Villeroy: Problemas da banca portuguesa têm de ser resolvidos “rapidamente”

  • ECO
  • 29 Maio 2017

Francois Villeroy, governador do Banco de França, diz que os problemas da banca italiana e portuguesa estão a pesar em todo o sistema financeiro europeu. Pede uma solução rápida.

O malparado continua a pesar na banca. Itália e Portugal são os maiores problemas entre os países da zona euro, o que está a pesa na reputação do sistema financeira de toda a região. É neste sentido que Francois Villeroy de Galhau, o governador do Banco de França, pede que sejam encontradas soluções de forma “rápida”.

“Os problemas na banca em Portugal e Itália são solucionáveis, mas têm de ser tratados rapidamente”, disse Villeroy, em declarações citadas pela Bloomberg. Estes problemas estão a “pesar na reputação de todo os sistema financeiro europeu que está, efetivamente, mais sólido do que estava no passado”, acrescentou o governador do Banco de França, sublinhando a solidez da banca do seu país.

Villeroy aproveitou para lançar o repto de que é necessário que se avance na União Bancária, defendendo um fortalecimento nos “mecanismos de resolução” dos bancos, isto ao mesmo tempo que fez mira ao Brexit. “Depois da saída [do Reino Unido da União Europeia, saindo os bancos da supervisão do Banco Central Europeu], não vejo como as operações de clearing podem continuar a ser feitas em Londres”.

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António Costa quer regiões de fronteira como novas centralidades do mercado ibérico

  • Lusa
  • 29 Maio 2017

Arranca esta segunda-feira a 29.ª cimeira ibérica, dedicada à cooperação transfronteiriça. O primeiro-ministro quer fazer da linha de separação "um ponto de união".

O primeiro-ministro, António Costa, manifestou esta segunda-feira, a propósito do arranque da cimeira ibérica, a intenção de afirmar as regiões de fronteira como novas centralidades de um grande mercado ibérico de 60 milhões de consumidores.

Na sua conta do Twitter, em português e em castelhano, Costa escreve: “Queremos afirmar as regiões de fronteira como novas centralidades de um grande mercado ibérico de 60 milhões de consumidores”.

O primeiro-ministro escreve também que o governo português está centrado na cooperação transfronteiriça. “Queremos fazer de uma linha de separação um ponto de união”, acrescenta.

A 29.ª cimeira Portugal/Espanha decorre até terça-feira em Vila Real e é dedicada à cooperação transfronteiriça em áreas como energia, infraestruturas e ambiente, arrancando com uma viagem de barco no Douro.

Os trabalhos oficiais começam esta manhã, com as duas delegações a partirem de Vega Terrón, em Espanha, para descer o Douro de barco, ao mesmo tempo que, a bordo, têm início as reuniões setoriais entre os vários ministros dos executivos de Portugal e de Espanha.

Ainda no Douro, haverá um almoço oficial da 29.ª cimeira ibérica, chegando as comitivas pelas 16:00 ao porto da Sra. da Ribeira.

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Câmaras recebem até 65% do valor das multas de estacionamento

  • ECO
  • 29 Maio 2017

Mesmo quando as contraordenações forem detetadas pela PSP ou pela GNR, parte da receita da multa será transferida para os cofres municipais. Faz parte da estratégia de descentralização do Governo.

As câmaras municipais vão receber até 65% do valor das multas por estacionamento ilícito nas cidades e nas vias fora das localidades (como estradas nacionais) que estejam sob sua jurisdição. A notícia é avançada, esta segunda-feira, pelo Jornal de Notícias (acesso pago), que dá conta que a medida consta do diploma de descentralização de competências para as autarquias e entidades intermunicipais.

O diploma da descentralização foi aprovado em fevereiro deste ano e implica a transferência da gestão de 12 áreas para as autarquias, que vão desde a educação à saúde, passando pelos transportes e estacionamento. O objetivo, explicou na altura da aprovação Eduardo Cabrita, ministro Adjunto, é conseguir “maior proximidade na decisão, maior eficiência e eficácia nos serviços prestados aos cidadãos e maior participação das autarquias na gestão dos recursos públicos”.

Ao todo, 13 diplomas setoriais já foram enviados pelo Governo à Associação de Municípios. Entre eles, está o diploma setorial sobre estacionamento público. Segundo o Jornal de Notícias, o documento prevê que, a partir de agora, mesmo quando as ilegalidades sejam detetadas pela PSP ou pela GNR, uma parcela da receita das coimas (dependendo da gravidade da contraordenação) seja transferida para os cofres municipais.

