Multas renderam mais de 200 mil euros por dia

  • Ana Luísa Alves
  • 30 Janeiro 2017

As infracções de trânsito cometidas pelos condutores geraram coimas num valor total de 78 milhões de euros no último ano.

As infrações na estrada renderam mais de 200 mil euros por dia, no ano passado. Foram arrecadados mais de 78 milhões de euros pela PSP e GNR só em multas de trânsito.

Com os valores registados em 2016, segundo os dados da execução orçamental, as infrações ao Código da Estrada renderam menos 11,6 milhões de euros do que os 89,90 milhões de euros registados em 2015, evidenciando uma quebra de 13%.

Os dados do ano passado tornaram-se públicos esta segunda-feira pela Direção-Geral do Orçamento, noticiados pelo Correio da Manhã (acesso pago), e revelam que a Administração Central cobrou menos dinheiro no conjunto do item ‘Taxas, Multas e Outras Penalidades’. Entre 2015 e 2016 notou-se uma redução de aproximadamente 34 milhões de euros, entre os 2.838 milhões de euros registados no ano passado e os 2.873 milhões de euros registados em 2015.

No caso da Administração local, este mesmo item rendeu 212,3 milhões de euros no ano passado, mais 23,6 milhões de euros que em 2015. Em Lisboa, as multas passadas pela EMEL têm crescido ao ponto de a Câmara contar, para este ano, com uma verba de 15 milhões de euros, a aplicar na Carris.

Os dados sobre as contraordenações tributárias e as taxas moderadores de saúde também foram apresentados pela execução orçamental. As primeiras desceram 25,7%, e as segundas caíram também 13,8%. Segundo a mesma fonte, em 2015 os estabelecimentos de Saúde cobraram 189,5 milhões de euros em taxas moderadoras, mas no ano passado este valor foi de 168,7 milhões de euros.

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O problema da Padaria Portuguesa… está na massa

  • João Santana Lopes
  • 30 Janeiro 2017

Da economia teórica passamos para a economia comestível, pela mão do embaixador Seixas da Costa. A polémica à volta da Padaria Portuguesa continua a ser discutida nas redes sociais.

Desengane-se quem pensa que vai ler mais uma crítica às declarações de um dono (ou de outro) da Padaria Portuguesa sobre o mercado de trabalho em Portugal. Na verdade, o embaixador Seixas da Costa o que critica é mesmo… a massa, o pão.

Sobre as declarações proferidas pelo dono da Padaria Portuguesa, Nuno Carvalho, (Expresso) o diplomata diz que não o “impressionaram muito” e que avalia “as padarias pelo pão” e “não pelo discurso tipo escola de Chicago”.

Francisco Seixas da Costa no Facebook:

NÃO VOU À TAL PADARIA …
… mas não (sorry!) pelas mesmas razões de quantos decidiram deixar de ir.

Também ouvi as declarações do padeiro (é ele que assim se autoqualifica, em posterior entrevista ao Expresso, e acho que temos de respeitar isso). Confesso que nem sequer me impressionaram muito. Tenho ouvido bem pior, em seguidores da vulgata liberalóide.

Não vou à Padaria Portuguesa (embora não exclua entrar futuralmente em alguma, se me apetecer tomar alguma coisa) porque, das minhas anteriores visitas às lojas daquela cadeia, não me ficou uma impressão muito positiva sobre a qualidade dos produtos que experimentei – a começar pelo pão, que sempre me pareceu banal e cuja variedade ali oferecida não me satisfez. E julgo que a imagem junta, que já tem alguns anos, é elucidativa da importância que pessoalmente dou ao tema…

Eu avalio as padarias pelo pão, não pelo discurso tipo escola de Chicago de padeiros em fato talvez Armani, onde, aliás, não vislumbrei nenhum saudável empoeiramento de farinha. E um padeiro sem farinha é como um mecânico sem óleo no fato-macaco. Não transmite confiança. É o caso.

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Tombo dos CTT na pior sessão do ano na bolsa de Lisboa

Correios tombam mais de 10% e deixam investidores nacionais em sentido. Mas pessimismo do mercado vai além fronteiras justamente porque Trump fechou as fronteiras aos refugiados.

