Todos os processos do país, disponíveis em qualquer tribunal? Sim, em 2018

O balcão único vai permitir obter informações e certidões sobre qualquer processo em qualquer tribunal administrativo ou tributário.

O Balcão Único dos Tribunais Administrativos e Fiscais, medida do Programa Simplex para a área da Justiça que visa facilitar o acesso dos cidadãos a todos os processos de qualquer tribunal, vai arrancar no dia 1 de junho. Até ao final deste ano, o balcão único funcionará apenas a título experimental, no Tribunal Administrativo e Fiscal de Sintra. Em 2018, o modelo deverá ser alargado a todos os tribunais.

A medida foi publicada, esta terça-feira, em Diário da República. “A presente portaria vem dar corpo a uma das medidas do Programa Simplex para a área da Justiça, a criação do Balcão Único dos Tribunais Administrativos e Fiscais”, pode ler-se no Diário da República eletrónico.

A constituição do balcão único permitirá que os cidadãos possam obter informações e certidões sobre qualquer processo “em qualquer tribunal administrativo e tribunal tributário”. Além disso será possível “entregar peças processuais ou documentos em suporte físico, quando admissível, e consultar processos em qualquer tribunal de círculo e tribunal tributário do país, independentemente de ser ou não o tribunal onde corre o processo”.

Contudo, até ao final deste ano, o balcão único funcionará apenas em Sintra, a título experimental. “Considerando o caráter inovador desta medida e o impacto que a mesma pode ter no funcionamento do sistema e, em particular, na organização e funcionamento das secretarias, especialmente considerado os recursos humanos a elas alocados, prevê-se que o Balcão Único funcione, até ao final do ano de 2017 e a título experimental, apenas no Tribunal Administrativo e Fiscal de Sintra, onde se procederá à monitorização e análise do seu impacto”.

A partir de 2018, “em função das conclusões do período experimental, este modelo de organização da secretaria será estendido a todos os tribunais administrativos e fiscais”.

Esta é mais uma medida do Governo para simplificar o acesso a documentos e informações. Já em abril, arrancou o protocolo que passou a permitir tratar do passaporte, cartão de cidadão ou carta de condução no mesmo local, à mesma hora, de uma só vez. Este projeto também começou a título experimental, no Campus da Justiça de Lisboa e na conservatória de Lamego. “Se correr tudo bem, faz depois a expansão para todo o país”, disse, na altura, a secretária de Estado da Justiça, Anabela Pedroso, em declarações ao Diário de Notícias.

O Governo tem até ao final deste mês para concluir todas as medidas anunciadas no âmbito do Simplex+. Até ao final de fevereiro a taxa de execução das medidas do Simplex+ 2016 estava nos 62%.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Science4You investe três milhões para aumentar fábrica

  • Lusa
  • 30 Maio 2017

O novo espaço vai responder às encomendas de Natal e deverá estar pronto até ao início de setembro.

A empresa de brinquedos educativos Science4you vai investir três milhões de euros para expandir a fábrica no Mercado Abastecedor da Região de Lisboa (MARL), em Loures, em mais de seis mil metros quadrados, para “planear a época do Natal, quando decorre mais de 60% da faturação”.

A extensão da capacidade de produção para um total de 14 mil metros quadrados representa um investimento de três milhões de euros para os próximos três anos, informou esta terça-feira a empresa, que comercializa produtos para 35 países.

O novo espaço deverá estar pronto “até ao início de setembro”, precisou a Science4you, que se instalou no MARL em agosto de 2015.

“Dois anos depois, o crescimento da empresa obriga-nos a ter de encontrar soluções que nos permitam conseguir responder às encomendas e o MARL reuniu todas as condições para que nos pudéssemos manter aqui, mas num espaço maior que correspondesse às nossas necessidades”, explicou Miguel Pina Martins, fundador e presidente executivo da empresa, citado em comunicado.

