Defesa de Sócrates diz que notícias são “falsas” e “absurdas”

  • Lusa
  • 21 Janeiro 2017

"Falsas"e "verdadeiramente absurdas", é assim que a defesa de José Sócrates reage às notícias sobre um alegado depoimento de Bataglia na "Operação Marquês". Advogados dizem que vão agir legalmente.

A defesa de José Sócrates disse hoje serem “falsas, destituídas de qualquer fundamento e verdadeiramente absurdas” as notícias sobre um alegado depoimento prestado no inquérito da ‘Operação Marquês’ que implica o ex-primeiro-ministro.

O comunicado dos advogados de Sócrates surge após notícias de hoje que dão conta que Helder Bataglia (arguido) terá dito ao Ministério Público (MP) que o antigo presidente do BES Ricardo Salgado, constituído arguido esta semana, lhe terá pedido para transferir 12 milhões de euros para a conta de empresário Carlos Santos Silva, também arguido no processo.

“As notícias (…) envolvendo o nome do Eng. José Sócrates a propósito de um alegado depoimento prestado no inquérito da operação Marquês, são falsas, destituídas de qualquer fundamento e verdadeiramente absurdas”, garantem João Araújo e Pedro Delille.

As notícias (…) envolvendo o nome do Eng. José Sócrates a propósito de um alegado depoimento prestado no inquérito da operação Marquês, são falsas, destituídas de qualquer fundamento e verdadeiramente absurdas

Pedro Delille e João Aráujo

Advogados de José Sócrates

A imprensa refere ainda que Ricardo Salgado alegadamente pagou ‘luvas’, entre 2006 e 2011, por quatro negócios que implicaram decisões polémicas de José Sócrates, enquanto primeiro-ministro para favorecer o Grupo Espírito Santo no âmbito da participação na Portugal Telecom (PT).

Segundo os advogados, “estão plenamente infirmadas no processo, por prova documental inequívoca e por depoimentos rigorosamente fidedignos e esclarecedores” de que José Sócrates “nunca teve acesso ou sequer conhecimento de quaisquer contas bancárias na Suíça e nunca tomou (…) qualquer decisão que diretamente ou indiretamente favorecesse ou fosse suscetível de favorecer” Ricardo Salgado ou o Grupo Espírito Santo, designadamente em assunto algum relacionado com a PT.

A nota da defesa do ex-primeiro-ministro acrescenta que irá acionar “todos os meios legais para reagir a estes novos episódios”, que classifica de ’bullying’ processual e mediático”.

A ‘Operação Marquês’ conta com 20 arguidos, 15 pessoas singulares e 5 coletivas, incluindo Sócrates, o ex-ministro socialista Armando Vara e o empresário Carlos Santos Silva, entre outros.

Dois anos após o início da investigação, que a 20 de novembro de 2014 fez as primeiras detenções, a investigação do Ministério Público deverá estar concluída a 17 de março.

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Acidente de autocarro em Itália causa dezasseis mortos

  • ECO e Lusa
  • 21 Janeiro 2017

No autocarro que ficou totalmente carbonizado seguiam cerca de 50 passageiros, na sua maioria jovens húngaros.

Um acidente de autocarro, em Itália, causou a morte de dezasseis pessoas. O autocarro que transportava jovens húngaros, ocorreu na noite de sexta-feira, numa saída da autoestrada de Verona.

Segundo avança o jornal italiano “Corriere della Sera” que cita um polícia de Verona “entre as vítimas há um estudante herói”. Segundo o relato da polícia local, o estudante que foi encontrado sem vida estaria a segurar um martelo com o qual, provavelmente quebrou o vidro do autocarro, permitindo a saída de outros jovens.

Os estudantes húngaros estariam de regresso de uma viagem a França quando o autocarro embateu contra um pilar e incendiou-se de seguida.

Ainda segundo aquela publicação italiana estariam a bordo do autocarro cerca de 50 passageiros, na sua maioria jovens húngaros entre os 16 e os 18 anos, treze dos quais terão saída ilesos.

A polícia aguardava luz verde das autoridades para analisar os restos carbonizados do autocarro, segundo a agência noticiosa italiana Agi.

