CGD: Nova comissão toma posse a 14 de março

  • Rita Atalaia
  • 1 Março 2017

A nova comissão de inquérito à nomeação e demissão da administração liderada por António Domingues vai tomar posse a 14 de março. Isto enquanto ainda decorre a outra audição à gestão do banco estatal.

A nova comissão parlamentar de inquérito à nomeação e afastamento da administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD) liderada por António Domingues vai tomar posse a 14 de março. Os deputados têm, por isso, até 8 de março para indicar os nomes que vão participar. Isto quando ainda decorre a comissão à gestão do banco público, mas que pode ser novamente interrompida. Desta vez por requerimentos apresentados pelo PSD e CDS para que os trabalhos sejam suspensos até ser tomada uma decisão sobre a correspondência entre Domingues e Centeno pedida pelos deputados.

A nova comissão à CGD já tem data para a tomada de posse. O deputado do PSD Hugo Soares já confirmou ao ECO que a audição para determinar a atuação do Governo na nomeação e demissão da administração liderada por António Domingues vai tomar posse a 14 de março, uma informação que já tinha sido avançada pela SIC Notícias. Os deputados têm agora até dia 8 de março para indicar os nomes que vão participar.

A comissão de inquérito teve permissão para avançar assim que o presidente da Assembleia da República admitiu o requerimento do PSD e CDS. E ficou determinado que os membros da comissão tomariam posse perante o Presidente da Assembleia da República “até ao 15º dia posterior à publicação no Diário da Assembleia da República” do requerimento que determina a realização do inquérito.

Este segundo inquérito foi pedido pelos sociais-democratas e pelos centristas de forma potestativa. Ou seja, obrigatória. Objetivo? Determinar qual a “atuação do XXI Governo Constitucional no que se relaciona com a nomeação e a demissão da administração do dr. António Domingues”.

Isto enquanto ainda decorre a primeira comissão parlamentar de inquérito, mas esta sobre gestão do banco estatal desde o ano 2000 e os motivos na origem da necessidade de recapitalização do banco público. Uma comissão que pode ser novamente suspensa, depois de o PSD e o CDS terem apresentado um requerimento para que os trabalhos sejam interrompidos até o Tribunal da Relação tomar uma decisão sobre a correspondência entre Domingues e Centeno pedida pelos deputados.

(Notícia atualizada às 12h51 com mais informação)

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TAP com lucros 34 milhões de euros

A TAP voltou a ter lucros em 2016, o que não acontecia há mais de dez anos. Apesar da receita ter caído 156 milhões de euros, lucros foram conseguidos à custa da redução de custos.

Uma década depois a TAP volta aos lucros. São 34 milhões de euros de resultado líquido atribuídos ao exercício de 2016. A empresa imputa este resultado à diminuição de custos. Receita caiu 156 milhões de euros.

A transportadora aérea fechou o ano de 2016 com receitas de 2.242 milhões de euros, uma quebra fortemente compensada pela redução dos custos operacionais que ficaram pelos 2.042 milhões de euros, menos 227 milhões que em 2015.

Os resultados estão em linha com a informação avançada em entrevista ao ECO por Humberto Pedrosa, em janeiro. Na altura, o acionista da empresa adiantava que a empresa ia voltar aos lucros e imputava esse facto “à melhoria da empresa e ao preço do petróleo”.

Em comunicado, a TAP adianta que “a capitalização realizada pelos novos acionistas permitiu que o ano passado fosse também marcado por fortes investimentos na companhia, dos quais se destacam a criação da TAP Express e a renovação total da frota regional”.

No rol de investimentos realizados pela transportadora aérea consta a renovação dos interiores dos Airbus e o lançamento de programas como o Portugal Stopover, e o Ouvir Cliente e o novo web site da companhia.

Sem especificar números, o comunicado da transportadora área faz ainda a ressalva ao arranque da ponte aérea entre Lisboa e Porto.

A TAP recorda ainda que 2016 foi também o ano que lançou a nova estrutura tarifária, com preços e ofertas de produtos mais competitivos, o que lhe permitiu “recuperar a quota de mercado”.

O ano fica ainda marcado na companhia pelo número recorde de passageiros: 11,7 milhões, mais 400 mil do que em 2015, isto num ano em que a companhia reduziu “em 3% a sua oferta de lugares”.