Os sentimentos estão ao rubro também nos mercados financeiros por causa da ordem de Trump para travar a entrada de refugiados nos EUA. Lisboa não escapa à maré vendedora que se assiste em todo o Velho Continente e vai registando a pior sessão do ano. E tudo por causa das ações do CTT que continuam a afundar mais de 10% depois de a empresa de serviço e banco postal ter revisto em baixa as perspetivas para a sua atividade. Milão cai 2%. Há forte aversão ao risco.

O PSI-20, o principal índice português, cede 1,69% para 4.531,89 pontos, numa altura em que apenas uma cotada (Pharol) segue em terreno positivo. Das que negociavam sob pressão vendedora, destaque pleno para os CTT, cujos títulos estão que queda livre depois de a cotada lidera por Francisco Lacerda ter anunciado na sexta que o EBITDA vai cair mais do que o esperado depois de o negócio com a entrega de cartas ter recuado no último trimestre do ano. Por causa disto, várias casas de investimento cortaram a avaliação para as ações dos CTT.

“Isto é obviamente bastante negativo e a evolução do volume de tráfego postal no segundo semestre foi especialmente desapontante, o que juntamente com um efeito mix negativo (menos correio registado) levou a uma grande queda nas receitas de correio”, diziam os analistas do Haitong, que colocaram os CTT sob revisão.

CTT já não dão cartas

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Fonte: Bloomberg (valores em euros)

Também o BCP afunda mais de 3% para os 0,1485 euros, com os direitos do aumento de capital a recuarem mais de 6% no último dia em bolsa. E, entre as grandes cotadas, a Galp cai 1,3% e a Jerónimo Martins perde 0,6%.

No mercado de dívida, que também influencia o comportamento do mercado acionista nacional, os juros das obrigações a 10 anos voltam a agravar-se esta segunda-feira para níveis acima dos 4,2%. Uma evolução que surge depois dos avisos do Eurogrupo sobre a necessidade de o Governo implementar mais reformas. Lembra-se da emissão sindicada de dívida no início do ano? Está a ser um mau negócio para os investidores.

Juros em escalda desde o início do ano

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Fonte: Bloomberg (valores em %)

No plano europeu, o FTSE Mib lidera as perdas. O índice milanês recua 1,93% para 18.955,24 pontos. Mas as perdas estendem-se a todo a região: as bolsas de Madrid e Paris cedem ambas 0,9%, o DAX 30 de Frankfurt cai 0,8%.

Michael Hewson, analista da CMC Markets, escreveu, numa nota citada pela Bloomberg, que os protestos em massa depois da decisão de Donald Trump de proibir a entrada de refugiados de alguns países nos EUA “atiraram os investidores para a berma da estrada”, acrescentando que está a crescer a incerteza do mercado em relação à possibilidade de o Presidente norte-americano provocar danos na maior economia do mundo.

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O Plano B das empresas para contrariar Trump

O Starbucks vai dar emprego a refugiados, a Lyft doa um milhão à caridade, a Viber oferece chamadas grátis e a Virgin Airlines voos para outros destinos. Ninguém fica indiferente à "travel ban".

Há protestos à entrada dos aeroportos, advogados a oferecerem os seus serviços, críticas vindas de todo o espetro político e governos estrangeiros a repreender a decisão do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impedir através de ordem executiva que cidadãos de sete países de maioria muçulmana entrassem nos EUA, mesmo que tivessem títulos válidos para o fazer. Também no meio empresarial se multiplicam as reações, com os CEOs de startups e grandes empresas a criticarem abertamente a ordem executiva de Trump e a apresentarem estratégias de protesto.

Entre doações para ONGs, ofertas de emprego e casa a refugiados ou chamadas gratuitas, as empresas apressam-se a apresentar a forma como vão reagir, assim como a condenar a ordem executiva. Uma coisa é certa: ninguém fica indiferente às decisões de Trump, e na primeira linha estão as transportadoras aéreas.

No limbo, companhias aéreas oferecem voos e mudanças

As empresas de aviação estão a ser das mais diretamente afetadas pelas instruções de Donald Trump, que ao entrarem em vigor passaram mesmo a afetar passageiros que já se encontravam em viagem. As companhias aéreas devem impedir que os passageiros entrem em voos se não tiverem a devida documentação para entrar no país de destino, e podem ter consequências se não o fizerem, por exemplo terem de suportar os custos de trazer os passageiros de volta.

