Bitcoin tem semana negra. Perde mais de um quarto do valor desde recorde

  • Juliana Nogueira Santos
  • 22 Dezembro 2017

Após ter atingido os 19.500 dólares na segunda-feira, a bitcoin desvalorizou, acumulando perdas semanais como já não tinha desde 2015. Já perdeu 27% do seu valor.

Pode ter sido mais uma semana de recordes para a bitcoin, mas a moeda virtual mais popular do mundo não se livrou de uma semana negra. Após ter atingido os 19.500 dólares na segunda-feira, a bitcoin seguiu a desvalorizar, acumulando perdas semanais como já não tinha desde 2015.

Na sessão desta sexta-feira, a criptomoeda já esteve a cair 20,76% para 12.191,79 dólares, seguindo a negociar nos 12.912 dólares. Com este deslize, as perdas semanais totalizam já os 27%, numa semana negra como já não se via desde janeiro de 2015.

Bitcoin regista pior semana desde 2015

Fonte: Bloomberg

Sendo este um ativo altamente volátil, que tal como aconteceu esta semana, pode perder quatro mil dólares de valor em poucos dias, não há razão aparente para esta pressão vendedora. No entanto, e para os investidores abordados pela Bloomberg, trata-se de um “choque de realidade”.

Stephen Innes, da Asia Pacific, afirmou à agência que “no cerne da questão está a procura frenética por moedas com uma oferta limitada que levou a ter investidores não sofisticados” a controlar este ativo. Agora estão a ter “um choque de realidade”.

Ainda assim, não foi só a bitcoin a perder valor. Também a Ethereum, a segunda criptomoeda mais popular do mundo, derrapou 26% nas últimas 24 horas, e a Bitcoin Cash perdeu 38% no mesmo período, segundo dados do coinmarketcap.com.

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Pressão em Espanha. Lisboa em queda

Após as eleições realizadas na Catalunha, a bolsa nacional abre a última sessão da semana com perdas. A Pharol perde 3%

Um dia após as eleições na Catalunha, a bolsa nacional abre esta última sessão da semana abaixo da linha de água, condicionada pelas tensões vividas em território espanhol. O setor energético pressiona o índice português numa sessão em que a Pharol recua mais de 3%.

Não foi a melhor maneira de arrancar com a última sessão da semana para o principal índice bolsista nacional. O PSI-20 acordou a deslizar 0,08% para os 5.392,72 pontos, naquela que é a segunda sessão consecutiva de perdas. Ao mesmo tempo, após as eleições realizadas esta quinta-feira na Catalunha, o índice de referência espanhol Ibex-35 abriu, também, a cair 1,5%. À boleia foi o francês CAC-40 que recua 0,11% para os 5.380,17 pontos.

No setor energético, a EDP abriu a cair 0,31% para os 2,86 euros, assim como a Galp que desliza 0,06% para os 15,54 euros e a REN, com uma queda de 0,04% para os 2,450 euros.

O mesmo não se passou com os títulos da EDP Renováveis que avançam 0,28% para os 6,739 euros, sendo esta uma das cinco cotadas que apresenta ganhos em Lisboa. A Jerónimo Martins regista uma valorização de 0,76% para os 15,99 euros, travando a queda do PSI-20.

Além do setor energético, a penalizar a bolsa está também o banco liderado por Nuno Amado que abriu a perder 0,59% para os 0,2689 euros, assim como os CTT que começaram o dia a deslizar 0,81% para os 3,57 euros. Também a Nos está em queda, a recuar 0,29% para os 5,48 euros, assim como a Pharol, que perde 3% para os 0,259 euros.

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PSD ganha um milhão num mês… com as quotas em atraso

  • ECO
  • 22 Dezembro 2017

A corrida às urnas implica uma corrida prévia à tesouraria. Foram 70 mil os militantes a pagar as quotas no último mês.

Santana Lopes ou Rui Rio? Para escolherem o líder dos sociais-democratas, os militantes do partido têm de regularizar a situação de tesouraria. O pagamento de quotas em atraso fez disparar as contas do partido em quase um milhão no último mês.