“Depois de um primeiro semestre de reajuste da sua oferta e da manutenção do arrefecimento em alguns dos mais importantes mercados onde a TAP opera, o segundo semestre registou uma forte recuperação, que incluiu a obtenção de sucessivos recordes históricos no número de passageiros transportados nos meses de outubro, novembro e dezembro, tendência essa que já foi reforçada nos dois primeiros meses do corrente ano”, refere.

A TAP destaca ainda o plano de expansão de rotas para os Estados Unidos, com a abertura das rotas de Boston e Nova Iorque.

(Notícia atualizada às 12h28 com mais informações)

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Fillon nega acusações e mantém-se na corrida

O candidato às presidenciais francesas é suspeito de ter criado um esquema para remunerar a mulher por um emprego que ela não desempenhava. É um "assassinato político", garante Fillon.

François Fillon nega as acusações que lhe são apontadas e recusa abandonar a corrida à presidência de França. O candidato às presidenciais francesas está a dar uma conferência de imprensa, depois de ter sido chamado a depor por juízes de instrução.

Em causa está uma polémica que tem vindo a manchar a sua campanha. O candidato à presidência e antigo primeiro-ministro francês é suspeito de ter criado um esquema para remunerar a mulher, com dinheiros públicos, por um emprego que ela não desempenhava no Parlamento. O inquérito já foi alargado aos empregos dos seus filhos. Numa anterior conferência de imprensa, o candidato às presidenciais já tinha negado que tenha agido de forma ilegal, ainda que reconheça ter empregado a sua mulher enquanto assistente parlamentar. São factos “reais”, mas “legais e transparentes”, sublinhou.

Já esta quarta-feira, em declarações ao país, Fillon classifica as acusações que lhe são feitas de “assassinato político” e garante que não vai retirar-se. Até porque, assegura, o procedimento legal “não foi cumprido” pelas autoridades francesas. Isto porque o processo foi transferido dos procuradores para os juízes de instrução na sexta-feira, um timing que, segundo Fillon, foi “inteiramente calculado” para impedi-lo de “ser candidato e para impedir a ala centro-direita de ter um candidato”.

O candidato decide, por isso, manter-se na corrida, apesar de as autoridades francesas terem avançado com acusações e de Fillon ficar agora sob investigação formal. Ainda assim, afirma que “só o sufrágio universal vai decidir”.

François Fillon vai ser ouvido pelos juízes de instrução a 15 de março.

Notícia atualizada às 12h00 com mais informação.

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Metro quadrado: Zenith, office with a view

  • ECO + JLL
  • 1 Março 2017

O Edifício Zenith é um dos mais emblemáticos do Corredor Oeste, integrando o Arquiparque, um parque de escritórios já consolidado em Miraflores.

Localizado mesmo ao lado da A5 Lisboa-Cascais, o Edifício Zenith beneficia de excelentes acessibilidades e de uma visibilidade ímpar.

Com uma área total aproximada de 12.000 m² de escritórios em 12 pisos acima do solo, o edifício Zenith disponibiliza atualmente para arrendamento cerca de 5.000 m², com espaços que variam entre 28 m² e 570 m² e uma área média por piso de 960 m². Os escritórios estão estruturados em open-space com alguns gabinetes já́ instalados.

O edifício é comercializado pela JLL em regime de exclusividade e proporciona ainda aos seus inquilinos diversos serviços e valências, entre as quais um auditório com capacidade para 75 pessoas, cafetaria e bar, segurança, limpeza e manutenção, além de 135 lugares de estacionamento em 4 pisos subterrâneos e mais 48 no exterior.

Com uma arquitetura imponente que se destaca na paisagem urbana do corredor da A5, o edifício Zenith é um excelente cartão-de-visita de visita para as empresas, proporcionando-lhes uma forte imagem corporativa e uma excelente oportunidade de sinalética.

As características do edifício:

  • Teto Falso com iluminação embutida
  • Calha técnica com cablagem estruturada já instalada
  • Sistema de gestão centralizada de ar condicionado
  • Segurança 24h
  • Sistema automático de deteção de incêndios
  • Controlo de acessos
  • 4 Elevadores
  • Certificação energética: B-

Saiba mais sobre o edifício.