A British Airways e a Virgin Atlantic, duas companhias de aviação britânicas, ofereceram aos seus passageiros que fossem afetados pela nova ordem executiva de Donald Trump a oportunidade de pedir um reembolso total dos custos dos bilhetes ou a de alterar o voo para outra data — a proibição presidencial tem um prazo de 90 dias, altura em que poderá ou não ser renovada.

A Virgin foi mesmo mais longe, propondo aos passageiros “que já não pretendam viajar para os Estados Unidos” que mudassem os seus voos para outros destinos se assim o desejassem.

Starbucks vai contratar dez mil refugiados

Howard Schultz, o CEO da Starbucks, apressou-se a responder à ordem executiva de Donald Trump manifestando não só “uma profunda preocupação” mas também anunciando uma nova medida da cadeia de cafés de contratar dez mil refugiados nas suas lojas por todo o mundo ao longo dos próximos cinco anos.

Numa carta enviada aos empregados da empresa, Howard Schulz escreveu: “Vivemos em termos sem precedentes, em que estamos a presenciar a consciência do nosso país e a promessa do Sonho Americano a serem colocadas em questão”. O Starbucks apresentou assim uma série de medidas incluindo a promessa de contratar dez mil refugiados nos 75 países onde a cadeia tem presença, incluindo aqueles que trabalharam como intérpretes para o exército dos Estados Unidos em zonas de guerra, assim como de ajudar a financiar os jovens que estejam nos Estados Unidos com a ajuda do programa DACA.

Lyft vai dar um milhão à ACLU

A plataforma de transporte individual Lyft, concorrente direta da Uber, aproveitou para anunciar que vai dar um milhão de dólares à ACLU, uma organização não-governamental de defesa dos direitos individuais, ao longo dos próximos quatro anos. A ACLU foi uma das primeiras organizações a bater-se legalmente contra a proibição de entrada no país decretada por Donald Trump, e conseguiu que um dos seus processos levasse uma inibição temporária dos efeitos da ordem executiva.

“Banir as pessoas com base numa fé ou credo, raça ou identidade, sexualidade ou etnia, de entrar nos Estados Unidos é a antítese dos valores da Lyft e da nossa nação”, escreveram os cofundadores da Lyft, Logan Green e John Zimmer, no blogue da startup.

Airbnb dá casas a refugiados

Embora sem detalhar para já como o seu projeto se vai concretizar, a empresa de partilha de casas e alojamento local Airbnb anunciou que iria ajudar os refugiados ou outras pessoas impedidas de entrar nos Estados Unidos a ter um sítio onde ficar, oferecendo alojamento gratuito através da plataforma. O CEO Brian Chesky anunciou a medida no Twitter, prometendo pormenores para mais tarde.

Para Chesky, a decisão de Donald Trump “não é correta”. “Abrir portas une-nos. Fechar portas divide-nos ainda mais”, afirmou.

Viber: “Chamadas gratuitas para países banidos”

As famílias que ficarem separadas devido à proibição decretada por Donald Trump relativamente a sete países — o Iémen, a Somália, o Sudão, a Líbia, a Síria, o Irão e o Iraque — que impede mesmo pessoas com vistos de residência válidos de entrarem nos Estados Unidos poderão ter uma boa forma de se manter em contacto com a ajuda da Viber, uma aplicação de chamadas e mensagens através da Internet. O CEO da proprietária da Viber, a Rakuten, anunciou que a aplicação iria permitir chamadas gratuitas entre os EUA e os países vetados a partir desta terça-feira.

O CEO Hiroshi Mikitani considerou que a ordem executiva era resultado de “discriminação de seres humanos com base na religião ou nacionalidade”.

Táxis de Nova Iorque fazem greve de uma hora

A aliança de taxistas nova-iorquinos decretou a sua oposição à proibição, que considerou “desumana e inconstitucional”, e aproveitou para decretar uma greve ao aeroporto de Nova Iorque, o JFK, durante a manifestação que lá decorria.

“O nosso sindicato de 19 mil membros está firmemente contra a proibição de muçulmanos de Donald Trump”, escreveu a NY Taxi Workers Alliance numa declaração oficial. “Enquanto uma organização cujos membros são predominantemente muçulmanos, uma força de trabalho quase universalmente imigrante, e um movimento da classe trabalhadora que está fundamentado na defesa dos oprimidos, dizemos que não a esta proibição desumana e inconstitucional”.