O condutor do autocarro, de nacionalidade francesa, poderá estar entre as vítimas mortais, de acordo com a mesma fonte.

 

 

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Bataglia trama Ricardo Salgado e amigo de Sócrates

  • ECO
  • 21 Janeiro 2017

O ex- presidente da Escom diz que Salgado lhe pediu um favor: utilizar uma conta sua na Suiça para fazer chegar 12 milhões de euros a Santos Silva.

Hélder Bataglia, ex- presidente da Escom, terá garantido ao Ministério Público que Ricardo Salgado, ex-presidente do BES, lhe pediu o favor de transferir 12 milhões de euros para Carlos Santos Silva, o amigo de José Sócrates. A informação é avançada pela edição deste sábado do jornal Expresso.

Segundo revela aquela publicação a revelação terá sido feita por Bataglia, no início de janeiro, a Jorge Rosário Teixeira, o procurador que coordena a investigação a Sócrates, a “Operação Marquês”. Terá sido com base no interrogatório de dez horas a Bataglia que Ricardo Salgado terá sido chamado e constituído arguido no processo.

O Expresso avança mesmo que o depoimento do ex-homem forte da Escom “reforça os indícios de culpabilidade do ex-primeiro-ministro”.

As declarações de Bataglia terão ido no sentido de que o motivo para a alegada corrupção a Sócrates tem a ver com a sucessivas intervenções do ex-primeiro-ministro na Portugal Telecom, nomeadamente o chumbo à OPA da Sonae, em 2007, e à venda da Vivo e a compra da Oi.

Segundo o Expresso, o Ministério Público (MP) acredita que os alegados pagamentos a Sócrates começaram em 2007 através de um primo, José Paulo Pinto de Sousa.

Ainda de acordo com Bataglia, Ricardo Salgado chamou-o à sede do Banco Espírito Santo para saber se ele lhe podia fazer um favor: transferir de um conta do empresários luso-angolano na UBS, na Suíça, a quantia de 12 milhões de euros para Carlos Santos Silva. Salgado terá, na altura, perguntado a Bataglia se sabia quem era Santos Silva, ao que o empresário luso angolano terá respondido que sim, mas não questionou o motivo da transferência. Em troca Bataglia terá pedido para si uma verba de 3 milhões de euros, como prémio pelo facto de ter obtido a licença bancária para o BES Angola (BESA), meia dúzia de anos antes.

Os 12 mihões acabaram transferidos em seis tranches entre abril de 2008 e maio de 2009. O dinheiro terá sido recebido na conta da Bataglia atavés da ES Enterprises.

Bataglia terá ainda afirmado que estava combinado que as transferências para a sua conta e as saídas não podiam coincidir no tempo e terão sido feitos através de contratos feitos em offshores, sobretudo no Panamá. Outro dos esquemas foi o recurso a umas das contas na UBS de Joaquim Barroca, do grupo Lena, com quem Santos Silva trabalhava e de quem era amigo. O ex- presidente da Escom diz mesmo que foi alertado pelo seu gestor de conta na UBS- Michel Canals, com quem viria pouco tempo depois a criar a gestora de fortunas, Akoya, que está no epicentro do processo “Monte Branco” de que estaria a transferir dinheiro para uma conta de Barroca e não de Santos Silva.

Esta informação vem de encontro às declarações decJoaquim Barroca, quando foi ouvido pelo Ministério Público, disse desconhecer os movimentos bancários da sua conta tendo mesmo apontado o dedo a Santos Silva.

Contactado pelo Expresso, o advogado de Ricardo Salgado, Francisco Proença de Carvalho afirma que “qualquer tese nesse sentido é completamente falsa e recentemente inventada por motivos que deviam ser investigados”.

 

 

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APEMIP antecipa crescimento de 30% no mercado imobiliário em 2017

  • Lusa
  • 21 Janeiro 2017

À boleia de um bom ano no Turismo, Luís Lima, presidente da APEMIP, antecipa um crescimento de 30% do mercado imobiliário. Mas deixa o recado ao Governo: é preciso agilizar os vistos 'gold'.

O presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), Luís Lima, antecipa um crescimento de 30% no mercado imobiliário para 2017, à boleia de um bom ano no turismo. Mas deixa o alerta ao Governo ainda assim é preciso agilizar os processos de vistos ‘gold’.

“Prevejo [um crescimento de] 30%. Se o Estado não fizer asneiras, se deixar o mercado funcionar, vamos crescer, porque Portugal está com um potencial enorme. Vai ser um bom ano para o turismo, pelo que vai ser bom para nós”, indicou Luís Lima, em entrevista à Lusa, recordando que o turista em Portugal “gosta de se fidelizar e adquire imobiliário”.

Prevejo [um crescimento de] 30%. Se o Estado não fizer asneiras, se deixar o mercado funcionar, vamos crescer, porque Portugal está com um potencial enorme.

Luís Lima

Presidente da APEMIP

O imobiliário ajuda o turismo porque mantém o turista mais tempo”, defendeu.

Com o setor em alta, o responsável admitiu a abertura de novas imobiliárias e espera que o setor cresça sobretudo com empresas licenciadas.

“À medida que há recuperação económica, um grupo de empresas pequeninas cresce muito facilmente, quando há uma crise económica também desaparecem muito facilmente”, disse Luís Lima, antecipando que algumas ruas no Algarve se voltem a encher de mediadores.

Acerca do alojamento local, Luís Lima considera que ajudou à reabilitação das cidades e, se houve casas a migrarem para os arrendamentos de curta duração, é porque “não houve trabalho de casa na criação de incentivos fiscais para tornar o arrendamento tradicional mais compensador”.

Governo tem que agilizar os vistos ‘gold’

O tema dos vistos ‘gold’ foi também focado. Luís Lima diz que o Governo tem que agilizar os processos de vistos ‘gold’ sob o risco do país ficar sem investimento, sobretudo chinês.

“Espero que no espaço de um mês o Governo português tome uma decisão sobre esta questão, porque precisamos deste investimento como de pão para a boca até porque o investimento chinês atinge proporções mais elevadas”, afirmou o dirigente da APEMIP.

Espero que no espaço de um mês o Governo português tome uma decisão sobre esta questão, porque precisamos deste investimento como de pão para a boca até porque o investimento chinês atinge proporções mais elevadas

Luís Lima

Presidente da APEMIP


O “Governo tem de exigir responsabilidades” sobre processos que não avançam, defendeu o dirigente em entrevista à agência Lusa, referindo que desde o “célebre escândalo, muita gente foge” por recear más interpretações.

O processo dos vistos ‘gold’, cujo julgamento, em que é arguido o ex-ministro da Administração Interna Miguel Macedo, arranca a 13 de fevereiro, depois de ter estado inicialmente marcado para 10 de janeiro.

Esta investigação está relacionada com a aquisição de vistos por cidadãos estrangeiros interessados em investir e residir em Portugal, estando em causa indícios de corrupção ativa e passiva, recebimento indevido de vantagem, prevaricação, peculato de uso, abuso de poder e tráfico de influência.

Já não chegam só palavras, o Governo tem de agir”, disse o líder da APEMIP, resumindo ser “essencial e imprescindível recuperar os investidores chineses”.

Luís Lima recordou que em setembro chamou atenção para a questão da diminuição das autorizações de residência para a atividade de investimento (ARI) a cidadãos chineses e considerou que a situação “não foi mais terrível”, porque foi atenuada por investimento brasileiro e francês.

Os maiores investidores mundiais em imobiliário são chineses”, notou Luís Lima, que admite deixar a China de fora das suas deslocações profissionais por achar que “pode não ter condições para vender o país”.

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BCP quer atrair empresários portugueses para aumento de capital

  • ECO
  • 21 Janeiro 2017

O BCP já iniciou a ronda para o aumento de capital. Banco de Nuno Amado quer atrair capital português. Américo Amorim será um dos sondados, diz o Público.