Se a multa por estacionamento foi passada por fiscais ou polícias municipais, as autarquias ficam com 55% ou 65% da receita da coima (dependendo da gravidade da contraordenação). Já se for a PSP ou a GNR a detetar a contraordenação, as câmaras recebem 35% do valor das multas.

Atualmente, só o Estado, a PSP, a GNR e a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANRS) têm direito a ficar com uma fatia do valor destas coimas.

O diploma prevê ainda que as câmaras passem a ser responsáveis pela fiscalização do estacionamento dentro das localidades e nas estradas sob jurisdição municipal. Os fiscais camarários poderão passar multas em todas as situações de estacionamento indevido e as autarquias passam a cobrar diretamente a maioria das coimas, sem terem de enviá-las para a ANRS.

Assim, só as contraordenações graves e muito graves de estacionamento (como é o caso de estacionamento na berma das autoestradas ou nos lugares reservados para deficientes, por exemplo) continuarão a ser tratadas pela ANRS. Ainda assim, mesmo nestes casos, se a infração tiver sido detetada por um fiscal camarário ou pela Polícia Municipal, 55% do valor da multa irá para a autarquia.

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Interesse público dos tanques vai baixar preços do gás de botija

  • ECO
  • 29 Maio 2017

O objetivo é baixar os preços. O governo vai abrir o acesso aos tanques de armazenamento que para já são maioritariamente explorados pela Galp, Repsol e Rubis.

Novos operadores são bem-vindos ao mercado das garrafas de gás. A declaração de interesse público que vai permitir o acesso aos tanques por novas marcas já é uma realidade. Cepsa e Jumbo já demonstraram interesse em entrar, ficando apenas a faltar a decisão política. O objetivo é aumentar a concorrência de forma a baixar os preços para os consumidores.

A Autoridade da Concorrência fez o relatório que deu início ao processo. As margens de lucro “revelam algum exercício de poder de mercado” diz o relatório. Graças a esta decisão, novos operadores poderão utilizar os tanques da Pergás e Sigás (refinarias de Perafita e Sines, em Matosinhos) para armazenar e engarrafar gás por um determinado preço que terão que pagar aos donos, ainda por definir. Agora já só falta a decisão política de dar aval à entrada dos novos operadores, avança Jorge Seguro Sanches, o secretário de estado da energia, ao Diário de Notícias.

Deste modo, Jorge Seguro Sanches acredita que “o mercado funcione de forma mais correta”. Até agora, a entrada de operadores era desincentivada por preços e margens elevadas. A descida de preços não pode ser imposta, pois trata-se de um mercado livre, restando portanto a hipótese de abrir à concorrência. A Cepsa e o Jumbo já mostraram interesse na exploração.

Atualmente, a Galp é líder de mercado, com uma quota entre os 40% e os 50%. A Rubis e a Repsol estão entre os 20% e os 30% e a OZ menos de 10%. A Prio detém apenas 2%. A maioria das marcas argumentou que a medida põe em causa a propriedade privada e que pode penalizar as exportações. A Apetro, associação de petrolíferas, votou contra na audição prévia. Espera-se que as contestações avancem para os tribunais.

Cerca de 75% dos portugueses utiliza gás de botija. A abertura dos tanques, promovendo uma maior concorrência entre os operadores, deverá levar a uma descida dos preços que teria impacto numa margem significativa da população.

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Energia trava bolsa. REN, sem dividendo, cai 5%

A bolsa nacional arrancou a semana em queda, acompanhando a tendência das restantes praças europeias. Lisboa está a ser penalizada pelo setor energético. A REN está a negociar sem dividendo.

A bolsa nacional arrancou a semana com sinal negativo. Segue as quedas registadas nos restantes mercados europeus num dia que será marcado por menor liquidez, penalizada pela queda das ações do setor energético. A REN, que está em ex-dividendo, destaca-se pela negativa.

Num dia que será marcado pela menor liquidez já que vários mercados acionistas mundiais estarão encerrados — nos EUA celebra-se o Memorial Day — a Europa abriu no verde, com o Stoxx 600 a descer 0,2%. Em Lisboa, o PSI-20, que recuou na última sessão devido ao destaque do dividendo da Galp, cai 0,26% para 5.212,73 pontos.