Além da produção dos brinquedos, a Science4you tem no MARL o seu knowledge center (centro de conhecimento), o que permite a “otimização do ciclo completo de desenvolvimento, produção e venda dos brinquedos da marca”, segundo a empresa 100% portuguesa constituída em 2008.

Financiada por capital de risco e business angels, a Science4you foi criada no âmbito do Programa FINICIA, com um capital social de 55 mil euros, em que 45 mil constituíram micro capital de risco financiado pela Inovcapital. Atualmente, a empresa tem escritórios em Lisboa e no Porto, além de filiais em Madrid e Londres.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Adeus, Yeti… olá, Karoq. O novo SUV da Skoda

A Skoda já deu a conhecer o novo SUV compacto com o qual pretende disputar o mercado onde Qashqai, 3008 e Ateca assumem posições de destaque. Chama-se Karoq. Chega no próximo ano.

Depois do Kodiaq, a Skoda prossegue a expansão da gama de modelos, desta vez com um SUV compacto com o qual pretende disputar o mercado onde Qashqai, 3008 e Ateca assumem posições de destaque. E o sucessor do Yeti, o Karoq, tem bons argumentos. Não só pela estética futurística, como pela armada de motores que traz consigo, tanto a gasolina como a gasóleo.

Tem linhas muito idênticas às do Ateca, da Seat, e do Tiguan, da Volkswagen, a casa-mãe, mas a Skoda limou algumas arestas, sendo o resultado final um SUV compacto — tem 4,382 metros de comprimento — com um look extremamente robusto. Imponente, até. Destaque, nesse sentido, para a grelha do radiador, ladeada de faróis esguios de forma geométrica. Na traseira, reina a simplicidade.

O SUV compacto, que mede 1,841 metros de largura e 1,605 metros de altura, conta com uma distância entre eixos de 2,638 metros (versão com tração às quatro rodas: 2,630 metros) possibilita ao Karoq uma prestação confortável na estrada. O aumento de tamanho beneficia os passageiros. E a bagageira tem uma capacidade de 521 litros com os bancos traseiros em posição normal. Rebatidos, o volume aumenta para 1.630 litros.

Mais do que espaço, há tecnologia

Se a Skoda quis garantir que há espaço para todos dentro do seu novo SUV, também quis assegurar-se que o Karoq está à altura das exigências dos consumidores — e também da concorrência — no que respeita tanto às ajudas à condução como à tecnologia a bordo. E neste campo, a marca checa adotou a segunda geração dos sistemas de infotainment modular do Grupo VW, oferecendo funcionalidades de última geração, interfaces e equipamentos com displays de toque capacitivo.

O sistema de topo Columbus e o sistema Amundsen têm um hotspot wi-fi. Um módulo LTE opcional está disponível para o sistema Columbus. A ligação à internet baseia-se no padrão de rádio móvel mais rápido de hoje, com o qual os passageiros podem navegar e aceder ao e-mail com os seus smartphones e tablets“, nota.

Motores a estrear… para o ano

O Karoq vai contar com cinco blocos distintos: dois a gasolina e três diesel. Na oferta inicial, que deverá acontecer no início do próximo ano, dois motores a gasolina e dois a diesel são novos. As cilindradas são de 1.0, 1.5 (ambos a gasolina, sendo que o 1.5 está equipado com o sistema de desativação de cilindros), 1.6 e 2.0 litros (a gasóleo), estando a potência está compreendida entre 115 cv e 190 cv.

“Com exceção do motor diesel mais potente, podem ser acopladas uma caixa manual de 6 velocidades ou a uma transmissão DSG de 7 velocidades. O 2.0 TDI de 190 cv é proposto de série com tração 4×4 e transmissão DSG de 7 velocidades”, nota a marca.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal e Espanha vão concorrer juntos a fundos europeus

  • ECO e Lusa
  • 30 Maio 2017

Os dois governos estão já a montar uma estratégia, que terá de estar pronta em menos de um ano, antes de o processo de candidaturas ser aberto.

