredito que será preciso”, argumentou.

Por enquanto, ainda se desconhece o modelo que a Volvo está a preparar — deverá ser revelado nos próximos meses — e ainda nem se sabe se terá um design completamente inovador, ou se será uma atualização de algum modelo existente.

A Tesla tem ponderado Portugal como uma das possibilidades para instalar a sua mega fábrica e há até movimentos cívicos que tentam promover o país junto de Elon Musk, o presidente executivo da empresa.

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Consumo: mudam-se os tempos… e as receitas

  • Bloomberg
  • 14 Março 2017

Em 2016, cerca de 102 marcas reformularam cerca de 180.000 produtos para os tornarem mais saudáveis, uma condição se quiserem continuar a... vender.

Os fabricantes mundiais de bens de consumo reduziram em cerca de 20% a percentagem de ingredientes como açúcar e sal de seus produtos em 2016: tudo porque os consumidores estão, cada vez mais, a comprar marcas mais saudáveis.

Uma pesquisa que incluiu 102 empresas, entre elas a Nestlé e a Procter & Gamble, concluiu que 180.000 produtos foram reformulados em 2016, segundo um relatório do Consumer Goods Forum. O número reflete cerca do dobro das alterações no ano anterior.

“As grandes empresas de consumo estão a reagir às pressões da concorrência”, disse Peter Freedman, diretor administrativo da associação do setor, em entrevista à Bloomberg. “O crescimento da indústria vem de startups pequenas com portefólios de produtos com uma abordagem mais saudável.”

Os maiores produtores estão a perder a quota de mercado para marcas menores e locais que conseguem capitalizar a preferência cada vez maior do comprador por produtos mais saudáveis e mais sustentáveis. O crescimento orgânico das empresas globais de consumo caiu para menos de 3% nos últimos três anos, segundo analistas do Credit Suisse. A oferta de 143 mil milhões de dólares da Kraft Heinz para comprar a Unilever acentuou a pressão sobre as empresas para reverter o mal-estar do setor.

Além da mudança nos gostos dos consumidores, soma-se o fato de os governos estarem a tentar combater os produtos que fazem mal à saúde. Em março, o Reino Unido imitou o México e criou um imposto para bebidas açucaradas na tentativa de reduzir a obesidade. No ano passado, a Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA, na sigla em inglês) anunciou que as empresas teriam que ter rótulos com informações mais detalhadas sobre o conteúdo de açúcar dos produtos.

Menos sal

Depois de não conseguir cumprir as metas internas, a Nestlé disse que encontrou uma maneira de reduzir em até 40% a quantidade de açúcar no chocolate e que diminuirá em 10% a quantidade de açúcar nos doces vendidos pela empresa no Reino Unido e na Irlanda já no próximo ano. A Mars disse que 99% de seus produtos contêm menos de 250 calorias por porção.

“As forças do mercado estão a empurrar as coisas para o caminho certo e mais mudanças virão”, disse Freedman. “Os produtos terão menos sal, menos açúcar e menos calorias.”

O Consumer Goods Forum é uma associação do setor composta por cerca de 400 fabricantes e fornecedores de serviços ao consumidor.

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Metro Quadrado: Vila Montrose, charme centenário

  • ECO + JLL
  • 14 Março 2017

Recuperar património com história e trazê-lo para a modernidade é a proposta diferenciadora do novo condomínio residencial Vila Montrose, que está a nascer em pleno coração do Monte Estoril.

O projeto preserva integralmente o chalé de 125 anos que lhe dá nome, desenvolvendo em seu redor um conjunto de apartamentos exclusivos.

No total serão 23 apartamentos T1 a T4 duplex e uma moradia unifamiliar T4+1 duplex, integradas numa área de cerca de 5.000 m2 com duas piscinas e um jardim privado de inspiração romântica, além de estacionamento para os residentes.

O condomínio situa-se a poucos minutos da avenida Sabóia, da marginal e das fantásticas praias da Costa do Estoril. A comercialização está a cargo da JLL.

"A zona de Estoril e Cascais é, desde sempre, um destino preferencial no segmento premium para primeira habitação quer de portugueses quer de estrangeiros que se relocalizam em Portugal. O lifestyle exclusivo ao qual esta zona está associada vai continuar a exercer uma forte atratividade sobre estes dois públicos, o que, aliado à qualidade do Vila Montrose, faz com que estejamos bastante otimistas quanto ao sucesso deste projeto.”

Patrícia Barão, Head of Residential da JLL

O projeto foi pensado ao pormenor, recorrendo ao uso de materiais nobres e sofisticados, mas ao mesmo tempo suficientemente neutros para que cada família possa imprimir o seu próprio estilo na decoração.

