Toyota cede primeiro lugar no pódio das vendas de carros à Volkswagen

As vendas da Toyota desaceleraram no ano passado, mas a fabricante japonesa continua a registar mais do dobro dos lucros da Volkswagen.

A Toyota perdeu o título de maior fabricante automóvel do mundo para a Volkswagen. Ao fim de quatro anos de liderança da Toyota, a fabricante alemã voltou ao primeiro lugar das vendas mundiais, com 10,3 milhões de carros vendidos em todo o mundo no ano passado, um crescimento de 3,8%. A empresa japonesa cresceu apenas 0,2% e vendeu 10,2 milhões de carros vendidos em 2016.

A penalizar a Toyota estiveram as vendas do sedan Camry, que ficaram aquém do esperado no mercado norte-americano, bem como a desaceleração das vendas na China, justifica a Bloomberg. A Volkswagen, por seu lado, conseguiu aumentar as vendas na China, onde vendeu perto de três milhões de carros.

Por outro lado, a Toyota poderá ter de enfrentar, nos próximos tempos, uma ainda maior desaceleração do mercado norte-americano, numa altura em que Donald Trump está a pressionar as fabricantes automóveis para que produzam e invistam nos Estados Unidos, e não importem ao México, sob ameaça da criação de um imposto especial de 35% para as importações do México.

A Toyota planeia investir 10 mil milhões de dólares nos Estados Unidos ao longo dos próximos cinco anos, mas quer também construir uma base de produção do Corolla no México, intenção que já foi criticada por Trump. A Volkswagen, por seu lado, tem uma exposição menor ao mercado norte-americano.

Apesar do abrandamento das vendas, a Toyota continua à frente da Volkswagen num indicador de peso, nota a Bloomberg: os lucros da empresa japonesa são mais do dobro do que os da Volkswagen. Segundo os dados recolhidos pela agência financeira, no primeiro semestre do ano fiscal de 2017 (período que terminou em setembro do ano passado), a Toyota reportou lucros de 9 mil milhões de dólares. Já a Volkswagen tinha, no semestre terminado em setembro de 2016, lucros acumulados de 3,9 mil milhões de dólares.

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Confiança dos consumidores no nível mais elevado desde 2000

Confiança dos consumidores e clima económico melhoraram no arranque do ano.

O indicador de confiança dos consumidores aumentou nos últimos cinco meses e atingiu em janeiro máximos desde abril de 2000, assim como o clima económico também subiu, depois de ter caído nos últimos dois meses, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).

De acordo com o INE, o aumento do indicador de confiança dos consumidores em janeiro deveu-se, sobretudo, ao contributo positivo das perspetivas relativas às expectativas quanto à situação financeira do agregado familiar e quanto à situação económica do país.

Em menor grau”, destaca, deveu-se às apreciações da evolução da poupança e da situação financeira do agregado familiar. A confiança dos consumidores atingiu o nível mais baixo em dezembro de 2012, em pleno período de assistência financeira internacional.

Em relação ao clima económico, o arranque do ano trouxe uma melhoria do sentimento dos empresários, depois da queda observada em dezembro e em novembro. A subida do indicador de confiança dos serviços deveu-se ao contributo positivo das expectativas sobre a evolução da procura e das opiniões sobre a atividade da empresa, uma vez que as apreciações sobre a carteira de encomendas contribuíram negativamente.

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Défice de 2%? Montepio diz que meta do Governo é otimista

  • Lusa
  • 30 Janeiro 2017

O Montepio antecipa que o défice orçamental de 2017 represente 2% do Produto Interno Bruto (PIB). O Governo aponta para um défice de 1,6%, abaixo dos cerca de 2,3% em 2016.

O banco Montepio estima que o défice orçamental represente 2% do PIB este ano, acima da meta definida pelo Governo, de acordo com um relatório com as previsões económicas de 2017 divulgado hoje.