Os chefes de Governo espanhol (esq) e português (dir), Mariano Rajoy e António Costa, respetivamente, conversam após o final da conferência de imprensa que assinalou o encerramento da 29.ª Cimeira Luso-Espanhola, que decorreu em Vila Real. EPA/ESTELA SILVAEstela Silva/EPA 30 Maio, 2016

Portugal e Espanha vão candidatar-se juntos aos fundos comunitários para as regiões transfronteiriças, no próximo quadro de financiamento europeu de 2020/2026. A notícia foi avançada por António Costa ao Público, durante a 29,ª Cimeira Ibérica, que termina esta terça-feira.

Segundo o Público, os dois executivos estão já a montar uma estratégia, que terá de estar pronta em menos de um ano. Isto porque a Comissão Europeia apresenta o seu orçamento dentro de um ano, pelo que o trabalho de casa deverá estar concluído antes de o processo de candidaturas ser aberto.

Para já, vai ser criado um grupo de trabalho com técnicos dos dois países, que irão preparar o futuro programa de desenvolvimento transfronteiriço. Este grupo vai responder diretamente aos gabinetes de António Costa e Mariano Rajoy, primeiro-ministro espanhol.

Na conferência de imprensa de encerramento da cimeira, António Costa referiu que esse grupo de trabalho estudará o “pós-2020” e irá procurar assegurar a máxima eficiência e eficácia dos investimentos a efetuar. “É um grupo de trabalho para o horizonte pós-2020 no quadro das novas perspetivas financeiras da União Europeia“, vincou o primeiro-ministro português, em Vila Real, no fim da cimeira ibérica, e ladeado pelo presidente do Executivo espanhol, Mariano Rajoy.

“O que é novo é que, em vez de cada país desenvolver os seus próprios projetos para um programa transfronteiriço, vamos tentar fazer um programa integrado que cubra toda a raia, de forma a transformar esta linha de separação num ponto de união entre os dois países”, explicou o primeiro-ministro ao Público. Já no passado foram apresentados projetos comuns, mas a nível local, entre municípios.

Na sua intervenção, o líder do Governo espanhol, Mariano Rajoy destacou precisamente a criação deste grupo de trabalho que tem como objetivo definir, claramente, os projetos a desenvolver para “atuar de maneira rápida e, sobretudo, de maneira conjunta”. “Será uma coisa pensada e bem trabalhada e creio que, sem dúvida, pode ser muito útil”, frisou.

Rajoy falou ainda sobre as infraestruturas e os esforços em matéria das ferrovias: “São três corredores muito importantes e onde se vai reduzir muito o tempo para os viajantes e, ao mesmo tempo, o tempo para as mercadorias, no qual vamos ganhar também competitividade”, salientou.

Cimeira termina com novos acordos e mais cooperação

Portugal e Espanha analisaram “as possibilidades de cooperação no setor do gás natural” e avançaram nos trabalhos para estabelecer um tratado sobre o estabelecimento de um mercado ibérico ainda em 2017.

De acordo com a declaração final da cimeira entre os dois países, o tratado sobre o mercado ibérico de gás natural terá por objetivo desenvolver um “mercado comum” no “âmbito do processo de integração dos sistemas de energia dos dois países”.

Ambos os países estão convictos que a criação do mercado ibérico de gás será um marco na construção do mercado interno da Energia da União Europeia (UE). A integração dos sistemas de gás natural beneficiará os consumidores dos dois países e permitirá o acesso ao mercado a todos os participantes em igualdade de condições, de forma transparente, objetiva e não discriminatória”, é referido no texto.

No segmento da declaração final dedicado à energia é também assinalado que Portugal e Espanha “reiteraram e reforçaram a sua posição conjunta quanto à imprescindibilidade de aumentar as interligações, tanto de eletricidade como de gás natural, entre os dois países”, mas fundamentalmente “com o resto da Europa, para que a Península Ibérica possa servir de garante da segurança de abastecimento do espaço europeu no setor do gás natural e setor elétrico e possa exportar energia renovável para o espaço europeu”.