A contribuir para esta descida da bolsa estão os títulos do setor energético. A EDP e a EDP Renováveis seguem a desvalorizar 0,22% e 0,42%, respetivamente, enquanto a Galp Energia avança 0,11%. A subida da petrolífera segue-se a uma queda de 2% resultante do destaque da remuneração de 25 cêntimos que será agora entregue aos investidores.

A REN negoceia sem direito ao dividendo de cerca de 17 cêntimos, o que está a levar a uma descida de 5,33% das ações da empresa liderada por Rodrigo Costa para 2,83 euros. Antes de destacar esta remuneração, a gestora da rede elétrica acumulava uma valorização de mais de 10% desde o início deste ano.

O BCP, que perdeu mais de 1% na última sessão, apresenta uma valorização de 0,48% para 22,88 cêntimos, isto no dia em que comunicou à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) que o Norges Bank reforçou a sua posição no capital. O fundo soberano norueguês passou a controlar 2,63% das ações do banco liderado por Nuno Amado.

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Lisboa vai ter estacionamento a 50 cêntimos fora do centro

  • ECO
  • 29 Maio 2017

Ameixoeira, Pontinha, Areeiro e Pedrouços vão ter parques "dissuasores", com preços simbólicos, para convencer os condutores a não levarem o carro para o centro.

A Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL) prepara-se para lançar parques de estacionamento de baixo custo fora do centro da cidade, avança, esta segunda-feira, o Público (acesso condicionado). Os quatro parques que para já estão previstos terão um custo “simbólico”, de 50 cêntimos por dia, para os condutores que tenham um título de transporte público.

Ameixoeira (um parque de 500 lugares, que será aberto já em junho), Pontinha (2.000 lugares), Areeiro (300) e Pedrouços (150) são os quatro locais onde serão construídos parques. Para além destes, estão ainda a ser negociados preços mais baratos com as empresas privadas que gerem os parques do Estádio da Luz (800 lugares), do Estádio de Alvalade (200) e do Pingo Doce da Bela Vista (370).

A ideia é dissuadir os condutores de entrarem no centro da cidade, explica ao Público Luís Natal Marques, presidente da EMEL. “Serão sempre parques a preços meramente simbólicos. Por 50 cêntimos por dia, desde que tenha um título de transporte, a pessoa deixa ali o carro e vai para o seu trabalho”, refere.

Estes 50 cêntimos por dia ficam significativamente abaixo do que é cobrado, atualmente, para se estacionar no centro da cidade. Estacionar o carro das 9h às 19h numa zona verde custa um total de oito euros; na zona amarela, passa para 11,20 euros; e na zona vermelha são 16 euros.

Numa fase posterior, a EMEL pretende ainda alargar-se para lá do concelho de Lisboa. “Temos vindo a conversar com a Câmara de Odivelas porque a câmara sente necessidade de fazer o ordenamento do estacionamento no Senhor Roubado. Aquilo é um pandemónio em termos de estacionamento e pediram o nosso auxílio. Será também um parque dissuasor, muitos dos que ali deixam o carro já vão apanhar o metro”, diz Luís Natal Marques.

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EUA querem proibir uso de computadores portáteis em todos os voos

  • ECO
  • 29 Maio 2017

A voar para os EUA? Pode ter de abdicar do seu computador portátil. Os serviços de segurança americanos temem detonações a bordo a partir de aparelhos eletrónicos.

As autoridades norte-americanas querem proibir o uso de computadores portáteis na cabine do avião em todos os voos para os Estados Unidos (EUA), considerando que está em causa uma “ameaça real”, segundo o ministro da Segurança Interna, John Kelly.

“Há uma ameaça real. É realmente uma obsessão dos terroristas: abater um avião em voo, em particular, um avião norte-americano, repleto de americanos a bordo”, disse o ministro da segurança, John Kelly, na cadeia televisiva Fox News.

Em 21 de março, as autoridades americanas tinham proibido os passageiros provenientes de dez aeroportos de oito países árabes (incluindo a Turquia) de usarem computadores portáteis, ‘tablets’ e outros dispositivos eletrónicos de tamanho superior aos telemóveis na cabine dos aviões.

Na altura, foi dito que estas restrições poderiam ser estendidas para outras regiões, incluindo para os voos com origem na Europa, até porque os EUA têm relatórios dos serviços de inteligência que indicam que um computador portátil pode ser usado para acionar uma bomba a bordo de um avião.