No outlook divulgado hoje, o departamento de estudos do Montepio antecipa que o défice orçamental de 2017 represente de 2% do Produto Interno Bruto (PIB), considerando que a redução do défice para 1,6% prevista no Orçamento do Estado para 2017 (OE2017) é “demasiado otimista”.

Os analistas do Montepio mantêm a estimativa de um crescimento económico de 1,5% este ano – em linha com o estimado pelo Governo, mas salientam que se observa “uma redução dos riscos descendentes”.

Ainda assim, a nível interno, o banco continua a enumerar a possibilidade de instabilidade política, a difícil situação no mercado de trabalho, a debilidade do sistema financeiro, os objetivos de consolidação adicionais exigidos por Bruxelas e a pressão sobre as ‘yields’ da dívida pública entre os riscos que podem levar a uma revisão em baixa da previsão do crescimento do PIB.

A nível externo, o Montepio está preocupado com os riscos do Brexit (saída do Reino Unido da UE), uma vez que “Portugal é particularmente vulnerável ao Reino Unido pela via do setor do turismo, dado a elevada contribuição dos turistas britânicos para a balança turística”, mas também as incertezas da política económica que será decidida por Donald Trump, a tensão geopolítica no Médio Oriente, a situação na Grécia e a situação de mercados emergentes, como o Brasil e Angola.

Entre os fatores que podem levar a uma revisão em alta da previsão do Montepio está o baixo preço do petróleo, o euro fraco, a política monetária expansionista do Banco Central Europeu (BCE) e a possibilidade de a economia espanhola poder continuar a crescer acima do estimado.

“Espanha representou, em 2015, cerca de um quarto do total das exportações de bens portugueses e, no primeiro semestre de 2016, 26,5%, seguindo-se França (13,2%), Alemanha (12,1%) e Reino Unido (7,2%)”, recordam os analistas.

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O negócio das cartas já não dá cartas e os analistas castigam CTT

CTT colocaram cartas na mesa para anunciar quebra do negócio e tanto investidores como analistas castigam títulos. O que diz o mercado sobre a atual situação dos Correios?

Aos papéis com os CTT. A empresa anunciou na sexta-feira uma séria deterioração do seu negócio no final do ano passado, com reflexo no desempenho operacional — o lucro antes de impostos terá caído até 7%. Apesar de ter reafirmado o dividendo, os títulos afundam 11% em bolsa para um novo mínimo de sempre nos 5,34 euros.

Ações afundam para mínimo histórico

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Em catadupa, as reações dos analistas também não se fizeram esperar, com a generalidade dos bancos de investimentos a alertarem para as perspetivas menos otimistas da empresa liderada por Francisco Lacerda. O JPMorgan, por exemplo, talhou em 30% a avaliação que fazia dos Correios. Veja a análise feita pelos especialistas.

No fecho da primeira sessão da semana, a empresa de Francisco Lacerda fechou a cair 13,99% para os 5,17 euros.

CaixaBI

Trata-se de um desenvolvimento negativo para os CTT. De facto, as alterações em causa indicam um desempenho inferior ao anteriormente esperado para o ano de 2016, com implicações ao nível da rentabilidade. Adicionalmente, recordamos ainda que esta é a segunda revisão feita pelos CTT ao seu guidance inicial para este exercício, depois de a empresa ter anunciado uma anterior revisão em agosto de 2016 (no âmbito da apresentação de resultados do segundo trimestre de 2016)”.

O CaixaBI manteve tanto o preço-alvo de 8,80 euros como a recomendação de “compra”.

Haitong

“Isto é obviamente bastante negativo e a evolução do volume de tráfego postal no segundo semestre foi especialmente desapontante, o que juntamente com um efeito mix negativo (menos correio registado) levou a uma grande queda nas receitas de correio. As iniciativas de novas receitas ainda são um grande ponto de interrogação e depois deste ‘profit warning’ duvidamos que os investidores vão continuar a dar o benefício da dúvida aos CTT”.