A cimeira de Vila Real permitiu também que Portugal e Espanha “reafirmassem o firme empenho em aprofundarem a troca mútua de informações em matéria energética, num espírito de diálogo e transparência, no quadro da UE e desenvolvendo consultas bilaterais sempre que necessário, muito em particular nos casos com um potencial impacto transfronteiriço”.

Não há qualquer referência direta no texto à questão da central nuclear de Almaraz, que motivou inclusive protestos em Vila Real no primeiro dia da cimeira, na segunda-feira.

Os países destacaram, todavia, a importância de se “defender e promover um modelo energético sustentável, através da utilização de recursos endógenos renováveis”.

(Notícia atualizada às 13:42 com as declarações proferidas na conferência de imprensa)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Banco mau? Portugal não precisa, diz António Costa

  • ECO
  • 30 Maio 2017

O primeiro-ministro não antecipa que seja necessário resgatar mais nenhum banco. Há um problema de malparado, mas não será necessário avançar com a criação de um banco mau, diz ao Handelsblatt.

António Costa diz que a banca está a estabilizar. Afasta, em entrevista ao Handelsblatt, a necessidade de se criar um banco mau para resolver o problema do malparado, salientando que está a trabalhar para criar uma plataforma que permita aos bancos conseguirem encontrar solução para estes créditos em incumprimento.

Ao jornal alemão, citado pela Reuters, o primeiro-ministro português diz que, juntamente com o Banco de Portugal, está a desenvolver uma plataforma de estabilização da banca que visa coordenar o reembolso de dívidas aos bancos. A ideia da plataforma resulta do facto de haver várias empresas com dívidas junto de um conjunto alargado de instituições financeiras.

O foco é na banca, e nos problemas que subsistem no setor, apesar de já estar estabilizado, mas Costa também falou da economia. E com especial atenção para as contas públicas depois do défice de pouco mais de 2% no último ano. Desenvolvimentos que levam o primeiro-ministro a afirmar que está “confiante que as agências de rating subam as avaliações do país em breve”.

Portugal continua a ser “lixo” para as três maiores agências de rating mundiais, apesar de estar a demonstrar sinais positivos. Vários membros do Executivo têm vindo a afirmar que estão confiantes numa revisão em alta das notações. Durante o fim de semana o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, disse esperar que as agências melhorem o rating de Portugal “ainda neste ou no próximo ano”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Metro quadrado: A luz de Lisboa dentro de casa

  • ECO + JLL
  • 30 Maio 2017

Ribeira 11 traz 37 novos apartamentos para a frente ribeirinha entre o Cais do Sodré e Santos.

Já se encontra em comercialização o empreendimento residencial Ribeira 11, que vai nascer na zona ribeirinha entre Santos e o Cais do Sodré, uma área de Lisboa em grande transformação. Localizado próximo do renovado Mercado da Ribeira, o edifício de início do século XX será reabilitado para oferecer 37 apartamentos e está a ser comercializado pela JLL.

O Ribeira 11 é uma excelente aposta para os investidores que procuram ter retorno com o short term rental em Lisboa.

Patrícia Barão, Head of Residential da JLL

“A proximidade ao rio, a vivência atual da zona – com novos conceitos de restauração e de lazer – e toda a renovação que tem sido alvo, têm atraído cada vez mais turistas e jovens lisboetas, o que faz com que esta localização tenha cada vez maior potencial para este tipo de investimento”, acrescenta.

A dinamização comercial deste empreendimento tem como público-alvo quer portugueses quer estrangeiros, especialmente na perspetiva de investimento para rendimento, mas também os compradores motivados pela obtenção do Golden Visa.