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Dinamarca pode vir a criar centros de emprego em Espanha, França e Itália

  • ECO
  • 1 Março 2017

A iniciativa é do partido social-democrata, a principal força na oposição ao governo dinamarquês, e inclui-se no plano de aproveitamento da fase próspera que a economia do país está a atravessar.

É espanhol, francês ou italiano e quer ir trabalhar para a Dinamarca? Há uma boa notícia: pode vir a ser mais fácil, porque um partido dinamarquês está a propor ao governo a hipótese de abrir centros de emprego nesses países. A iniciativa do principal partido da oposição ao governo dinamarquês tem como objetivo encontrar profissionais altamente qualificados para setores que tenham uma ocupação muito baixa no país nórdico, como o da engenharia.

A proposta vem, assim, unir o útil ao necessário: a taxa de desemprego nos países do sul da Europa ainda é muito elevada, pelo que há muita mão-de-obra que não está a ser aproveitada, e a Dinamarca está a atravessar uma época de prosperidade económica e tem necessidade de contratar trabalhadores para várias áreas.

“Preferimos que pessoas com altas qualificações dentro da União Europeia tenham acesso ao mercado de trabalho dinamarquês do que virem para cá pessoas de países do Terceiro Mundo como o Paquistão ou a Índia“, pode ler-se na proposta do partido citada pelo “ABC”, de Espanha.

Mas, por agora, o Ministro do Emprego, o liberal Troels Lund Poulsen, recusou a ideia por a considerar pouco prática e capaz de trazer problemas burocráticos. O ultraconservador Partido Popular da Dinamarca, no qual o governo tem um apoiante externo, também criticou a iniciativa. Há que esperar para ver se a iniciativa vai para a frente e se Portugal passa entretanto a ser abrangido por ela.

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Núncio teve “dúvidas” quanto à publicação de dados

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 1 Março 2017

O antigo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais está a ser ouvido no Parlamento sobre a transferência de dez mil milhões de euros para paraísos fiscais sem controlo do fisco entre 2011 e 2014.

O antigo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais Paulo Núncio garantiu hoje que “na esmagadora maioria” dos casos, as transferências para paraísos fiscais não correspondem a rendimentos sujeitos a tributação e voltou a assumir a responsabilidade pela não publicação de dados estatísticos enquanto foi governante. Núncio acabou por assumir que esta decisão poderá não ter sido a mais adequada mas fez questão de separar esta opção do controlo das transferências por parte do fisco.

Ouvido na Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa, o antigo governante afirmou que decidiu não publicar esta informação por “ter dúvidas na altura”. E deu duas razões para isso. “Achei que a publicação podia dar algum tipo de vantagem ao infrator”, constituindo um “alerta” relativamente ao nível e quantidade de informação prestada, algo que podia “prejudicar o combate à fraude e evasão”, começou por explicar. Paulo Núncio apontou depois para a “segmentação da informação”, que não distinguia os vários tipos de operação, nomeadamente entre as que dão origem a imposto, o que podia levar a interpretações incorretas, continuou.

Núncio acabou por admitir que a decisão de não publicar as estatísticas “poderá não ter sido” a “mais adequada“. Mas acrescentou que o excesso de informação pública pode ser “contraproducente”, em particular em matéria de combate à fraude e evasão fiscal. Paulo Núncio salientou, aliás, que a publicação de dados, que advém de um despacho, não corresponde a uma obrigação legal. E afirmou que a Autoridade Tributária seguiu os procedimentos acordados entre o seu gabinete e o do diretor-geral.

O antigo governante garante ainda que não comunicou a outros elementos elementos do Governo a sua decisão de não publicar as estatísticas. Questionado pelo Bloco de Esquerda sobre se o Executivo estava a par dessa opção, Paulo Núncio respondeu: “O Governo estava, eu era o responsável”.

Paulo Núncio está a ser ouvido no Parlamento sobre os dez mil milhões de euros que foram transferidos para paraísos fiscais entre 2011 e 2014 sem vigilância da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), situação que afirmou desconhecer. Embora os dados tenham sido reportados pelos bancos, parte da informação desapareceu dentro da própria administração fiscal, avançou o jornal Público, que denunciou o caso.