Dia 13 de janeiro os militantes do PSD querem eleger o líder que vai suceder a Passos Coelho. Mas para terem o direito de voto, é necessário regularizar a situação dentro da estrutura partidária e portanto ter as quotas em dia. Como tal, foram 70 mil os militantes a fazer pagamentos no último mês. Muitos adiaram até ao último dia, que rendeu 360 mil euros ao partido, avança o Jornal de Notícias (acesso pago).

A 20 de dezembro eram 70.385 os militantes ativos e com quotas pagas. A maioria encontra-se no Porto (13.132), seguido de perto por Lisboa (10.765). Braga (7.830) e Aveiro (7.683) também notam um grande número de militantes em situação regular, acima da maioria dos concelhos.

Rui Rio tem-se destacado nas sondagens. De acordo com as estimativas do Jornal de Negócios e Correio da Manhã, quase 72% dos militantes estão inclinados a votar em Rio. Contudo, Pedro Santana Lopes tem o apoio do líder Parlamentar, Hugo Soares.

 

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Há bilhetes da Eurovisão à venda por mil euros

  • ECO
  • 22 Dezembro 2017

São já muitos os que estão a usar as plataformas de venda ilegal para pedir mais de 1.000 euros por um bilhete. A ASAE afirma que as autoridades nacionas não podem atuar diretamente.

Portugal receberá, em 2018, mais uma edição do festival da Eurovisão. Mas com os bilhetes a esgotarem assim que são postos à venda nos postos oficiais, são já muitos os que estão a usar as plataformas de venda ilegal para pedir mais de 1.000 euros por um bilhete.

O valor é apontado esta manhã de sexta-feira pelo Correio da Manhã (acesso pago), que afirma que nas plataformas de revenda online os preços chegam a ser superiores a mil euros. Questionada pelo diário, e à luz das leis da especulação, a ASAE afirmou “que as autoridade nacionais não podem atuar diretamente”, visto que “os domínios destes sites não estão alojados em Portugal”.

Oficialmente, os bilhetes estão a ser vendidos pela Blueticket a preços que variam entre os 20 e os 200 euros. Tanto a plataforma como a RTP alertam para o facto de alguns destes bilhetes possam ser falsos, afirmando que “os detentores de bilhetes válidos não poderão aceder ao evento”.

O festival da Eurovisão vai realizar-se no Altice Arena, a 12 de maio de 2018. Espera-se que atraia mais de 30 mil pessoas à capital portuguesa.

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Vitória independentista dita queda de 1,5% da bolsa espanhola. Juros da dívida aceleram

A Catalunha foi a eleições. E os independentistas venceram, aumentando o clima de tensão em Espanha. Nos mercados, a bolsa cai, os juros sobem. E a dívida de Portugal vai atrás.

O Cidadãos foi o partido vencedor das eleições catalãs, mas os partidos independentistas conseguiram a maioria dos assentos no parlamento. Um resultado que faz aumentar os receios de separação da região de Espanha, o que deixa os investidores nervosos. A bolsa espanhola está em queda, enquanto os juros da dívida agravam-se.

Os partidos independentistas obtiveram 70 dos 135 lugares do parlamento da Catalunha, um número que sobe para 78 lugares se forem contabilizados os defensores de um novo referendo legal (partidos independentistas mais CatComú-Podem).

A formação política é favorável à manutenção da unidade espanhola mas defende o direito dos catalães a terem um referendo legal e constitucional, colocando-se numa posição única no cenário político-partidário da região.

Perante estes resultados, a bolsa madrilena arrancou a última sessão da semana em queda. O Ibex-35 está a perder 1,5% para os 10.145 pontos, tendência seguida pela generalidade dos índices europeus.

Lisboa segue a tendência negativa, isto numa sessão em que os juros da dívida nacional registam uma subida de 5,2 pontos base no prazo a dez anos, com a taxa a chegar a 1,818%. Este agravamento dos juros da dívida portuguesa acompanha a subida das taxas de Espanha. As obrigações espanholas agravam-se em 5 pontos para 1,517%.