A poucos minutos a pé do Jardim Dom Luís e do Largo de Santos e, com acesso rápido ao rio, o Ribeira 11 dispõe de apartamentos nas tipologias T0+1 a T3 e áreas entre os 59 e os 160 m2, com parte das unidades a usufruir de vista sobre o Tejo.

A estética contemporânea aliada ao conforto e os acabamentos de elevada qualidade distinguem os apartamentos, que refletem a influência industrial do edifício. Projetado no início do século XX, este imóvel será reabilitado, valorizando-se, especialmente através dos materiais utilizados, fazendo a ligação à indústria que, em tempos, marcou a zona. O Ribeira 11 está próximo de um grande número de serviços e zonas comerciais, bem como de restaurantes, atividades culturais e de lazer, disponíveis no Santos Design District e no Cais do Sodré.

Os trabalhos de construção estão prestes a arrancar, devendo estar concluídos no 2º semestre de 2018.

Saiba mais sobre o imóvel.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lisboa em queda. Energia tira gás à bolsa

A bolsa nacional está no vermelho. Segue a tendência negativa das restantes praças europeias, pressionada pelos títulos da EDP e EDP Renováveis.

A bolsa nacional está em queda. Depois de ter ficado inalterada na primeira sessão da semana, segue a tendência negativa das restantes praças europeias com os títulos do setor energético em destaque. O Grupo EDP pressiona, assim como o BCP, enquanto a Galp Energia impede uma descida mais expressiva.

Tal como acontece com o Stoxx 600, também o PSI-20 está em “terreno” negativo. O índice nacional regista uma desvalorização de 0,18% para 5.218,74 pontos, depois de ter fechado sem variação no arranque da semana, dia que ficou marcado por uma liquidez bem abaixo do habitual. O valor negociado cifrou-se em 45 milhões devido ao feriado em vários países.

O BCP, que apesar da queda registada durante a última sessão acabou por valorizar, volta às quedas, colocando pressão no desempenho do índice português. As ações do banco liderado por Nuno Amado seguem a perder mais de 1% para 22,55 cêntimos.

Na energia, a EDP e a EDP Renováveis estão ambas em queda. A elétrica liderada por António Mexia recua 0,25% para 3,18 euros enquanto a EDP Renováveis está a cair 0,35% para 6,93 euros, mantendo-se acima do preço da OPA da EDP. A Galp Energia, por seu lado, trava as quedas, registando uma subida de 0,4% para 13,84 euros.

Fora do PSI-20, a Teixeira Duarte cai 0,83% depois de ter revelado que os prejuízos no primeiro trimestre foram de 8,6 milhões de euros, ainda assim uma redução de 61,4% do prejuízos face ao mesmo período do ano passado. Já a Cimpor, que disparou com a proposta de retirada de bolsa, segue a perder mais de 5% para 35 cêntimos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Gigante japonesa abre portas em Lisboa

  • ECO
  • 30 Maio 2017

A multinacional japonesa Marubeni vai abrir abrir uma filial em Lisboa depois de já ter investido na energia, águas e distribuição de gás em Portugal.

Os investimentos da Marubeni em Portugal já ultrapassam os 400 milhões de euros e distribuem-se pelo setor da energia, da água e da distribuição de gás. Chegam atualmente a 14 municípios, mas Lisboa também vai entrar no mapa acolhendo a nova filial.

Atualmente, a Marubeni é responsável por 19% da produção de energia elétrica em Portugal, detendo 50% dos ativos em energias renováveis e termais do ENGIE. Também tem uma participação de 22,5% nas ações da Galp Gás Natural Distribuição e finalmente, gere a maior empresa de serviços de águas de Portugal, a Administração e Gestão de Sistemas de Salubridade, em parceria com a Innovation Network Corporation of Japan. Os serviços de distribuição de água correm por 14 municípios entre eles Cascais, Setúbal, Gondomar e Tavira.

A inauguração da nova filial contou com a presença da AICEP, a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, que tem promovido os investimentos da Marubeni em Portugal. Para o presidente, Luís Castro Henriques, a ação da Marubeni é “um exemplo da crescente atratividade e das qualidades únicas do nosso país enquanto destino de investimento estrangeiro”.