Uber promete proteger motoristas e é acusada de “furar greves”

A greve dos taxistas causaria problemas inadvertidos à Uber, que anunciou que, durante a greve, desligaria a inflação dos preços devida à maior procura. A decisão foi interpretada por utilizadores da aplicação como uma intenção por parte da Uber de beneficiar economicamente da greve durante a manifestação, o que levou a um apelo ao boicote que se traduziu na hashtag #DeleteUber, que reunia imagens de pessoas a apagarem a aplicação dos seus smartphones.

A Uber, no entanto, defende que desligou a inflação dos preços para evitar fazer lucros adicionais devido ao protesto, conforme explicou num comunicado: é o mesmo que a empresa faz durante desastres naturais, por exemplo, para não aumentar o lucro devido à maior procura provocada pelo desespero. “Lamentamos qualquer confusão provocada pelo nosso tweet, não pretendíamos furar qualquer greve”, lia-se na declaração citada pela CNN.

Afinal, o CEO da Uber, Travis Kalanick, anunciou abertamente a sua oposição feroz à ordem executiva, tendo mesmo anunciado medidas para compensar os motoristas que seriam afetados e perdessem rendimentos. A empresa, afirmou, criou ainda um fundo de três milhões de dólares para ajudar a defender legalmente os milhares de motoristas que usam a plataforma e que ficariam impedidos de trabalhar.

Travis Kalanick pertence ao conselho que o Presidente Trump escolheu para reunir CEOs de várias empresas e startups, e disse que iria usar a sua posição nesse conselho para “defender o que está correto”. Elon Musk, da Tesla, também pertence a esse grupo.

“Refugiados bem-vindos”, lê-se no cartaz de protesto empunhado por um manifestante junto ao aeroporto LAX em Los Angeles, Califórnia. / Dania Maxwell/Bloomberg

 

Google cria um fundo de emergência de 4 milhões

O CEO da Google, Sundar Pichai, decidiu no domingo à noite criar um fundo de emergência para os refugiados afetados pela nova ordem dada por Donald Trump. Dois milhões de dólares vão ser doados pela própria Google enquanto os restantes dois milhões devem ser angariados através de outras doações, noticia o USA Today. Segundo a imprensa norte-americana, este é o maior fundo de emergência que a empresa criou.

Estamos preocupados com o impacto desta ordem e qualquer proposta que possa impor restrições em ‘Googlers’ (utilizadores do Google) e as suas famílias, ou que possam criar barreiras à chegada de bom talento aos EUA”, escreve a tecnológica num comunicado. “Vamos continuar a fazer com que as nossas visões nesses assuntos sejam conhecidas pelos líderes de Washington ou de qualquer outro lado”, garante a Google. O destino do dinheiro será para as seguintes instituições: American Civil Liberties Union, Immigrant Legal Resource Center, International Rescue Committee e a Agência de Refugiados da ONU.

(Atualizado às 15h01)

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Bloco recomenda nacionalização do Novo Banco

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 30 Janeiro 2017

Projeto de resolução dos bloquistas diz que a nacionalização é "a opção menos penalizadora para o erário público".

O Bloco de Esquerda quer garantir que o Novo Banco fica na esfera pública e já apresentou no Parlamento um projeto de resolução que recomenda ao Governo a nacionalização do Novo Banco. O PCP também já tinha avançado com um projeto de resolução no mesmo sentido, que será discutido na sexta-feira.

O projeto dos bloquistas recomenda ainda que o Governo garanta “a rigorosa avaliação” do balanço do Novo Banco, a “melhor defesa dos interesses financeiros do Estado, e o apuramento consequente de todas as responsabilidades, anteriores e decorrentes da resolução do Novo Banco” e ainda “um debate alargado e democrático sobre o seu desígnio estratégico”.

O texto do Bloco começa por afirmar que o Novo Banco “é uma instituição financeira pública”, apontando para a decisão da Comissão Europeia sobre a resolução do Banco Espírito Santo. E acrescenta que é “difícil entender as propostas” de compra que se “colocaram, até agora, em cima da mesa”. “Depois de um primeiro processo falhado, devido ao baixo valor das propostas, a segunda tentativa caminha no mesmo sentido“, continua.