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Começa hoje greve de três dias nos super e hipermercados

  • Lusa
  • 22 Dezembro 2017

A greve continua no fim de semana, vésperas de Natal, também com os trabalhadores das lojas Lidl, Minipreço, Pingo Doce e Continente. As empresas preveem o normal funcionamento dos estabelecimentos.

Os trabalhadores dos armazéns dos super e hipermercados iniciam esta sexta-feira uma greve a que se juntará o pessoal das lojas no sábado e no domingo, mas as empresas preveem o normal funcionamento dos estabelecimentos.

A paralisação, convocada pelos sindicatos da CGTP, tem como objetivo pressionar a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) a evoluir na negociação do Contrato Coletivo do setor para que se concretizem aumentos salariais, alterações de carreira e regulamentação dos horários de trabalho.

A APED garantiu, em comunicado, “o normal funcionamento de todos os estabelecimentos”, apesar da paralisação de três dias, que esta sexta-feira abrange só o pessoal dos armazéns e centros de logística. Os trabalhadores do Lidl em greve concentram-se às 6h30 no entreposto de Braga e às 11h00 junto à sede da empresa no Linhó, Sintra, onde estará também o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos.

Os trabalhadores da logística da Sonae vão concentrar-se às 8h00 junto ao seu local de trabalho, na Maia, Porto, enquanto os do Minipreço protestam às 9h00 junto ao armazém de Torres Novas. A greve continua no fim de semana, vésperas de Natal, também com os trabalhadores das lojas Lidl, Minipreço, Pingo Doce e Continente.

Isabel Camarinha, presidente da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores do Comércio, disse à agência Lusa que a paralisação deverá ter “uma forte adesão, tendo em conta o descontentamento dos trabalhadores pelo arrastamento da negociação do Contrato Coletivo”. “Mas isso não quer dizer que as lojas encerrem, porque a maioria consegue manter-se aberta com muito poucos trabalhadores“, disse a sindicalista.

A APED garantiu que “estão asseguradas todas as condições para que os consumidores portugueses possam aceder a todos os serviços habitualmente prestados nesta época festiva pelos hipermercados, supermercados e lojas de retalho não alimentar/especializado dos associados da APED”.

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Pharol pode usar meios legais para proteger acionistas da Oi

  • Lusa
  • 22 Dezembro 2017

A Pharol afirma que "utilizará os meios legais ao seu alcance no melhor interesse da própria Oi, para que sejam afastadas eventuais ilegalidades e observados os direitos dos acionistas".

A Pharol, o maior acionista da brasileira Oi, manifestou esta sexta-feira a sua preocupação com o plano de recuperação da Oi, pois “até à data” não foi divulgado publicamente, nem disponibilizado aos seus acionistas. Assim que for possível uma “profunda análise”, atuará de acordo com o interesse dos acionistas e da própria Oi.

Daí que a Pharol refira, num comunicado enviado esta noite à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), que “ainda não tem conhecimento dos seus termos”, embora já tenha sido aprovado em assembleia-geral de credores a 19 de dezembro deste ano.

As poucas informações disponíveis através da comunicação social apontam para a manutenção de aspetos negativos quanto à falta de equidade e de adoção de uma governança insólita, já apontados na versão do plano apresentada em juízo no dia 12 de dezembro de 2017, sem prévia aprovação do Conselho de Administração da Oi S.A. ou dos seus acionistas”, lê-se no comunicado.

A Pharol reafirma que, em conjunto com os seus assessores, irá proceder “a profunda análise” do plano de recuperação judicial que venha a ser submetido à Justiça brasileira. A empresa realça que utilizará os meios legais ao seu alcance, em todas as jurisdições, no “melhor interesse da própria Oi S.A”., para que sejam afastadas eventuais ilegalidades e observados os direitos dos seus acionistas.