A disposição interior dos apartamentos, a amplitude das áreas de uso privado e de uso social são uma mais-valia do Vila Montrose, que aposta ainda na integração de terraços, varandas e janelas de grande dimensão para que os residentes possam usufruir da vista ímpar sobre o oceano Atlântico, a apenas 300 metros do condomínio.

A construção do Vila Montrose iniciou-se no final de 2016, prevendo-se a conclusão dos trabalhos no 4º Trimestre de 2018.

Conheça aqui o projeto:

Saiba mais sobre o imóvel.

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Bolsa no vermelho pela terceira sessão

A praça lisboeta abriu em terreno negativo, naquela que é a terceira sessão consecutiva de perdas. O PSI-20 está a ser pressionado pela queda dos títulos da Galp, mas também da Mota-Engil e dos CTT.

A bolsa nacional abriu no vermelho, com o PSI-20 a recuar pela terceira sessão consecutiva. O índice bolsista de referência nacional perde 0,11%, para os 4.613,91 pontos, condicionado pelo desempenho negativo dos títulos da Galp Energia, mas também da Mota-Engil, dos CTT e da Pharol que perdem mais de 1%.

As ações da petrolífera recuam 0,33%, para os 13,66 euros, num dia em que as cotações do petróleo seguem em ligeira queda nos mercados internacionais. Por sua vez, os títulos da Mota-Engil perdem 1,06%, para os 1,78%, a corrigir do disparo de quase 5% registado na última sessão, dia em que a construtora anunciou que conseguiu um contrato para a construção de uma linha de caminhos-de-ferro em Moçambique, numa obra orçada em 2,3 mil milhões de euros. Já os títulos dos CTT e da Pharol perdem 1,23% e 1,31%, respetivamente, para os 4,82 euros e 38 cêntimos.

Em terreno positivo, nota para os títulos da EDP que avançam 0,39%, para os 2,84 euros, ajudando a travar a queda do índice bolsista nacional. Nesta segunda-feira, o presidente da elétrica, António Mexia, anunciou em entrevista à Bloomberg que a EDP prevê completar em abril um acordo para vender a empresa de distribuição de gás natural Portgas por mais de 500 milhões de euros. No mesmo sentido segue também o BCP, que vê os seus título apreciarem-se 0,25%, para os 16 cêntimos por ação.

Na Europa o sentimento também é negativo, com o índice Stoxx Europe 600 a conhecer as primeiras quedas após quatro dias consecutivos a valorizar. O índice que acompanha as 600 maiores capitalizações bolsistas do Velho Continente perce 0,2%, para os 373,88 pontos.

(Notícia atualizada às 8h:22 com mais informação)

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Nova comissão da CGD: Descubra as diferenças

Em apenas oito meses, a Caixa Geral de Depósitos já levou à realização de duas comissões de inquérito. O âmbito é diferente, mas os deputados são quase todos os mesmos. Descubra as diferenças.

Há oito meses começava uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) à Caixa Geral de Depósitos (CGD). Quase um ano depois, e ainda com a primeira comissão a decorrer, arranca hoje uma nova. Uma é à gestão do banco estatal, a outra é sobre a contratação e demissão do conselho de administração liderado por António Domingues. O âmbito é diferente, mas os deputados que participam nesta audição sobre as negociações conduzidas pelo Governo são quase todos os mesmos. Afinal o que muda de uma comissão para a outra? Descubra as diferenças.

Estamos em julho de 2016. A CPI à gestão da CGD arrancou mesmo antes do verão, na mesma altura em que o Governo de António Costa anunciou que estava a negociar com a Comissão Europeia um plano de recapitalização para a CGD — que já teve luz verde. O objetivo seria libertar o banco estatal da carteira de crédito em risco e dos elevados custos que estão a pesar na rendibilidade da Caixa. Mas por que é que era necessário capital “fresco” na Caixa? Era, e é, isto que os deputados queriam saber.

Avaliar os factos que fundamentam a necessidade da recapitalização da Caixa Geral de Depósitos, incluindo as efetivas necessidades de capital e de injeção de fundos públicos e as medidas de reestruturação do banco”, foi o que ficou definido no requerimento do PSD e do CDS, que queria analisar a gestão do banco público desde o ano 2000. Esta comissão ainda decorre, mas não há conclusões à vista. Mesmo assim arranca hoje uma nova, menos de um ano depois de a outra ter começado.