Os deputados bloquistas entendem que “é legitimo e necessário questionar o comportamento das instituições que conduziram a resolução do BES, nomeadamente do Banco de Portugal” e que “o caso do Novo Banco, bem como o do Banif depois dele, é exemplificativo da completa desadequação da legislação existente para lidar com crises bancárias”.

O Governo não deve ceder “a qualquer tipo de pressão ou chantagem na condução do processo do Novo Banco”, diz o Bloco, e “a solução encontrada “deve responder ao interesse do país”, independentemente “da intransigência das instituições Europeias a este respeito”.

O projeto de resolução aponta ainda para questões relacionadas com a “nacionalidade” do sistema bancário e a natureza da sua propriedade. Em 2015, dos cinco maiores bancos do país, dois eram portugueses, frisa o Bloco, referindo-se à Caixa Geral de Depósitos e ao Novo Banco. “Se o Novo Banco for vendido, praticamente 70% da banca portuguesa relevante ficará em mãos estrangeiras”, acrescenta. E porque é isto importante? Porque “em momentos de instabilidade financeira, os bancos estrangeiros são os primeiros a reduzir a sua atividade, ou mesmo abandonar o país” e porque há uma dificuldade de “escrutínio”, diz o documento.

O BE acredita que “só a propriedade pública garante o controlo dos setores estratégicos a partir de Portugal” e acrescenta que “a pior opção possível seria, não apenas a venda do Novo Banco a capitais estrangeiros, mas a fundos de investimento abutres, como é o caso da Apollo, da Lone Star ou da Fosun”.

“Uma vez que os fundos utilizados para injetar no Novo Banco são, de facto, públicos, também a sua propriedade o deve ser”, remata. O Bloco sabe que a nacionalização terá custos, mas diz que todos os dados apontam para que seja esta “a opção menos penalizadora para o erário público, com uma vantagem inegável: uma vez pago, o Estado controla o seu banco e pode geri-lo ao longo do tempo.”

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Governo português “muito preocupado” com medidas anti-imigração de Trump

  • Lusa
  • 30 Janeiro 2017

As mais recentes medidas implementadas pelo novo presidente dos Estados Unidos provocam preocupação no Governo português, sobretudo com a proibição de entrada de nacionais de sete países.

O Governo português disse hoje ver “com muita preocupação” a proibição de entrada nos Estados Unidos de nacionais de sete países, incluindo refugiados, afirmando que estas medidas são ilegais à luz da legislação portuguesa e europeia.

A ordem executiva assinada pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, na sexta-feira pouco antes das 17h00 locais (22h00 em Lisboa) proíbe a entrada a todos os refugiados durante 120 dias, assim como a todos os cidadãos de sete países de maioria muçulmana (Síria, Líbia, Sudão, Irão, Iraque, Somália e Iémen) durante 90 dias.

“O Governo português vê com muita preocupação” as medidas impostas nos últimos dias pela nova administração norte-americana, disse à Lusa o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, que fez questão de vincar que Portugal e a União Europeia têm “uma política de vistos bastante diferente” das decisões do Presidente dos EUA, Donald Trump.

Desde logo, o ministro português sublinhou que “é inconcebível que se negue o direito de entrada a pessoas que têm autorização de residência no país”.

“É, em termos europeus, absolutamente ilegal”, salientou.

Durante o fim de semana, 109 pessoas foram detidas nas fronteiras e cerca de 200 foram impedidas de voarem para os Estados Unidos.

Os cidadãos daqueles sete países que possuem uma autorização de residência permanente (‘green card’) nos Estados Unidos “não são afetados”, disse no domingo o chefe de gabinete da Casa Branca, Reince Priebus, adiantando, no entanto, que poderão ser questionados aprofundadamente à sua chegada ao país.

No entanto, houve relatos de imigrantes a residir nos Estados Unidos que não conseguiram regressar ao país nos últimos dois dias.

“Há neste momento uma incerteza nos Estados Unidos porque a administração norte-americana diz que não tomou essa medida. Não posso pronunciar-me”, comentou Santos Silva.