O Banco Comercial Português (BCP) quer aumentar a base de investidores portugueses. A administração liderada por Nuno Amado tem andado ativamente a fazer contactos com empresários para subscreverem ações durante o aumento de capital do banco que arrancou esta quinta-feira, escreve o jornal Público na edição deste sábado. O ECO sabe que Nuno Amado tem estado nos últimos dias em ‘road show’ fora de Portugal, junto de investidores, devendo chegar a Lisboa na próxima segunda-feira.

Fontes contactadas pelo ECO referem que o que existe é “a preocupação de explicar as condições da operação de aumento de capital e a importância de manter um banco do setor privado com base em Portugal”.

Ainda segundo aquele diário um dos empresários contactados será Américo Amorim, que de resto foi um dos fundadores do segundo maior banco nacional.

A operação de reforço do capital do BCP de 1,3 mil milhões de euros, termina a 2 de fevereiro. Esta operação para além de permitir o fim do pagamento ao Tesouro da totalidade do financiamento que chegou a 3 mil milhões de euros, em 2012, vai permitir que os chineses da Fosun reforcem a sua presença dos atuais 16,7% para até 30%.

Ainda segundo o Público, no final da operação, a petrolífera estatal angolana, Sonangol, que detém 14,9% do BCP irá manter-se como acionista de referência da instituição presidida por Nuno Amado. De referir que a Sonangol, tal como aconteceu com a Fosun, foi autorizada a subir a sua presença até 30% do capital, mas para já não se prevê que dê esse passo.

(notícia atualizada com mais informação às 12h48)

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Montijo é a escolha do Governo para novo aeroporto

  • ECO
  • 21 Janeiro 2017

Memorando de entendimento entre ANA e executivo deve ser assinado em Fevereiro, avança o Expresso.

O Governo já terá decidido a localização para o aeroporto complementar ao de Lisboa, tendo a escolha recaído sobre a base aérea do Montijo, avança o jornal Expresso na edição deste sábado. O jornal avança mesmo que o memorando de entendimento entre a ANA, concessionária dos aeroportos comerciais portugueses, e o Governo sobre a transformação da base aérea do Montijo em aeroporto comercial, deverá ser assinado em meados de fevereiro.

Pedro Marques, ministro do Planeamento e Infraestruturas já tinha anunciado que dentro de semanas seria apresentada uma solução para o aeroporto de Lisboa, tendo inclusive referido que a base aérea do Montijo tinha sido alvo de um estudo particular.

Ainda segundo o Expresso o objetivo de avançar já com a assinatura do memorando prende-se com a tentativa de ter o aeroporto do Montijo operacional para receber passageiros já no final de 2018.

A solução da Portela +1 surge em alternativa à construção de um grande aeroporto em Alcochete, o que implicaria custos muito mais avultados.

A confirmar-se esta solução vem de encontro à ideia defendida por Humberto Pedrosa, presidente do conselho de administração e acionista da TAP. Pedrosa em entrevista ao ECO avançava que a melhor solução seria a Portela +1, sendo o mais 1, “um aeroporto para as low cost”, o que reconhece é bom “não só para a TAP como todas as outras companhias de bandeira”

O aeroporto Humberto Delgado deverá atingir o auge da sua capacidade no verão de 2018. A capacidade máxima do atual aeroporto deve rondar os 23 milhões de passageiros, tendo em 2015 movimentado mais de 20 milhões de passageiros.

A solução que está em cima da mesa, Humberto Delgado com a base aérea do Montijo já foi inclusive avaliada pela NAV- Navegação Aérea de Portugal, responsável pela gestão do espaço aéreo de Lisboa. Esta entidade considera que a solução Portela +1 é a adequada para aumentar a capacidade aeroportuária na região. Também o Eurocontrol — organização intergovernamental com 41 membros responsável pelo Céu Único Europeu terá analisado as várias alternativas tendo dado o seu aval aos cenários apresentados pela NAV.

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Wall Street reage bem a Trump. Para já

Se a tradição se mantiver, os ganhos deverão ser de pouca dura. As estatísticas mostram que o mês seguinte à tomada de posse de um presidente dos Estados Unidos é vermelho para Wall Street.