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Governo exige aos bancos a adoção de medidas de segurança nos multibanco

  • Lusa
  • 22 Dezembro 2017

Entre as medidas exigidas está o estabelecimento de um limite reduzido para o valor máximo que pode estar disponível nas caixas e a proibição de carregamentos durante a noite.

O Governo quer que a banca implemente medidas adicionais de proteção das caixas de multibanco de risco, entre as quais a instalação de sistemas de tintagem, sob pena de aplicação de multas até 30 mil euros.

De acordo com o Diário de Notícias (DN), o ministro da Administração Interna (MAI), Eduardo Cabrita, assinou um despacho a 12 de dezembro “a ordenar aos bancos um conjunto de medidas de segurança adicionais nas caixas de multibanco de maior risco de todo o país”.

O jornal diz que o ministro dá 90 dias aos bancos para instalarem a tintagem, e até ao final de 2018 quer essas máquinas (cerca de 2.000) substituídas em todo o país, sob pena de aplicação de multas até 30 mil euros. Segundo fontes do setor citadas pelo DN, entre as medidas exigidas está o estabelecimento de um limite reduzido para o valor máximo que pode estar disponível nas caixas e a proibição de carregamentos durante a noite.

A decisão do MAI foi tomada na sequência de conversações que o ministro coordenou entre os representantes do setor bancário e as políticas, a última das quais há cerca de um mês no seu ministério, com a presença da Associação Portuguesa de Bancos, a SIBS, que faz a gestão da rede de multibanco, a GNR, Polícia Judiciária e PSP.

O DN adianta ainda que Eduardo Cabrita quer fazer uma nova reunião em meados de janeiro, tendo pedido à banca que apresentasse um plano de execução das medidas determinadas no seu despacho. Entre 01 de janeiro e final do mês de novembro foram destruídas por explosão 175 caixas e roubados cerca de dois milhões de euros, segundo fontes policiais citadas pelo DN.

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EUA: Congresso aprova financiamento para evitar shutdown do Governo

  • Lusa
  • 22 Dezembro 2017

Os congressistas cumpriram assim um serviço mínimo, aprovando a legislação sobre o financiamento do governo federal que evita que este tenha de parar à meia-noite desta sexta-feira

O Congresso norte-americano, liderado pelos republicanos, aprovou uma autorização temporária de despesa para evitar que os serviços do governo federal fossem encerrados a partir desta sexta-feira. A medida foi aprovada na Câmara dos Representantes, por 231 votos contra 188, e depois pelo Senado, com 66 votos favoráveis e 32 contrários.

Os congressistas cumpriram assim um serviço mínimo, num ‘sprint’ dirigido a um período de férias, adiando para o próximo ano disputas sobre imigração, cuidados de saúde e orçamento. A legislação sobre o financiamento do governo federal evita que este tenha de parar à meia-noite desta sexta-feira.

A proposta de lei aprovada permite que o governo funcione normalmente até 19 de janeiro e inclui medidas como o desbloqueio de centenas de milhões de dólares para construir uma base de mísseis no Alasca e reparar dois navios envolvidos em acidentes recentes.

Um programa público de seguro doença para 8,9 milhões de crianças, designado CHIP, vai ter a autorização prolongada até 31 de março, o que permite evitar qualquer falha na cobertura. E também foi autorizado um programa de vigilância de telecomunicações na internet fora dos EUA, até 19 de janeiro, cujo prazo inicial acabava no final do ano.

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Independentistas ganham na Catalunha e desafiam Madrid

  • Lusa
  • 22 Dezembro 2017

Carles Puigdemont diz que as eleições resultaram numa “maioria de votos e de deputados eleitos que pede um novo referendo" secessionista.

Os partidos que defendem a independência da Catalunha obtiveram na quinta-feira uma maioria absoluta no parlamento catalão e prometem manter o desafio secessionista a Madrid.