"Parece que remexer num passado que poderia dar pistas sobre a má gestão, má governação da Caixa, não agrada a partidos que estão na oposição.”

Viriato Soromenho Marque

Politólogo

“Parece que remexer num passado que poderia dar pistas sobre a má gestão, má governação da Caixa, não agrada a partidos que estão na oposição”, diz Viriato Soromenho Marques ao ECO. O politólogo acrescenta que “há uma cumplicidade entre os dois lados da bancada. Não quer dizer que seja assumida ou que haja uma teoria da conspiração”.

Na nova comissão, o âmbito é outro: a contratação e demissão do conselho de administração liderado por António Domingues. O ex-presidente da CGD saiu do banco estatal por não concordar com a obrigação de entregar uma declaração de rendimentos e património ao Tribunal Constitucional. Entretanto, o banco público ganhou uma nova liderança, encabeçada por Paulo Macedo.

Parecia estar tudo arrumado, mas as cartas que chegaram à comissão parlamentar de inquérito sobre a recapitalização da CGD, e que foram reveladas pelo ECO, reacenderam a polémica. Afinal, o ministro das Finanças comprometeu-se com António Domingues sobre esta dispensa, ou não? O que disse Centeno? E o que disse Domingues? Quem disse o quê?

José Pedro Aguiar-Branco, o deputado do PSD que vai agora presidir os trabalhos, já deixou uma promessa: a nova comissão não vai ser a “comissão dos SMS”. Questionado pela Lusa se esta iniciativa parlamentar não poderá ficar demasiado centrada na troca de comunicações, inclusivamente mensagens telefónicas (SMS), entre Mário Centeno e o anterior presidente da Caixa, António Domingues, o futuro presidente da comissão garantiu que não.

Comissões à CGD? “É uma trapalhada”

Ambas as comissões são presididas pelo PSD. A primeira contou com Matos Correia — que se demitiu por considerar que os trabalhos não estavam a ser conduzidos da melhor forma, acabando por ser substituído por Emídio Guerreiro (PSD) –, a segunda com o social-democrata Aguiar Branco. As fileiras do partido ficam completas com a entrada de Luís Marques Guedes enquanto coordenador.

Já o PS repete alguns nomes: João Paulo Correia será o coordenador dos deputados socialistas e porta-voz do partido, João Galamba. Pelo CDS-PP, há também uma repetição: o deputado e porta-voz do partido João Almeida. O mesmo no Bloco de Esquerda: Moisés Ferreira volta representar os bloquistas. E no PCP? Igual. O deputado Miguel Tiago foi novamente o nome indicado pelo partido como membro efetivo da nova comissão.

É uma trapalhada (…) há uma grande dificuldade em estabelecer o que é logicamente relevante.

Viriato Soromenho Marques

Politólogo

“É uma trapalhada”, diz Viriato Soromenho Marques ao ECO. “Há uma grande dificuldade em estabelecer o que é logicamente relevante”, refere o politólogo. Mas como é que já vamos em duas comissões? “O que está aqui em causa é uma inversão da hierarquia de valores”, explica o professor universitário. E acrescenta que o Parlamento deveria ser mobilizado pela missão de “tentar encontrar uma saída para o sistema financeiro” nacional e promover a robustez dos bancos com problemas, nomeadamente a CGD.

Para António Costa Pinto, a nova comissão deve durar pouco tempo. “O tema vai esgotar-se rapidamente”, diz o politólogo ao ECO. O professor relembra ainda a importância da agenda política. Ou seja, se num dia se fala da Caixa, no outro fala-se nas offshores. Já Viriato Soromenho Marques, citando Paulo Trigo Pereira, diz que “um Parlamento que multiplica as comissões parlamentares de inquérito corre o risco de as desprivilegiar”.

CGD pagou a advogados? PCP quer esclarecimentos

O PCP apelida a nova comissão de inquérito criada de forma potestativa pelo PSD/CDS de “folhetim”, mas admite que o pagamento feito pela Caixa Geral de Depósitos ao escritório de advogados merece esclarecimento. Em causa está a Campos Ferreira, Sá Carneiro & Associados, sociedade de advogados que assessorou António Domingues antes de este ter assinado o contrato como presidente do banco público. Tal como o ECO noticiou, não foi o ex-CEO quem pagou, mas sim a Caixa.

“Se é uma pessoa que a título próprio vai buscar uns advogados que lhe apetece e apresenta a fatura à Caixa, claro que nesse caso é preciso compreender como é que isso foi possível”, admite o deputado do PCP, Miguel Tiago, em declarações ao ECO. “Julgo que isso resultará dos trabalhos normais da comissão porque temos os documentos que nos permitem identificar todo o processo de elaboração das propostas desse escritório de advogado”, explica, referindo que os documentos que vão ser visualizados na outra comissão “passam certamente” para esta.