Wall Street reagiu com tranquilidade à chegada de Donald Trump à Casa Branca. No dia da tomada de posse do 45.º presidente dos Estados Unidos, as bolsas norte-americanas encerram em alta ligeira. Os investidores fugiram ao risco e procuraram ativos de refúgio, com o ouro à cabeça.

O S&P, índice de referência mundial, valorizou 0,34%, para os 2.271,30 pontos, enquanto o índice tecnológico Nasdaq subiu 0,28%, para os 5.555,33 pontos. Já o industrial Dow Jones avançou 0,48%, para os 19.827,25 pontos.

As bolsas foram impulsionadas pelo setor energético, num dia em que petróleo negociado nos Estados Unidos valorizou mais de 2%, para a casa dos 52 dólares. A matéria-prima continua a valorizar duas semanas depois de ter sido implementado o acordo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), que prevê um corte da produção.

Contudo, se a tradição se mantiver, os ganhos deverão ser de pouca dura e inicia-se agora um mês que deverá ser vermelho para Wall Street e verde para o dólar. A análise feita pela Reuters mostra que, desde 1992, o S&P desvalorizou uma média de 2,7% no mês seguinte à tomada de posse de um presidente dos EUA. Já o dólar valorizou uma média de 2,2%.

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PSP tem instruções para multar motoristas da Uber e Cabify

A polícia elaborou um parecer interno que conclui que a Uber e a Cabify estão ilegais pela lei em vigor, sabe o ECO. Internamente há instruções para autuar quem transporte passageiros sem alvará.

A Polícia de Segurança Pública (PSP) tem um parecer técnico que conclui “que os serviços Uber, Cabify ou outros análogos” estão ilegais “até que seja publicado e entre em vigor o diploma que regulamentará estes serviços”. O texto, que terá sido difundido internamente a 16 de janeiro a partir do Comado Metropolitano do Porto, foi elaborado pela Divisão de Trânsito “após análise e discussão com várias entidades”, tais como o Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) e a Direção Nacional da PSP (DN), sabe o ECO.

Em causa, a sexta alteração ao decreto-lei que regulamenta o mercado e a atividade dos transportes em táxi. A alteração veio reforçar “as medias dissuasoras da atividade ilegal” no setor e foi publicada a 21 de novembro do ano passado. Partiu de uma proposta do Partido Comunista Português (PCP), onde, além do aumento do valor das coimas, se lê que a lei passa a aplicar-se também “à prática de angariação, com recurso a sistemas de comunicações eletrónicas, de serviços para viaturas sem alvará”. É o caso dos automóveis da Uber e Cabify.

No parecer da PSP, a que o ECO teve acesso, consta não só a justificação legal para a aplicação de coimas aos motoristas e parceiros das plataformas, como também os procedimentos para os agentes da PSP fiscalizarem e autuarem quem exerce este tipo de atividade. Anexados a ele foram também difundidos quatro documentos: um ofício datado de dezembro de 2015 com as orientações para depositar estas verbas (das coimas) à ordem do IMT, a entidade pública que recebe os valores cobrados mediante esta lei; uma cópia da lei aprovada em novembro; uma cópia do Regime Geral das Contraordenações; e um modelo de notificação ou auto de apreensão a preencher pelos agentes da PSP.

Clique para ver o modelo anexado ao parecer. Os agentes preenchem-no para, por exemplo, notificarem um condutor do prazo para o pagamento da coima (48 horas), ou para, dependendo dos casos, apreenderem a carta de condução e/ou o livrete do automóvel.
Clique para ver o modelo anexado ao parecer. Os agentes preenchem-no para, por exemplo, notificarem um condutor do prazo para o pagamento da coima (48 horas), ou para, dependendo dos casos, apreenderem a carta de condução e/ou o livrete do automóvel.

Como o ECO noticiou em primeira mão esta semana, os motoristas da Uber e da Cabify, por intermédio da recém-criada Associação Nacional de Parceiros das Plataformas Alternativas de Transporte (ANPPAT), pediram “uma reunião de caráter urgente” ao diretor nacional da PSP, devido àquilo que consideram ser uma “situação deveras lamentável” de “uma autêntica perseguição às viaturas afetas” a estas plataformas. Ao que o ECO apurou junto do presidente da associação, João Pica, o pedido já foi registado pela PSP, mas ainda não teve resposta oficial.