Paulo Núncio já pediu o abandono de funções no CDS, assumindo a “responsabilidade política” pela não publicação de dados relativos às transferências. A decisão surgiu pouco depois de Azevedo Pereira, responsável máximo da Autoridade Tributária entre 2007 e julho de 2014, ter atribuído ao secretário de Estado Paulo Núncio a decisão política de não disponibilizar publicamente os dados.

Esta quarta-feira, o antigo governante iniciou a sua audição dizendo que queria “desmistificar” um conjunto de questões: as transferências para offshores não passam previamente pelo crivo da AT uma vez que só são comunicados no ano seguinte; “na esmagadora maioria dos casos” as transferências não correspondem a rendimentos sujeitos a tributação; não há impostos perdidos, uma vez que a AT tem, pelo menos até 2024, para verificar impostos devidos; as transferências para paraísos fiscais caíram 12% entre 2011 e 2014 e, por fim, a não publicação de dados não interfere com a ação inspetiva da Inspeção Tributária no controlo dessas transferências”, afirmou Paulo Núncio.

(Notícia atualizada às 12h14 com mais informação)

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INE revê estimativa em alta: PIB subiu 2% no último trimestre de 2016

  • Margarida Peixoto
  • 1 Março 2017

A economia portuguesa cresceu 1,4% no conjunto do ano passado. Mas nos últimos três meses de 2016, o PIB aumentou 2% em termos homólogos. O valor foi revisto em alta face à estimativa provisória.

A economia portuguesa cresceu 2% no último trimestre de 2016, revelou esta quarta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). O valor foi revisto em alta face à estimativa provisória, que tinha sido de 1,9%. A melhoria do número não alterou, contudo, o valor para o conjunto do ano, que se manteve em 1,4%.

Tal como já tinha sido adiantado na estimativa rápida, o INE confirmou que a atividade económica andou a duas velocidades no ano passado: o primeiro semestre de 2016 foi mais fraco do que o segundo. Daí que a análise anual evidencie características bastante diferentes da análise trimestral.

Como correu o conjunto do ano?

Olhando para o conjunto de 2016, verifica-se um crescimento abaixo do conseguido em 2015, que atingiu 1,6%. A composição deste crescimento também foi diferente: o contributo da procura interna para a variação do PIB foi menor no ano passado, por causa do mau desempenho do investimento e “em menor grau”, diz o INE, pelo abrandamento do consumo privado.

Como consequência, as importações desaceleraram e a procura externa líquida acabou por dar um contributo maior para o crescimento de 2016, do que tinha sido dado em 2015. O INE nota que com estes resultados o saldo externo de bens e serviços aumentou significativamente — dos anteriores 0,7% do PIB para os atuais 1,2%. Mas este número beneficiou de ganhos nos termos de troca.

O resultado anual superou a meta mais recente do Governo — que apontou para 1,2% no âmbito da elaboração do Orçamento do Estado para 2017 — e as expectativas de vários economistas e da própria Comissão Europeia (ambos à espera de 1,3%). Ainda assim, fica aquém da primeira meta do Executivo para o ano de 2016, que era de 1,8%.

E como terminou 2016?

O quarto trimestre de 2016 trouxe uma novidade: o PIB cresceu ao ritmo mais elevado desde o segundo trimestre de 2010, quando aumentou 2,5% em termos homólogos. Este valor revela uma aceleração face ao terceiro trimestre, que ficou em 1,7% (também foi revisto uma décima em alta, face aos números anteriores).

Aqui, a leitura dos dados aponta para uma tendência substancialmente diferente dos valores anuais. O INE explica que esta aceleração do PIB resultou “do maior contributo da procura interna”. A diferença foi grande: em vez dos 1,1 pontos percentuais de contributo dado no terceiro trimestre, o contributo da procura interna para o crescimento nos últimos três meses de 2016 foi mais do dobro: 2,5 pontos percentuais.

A diferença está tanto numa recuperação do investimento, como numa aceleração do consumo privado. Mas nem tudo é positivo: à semelhança do que tem sido o registo histórico da atividade económica portuguesa, com a aceleração da procura interna as importações também aceleraram. Como este crescimento foi mais acentuado do que o das exportações, o resultado foi um contributo negativo da procura externa líquida de 0,6 pontos percentuais neste trimestre (longe dos anteriores 0,6 pontos positivos).