A empresa revela em comunicado as suas principais motivações. A filial em Portugal é uma “plataforma estratégica” que permitirá a expansão não só dentro do país como na América Latina, União Europeia e África. Portugal é uma ponte que dá acesso à população de 500 milhões da União Europeia e aos 250 milhões da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. O CEO, Fumiya Kokubu, fala ainda de “aprofundar das relações entre Portugal e o Japão”, um laço histórico que terá pesado na decisão.

A Marubeni conta já com um volume de negócios de 90 mil milhões de euros e quase 40 mil trabalhadores e a sua atividade abrange três áreas para além do setor energético e metais. Move-se também nos transportes e maquinaria industrial, setor alimentar e produtos de consumo e nos químicos e produtos florestais.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Solução para os lesados do BES parada no Parlamento

  • ECO
  • 30 Maio 2017

A proposta de lei que permite a criação do fundo para os lesados do papel comercial do BES está parada. Encravou na Assembleia da República.

Os lesados do BES podem ter de esperar um pouco mais para começarem a receber parte dos valores aplicados no papel comercial do banco que foi alvo de resolução em 2014. É que a proposta de lei que permite a criação do fundo para os lesados do papel comercial do BES está parada. Encravou na Assembleia da República.

A realização de várias jornadas parlamentares de partidos em maio, que encolheram o tempo de discussão em plenário, é a razão apresentada para o atraso, que reduziu a janela para que este processo fique fechado até ao verão, de acordo com o Público. Depois da conferência de líderes na semana passada poucos foram os buracos na agenda a sobrar, o que faz com que a discussão da proposta possa só acontecer depois das autárquicas.

"Não nos passa pela cabeça que a Assembleia da República feche para férias e que estas pessoas passem, pelo terceiro verão consecutivo, um período de extrema ansiedade e dificuldade, sem solução para o problema.”

Luís Miguel Henrique

Representante dos lesados do papel comercial do BES

Este atraso vem assim comprometer o calendário definido, que previa o pagamento da primeira de três tranches no final de junho ou início de julho. “Não nos passa pela cabeça que a Assembleia da República feche para férias e que estas pessoas passem, pelo terceiro verão consecutivo, um período de extrema ansiedade e dificuldade, sem solução para o problema. E atenção, no final de julho, princípio de agosto, as pessoas contam ter a primeira tranche nas suas contas”, diz Luís Miguel Henrique representante dos lesados.

Tenho a garantia que esta semana estará agendada [a votação] para que se inicie todo o processo legislativo, que será rápido, porque CMVM e Banco de Portugal fizeram parte do grupo de trabalho que preparou tudo. O que se segue, a criação do fundo, a emissão da garantia, a contratação do financiamento, tudo isso está parado. E com algum esforço de todos, acredito que consigamos cumprir os prazos”, nota ao jornal.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Despesa das autarquias sobe 10% em ano de eleições. Impostos só sobem 3%

  • ECO
  • 30 Maio 2017

As autarquias fazem "uma gestão eleitoralista da política orçamental". Exceto se os autarcas já não puderem recandidatar-se à câmara.

Ano de autárquicas? Ano de gastar. É a lógica da “gestão eleitoralista da política orçamental”. Exemplo disso são as autárquicas de 2013, em pleno programa de ajustamento da troika, quando a despesa total das autarquias aumentou 9,9%, um crescimento que ficou muito acima das receitas fiscais, que aumentaram 3,1% nesse ano. A conclusão é de um estudo realizado por dois economistas da Universidade do Minho e publicado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, a que o Público (acesso condicionado) teve acesso.