Especialistas dos EUA e da Comissão Europeia têm mantido inúmeros contactos para discutir as condições desta possível proibição. A entrada em vigor da proibição de uso de computadores portáteis nos voos para os EUA pode trazer problemas para os aeroportos europeus, que têm mais de 3.250 voos semanais previstos neste verão entre os países da União Europeia e os EUA.

Os oito países cujos aeroportos estão atualmente abrangidos pela proibição de uso de aparelhos eletrónicos em voos para os EUA são a Turquia, Jordânia, Egito, Arábia Saudita, Kuwait, Qatar, Emirados Árabes Unidos e Marrocos. Também em março, seguindo o exemplo de Washington, o Reino Unido tomou uma medida semelhante limitada a seis países: Turquia, Líbano, Jordânia, Egito, Tunísia e Arábia Saudita.

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Estudos ambientais ameaçam investimento de 200 milhões no Algarve

  • ECO
  • 29 Maio 2017

O empreendimento previa a construção de hotel, campo de golfe, centro de investigação e centro de empresas. Está parado desde 2012.

A United Investments Portugal, empresa que detém o Pine Cliffs e o Sheraton Cascais, poderá deixar cair um investimento de 200 milhões de euros que tinha planeado para Vale do Freixo, no Algarve. A notícia é avançada, esta segunda-feira, pelo Jornal de Negócios (acesso pago). Em causa está o impacto ambiental que o projeto poderá ter.

O empreendimento previa a construção de um hotel, um campo de golfe, um centro de investigação com a Universidade do Algarve e um centro de empresas, além de uma componente imobiliária, que, segundo o Negócios, já terá “contratos firmados”. Contudo, e de acordo com Carlos Leal, diretor-geral da United Investments Portugal, o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) tem reservas quanto à “densidade de construção do projeto”, que já chegou a receber o estatuto de Potencial Interesse Nacional (PIN) por parte do Governo.

Assim, os terrenos no concelho de Loulé estão “ao abandono” desde 2012, quando foi atribuído o PIN ao projeto. Nessa altura, Carlos Leal apontava para que o projeto arrancasse até ao início de 2014 e criasse 350 postos de trabalho diretos.

Agora, Carlos Leal garante que o fundo que gere não vai investir mais dinheiro no projeto. “Ou temos uma resposta, uma justificação para o projeto não ser aprovado, ou fechamos a porta e vamos investir noutro país. Não estou a pedir que aprovem, só que me deem uma resposta”, diz ao Negócios.

Contactada pelo mesmo jornal, o ICNF justifica que as negociações não têm sido bem-sucedidas porque “não se mostra conclusiva a não afetação da integridade do Sítio de Importância Comunitária Barrocal”, ou seja, o instituto ainda tem dúvidas sobre o impacto que o projeto poderá ter na área do barrocal algarvio.

Já o presidente da Câmara Municipal de Loulé, Vítor Aleixo, diz que o projeto está “em ponto de bloqueio porque o ICNF apresenta a exigência de um estudo de avaliação estratégica ambiental”.

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SEF cria “linha azul” para acelerar vistos gold

  • ECO
  • 29 Maio 2017

O Governo pretende prevenir a fuga de investidores. Vai criar "uma linha azul" para acelerar os processos, tentando maximizar a receita com os vistos gold.

Os pedidos de Autorizações de Residência para Investimento (ARI), conhecidos como vistos gold, vão passar a ser tratados como processos prioritários até ao final deste ano. A ideia é prevenir a fuga de investidores, isto depois de o alerta dado pela APEMIP que tem criticado a excessiva demora nestes processos.

O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), confrontado pelo Diário de Notícias (acesso pago), diz que “está previsto até ao final do ano aumentar a criação de atendimentos especializados para diversas áreas” entre as quais a ARI. A ideia é criar um serviço expresso para garantir que não é perdido investimento.

A Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP) tem criticado a excessiva demora no tratamento dos vistos gold, o que explica a quebra nos valores captados. O investimento captado através dos vistos gold recuou 5% em abril em termos homólogos, para 78 milhões de euros.

O Governo alterou, entretanto, os critérios de atribuição de vistos gold. No que respeita ao investimento imobiliário mantém-se tudo igual, mas avançou com uma medida em que reduz o valor necessário de investimento em pequenas e médias empresas para obtenção de autorização de residência a estrangeiros. Passa assim a ser inferior aos 500 mil euros obrigatórios na compra de imóveis.