PSP rejeita acusações de perseguição

O ECO contactou a PSP, que “recusa qualquer alegado ‘aumento’ de autuações”. Fonte do Gabinete de Imprensa e Relações Públicas da PSP explicou que, “até novembro de 2016 não existia o atual enquadramento legal, pelo que obviamente não existiam autuações”. O enquadramento a que a PSP se refere é, novamente, a alteração legislativa cuja interpretação do parecer técnico aponta para a ilegalidade da Uber e da Cabify. Até esta quarta-feira, dia do contacto do ECO, tinham sido “elaborados 131 autos de contraordenação” ao abrigo desta alteração legislativa, avançou a PSP.

Em relação a esse parecer, a PSP indica que “o documento em questão não determina em momento algum que a operação se centre em operadores específicos”, mas que “pretende apenas esclarecer o efetivo [da polícia] sobre os procedimentos e enquadramento a adotar sobre esta matéria específica e sobre estes operadores específicos [Uber e Cabify]”. É, explica a mesma fonte, um “procedimento comum sempre que ocorrem alterações legislativas, em qualquer das inúmeras matérias e atividades sujeitas à fiscalização da PSP”.

A polícia conclui, indicando que “algumas das operações no âmbito do transporte de passageiros foram realizadas em conjunto com o IMT, entidade responsável pela decisão contraordenacional nesta matéria”.

Face a este regime legal, os motoristas e parceiros da Uber e da Cabify enfrentam coimas que podem ir dos 2.000 a 4.500 euros para pessoas singulares, ou 5.000 a 15.000 euros para pessoas coletivas. O ECO teve acesso a pelo menos um auto de contraordenação aplicado a um motorista da Uber onde o agente da PSP descreve como este “efetuava o transporte de um passageiro” recorrendo a “sistemas de comunicações eletrónicas sem que possuísse alvará para o exercício da atividade”.

Regulamentação deve avançar em breve

Recorde-se que a regulamentação da atividade da Uber e da Cabify é um assunto que está para avançar em breve. A proposta de lei foi aprovada em Conselho de Ministros a 22 de dezembro e chegou ao Parlamento na semana passada. Entre outras coisas, prevê uma formação de pelo menos 50 horas e a obrigatoriedade de um certificado de motorista para os condutores ao serviço destas plataformas.

A proposta de lei obriga ainda a que os motoristas tenham carta de condução há mais de três anos e a que os automóveis tenham um limite máximo de sete anos de idade a contar desde a primeira matrícula. Além disso, os taxistas detentores de Certificado de Aptidão Profissional (CAP) poderão trabalhar ao serviço destas plataformas, sem que, para isso, tenham de se submeter a formação adicional. No entanto, a proposta não prevê limites para o número de automóveis a circularem nas cidades. Esta é uma das linhas vermelhas traçadas pelos responsáveis do setor dos táxis, que já garantiram ao ECO que não vão ceder neste aspeto.

A discussão parlamentar deverá arrancar em breve e, como o ECO avançou esta semana, a associação de parceiros da Uber e da Cabify já tem reuniões marcadas com os grupos parlamentares do Bloco de Esquerda e do PCP. Quanto à PSP, quando for aprovada nova legislação, as instruções atualmente em vigor deixarão de ser aplicáveis: “Assim que seja publicado e entre em vigor o diploma que regulamentará os transportes efetuados a partir de sistemas/plataformas eletrónicas e estes cumpram os quesitos de acesso à atividade”, a atual lei que justifica a aplicação de coimas “deixará de ser aplicável a este tipo de serviços, sendo que na altura serão difundidas novas instruções”, lê-se na documentação.

Lei não afeta só a Uber e a Cabify

A alteração à lei, na origem desta polémica, pode ter efeitos muito para além da atividade das novas plataformas de transporte. No parecer técnico que está na posse da PSP, enumeram-se outros “serviços de transporte” que “poderão violar” a lei nos termos atualmente estipulados. Entre eles, “os serviços prestados pelas empresas a operar os denominados shuttle, desde o Aeroporto Francisco Sá Carneiro”, ainda que a ANA (Aeroportos de Portugal) tenha “criado locais próprios de espera e de paragem para estes veículos”.