“Admitimos que não há momentum e não antecipamos grandes gatilhos para uma reavaliação no curto prazo embora reconheçamos que as ações tenham estado fracas nos últimos meses e, nesse sentido, acreditamos que estas más notícias já tinham sido descontadas parcialmente pelo mercado. Deixamos a nossa avaliação e recomendação sob revisão porque precisamos de incorporar este anúncio no nosso modelo”.

O preço-alvo de 10 euros e a recomendação de “compra” estão sob revisão por parte do Haitong.

BPI

“Cortámos recentemente o preço-alvo para refletir a tendência de digitalização mais célere do Estado português nas notificações por carta. Ainda estamos dentro do guidance de longo prazo em relação ao volume de tráfego postal. A nossa recomendação neutra está suportada pelo outlook desafiante impulsionado pela concorrência forte na atividade principal e desconto de negociação insuficiente para compensar o elevado custo de capital do CTT num contexto de agravamento do risco de Portugal”.

Os analistas do BPI Equity Research baixaram a avaliação dos sete euros para 6,80 euros com recomendação de “neutral”.

JPMorgan

O banco de investimento norte-americano não teve meias medidas no seguimento da revisão em baixa dos resultados operacionais feita pela empresa liderada por Francisco Lacerda. Baixou a recomendação de “overweight” para “underweight” , mas mais relevante do que isso foi o facto de ter cortado em 32% a avaliação para os CTT. O preço-alvo do banco de investimento norte-americano foi revisto para 6,05 euros face ao preço alvo anterior de 8,95 euros, de acordo com a Bloomberg.

(Notícia atualizada às 17h36 com os valores de fecho)

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Eike Batista vai entregar-se à Justiça brasileira

Eike Batista é procurado pela Polícia Federal brasileira, acusado de ter subornado um antigo governador do Rio de Janeiro, com perto de cinco milhões de euros.

Chegou a ser um dos dez homens mais ricos do mundo. Hoje, é investigado por crimes financeiros, está envolvido na operação Lava Jato, perdeu a maioria da sua riqueza e é considerado pela Polícia Federal brasileira como um fugitivo. Mas Eike Batista está de regresso ao Brasil: o antigo magnata diz que vai responder à Justiça brasileira.

A história é contada, esta segunda-feira, pela imprensa brasileira. Eike Batista foi encontrado pela TV Globo no aeroporto JFK, em Nova Iorque, onde se preparava para embarcar para o Rio de Janeiro. No caminho para o local de embarque, o empresário concedeu uma curta entrevista à televisão brasileira: “Estou voltando, vou responder à Justiça, como é o meu dever“.

"Está na hora de passar as coisas a limpo.”

Eike Batista

Empresário

“Meu sentimento é que tem que se mostrar o que é. Está na hora de passar as coisas a limpo”, disse ainda, acrescentando que nunca pensou em fugir para a Alemanha (Eike Batista é filho de uma alemã e tem dupla nacionalidade).

As declarações do empresário surgem depois de, a 26 de janeiro, a Polícia Federal brasileira ter avançado com a Operação Eficiência, na qual Eike Batista era o principal alvo. Contudo, Batista estava fora do país e foi considerado foragido, ainda que os seus advogados tenham negado que ele tivesse fugido, conta a Folha de São Paulo.

Em 2013, Eike Batista era o dono do Grupo X (constituído, entre outras, pela empresa petrolífera OGX) e, com uma fortuna avaliada em 34 mil milhões de dólares, fazia parte do ranking da Forbes dos dez homens mais ricos do mundo. Poucos anos depois, era acusado de manipulação de mercado e uso de informações privilegiadas e chegou a ver os carros apreendidos.

Hoje, está envolvido no processo Lava Jato, nome que foi dado a uma investigação a um esquema bilionário de desvio e lavagem de dinheiro, que envolve políticos e gigantes como a petrolífera Petrobras ou as construtoras Odebrecht e Andrade Gutierrez. Segundo as denúncias feitas por dois outros envolvidos na operação Lava Jato, Eike Batista pagou 16,5 milhões de reais (mais de 4,8 milhões de euros) para subornar Sergio Cabral, ex-governador do Rio de Janeiro, que agora está preso. O empresário terá simulado a compra e venda de uma mina de ouro.