"Se é uma pessoa que a título próprio vai buscar uns advogados que lhe apetece e apresenta a fatura à Caixa, claro que nesse caso é preciso compreender como é que isso foi possível.”

Miguel Tiago

Deputado do PCP

Para Miguel Tiago não será “difícil compreender em que moldes é que foi realizado aquele trabalho por aqueles advogados“, dado que os deputados podem consultar esses documentos. Contudo, esta “não é uma prioridade, nem de perto nem de longe, do PCP”. Para os comunistas o assunto “já está todo clarificado”. “A última preocupação dos portugueses é saber se o ministro nomeou António Domingues por este motivo ou aquele”, afirma Miguel Tiago, apelidando de “incompreensível” a constituição de uma comissão de inquérito para esse efeito.

Não me parece que o PCP vá pedir muitas audiências”, admite, referindo que dado o âmbito da nova comissão, “só basta chamar os membros da administração e os membros do Governo”. Miguel Tiago reforça que “o PCP nem sequer entendia que esta comissão de inquérito fosse necessária” e que ainda não têm “ninguém para ouvir”. Na questão de quem pagou aos advogados, o deputado comunista admite que é uma das “questões que merece esclarecimento“, mas aponta uma explicação já dada anteriormente.

“Tanto quanto nos esclareceram, a Caixa tem com este escritório uma espécie de avença regular e este trabalho foi-lhes pedido neste âmbito”, começa por explicar Miguel Tiago. “Temos de apurar se é verdade ou não”. “Tanto quanto deram a entender foi que uma pessoa que já estava nomeada administrador usou advogados que estão ao serviço da Caixa para fazer um trabalho que, na verdade, era sobre a Caixa”, complementa. Se esta versão for verdadeira, para o deputado comunista, “também não é nada de grave”. O Bloco de Esquerda, o CDS e o PSD foram contactados pelo ECO, mas ainda não responderam até ao momento de publicação.

PS disponível para interromper nova CPI até terminar a primeira

João Paulo Correia diz ainda ser “muito cedo” para decidir que audições vão requerer ou que documentos vão pedir. “Não faz sentido estar a correr mais que a bala“, afirma o deputado socialista ao ECO, referindo que ainda não tomaram “nenhuma decisão”. No entanto, o Partido Socialista está disponível já, neste momento, “para aceitar uma proposta de interrupção dos trabalhos da nova comissão até que a comissão de inquérito que está a decorrer termine o seu trabalho”. Ainda assim, a proposta não vai partir do PS. “Alguém tem de apresentar a proposta”, refere João Paulo Correia.

Essa mesma ideia é defendida pelos comunistas. Ao ECO, Miguel Tiago responde que o PCP entende que os trabalhos da primeira comissão devem ser terminados. “Nós defendemos isso mesmo, já na última reunião da atual comissão”, afirma o deputado comunista. Nessa reunião, o também deputado comunista Paulo Sá argumentava que, por falta de recursos humanos, a sobreposição das comissões iria trazer problemas de gestão do grupo parlamentar do PCP.

BE: nova comissão não pode servir para “esconder responsabilidades”

Catarina Martins disse esta terça-feira que a nova CPI sobre a CGD não pode apagar as responsabilidades que se quer apurar na primeira comissão ainda em funcionamento. “O que nós desejamos e aquilo para que trabalharemos é para que não sirva a nova comissão para tentar esconder responsabilidades que estavam a ser apuradas na anterior e que talvez sejam desconfortáveis”, disse a coordenadora do BE em declarações à Lusa no final de uma visita à Galeria Pública de Arte Urbana, no Bairro Padre Cruz, em Lisboa.

A líder dos bloquistas garante que o partido “tem colaborado em todas as comissões de inquérito com muito empenho”. “O BE, que terá todo o empenho na nova comissão de inquérito, não esquece a comissão de inquérito em curso e a comissão de inquérito em curso é muito importante”, afirmou à Lusa. “É aquela comissão de inquérito que nos deve explicar como é que nós chegámos a esta situação na Caixa, quem são os responsáveis, para conhecermos tudo o que se passou e podermos responsabilizarmos quem deva ser responsabilizado”, argumentou.