Fonte: INE

Já na análise em cadeia dos últimos três meses de 2016 o INE confirmou o valor que tinha sido avançado na estimativa provisória, de 0,6%. Os dados dos trimestres anteriores tiveram algumas revisões, ainda que sem impacto relevante para a leitura da tendência anual. Por exemplo, o crescimento em cadeia do terceiro trimestre foi revisto para 0,9%, em vez dos anteriores 0,8%. Mas o do segundo trimestre baixou para 0,2%, em vez de 0,3%. E o do primeiro trimestre subiu de 0,2% para 0,3%. O INE explica que estas revisões decorreram de nova informação sobre os deflatores de bens, no âmbito dos dado sobre o comércio internacional.

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Taxa de desemprego cai para 10,2% em dezembro

Ao todo, havia 520,7 mil pessoas desempregadas em dezembro, uma redução de 3,2% face ao mês anterior. A taxa de desemprego está no nível mais baixo desde março de 2009.

A taxa de desemprego definitiva de dezembro de 2016 caiu para 10,2%, valor que compara com os 10,5% de novembro e que fica em linha com as previsões do Instituto Nacional de Estatística (INE). A taxa de desemprego mantém, assim, a tendência de queda que tem vindo a registar desde o início do ano passado, e já está no nível mais baixo desde março de 2009.

Ao todo, havia 520,7 mil pessoas desempregadas em dezembro do ano passado, uma redução de 3,2% face a novembro. Já a população empregada aumentou ligeiramente, em 0,4%, para 4,6 milhões de pessoas, elevando a taxa de emprego para 59,1%, contra os 58,8% registados em novembro.

Entre os jovens, a taxa de desemprego fixou-se nos 26,2% em dezembro e, no arranque deste ano, terá caído para 25,7%. A confirmar-se, será a primeira vez que volta para a casa dos 25% desde setembro de 2009.

Já em janeiro deste ano, segundo a estimativa provisória divulgada pelo INE, a taxa de desemprego deverá manter-se nos mesmos 10,2%. Apesar de a taxa de desemprego se manter neste mês, a população desempregada deverá aumentar para 521,8 mil pessoas, enquanto a empregada deverá cair para 4,59 milhões de pessoas. A taxa de emprego deverá, assim, voltar a cair para 58,8%.

(Notícia atualizada às 11h25 com mais informação)

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Portugal 2020: Governo paga 60 milhões por mês às empresas

O ministro Pedro Marques revelou que "o ritmo de pagamentos de incentivos" está 50% acima da média de 2016. Este mês vão ser lanaçdos novos concursos de incentivos às empresas.

O ministro do Planeamento anunciou hoje que o Executivo está “a pagar às empresas mais de 60 milhões de euros por mês”, no âmbito dos incentivos comunitários. Pedro Marques, na Comissão de Economia e Obras públicas esta manhã, revelou que nos primeiros meses do ano “o ritmo de pagamentos de incentivos” está 50% acima da média de 2016.

“Até ao momento já pagámos 585 milhões de euros de incentivos às empresas, o que significa que estamos a antecipar em três anos o ritmo de execução do QREN“, o quadro comunitário anterior, acrescentou o ministro.

Na comissão parlamentar, o responsável sublinhou a importância da confiança das empresas, “que investem como há muito não faziam”, e que levou a que, em 2016, por duas vezes tenham batido recordes de candidaturas. Pedro Marques lembrou ainda que o Executivo aprovou “mais de 8.300 projetos empresariais, ou mais de 5,3 mil milhões de euros de investimento das empresas, que criarão mais de 25.000 empregos em Portugal”.

Estes dados, segundo o secretário de Estado do Desenvolvimento e Coesão, são uma prova de que “o PT2020 esteve ao serviço do desenvolvimento económico”. Nelson Souza sublinhou que existem mais de cinco mil milhões de euros em stock de projetos que vão agora sendo executados. “Três quartos dos pagamentos correspondem a despesa executa e paga por parte das empresas”, frisou o responsável, rebatendo, assim, as críticas de quem argumenta que estes pagamentos de serem apenas adiantamentos.