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Governo vai criar grupo de trabalho para a área de media

  • Lusa
  • 30 Janeiro 2017

Manuel Caldeira Cabral diz que os media têm um grande potencial de valor ao nível da economia digital. "Não estão ainda a aproveitar completamente todas as oportunidades", diz.

O Governo vai criar dois novos grupos de trabalho, um para a área dos media e conteúdos e outro para a área de ‘fintech’ (serviços financeiros com tecnologia), disse hoje à Lusa o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral.

“Na sequência dos quatro grupos que já tivemos, que eram um grupo ligado ao automóvel e às máquinas, outro ao turismo, outro para agroindústria e outro para o setor da moda, vamos lançar dois novos grupos de trabalho“, anunciou o governante.

“Um para a área dos media e conteúdos, porque é uma área que tem um grande potencial de valor ao nível da economia digital e em que nós temos boas empresas, mas que não estão ainda a aproveitar completamente todas as oportunidades de criação de valor que existem”, prosseguiu.

O outro grupo de trabalho é para a área de “‘blockchain e fintech’ [banco de dados e serviços financeiros tecnológicos], em que as novas plataformas de pagamento e possibilidades de financiamento que se abrem com estas plataformas digitais são também muito importantes”.

Queremos mobilizar as nossas empresas do setor financeiro, os nossos reguladores, para alterar e para estarem prontos para as inovações que vão acontecer“, acrescentou o ministro. A criação destes dois grupos de trabalho é uma novidade que o ministro da Economia vai anunciar hoje.

“Nós quisemos muito, neste processo, chamar a atenção para que a digitalização da indústria não é um assunto que tenha a ver apenas com as empresas digitais, com as empresas de tecnologias de informação“, disse.

Este “é um assunto que tem muito a ver com setores tradicionais, com os têxteis, o vestuário ou calçado, setores como o turismo, em que as plataformas digitais já mudaram completamente a forma como se marca um hotel, como se escolhe o restaurante a que se quer ir ou como se marca uma viagem, tem a ver com estes setores tradicionais e tem a ver com aplicação da tecnologia digital poder valorizar muito os produtos”, acrescentou Manuel Caldeira Cabral.

O Governo apresenta hoje, em Leiria, 60 medidas de iniciativa pública e privada, no âmbito da estratégia para a Indústria 4.0.

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Reino Unido passa a deter menos de 5% do Lloyds

  • Marta Santos Silva
  • 30 Janeiro 2017

O governo britânico continua a reduzir a sua participação no banco, tendo já recuperado quase todo o valor do bailout do banco.

O Governo britânico voltou a reduzir a sua participação no Lloyds Banking Group em cerca de 1%, passando agora a deter apenas 4,99% do banco. O Lloyds fica assim cada vez mais perto de voltar a ser um banco totalmente privado, após um resgate durante o pico da crise financeira que deixou o Governo com 43% da instituição.

Mais de 18,5 mil milhões de libras (cerca de 21,6 mil milhões de euros) já foram recuperados pelo Governo, dos 20,3 mil milhões de libras (23 mil milhões de euros) que foram inicialmente gastos pelos contribuintes no resgate. O Reino Unido passa assim a deter, através do seu veículo UK Financial Investments, menos de 5% do banco liderado pelo português António Horta Osório, após ter deixado de ser o maior acionista no início do mês.

“Desde a nossa decisão de vender a participação do Governo no Lloyds já recuperámos mais de 90% do dinheiro que os contribuintes injetaram no banco durante a crise financeira. Isto representa progresso real e estou muito satisfeito por estarmos encaminhados para que o Lloyds volte a ser totalmente privado“, afirmou o secretário económico do Tesouro, Simon Kirby, citado pela agência Reuters.

O Governo tinha anunciado em outubro que esperava vender o resto das suas ações no Lloyds no espaço de um ano.