Mas não são os únicos. A lei pode ainda afetar “o aluguer de limusines e viaturas antigas/históricas para casamentos ou outras festividades”, “as viaturas a operar nos hotéis da cidade do Porto e até mesmo os automóveis contratados para cimeiras e eventos à escala europeia”. Em causa, o transporte de passageiros “sem o alvará” legalmente necessário para esse efeito.

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Donald Trump: três ideias para entender o discurso

  • Juliana Nogueira Santos
  • 20 Janeiro 2017

Foram 20 minutos de discurso: Donald Trump falou, pela primeira vez, como presidente dos Estados Unidos. No final, o ECO resumiu o texto em três ideias fundamentais.

Com a tomada de posse do novo presidente dos Estados Unidos da América vem o primeiro discurso. Esperavam-se algumas novidades, medidas concretas, alguma coisa. Donald Trump ofereceu o discurso de campanha.

Poder ao povo

O novo presidente dos Estados Unidos fez questão de sublinhar — e voltar a sublinhar — a divisão que existiu ao longo do tempo entre o Governo e as pessoas, divisão que quer que acabe. “Não estamos a passar o poder de uma administração para outras ou de um partido para outro. Estamos a passar o poder de Washington D.C. de volta para vocês, as pessoas.”

Inauguration Of Donald Trump As 45th President Of The United States

Cidadãos esquecidos, vitórias que não foram celebradas da mesma forma pelas duas fações da sociedade. Trump prometeu que isto não voltará a acontecer: a partir de agora, todos serão ouvidos.

Amigos amigos, negócios à parte

Foi com amizade e boa vontade que se dirigiu aos outros países, mas a amizade vai ter de ficar de lado: “Vamos procurar amizade e boa vontade com as nações do mundo, mas faremos o mesmo com o direito de todas as nações porem os seus interesses primeiro.” Trump também não se esqueceu das alianças, das antigas que vão ser fortalecidas e das novas que serão criadas.

Os amigos políticos, que falam e não fazem, também foram chamados: “A hora da conversa vazia acabou. Agora chegou a hora da ação.”

Os ataques terroristas e a luta contra o Estado Islâmico também foi um assunto abordado, tendo o próprio afirmado que este vai ser prioritário: “Vamos unir o mundo civilizado contra o terrorismo islâmico radical, que vamos erradicar completamente da face da terra.”

A mão sobre as duas bíblias para jurar fidelidade à Constituição.
A mão sobre as duas bíblias para jurar fidelidade à Constituição. Andrew Harrer/Bloomberg

 

Tornar a América grande outra vez. Outra vez

Com o mote do país ter andado a ajudar os outros países, em vez do próprio, Trump afirmou que está na hora de olhar para dentro e pensar nos seus, para que o país possa voltar a ser o que foi. “Tornámos os outros países ricos, enquanto a riqueza, força e confiança do nosso país se dissipou.”

Percebeu-se também que o país vai adotar políticas protecionistas no que toca ao comércio e à população, proteção essa que vai levar a “grande prosperidade e força”. “Traremos de volta os nossos trabalhos, traremos de volta as nossas fronteiras, traremos de volta a nossa riqueza e traremos de volta os nossos sonhos.”

As reações

As comparações começaram a aparecer desde muito cedo, mas foi um vídeo da Vox que acabou por retirar todas as dúvidas: estiveram muito menos pessoas na inauguração de Donald Trump do que na primeira tomada de posse e juramento de Barack Obama.

Os meios de comunicação americanos sublinharam também o facto de Trump não se ter referido à sua concorrente na corrida eleitoral, Hillary Clinton, que, curiosamente, ganhou o voto popular.

Fotografia de protocolo entre os que saem e os que entram.
Fotografia de protocolo entre os que saem e os que entram.Kevin Dietsch/Pool via Bloomberg

 

Editado por Mariana de Araújo Barbosa ([email protected])

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Patrões: Presidente da República empenhado no cumprimento do acordo

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 20 Janeiro 2017

Marcelo recebeu as confederações patronais e estas esperam que o Governo contacte os partidos para encontrar uma solução, afirma o líder da CAP.