O líder do Junts per Catalunya e ex-presidente do governo catalão Carles Puigdemont (34 deputados) disse que as eleições resultaram numa “maioria de votos e de deputados eleitos que pede um novo referendo” secessionista. Falando em Bruxelas, onde está fugido à justiça espanhola que o acusa de sedição, rebelião e peculato, Puigdemont disse que “a república catalã ganhou à monarquia do 155”, numa referência ao artigo da Constituição espanhola que permite a suspensão das autonomias regionais e que foi ativado por Madrid depois de o seu governo ter feito uma Declaração Unilateral de Independência.

Nas eleições, os partidos independentistas obtiveram 70 dos 135 lugares do parlamento, um número que sobe para 78 lugares se forem contabilizados os defensores de um novo referendo legal (partidos independentistas mais CatComú-Podem). No entanto, o partido vencedor das eleições foi o Cidadãos mas a cabeça de lista, Inés Arrimadas, admitiu que não poderá ser chefe do governo regional, considerando a “lei injusta” que “dá mais lugares a quem tem menos votos” na rua.

Apostámos na união dos catalães, votámos a favor a convivência, de uma Catalunha para todos os catalães. A maioria sente-se catalã, espanhola, europeia e vai continuar a sê-lo”, disse Inés Arrimadas, que conseguiu 37 deputados. O principal derrotado foi o PP da Catalunha (PPC) que obteve apenas três lugares, um resultado negativo histórico, admitiu Xavier García Albiol, cabeça de lista do partido, que se mostrou preocupado com o futuro da região: “Vemos com muita preocupação um futuro social e económico para Catalunha com uma possível maioria independentista”.

O terceiro partido mais votado, a Esquerda Republicana Catalã (ERC, 32 deputados), elogiou a participação democrática, num momento em que o seu líder e antigo vice-presidente da Generalitat, Oriol Junqueras, está preso pelas autoridades espanholas. A número dois da ERC, Marta Rovira, afirmou que os catalães votaram “república” e concedeu a vitória ao Junts per Catalunya.

No entanto, “os resultados dizem-nos que existe uma soma independentista e republicana, e que voltámos a ganhar as eleições apesar da ofensiva policial, judicial e da imprensa e ainda apesar de meio governo estar na prisão e a outra metade no exílio”, salientou Rovira. Os socialistas (17 lugares) também ficaram aquém do esperado e pediram aos independentistas que abandonassem a “via ilegal” do secessionismo. O CatComu-Podem (que representa o Podemos, esquerda, na região) perdeu também três lugares, passando a ter apenas oito assentos.

A formação política é favorável à manutenção da unidade espanhola mas defende o direito dos catalães a terem um referendo legal e constitucional, colocando-se numa posição única no cenário político-partidário da região. Por seu turno, a independentista Candidatura de Unidade Popular (CUP, extrema-esquerda que teve quatro eleitos) afirmou que houve uma “maioria republicana” e que, entre os independentistas, a esquerda (CUP e ERC) tem mais deputados que a direita (Junts per Catalunya).

Nas ruas, não foi sentida a festa até porque muitos independentistas insistiram que estas foram eleições impostas por Madrid e só os apoiantes do Cidadãos fizeram a festa nalgumas artérias da capital catalão. Já na sede do Junts per Catalunya, os dirigentes da formação estavam mais eufóricos. Na rede de mensagens Twitter, o antigo conselheiro da Generalitat Jordi Turull enviou uma mensagem à vice-presidente do governo de Madrid, Soraya Sáenz de Santamaría: “Olá Soraya, o governo de Puigdemont ganhou e as urnas decapitaram o Partido Popular”.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • Juliana Nogueira Santos
  • 22 Dezembro 2017

Na banca, o presente de Natal chega ao Novo Banco em forma de cheque. Nas finanças públicas, sabe-se em que valores ficaram o défice e a taxa de poupança das famílias no terceiro trimestre do ano.

Sexta é o último dia de protesto dos trabalhadores dos CTT, bem como das inscrições para o programa Porta 65. Na banca, o presente de Natal chega ao Novo Banco em forma de cheque e, nas finanças públicas, sabe-se em que valores ficaram o défice e a taxa de poupança das famílias no terceiro trimestre do ano.