No princípio de janeiro, quando o Tesouro deixou de ser o principal acionista, passando a posição a pertencer ao fundo Blackrock, o presidente executivo António Horta Osório anunciou: “O anúncio feito hoje de que o Governo do Reino Unido já não é o nosso maior acionista é um momento chave na nossa caminhada para que o Lloyds Banking Group volte a ser detido totalmente por privados, devolvendo o dinheiro dos contribuintes com lucro”.

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Juros da dívida aceleram. Estão nos 4,2%

Os juros da dívida portuguesa continuam a bater máximos. Estão a agravar-se, seguindo a tendência dos restantes países do euro em resultado do forte aumento da inflação na Alemanha.

Os juros da dívida portuguesa continuam a agravar-se. Num dia que está a ser de subida das taxas das obrigações soberanas de todos os países do euro em resultado do forte aumento da inflação num dos mais importantes estados da Alemanha, os juros a dez anos de Portugal tocaram num novo máximo de 2014, acima dos 4,2%.

O índice de preços no consumidor na Baixa Saxónia acelerou 2,3% no ano passado, uma leitura que deixa antecipar aumentos de preços semelhantes noutros estados alemães. E que aponta para uma pressão inflacionista na maior economia europeia o que deverá fazer aumentar a especulação em torno do fim das compras de dívida do Banco Central Europeu (BCE).

É perante esta perspetiva que os juros da dívida de todos os países do euro estão a agravar-se. Em Portugal, as taxas estão a subir em todas as maturidades, registando-se um agravamento de 4,1 pontos base no prazo a dez anos, para 4,146%. Chegou, durante esta primeira sessão da semana, a tocar nos 4,201%, um máximo desde 2014.

Espanha e Itália também sentem a pressão nos juros, embora as taxas exigidas pelos investidores a estes dois países sejam bem mais reduzidas. E a própria Alemanha regista uma subida de dois pontos base na maturidade a dez anos, com a taxa a subir para 0,481%.

Juros sobem em flecha desde início do ano

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Fonte: Bloomberg (valores em %)

Mário Centeno, o ministro das Finanças, tem estado atento à subida dos juros da dívida nacional, que se têm destacado entre os pares do euro. Mas diz que esta volatilidade nas taxas irá desaparecer, notando que que o financiamento de Portugal está “sob controlo”.

Luís Marques Mendes salientou, no seu comentário semanal na SIC, que a “questão dos juros da dívida é o problema mais sério que temos. Tenho dificuldade em perceber que responsabilidade políticos desvalorizarem esta subida. Os juros passaram a barreira dos 4%”, salientou.

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Economia espanhola acelera 3,2% em 2016

São ainda as primeiras estimativas, mas, a confirmar-se este crescimento, Espanha terá recuperado cerca de 80% da riqueza que perdeu no período da crise.

A economia espanhola cresceu 3,2% no ano passado, o mesmo aumento que já tinha registado em 2015, divulga, esta segunda-feira, o instituto de estatística espanhol. Considerando apenas o quarto trimestre do ano passado, o produto interno bruto (PIB) de Espanha avançou 0,7% em relação ao trimestre anterior (período em que o crescimento em cadeia também tinha sido de 0,7%).

Estas são ainda as primeiras estimativas do Instituto Nacional de Estatística espanhol, mas, a confirmar-se este crescimento de 3,2% no conjunto do ano passado, Espanha terá recuperado cerca de 80% da riqueza que perdeu no período da crise, dá conta o El País (conteúdo em castelhano, acesso gratuito). Se se tiver em conta a evolução dos preços e se descontar a inflação, o PIB terá recuperado 95%, acrescenta o jornal espanhol.

Ainda assim, há uma pequena desaceleração do crescimento na parte final do ano passado. No quarto trimestre, o crescimento homólogo é de 3%. O crescimento homólogo do PIB espanhol foi de 3,2% no terceiro trimestre e de 3,4% no segundo e primeiro trimestres.