Os patrões querem ver o acordo de concertação social cumprido na totalidade e afirmam que o Presidente da República está empenhado no mesmo objetivo.

As quatro confederações patronais com assento na concertação social foram hoje recebidas por Marcelo Rebelo de Sousa para discutir a baixa da TSU ligada ao salário mínimo, que deverá vir a ser chumbada no Parlamento por uma conjugação de forças entre os partidos mais à esquerda e o PSD.

Em declarações ao ECO no final da reunião, o presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) referiu que o patronato continua “a apostar no cumprimento total do acordo” assinado. E é esta a postura até dia 25, quando o decreto-lei vai ser submetido a apreciação parlamentar. Depois dessa altura, “em face das circunstâncias”, serão tomadas as decisões adequadas, indicou João Machado.

Já o Presidente da República “reconheceu a validade do acordo e o empenhamento dos parceiros patronais”, indicou o líder da CAP. Afirmou que “acompanha a situação muito de perto” e que se “empenharia até ao fim para que o acordo seja cumprido”, acrescentou. Marcelo “compreendeu muito bem as explicações” do patronato e “a necessidade de que o acordo seja cumprido na sua totalidade e não em parte”, concluiu João Machado.

O líder da CAP indicou ainda que cabe ao Governo “encontrar alternativa” para garantir que o acordo é cumprido integralmente. “Metade já está em vigor”, afirmou, referindo-se ao salário mínimo, que subiu este ano de 530 para 557 euros. “Falta cumprir a outra parte”, que é a baixa da TSU. “Contamos que o Governo contacte os outros partidos e encontre uma solução”, frisou, adiantando que “ainda há tempo para alterar posições”.

Para João Machado, o que está em causa é um acordo importante para os parceiros sociais, para o Governo e também para o país “em termos nacionais e internacionais”.

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A inauguração em 10 fotografias

  • Juliana Nogueira Santos
  • 20 Janeiro 2017

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DouroAzul vai contratar 100 pessoas para trabalhar em navios-hotel

Empresa de Mário Ferreira vai realizar um 'open day' a bordo dos seus navios-hotel. A ideia é dar a conhecer aos eventuais candidatos para trabalharem na empresa.

A DouroAzul, maior operador de cruzeiros do rio Douro vai contratar cem pessoas para trabalhar nos navios-hotel na época de cruzeiros 2017.

Para o efeito, a empresa de Mário Ferreira vai realizar um “open day” nos próximos dias 27, 28 e 29 de janeiro, uma iniciativa inédita na empresa, a bordo dos navios da Douro Azul, adianta em empresa em comunicado.

A ideia é “dar oportunidade, a quem nunca esteve a bordo de um navio, de conhecer in loco, uma embarcação com esta tipologia”. A iniciativa destina-se a candidatos com formação em turismo, hotelaria e motoristas pesado.

"O objetivo deste ‘open day’ é mostrar aos potenciais colaboradores, quem é a DouroAzul, como é um navio por dentro, quem são as pessoas com quem vão trabalhar, o espaço onde vão dormir, conviver e passar grande parte dos seus dias.”

Sara Azevedo

Diretora de recursos humanos da DouroAzul

“A vida a bordo é muito exigente, mas é também um desafio e uma oportunidade única para conhecer pessoas de todo o mundo, sempre com um cenário incomparável, que é o nosso Douro. Por isso, entendemos que esta é a melhor forma dos candidatos perceberem um pouco melhor o que é trabalhar num navio, e estamos confiantes com o resultado desta iniciativa”, referiu a mesma responsável.

O open day da DouroAzul está sujeito a um número limitado de inscrições, devendo as mesmas ser formalizadas através da plataforma de recrutamento, até dia 24 de Janeiro.

A DouroAzul tem previsto inaugurar dois novos navios- hotel em Março deste ano, que irão também fazer cruzeiros de uma semana no rio Douro.

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