INE divulga défice e taxa de poupança das famílias

Esta quinta-feira vão ser conhecidos os dados relativos às contas nacionais por setor institucional. O Instituto Nacional de Estatística divulga o valor do défice do terceiro trimestre, bem como a taxa de poupança das famílias. No trimestre anterior, o défice foi de 1,7%, mas, nesta quinta-feira, o primeiro-ministro afirmou que o valor anual vai ficar abaixo do 1,3%.

É o último dia de candidaturas à Porta 65…

A última oportunidade para concorrer ao Porta 65 é esta sexta-feira. Este programa do Governo permite aos jovens até aos 30 anos aceder a rendas mais baixas. No próximo ano, ao abrigo do Orçamento do Estado para 2018, as regras mudam, abrindo-se as candidaturas aos portugueses até 37 anos.

… e o último dia de greve dos CTT

Ainda esta semana, os CTT divulgaram um plano de reestruturação que prevê a redução de cerca de 800 postos de trabalho nas operações da empresa ao longo de três anos, devido à queda do tráfego do correio. Em protesto, os grupos sindicais convocaram uma greve de dois dias. A empresa dos correios informou que a adesão ao primeiro dia de greve se ficou apenas nos 17,2% (os sindicatos dão conta de uma adesão de 80%), seguindo-se agora o segundo e último dia.

Depois da eleição, o conselho de ministros

Cinco milhões de eleitores foram chamados às urnas, esta quinta-feira, para decidir o futuro da Catalunha. Após uma participação recorde, 81%, que ditou a vitória do Ciudadanos, de Inés Arrimadas, mas deu a maioria absoluta no parlamento catalão ao bloco independentista, os ministros espanhóis vão reunir-se em Conselhos de Ministros para analisar os resultados da decisão da população. O novo governo tem de estar formado até 23 de janeiro.

Petróleo anima exploração nos EUA

Acompanhando a subida dos preços do barril de petróleo, uma tendência de valorização que se tem mantido ao longo do ano, o número de explorações petrolíferas e gás que iniciaram operações de acordo com o índice Baker Hughs tem vindo a acelerar. Estes dados são importantes porque ajudam a antecipar a evolução da oferta energética nos EUA.

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Esta é a última oportunidade para concorrer ao Porta 65 em 2017

  • ECO
  • 22 Dezembro 2017

Prazo de candidaturas ao Porta 65 termina esta sexta-feira. Programa do Governo permite aos jovens de até 30 anos aceder a rendas mais baixas. Para o ano, há novas regras.

A última oportunidade para concorrer ao Porta 65 expira esta sexta-feira, dia 22 de dezembro. Este programa do Governo permite aos jovens até aos 30 anos aceder a rendas mais baixas. No próximo ano, ao abrigo do Orçamento do Estado para 2018, as regras mudam, abrindo-se as candidaturas aos portugueses de até 37 anos.

O Porta 65 baixa a renda, já que atribui uma percentagem do valor como subvenção mensal. O apoio (que corresponde a uma percentagem do valor da renda, variável consoante o escalão de rendimento) é pago por 12 meses, podendo existir candidaturas posteriores até 36 meses (seguidos ou não). No próximo ano, o limite sobe para 60 meses.

O programa está, atualmente, disponível para jovens entre os 18 e os 30 anos, abrindo-se a exceção para casais, nos quais um dos elementos pode ter até 32 anos. Para avançar com a candidatura, os interessados têm de disponibilizar um conjunto de dados pessoais e do imóvel, bem como vários documentos (entre os quais o recibo de renda ou prova de pagamento do mês anterior e comprovativos de rendimentos). O processo é feito por via eletrónica, no Portal Habitação.

As condições de candidatura são simples: os jovens têm de ter um contrato de arrendamento e não podem usufruir de qualquer apoio público à habitação, nem ser parentes do senhorio. Não podem, do mesmo modo, ser proprietários do imóvel a que associam a candidatura.

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