Seja como for, as expectativas do Governo de Mariano Rajoy são otimistas. Luis de Guindos, ministro da Economia, já antecipou que o PIB deverá regressar, em meados deste ano, ao valor de 2008.

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Revista de imprensa internacional

  • Marta Santos Silva
  • 30 Janeiro 2017

Um atentado a uma mesquita canadiana deixou pelo menos seis vítimas mortais, e outras cinco notícias que marcam a atualidade mundial esta segunda-feira.

Um atentado numa mesquita canadiana que matou pelo menos seis pessoas domina as manchetes mundiais, num dia em que continuam a multiplicar-se as críticas à decisão de Donald Trump de banir a entrada nos Estados Unidos a todos os cidadãos de sete países de maioria muçulmana, mesmo que tenham autorizações de entrada válidas ou dupla cidadania. Em França, voltam a baralhar-se as cartas agora que o PS escolheu o candidato às presidenciais, e no Reino Unido o Tesouro continua a desfazer-se de uma parcela cada vez maior da sua participação no Lloyds. Leia aqui as seis notícias que marcam a atualidade mundial.

BBC

Seis mortos em atentado a mesquita canadiana

Pelo menos seis pessoas morreram num ataque a uma mesquita em Montréal, no Québec, na noite de domingo, segundo confirmou fonte policial. Mais de 50 pessoas estavam reunidas na mesquita para as orações noturnas. O primeiro-ministro canadiano Justin Trudeau condenou o ataque como um atentado de terrorista. Leia a notícia completa na BBC. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

Le Figaro

Sondagens dão passagem de Macron à segunda volta nas presidenciais

Após o domingo em que os socialistas franceses escolheram o seu candidato — Benoît Hamon — o Le Figaro divulga uma sondagem que mostra como o PS francês se vai deparar com dificuldades nas eleições presidenciais. Com o candidato da direita, François Fillon, à frente, quem o segue de perto é o independente e antigo ministro da Economia Emmanuel Macron. Em terceiro, a nacionalista Marine Le Pen. O PS pode dar por si a disputar o quarto lugar com o candidato mais à esquerda, Jean-Luc Mélenchon. Leia a notícia completa no Le Figaro. (Conteúdo em francês / Acesso gratuito)

Financial Times

Governo britânico volta a reduzir participação no Lloyds

O Tesouro britânico continua a reduzir a sua participação o banco Lloyds, que está agora abaixo de 5%. Dos mais de 20 mil milhões de libras (cerca de 23 mil milhões de euros) usados para resgatar o banco durante a crise financeira, 18,5 mil milhões de libras (21,6 mil milhões de euros) já foram recuperados. Leia a notícia completa no Financial Times. (Conteúdo em inglês / Acesso pago)

Deustche Welle

Schäuble assume “erros” na entrada de refugiados

O ministro das Finanças alemão afirmou numa entrevista a um jornal alemão que foram cometidos erros no verão de 2015 quando a Alemanha optou por deixar as suas fronteiras abertas a 890 mil refugiados que fugiam do Médio Oriente. “Podemos pelo menos aprender com os nossos erros”, disse Wolfgang Schäuble, que afirmou que deveria haver uma estandardização europeia dos pagamentos feitos a refugiados na UE, embora o Tribunal Constitucional alemão tenha decidido que os refugiados deveriam ser tratados de forma igual aos cidadãos alemães perante a Segurança Social. Leia a notícia completa na Deustche Welle. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

The Guardian

Trump, criticado por McCain, defende decisão de banir entradas a certos países

Perante críticas vindas de todo o espetro político, incluindo dos senadores republicanos John McCain e Lindsey Graham, à decisão de banir a entrada de cidadãos de sete países de maioria muçulmana aos Estados Unidos, a administração de Donald Trump defendeu a decisão que, garantiu, não é “uma proibição a muçulmanos”. Legisladores, juristas e políticos americanos têm-se unido para criticar a ordem executiva do presidente que deixou vários aeroportos em situações caóticas e sem orientações claras. Leia a notícia completa no The Guardian. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