Nelson Souza fez um novo balanço da execução do Portugal 2020, incluindo o Programa de Desenvolvimento Rural e as Pescas. Até 31 de janeiro foram aprovados “mais de sete mil milhões de euros de financiamento no conjunto dos vários programas operacionais”. “Passou de quatro mil milhões para 11 mil milhões de euros de financiamento e, de 31 de dezembro a 31 de janeiro os pagamentos globais chegaram a 3,8 mil milhões de euros, fruto dos 2,5 mil milhões pagos neste período”, revelou, frisando que o Executivo elegeu “a aceleração e apoio ao investimento empresarial como das prioridades”.

Autarquias têm em obra 567 projetos

Outra das áreas em análise na comissão foram as autarquias. O ministro Pedro Marques, na sua intervenção inicial, revelou que foram lançados “concursos de 3.100 milhões de euros destinados às autarquias” e aprovados “1.278 milhões de euros de investimento autárquico“, quando ao chegarem ao poder “as autarquias não podiam apresentar os seus projetos, pois os concursos nem sequer tinham sido lançados“.

Nelson Souza especificou ainda que 40% destes 1,2 mil milhões foram investidos em territórios de baixa densidade populacional, “onde esse investimento faz mais falta e pode ter um maior efeito de alavanca e está mais próximo da população”.

Além disso, o ministro do Planeamento anunciou que “estão em obra 567 projetos ou com o concurso a decorrer”, que representa “um investimento de 400 milhões de euros”, projetos que se concentram nas áreas como património, requalificação e reconstrução de novas escolas, centros de saúde, ciclo urbano da água e resíduos, mobilidade urbana, combate ao insucesso escolar, reabilitação urbana e eficiência energética.

Pedro Marques lembrou ainda o lançamento em fevereiro dos concursos para a reabilitação de bairros sociais, “que permitirão investir 115 milhões na reabilitação de bairros sociais municipais”, do programa de valorização de áreas empresariais com um investimento 180 milhões de euros destinados melhorar as acessibilidades a indústrias já instaladas, mas também criar ou expandir as áreas de localização empresarial “em concelhos que carecem destes equipamentos”.

Estes anúncios valeram uma crítica do deputado Luís Leite Ramos que acusou o Governo de fazer anúncios consecutivos de investimentos sem se saber os critérios subjacentes a essas decisões. “Temos assistido às pregações do senhor ministro pelo país, com tantos anúncios e promessas repetidas. Parece um outro ex-ministro, Paulo Campo”, atirou o deputado social-democrata. “Para quem criticava os power points”, insinuou, acrescentando que só falta a tendinha VIP e o croquete”. Luís Leite Ramos foi mais longe dizendo que “há suspeitas de que o Governo tem um plano rodoviário para ajustar ao ciclo autárquico”.

“Um plano secreto de investimentos rodoviários?”, questionou Pedro Marques indignado. Então isso significa que o Governo está apostado ajudar Felgueiras, Viseu e Famalicão, câmaras presididas pelo PSD, atirou o ministro, lembrando que o Partido socialista tem a maioria das câmaras do país. “A nossa preocupação é o país”, concluiu.

Novos concursos em março

O secretário de Estado do Desenvolvimento e Coesão, Nelson Souza, anunciou ainda que em março vão ser lançados concursos de apoio às empresas, na áreas da inovação produtiva, qualificação e internacionalização de empresas e da Investigação & Desenvolvimento. Uma tradução da importância que o Executivo quer continuar a dar às empresas e que já teve reflexos nos dados do investimento que cresceu 3,95% em termos homólogos no quarto trimestre (formação bruta de capital fixo).

Esta foi a resposta ao deputado António costa Silva que questionou o Governo sobre se iria lançar mais concursos para as empresas ao nível dos sistemas de incentivos ou “recorrer a fundos de capitalização”, tendo em conta as elevadas taxas de compromisso que existem ao nível dos fundos comunitários.

Nelson Souza revelou ainda que na próxima semana vai ser lançado o sistema de incentivos à criação de empresas e do emprego e nessa altura será divulgado o sistema relativamente aos apoios geridos pelas Comunidade Intermunicipais e Desenvolvimento Local de Base Comunitária (DLBC) ou grupos de ação local. “É preferível ir um pouco mais devagar mas avançar de forma segura”, concluiu.