Segundo o estudo, da autoria de Francisco Veiga e Linda Veiga, este movimento é ainda mais acentuado quando os autarcas estão a recandidatar-se a um novo mandato. Nesses casos, os gastos com pessoal cresceram 10,1% e as despesas em investimento subiram 14,5%. Em sentido contrário, as receitas fiscais recuaram 7,1%, tendo sido compensadas por um aumento de 9,6% nas transferências do Estado”.

Há ainda uma diferença significativa entre os autarcas apontada pelo estudo: os autarcas que não podem recandidatar-se, limitados pela nova lei que estabelece um máximo de três mandatos, e os que ainda podem ser reeleitos. “Embora todos os tipos de autarca considerados estejam associados em anos eleitorais a uma diminuição do saldo orçamental e a um aumento das receitas com passivos financeiros, apenas se verifica um aumento da despesa total nos municípios cujos presidentes de câmara são reelegíveis”, refere o estudo, citado pelo Público.

Feitas as contas, os presidentes que já não podiam recandidatar-se reduziram as despesas com pessoal em 4,3% e receberam menos transferências do Estado em anos eleitorais. Além disso, não aumentaram a despesa de investimento nem reduziram as receitas fiscais.

O estudo conclui, por isso, que existe “uma gestão eleitoralista da política orçamental” das autarquias.

41 autarcas impedidos de se recandidatar

Em 2013, quando a lei que limita a três o número máximo de mandatos entrou em vigor, houve 160 presidentes de câmara e 884 presidentes de junta de freguesia que não puderam recandidatar-se. Alguns deles já estavam no poder há dez mandatos, ou seja, desde 1976.

Nas eleições deste ano, marcadas para 1 de outubro, há menos autarcas nesta situação, mas ainda existem. Ao todo, há 41 autarcas que já não poderão recandidatar-se à câmara que presidem. Isso não significa, contudo, que não possam candidatar-se a outras câmaras, nota o estudo. Dos 160 autarcas que a lei impediu de recandidatarem à mesma câmara em 2013, dez candidataram a outra câmara e, desses, seis foram eleitos.

Apesar dessa lacuna, o estudo aponta para os aspetos positivos da lei que limita os mandatos: “levou a uma considerável renovação dos autarcas, como afetou a gestão das finanças municipais e a participação nas eleições autárquicas”. Ao mesmo tempo, a limitação de mandatos pode “eliminar os incentivos dos governantes para implementar medidas eleitoralistas” e coloca um travão na influência de “grupos de interesse que apenas visam o seu interesse próprio, com prejuízos para a população em geral”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Morreu Manuel Noriega, antigo ditador do Panamá

  • ECO
  • 30 Maio 2017

O antigo ditador estava em coma induzido há já alguns meses. Acabou por falecer aos 83 anos.

Manuel Noriega, que governou o Panamá entre 1983 e 1989, morreu. O antigo ditador, derrubado pelas forças norte-americanas, estava em coma induzido desde março, depois de ter sido submetido a uma cirurgia cerebral. Acabou por falecer esta noite, aos 83 anos.

“O senhor Noriega morreu esta noite”, declarou o secretário de Estado da Comunicação do Panamá, Manuel Doninguez, à agência noticiosa francesa AFP. O anúncio foi também feito pelo atual presidente do país, Juan Carlos Varela, na sua conta de Twitter: “A morte de Manuel A. Noriega encerra um capítulo da nossa história; as suas filhas e familiares merecem um funeral em paz”.

Noriega é tido pelas forças especiais norte-americanas como o criador da primeira “narcocleptocracia do hemisfério”. Lidou diretamente com o narcotraficante colombiano Pablo Escobar, orquestrou o desaparecimento de vários dos seus oponentes — alguns dos corpos apareceram com sinais de tortura — e passou as duas décadas seguintes à sua deposição em cadeias norte-americanas e francesas.

Passou os últimos anos da sua vida numa prisão do Panamá, acusado de homicídio de opositores políticos durante o seu regime. Em 2012, foi diagnosticado com um tumor no cérebro. Em janeiro deste ano, foi autorizado a sair da cadeia para sua casa, para se preparar para uma cirurgia.