Estadão

Empresário implicado na Lava Jato entrega-se em Nova Iorque

O empresário brasileiro Eike Batista decidiu voltar ao Brasil para “responder à Justiça” e “ajudar a passar as coisas a limpo”, tendo embarcado num voo para o Rio de Janeiro a partir de Nova Iorque de maneira a enfrentar as acusações de que é alvo no âmbito da Operação Lava Jato. Batista é acusado de ter subornado o ex-governador do Rio de Janeiro com 16,5 milhões de dólares, o que o terá ajudado a desviar até 100 milhões para o exterior do Brasil. Leia a notícia completa no Estadão. (Conteúdo em português / Acesso gratuito)

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BCP: Direitos afundam 14% no último dia em bolsa

Está a chegar ao fim o período de negociação dos direitos do aumento de capital do BCP. Na última sessão, os títulos estão a afundar, arrastando as ações do banco liderado por Nuno Amado.

No último dia de negociação em bolsa, os direitos do aumento de capital estão a afundar. Estes títulos, que permitem, cada um, comprar 15 novas ações do BCP, registam uma queda de mais de 14%. Este desempenho, que contraria a tendência registada na última sessão, está a penalizar as ações do banco liderado por Nuno Amado.

Os títulos chegaram a ganhar mais de 10% durante a sessão. Mas voltaram às perdas. Seguem a afundar 14,03% para 63,1 cêntimos, isto depois de terem registado uma subida de mais de 8% na última sessão da semana passada. Com base nesta cotação, o custo implícito de cada nova ação adquirida através dos direitos está em 14,25 cêntimos.

Perante a desvalorização dos direitos, as ações do BCP estão também a cair. Os títulos do banco liderado por Nuno Amado apresentam uma descida de 2,80% para 14,9 cêntimos.

Esta é a última sessão de negociação dos direitos em bolsa — haverá negociação fora de mercado. Neste sentido, era expectável que o volume negociado acelerasse. No entanto, até agora apenas um terço dos direitos trocou de mãos.

Há muitos outros investidores, nomeadamente os pequenos investidores, que mantêm estes direitos em carteira. Caso não pretendam participar no reforço de capital de 1.330 milhões de euros terão de os vender sob pena de perderem o dinheiro correspondente a esses direitos que foram destacados da cotação do banco.

Contudo, nem sempre vender compensa. A perda até pode ser menor do que vender os direitos tendo em conta que para o fazer é necessário dar ordens de bolsa que estão sujeitas a comissões. Os custos de transação podem ser elevados face ao valor de realização.

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Governo passa cheques de 7.500 euros para apoiar digitalização de empresas

  • ECO
  • 30 Janeiro 2017

Esta será uma das 60 medidas que António Costa apresentará esta segunda-feira, em Leiria, no âmbito da estratégia nacional para a indústria 4.0.

O Governo vai passar cheques para apoiar a digitalização das empresas. Segundo o Jornal de Negócios (acesso gratuito), que avança a notícia, o “Vale Indústria 4.0” vai disponibilizar mais de 11 milhões de euros, montante que será dividido em vales de 7.500 euros que, por sua vez, serão distribuídos a 1.500 empresas.

Esta será uma das 60 medidas que António Costa e Manuel Caldeira Cabral vão apresentar esta segunda-feira, em Leiria, no âmbito da estratégia nacional para a indústria 4.0, tal como o ECO avançou no sábado. Entre as medidas, conta-se também a criação de uma incubadora e aceleradora de empresas, sediada no CEiiA, o centro de engenharia e desenvolvimento de produtos para a indústria aeronáutica, automóvel e de mobilidade.

Já o “Vale Indústria 4.0”, segundo o Negócios, vai servir para “apoiar a transformação digital através da adoção de tecnologias que permitem mudanças disruptivas nos modelos de negócio” das pequenas e médias empresas (PME).

O cheque poderá, por exemplo, ser utilizado para a contratação de sites de comércio eletrónico a prestadores certificados.

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