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Rolex, Lego e Walt Disney são as marcas mais reputadas do Mundo

A Rolex, Lego e Disney são as marcas mais reputadas do Mundo, segundo o "ranking" elaborado pela consultora norte-americana Reputation Institute.

Luxo e diversão lideram nas marcas com mais reputação no mundo. A Rolex, Lego e a Disney foram consideradas pelos consumidores como as marcas mais confiáveis do mundo, segundo um estudo do Reputation Institute.

A Rolex mantém a liderança pelo segundo ano consecutivo, depois de ter destronado a BMW, e atinge 80 pontos, dos cem possíveis, uma classificação considerada como excelente. Esta é de resto a primeira vez que a empresa líder atinge a categoria de excelente.

Em segundo lugar aparece a dinamarquesa Lego, que rouba assim o lugar à Disney, que este ano desce para o terceiro lugar. A Lego o ano passado ocupava a quarta posição do ranking.

O ranking global RepTrak 100 elabora a reputação corporativa das empresas junto de consumidores dos 15 maiores mercados do mundo ( Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Itália, Japão, México, Rússia, Coreia do Sul, Espanha, Reino Unido e EUA) e mede o desempenho de cem empresas em sete dimensões da reputação como desempenho, produtos e serviços, inovação, liderança e desempenho, governance, cidadania, local de trabalho.

Do “Top ten” fazem ainda parte a Canon, Google, Bosch, Sony, Intel, Rolls-Royce e Adidas.

Em termos de tendências constata-se que sete dos dez primeiros lugares estão ocupados por produtos de consumo. Já no setor das tecnologias o destaque vai para a Intel que volta ao top ten após uma ausência de um ano, enquanto a Google caiu dois lugares no ranking, e a Microsoft foi mesmo expulsa ocupando agora a 11ª posição. Já a Apple ocupa o 20º lugar.

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Candidato às presidenciais francesas e mulher chamados a depor

Fillon é acusado de ter criado um esquema para remunerar a mulher por um emprego que ela não desempenhava.

François Fillon, candidato às eleições presidenciais de França, teve de cancelar uma visita a uma feira agrícola em Paris porque foi chamado por juízes de instrução para depor, avança o jornal francês Le Journal du Dimanche. A sua mulher, Penelope Filon — que o site Mediapart chegou a noticiar que tinha sido detida, informação entretanto desmentida –, também foi chamada e está a depor.

Em causa está uma polémica que tem vindo a manchar a campanha de Fillon. O candidato à presidência e antigo primeiro-ministro francês é acusado de ter criado um esquema para remunerar a mulher, com dinheiros públicos, por um emprego que ela não desempenhava no Parlamento. O inquérito já foi alargado aos empregos dos seus filhos.

Este mês, em conferência de imprensa, o candidato às presidenciais negou que tenha agido de forma ilegal, ainda que reconheça ter empregado a sua mulher enquanto assistente parlamentar. São factos “reais”, mas “legais e transparentes”, sublinhou. Apesar de negar as acusações, a justiça francesa poderá agora avançar com uma investigação sobre as finanças da família Fillon, avança a Bloomberg.

Entretanto, Fillon anunciou que vai fazer uma declaração às 12h00, em Paris, na sede da sua campanha. Para já, os seus porta-vozes garantem à imprensa francesa que Fillon se mantém na corrida.

Notícia atualizada às 10h49 com mais informação.

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Núncio desconhecia dados dos offshores até serem publicados

  • Marta Santos Silva
  • 1 Março 2017

Paulo Núncio descartou responsabilidades em relação aos dez mil milhões de euros, que diz desconhecer, assumindo no entant a decisão de não publicar estatísticas. Rocha Andrade será ouvido às 17h30.

Paulo Núncio e Fernando Rocha Andrade seriam os primeiros responsáveis políticos a serem ouvidos, esta quarta-feira, sobre o caso das transferências para offshores que não terão sido alvo de controlo por parte da Autoridade Tributária. No entanto, Rocha Andrade só será ouvido mais ao final da tarde ou na quinta-feira, após uma audição que se prolongou por quase quatro horas.

O ECO preparou-lhe um guia do que já se disse e do que falta saber sobre a questão.

Acompanhe aqui em direto a audição em comissão parlamentar dos dois responsáveis.

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