Deixa a sua mulher, Felicidad, e três filhas, Lorena, Thays e Sandra.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados

Há muitos indicadores económicos a que os investidores devem estar atentos, não só em Portugal como no resto da Europa, no dia em que a Cimpor e a Teixeira Duarte também devem estar em foco na bolsa.

Num dia em que todos os principais mercados acionistas voltam a funcionar em pleno, há muitos indicadores económicos a que os investidores devem estar atentos, não só em Portugal como no resto da Europa. A nível nacional serão divulgadas estatísticas sobre o emprego, mas também sobre a produção industrial, relativamente a abril. Entre as cotadas da bolsa nacional, destaque para aquele que será o rumo das ações da Cimpor no dia em que a Teixeira Duarte apresenta contas. Lá fora, destaque para dados sobre o sentimento económico da Zona Euro e para dados sobre a inflação na Alemanha.

Cimpor vai continuar a subir? Teixeira Duarte presta contas

Duas cotadas da praça bolsista nacional prometem estar no centro das atenções, apesar de esse destaque se verificar por razões diferentes. A Teixeira Duarte escolheu o dia de terça-feira para divulgar o balanço das suas contas relativas ao primeiro trimestre, depois de ter encerrado 2016 com uma quebra de 40% nos seus lucros. Os investidores deverão estar também atentos à Cimpor depois de, na sessão desta segunda-feira, a suas ações terem disparado perto de 19%. Esta forte valorização ocorreu depois de a Camargo Correia ter anunciado que pretende retirar a cimenteira portuguesa da bolsa. Será a sessão desta terça-feira marcada por mais subidas para o título?

Divulgação de dados sobre a economia portuguesa

Serão conhecidos nesta terça-feira diversos dados sobre a economia portuguesa. Mais em concreto, o INE divulga as suas estimativas mensais sobre o emprego e o desemprego, relativas ao mês de abril, mas também os resultados do inquérito de conjuntura às empresas e aos consumidores de maio, bem como o índice de produção industrial também relativo ao mês de abril. A divulgação destes dados é importante, já que poderá dar pistas no sentido de perceber se a economia nacional irá dar seguimento no segundo trimestre ao bom desempenho apresentado nos primeiros três meses do ano.

Mais indicadores, também no resto da Zona Euro

Esta terça-feira será conhecido o indicador do sentimento económico da Zona Euro relativo ao mês de maio. As previsões dos especialistas vão no sentido de este indicador confirmar a tendência positiva do sentimento dos europeus, para atingir um máximo de vários anos. Na Alemanha, conhecido como o motor da Europa, será também conhecida a estimativa rápida para a inflação, relativa ao mês de maio. A expectativa é de que este indicador caia para 1,6% numa base anual e face aos 2% registados em abril.

Membro do BCE fala numa conferência na Áustria

Erkki Liikanen, membro do conselho de governadores do banco Central Europeu (BCE), participa como orador numa conferência sobre economia organizada pelo banco central da Áustria. Nessa ocasião, o governador do banco central da Finlândia poderá dar alguns sinais sobre o rumo da política monetária do BCE, a poucos dias da próxima reunião da entidade liderada por Mario Draghi. É já no próximo dia 8 de junho que os governadores dos bancos centrais da Zona Euro se reúnem, num evento onde poderá ser discutida uma eventual inversão da política de estímulos.

Mercados acionistas voltam ao pleno

Os mercados acionistas regressam à normalidade, com a retoma da negociação tanto da bolsa de Londres como de Wall Street. Na sessão anterior, o mercado acionista londrino esteve encerrado devido ao “Spring Bank Holiday”, feriado que é comemorado na última segunda-feira do mês de maio, dando aos ingleses a oportunidade de comemorarem a chegada da primavera. Já nos EUA é dia também de regressar à negociação, depois de o feriado do “Memorial Day” que se celebrou nesta segunda-feira.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.