Por outro lado, “no quadro da legislação europeia e portuguesa, não é possível negar a entrada a quem quer que seja, por razões ligadas à religião ou por razões que decorram apenas da cidadania do requerente de visto de entrada”, referiu o ministro.

“Não podemos usar critérios do tipo ‘todos os cidadãos do país X ou Y’ estão impedidos de entrarem no prazo de tantas semanas. Isso não é possível”, disse Santos Silva, no que apontou ser “uma diferença muito clara em relação à medida da nova administração norte-americana”.

Quanto ao acolhimento de refugiados, o ministro português referiu que “é uma obrigação moral e legal, que o direito humanitário impõe”.

“Do ponto de vista português e europeu, o acolhimento de refugiados não pode ser suspenso para refugiados do país A ou B desde que esse país seja considerado como um país inseguro, à luz do direito internacional”, destacou.

Questionado sobre a comunidade portuguesa e lusodescendente nos Estados Unidos, o governante voltou a transmitir “uma mensagem de tranquilidade”, reiterando não ter “qualquer sinal de que os portugueses tenham algum motivo de preocupação”.

O ministro garantiu que as autoridades portuguesas prestarão imediatamente apoio a cidadãos com dupla nacionalidade – por exemplo, portuguesa e síria – que se possam ver impedidos de entrar nos Estados Unidos.

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Portugueses fizeram mais de 7 milhões de viagens no verão

Mais de um terço dos residentes em Portugal fez, pelo menos, uma viagem no terceiro trimestre. As deslocações de curta duração representaram mais de metade do total de viagens feitas no verão.

Os residentes em Portugal fizeram mais de sete milhões de viagens turísticas no último verão. As deslocações de curta duração foram a grande preferência, correspondendo a mais de metade do total de viagens, enquanto as viagens ao estrangeiro representam menos de 10% do total.

Os dados foram divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que dá conta de que, ao todo, os residentes no país realizaram 7,63 milhões de deslocações turísticas no terceiro trimestre do ano passado, um aumento de 9,6% face a igual período de 2015. Neste período, mais de um terço (36,3%) dos residentes em Portugal fez, pelo menos, uma deslocação turística.

Destas, mais de quatro milhões foram deslocações de curta duração, uma subida de 11,8% do que no terceiro trimestre de 2015. Já as viagens em território nacional aumentaram em 9,9%, enquanto as viagens para fora do país subiram 9,4%. Feitas as contas, 6,9 milhões de viagens (ou mais de 90% do total) foram domésticas.

Lazer, recreio ou férias foi o principal motivo que justificou as viagens feitas no terceiro trimestre, seguindo-se a visita a familiares ou amigos, com 4,6 milhões e 2,5 milhões de deslocações feitas por estes motivos, respetivamente. As viagens por motivos profissionais ou de negócios (359 mil, um aumento homólogo de 10,4%) mantiveram o seu peso relativo de 4,7%.

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Dívida de Portugal está a ser um dos piores negócios do ano

Portugal realizou uma das 177 emissões de dívida através de sindicato bancário do ano. A operação, que contou com a taxa mais elevada desde a troika, está a ser um mau negócio para os investidores.

Portugal abriu o programa de financiamento deste ano com uma emissão de dívida através de sindicato bancário. Colocou três mil milhões de euros em títulos a dez anos que estão a revelar-se um mau negócio para quem investiu. Entre os emitentes soberanos, considerando a maturidade da operação, a dívida nacional é a que está a dar mais prejuízo fruto do agravamento das taxas nas últimas semanas para máximos de 2014.

Foi a 11 de janeiro que o IGCP avançou com a primeira emissão de dívida do ano. Tendo em conta o montante a emitir, recorreu aos bancos para colocar três mil milhões de euros pelos quais acabou por aceitar pagar uma taxa de juro de 4,227%, a mais elevada desde a troika. Os juros foram elevados, mas no mercado secundário, onde os investidores trocam os títulos entre si, subiram ainda mais.

A Bloomberg aponta para um aumento de 14,7 pontos base do spread dos títulos a dez anos entre a altura da emissão e o momento atual, destacando Portugal como o que registou o pior desempenho. Considerando emissões sindicadas a dez anos, é a pior. Supera Espanha, por exemplo, sendo que no topo da tabela está a Irlanda, mas neste caso com títulos a 30 anos (aumento de 22,5 pontos base no spread).