(Atualizado às 13h29 com declarações de Catarina Martins)

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Auditor do Montepio alerta para buraco de 107 milhões na Associação Mutualista

  • ECO
  • 14 Março 2017

O auditor do Montepio, a KPMG, alertou para um buraco nas contas do acionista do banco, a Associação Mutualista, de 107 milhões de euros, revela o Público.

A dona do banco Montepio, a Associação Mutualista Montepio Geral, fechou 2015 com um buraco nas contas de 107 milhões de euros. O alerta foi dado pelo auditor do banco, a KPMG, num documento anexo às contas consolidadas da associação, que vão ser discutidas esta terça-feira. A notícia foi revelada esta terça-feira pelo Público (acesso pago).

Esta tarde, o conselho geral da Associação Mutualista vai debater as contas dos exercícios de 2015 e 2016. Num documento anexo às demonstrações financeiras, que será discutido na reunião, a KPMG frisa que a Associação está em falência técnica e que precisa de um injeção de fundos. Os capitais próprios são negativos em 107 milhões de euros e há um resultado negativo imputado aos mutualistas de 251 milhões de euros, conta o jornal.

Estes dados reforçam o alerta que o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, deixou em entrevista ao Público, na semana passada. Carlos Costa frisou que será determinante “assegurar que o banco não está exposto ao acionista”.

As contas da Associação são importantes para o próprio Montepio Geral porque a Associação é o acionista único do banco e este poderá precisar de reforçar os rácios de capital. É isso que decorre de uma carta enviada pelo Banco de Portugal à instituição financeira liderada por José Félix Morgado, no início deste ano, e noticiada no sábado pelo Expresso. Num comunicado interno, enviado ao colaboradores, Félix Morgado reforçou que esta é uma versão preliminar da decisão do supervisor, mas nada garante que as exigências de capital vertidas no documento venham a ser revistas.

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5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados

Começa a reunião de dois dias que vai decidir se as taxas diretoras voltam a subir nos EUA, uma decisão que teria impacto global se o mercado já não tivesse antecipado um aumento dos juros.

A Reserva Federal norte-americana dá esta terça-feira início à reunião de dois dias que (espera o mercado com quase 100% de certeza) deverá voltar a aumentar as taxas de juro diretoras (Federal Fund Rates), depois da subida anunciada em dezembro. Ainda nos EUA, Trump recebe Merkel com uma agenda que deverá focar-se nas relações comerciais entre os dois blocos. Outro ponto de interesse deverá passar pelo relatório da OPEP sobre as condições do mercado do petróleo: o corte na produção está a surtir efeito? Com o crude abaixo dos 50 dólares, os sinais apontam para uma resposta negativa.

Nova comissão à Caixa

Toma posse a nova Comissão Parlamentar de Inquérito à Caixa Geral de Depósitos, que será presidida pelo deputado social-democrata José Aguiar-Branco. Tem como objetivo analisar a contratação e demissão da equipa de administração de António Domingues e surge já depois de o banco público ter reportado prejuízos de mais de 1,8 mil milhões de euros e apresentado o plano de reestruturação.

Olhos postos na Fed

Inicia-se esta terça-feira a reunião de dois dias do Comité do Mercado Aberto da Reserva Federal norte-americana (Fed). Não será propriamente uma certeza se a Fed anunciar uma subida dos juros esta quarta-feira. O mercado dá quase como certas três subidas das taxas este ano. Além da decisão quanto ao rumo da política monetária, os responsáveis vai atualizar as previsões económicas.

O corte da OPEP está a funcionar?

Com o crude a negociar abaixo dos 50 dólares pela primeira vez em 2017, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) apresenta o relatório mensal sobre o mercado. Será um documento importante para os investidores avaliarem as condições da oferta e procura de petróleo e de que forma a decisão de baixar a produção no seio do cartel está a ter impacto no mercado.

Trump recebe Merkel

Poderá ser um dos encontros mais importantes para o futuro das relações entre a zona euro e a maior economia do mundo. O Presidente americano Donald Trump recebe a chanceler alemã, Angela Merkel, na Casa Branca, sem hora prevista. Será a primeira reunião entre ambos desde que Trump foi eleito líder dos EUA. Em cima da mesa deverá estar o comércio entre os dois blocos e ainda as acusações de Trump quanto à manipulação da taxa cambial por parte da Alemanha.

Produção da indústria do euro

O Eurostat atualiza a evolução da produção industrial na zona euro relativo a janeiro, numa altura em que a economia da moeda única começa a apresentar sinais mais sólidos de retoma. É um indicador que vai ajudar os investidores a perceber as condições económicas no bloco europeu. Os analistas esperam uma subida da produção em 1,3% no arranque do ano, face a dezembro.

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