Juros portugueses em máximos

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Fonte: Bloomberg

Este desempenho traduz a pressão crescente que tem vindo a ser sentida nos juros da dívida nacional, levando a taxa de referência a subir para níveis que não se registavam desde março de 2014. A taxa a dez anos superou os 4,2%, agravando-se em mais de seis pontos só na primeira sessão desta semana, numa altura em que todos os países do euro estão a sentir um aumento das taxas. Contudo, a evolução dos juros nacionais revela-se mais negativa do que a dos restantes países, penalizando muitos investidores.

“A transação beneficiou da participação de uma matriz granular de investidores institucionais”, referiu, à data da emissão, o instituto liderado por Cristina Casalinho. “A distribuição geográfica foi diversificada com grande participação de investidores sediados em França, Itália, Espanha e Reino Unido. Por tipo de investidor, a maior parte da procura veio de gestores de fundos, bancos/bancos privados e seguradoras/fundos de pensões”, acrescentou. São estes investidores que agora estão a perder dinheiro.

Pressão? Não há stress

Apesar da pressão no mercado, Mário Centeno mantém a calma. O ministro das Finanças diz que esta tensão é passageira. A dívida pública está a recuar, sendo que o financiamento para este ano “está sob controlo”, afirmou o responsável pela pasta das Finanças do Governo de António Costa à Bloomberg, à saída da última reunião do Eurogrupo em que Portugal voltou a ouvir recados Jeroen Dijsselbloem.

A volatilidade nos mercados sublinha a necessidade de Portugal acelerar as reformas e de fortalecer os bancos”, disse o presidente do Eurogrupo, salientando, no entanto, que é isso que “está a ser feito neste momento”. “Penso que estão a tomar as medidas adequadas”, acrescentou, citado pela Lusa.

“A questão dos juros da dívida é o problema mais sério que temos. Tenho dificuldade em perceber que responsabilidade políticos desvalorizarem esta subida. Os juros passaram a barreira dos 4%”, disse Luís Marques Mendes no seu comentário semanal na SIC. O problema não é dramático como o foi em 2011, “mas é preocupante. É diferente porque há o BCE. Se não ajudar, é um problema”, salientou.

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Nestlé investe no maior centro de distribuição nacional

  • Juliana Nogueira Santos
  • 30 Janeiro 2017

O Centro de Distribuição de Avanca vai receber quatro milhões de euros para obras de remodelação e ampliação. Este é responsável por 80% da expedição nacional.

A Nestlé Portugal vai investir quatro milhões de euros no seu principal centro de distribuição nacional. Situado em Avanca, este centro responsável por 80% da expedição da marca vai ser alvo de obras de remodelação e ampliação.

Neste centro funciona também a fábrica onde se produzem marcas como Cerelac, Nestum, Chocapic e Mokambo. Metade dos produtos aí produzidos têm como principal destino a exportação. A estrutura portuguesa deste grupo alimentar suíço conta neste momento com três fábricas — no Porto, em Avanca e na Lagoa, Açores –, um centro de distribuição nacional — em Avanca –, e cinco delegações comerciais.

Para Jörg Deubel, Diretor de Operações Logísticas da Nestlé Portugal, este passo é um reconhecimento para a fábrica: “Ao aprovar este considerável investimento no nosso Centro de Distribuição de Avanca, a Nestlé está a reconhecer a excelência das nossas operações logísticas locais e a importância do polo de Avanca na estrutura industrial da Nestlé em Portugal”.

A obra terá também uma componente ambiental, visto que vai permitir reduzir significativamente as movimentações intermédias de carga. Esta vai ficar concluída em 2018.

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Saúde: Portugal sobe seis posições em ranking que avalia 35 países

  • ECO
  • 30 Janeiro 2017

Depois do recuo em 2015, Portugal avança agora para o 14º lugar. A Holanda está em primeiro.

Portugal subiu seis lugares no Euro Health Consumer Index 2016. O sistema de saúde português ocupa agora a 14º posição entre 35 países, depois de ter superado países como o Reino Unido e Espanha.

O sistema de saúde português obtém 763 pontos (em mil) e ultrapassa o Reino Unido, nota o estudo da Health Consumer Powerhouse (HCP), que fala numa ascensão “muito impressionante”.

O ano de 2016 registou assim uma subida, depois de 2015 ter sido marcado por um revés no posicionamento “sobretudo devido aos pacientes serem menos positivos sobre os tempo de espera”. Naquele ano, Portugal caiu setes posições, o que a HCP define como um “pequeno recuo”, explicando que, para os países posicionados a meio da tabela, uma pequena mudança na pontuação pode resultar numa alteração “dramática” no ranking.

Em 2016, o primeiro lugar da tabela é ocupado pela Holanda, que tem estado sempre no top 3 desde 2005, quando foi criado este ranking. Segue-se a Suíça.

De acordo com o estudo, já citado pelo Público, alguns dos pontos fraco de Portugal (assinalados a vermelho na escala de cores atribuída pela HCP) dizem respeito aos tempos de espera para aceder diretamente a um especialista ou ao número de nascimentos por cesariana, por exemplo.

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Taxa de desemprego volta a cair em novembro

Ao todo, havia 537,7 mil pessoas desempregadas em novembro do ano passado, menos 1,3% do que no mês anterior. A taxa de desemprego caiu para 10,5%, o nível mais baixo desde 2009.

A taxa de desemprego definitiva de novembro de 2016 caiu para 10,5%, valor que compara com os 10,6% de outubro. O resultado está em linha com as previsões do Instituto Nacional de Estatística (INE) e representa a taxa de desemprego mais baixo desde abril de 2009.

Ao todo, havia 537,7 mil pessoas desempregadas em novembro do ano passado, menos 1,3% do que no mês anterior. A população empregada aumentou ligeiramente, totalizando 4,581 milhões de pessoas.

Foi entre os jovens que se registou a melhoria mais significativa. Em novembro, a taxa de desemprego jovem fixou-se nos 27,2%, uma redução de cinco pontos percentuais face à taxa registada em outubro. Feitas as contas, havia 99 mil jovens desempregados nesse mês, menos 700 do que em outubro.

Já em dezembro, segundo a estimativa provisória divulgada pelo INE esta segunda-feira, a taxa de desemprego deverá voltar a cair, desta vez para 10,2%. Nesse mês, a estimativa do INE aponta para que a população desempregada seja de 519,5 mil pessoas e a empregada de 4,587 milhões de pessoas.

A confirmarem-se estes números em dezembro do ano passado, a taxa de desemprego terá caído em dois pontos percentuais face ao último mês de 2015 e o número de pessoas desempregadas terá registado uma queda homóloga de 16,5%.

Notícia atualizada pela última vez às 11h19.

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Angry Birds provocam rombo de mil milhões à Sony

  • Ana Luísa Alves
  • 30 Janeiro 2017

A empresa japonesa teve prejuízos na ordem dos mil milhões de dólares com a produção de conhecidos filmes de animação. Estas produções não estão no domínio total da empresa japonesa.

Ghostbusters e Angry Birds eram apostas, mas não correram tão bem como esperado nas salas de cinema. O resultado não é bom para a Sony que vai reconhecer perdas na ordem dos mil milhões de dólares com esta unidade de negócios, depois de fazer uma reavaliação à rentabilidade futura destas operações.

A empresa acrescentou ainda que para compensar parte dos prejuízos vai vender parte do negócio na área da saúde, o M3, à unidade japonesa da Goldman Sachs, num negócio avaliado em 37 mil milhões de ienes (aproximadamente 300 milhões de euros).

Este anúncio é feito duas semanas depois de ter sido avançado que o CEO, Michael Lynton, vai deixar a Sony, após 13 anos à frente da empresa japonesa.

Em junho “já havia uma suspeita de que no mercado em que a Sony não tem controlo total, como o dos filmes, se registariam perdas, mas não tanto quanto o agora anunciado”, referiu à Bloomberg Kazunori Ito, analista do Morningstar Investment Service. Em junho, a Sony diminuiu as receitas de cada filme para o ano fiscal de 2018 em 500 milhões de dólares (467 milhões de euros).

Apesar da perda avultada reconhecida pela empresa, as ações da Sony fecharam a primeira sessão desta semana sem grandes alterações em bolsa. Os títulos da empresa japonesa registaram uma descida ligeira de 0,09% para os 3.502 ienes.

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