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5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 29 Maio 2017

Nem todos os mercados de capitais estarão abertos esta segunda-feira. O dia será marcado pelas palavras de Mario Draghi.

O dia vai ser marcado pelas palavras de vários líderes internacionais, mas nem todos os mercados de capitais estarão abertos para fazer eco das intervenções. Estados Unidos, Reino Unido, China e Taiwan encerram esta segunda-feira. Mas os restantes têm de estar atentos a alguns acontecimentos.

Vários mercados encerrados

A bolsa para nos Estados Unidos, no dia em que é assinalado o Memorial Day, que recorda os militares mortos em combate. Não é caso único: os mercados também não abrem no Reino Unido, dia de feriado Spring Bank Holiday, nem na China e Taiwan, onde se celebra o festival do Barco de Dragão.

O que se espera de Draghi?

O presidente do Banco Central Europeu (BCE) discursa no Parlamento Europeu, em Bruxelas. As palavras de Mario Draghi vão ser seguidas com atenção pelos investidores, em busca de pistas sobre a condução da política monetária da zona euro. O foco é saber como e quando os estímulos do BCE vão ser progressivamente retirados.

May e Corbyn em entrevista a poucos dias das eleições

A bolsa britânica está fechada mas os investidores continuam de olhos postos no país. A poucos dias das eleições — que decorrem a 8 de junho — a primeira-ministra, Theresa May, e o líder da oposição, Jeremy Corbyn, vão ser entrevistados no Channel 4, enfrentando também questões da audiência. A última sondagem realizada apenas dois dias depois de atentado revela que a vantagem de May para os trabalhistas está apenas em 5 pontos, muito abaixo dos 23 com que arrancou.

Como evolui a avaliação bancária das casas?

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga os dados do Inquérito à Avaliação Bancária na Habitação, referentes a abril de 2017, depois de adiada a divulgação inicialmente para a prevista para a última quinta-feira. Os dados referentes a março surpreenderam, já que se registou o primeiro recuo num ano, ainda que ligeiro. O que reserva abril?

REN negoceia sem direito ao dividendo

A REN negoceia a partir de hoje sem direito ao dividendo de cerca de 17 cêntimos, situação que deverá ditar a descida das ações da gestora da rede elétrica liderada por Rodrigo Costa. A REN vai pagar o dividendo na próxima quarta-feira. As ações valorizam mais de 10% desde o início do ano.

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Banca tem excesso de liquidez. Folga é de 60 mil milhões

  • Rita Atalaia
  • 29 Maio 2017

A banca está a emprestar mais, mas não o suficiente. O saldo está em queda. E o dinheiro em depósitos é superior ao crédito, um sinal de que há liquidez a mais. E isso pesa na rentabilidade.

“Todos [os bancos] temos capacidade para emprestar”. A frase é de Nuno Amado, presidente do BCP. Os bancos estão a dar mais crédito? Estão, mas não ao ponto de permitir que o saldo dos empréstimos concedidos seja, efetivamente, mais elevado. Depois de anos em que foi preciso cortar nos empréstimos, aproximando-os do dinheiro em depósitos, agora o problema é exatamente o oposto. Há liquidez a mais. Quanto? Cerca de 60 mil milhões de euros em dinheiro que a continua sem ser absorvido pela economia. E isso é um problema para um setor que precisa de aumentar a rentabilidade.

Desde a chegada da troika a Portugal, os rácios de transformação, ou seja, a percentagem de crédito concedido em função dos depósitos captados, têm vindo a cair. Com o programa de ajuda financeira, os bancos foram obrigados a reduzir este rácio para baixo da fasquia dos 120%, essencial para desalavancar o setor financeiro português que antes do pedido de ajuda externa apresentava um nível médio superior a 160%. E cumpriram: o rácio caiu. Está agora em 96,4%.

Rácios de transformação do setor bancário

Fonte: Associação Portuguesa de Bancos

A quebra do rácio é sinónimo de menos risco, mas não de eficiência. “Os bancos portugueses são bancos universais, de retalho. Fundamentalmente geram os seus resultados por captação de depósitos e concessão de crédito. Isto é, grosso modo, 65% a 70% dos resultados”, afirma um analista do setor ao ECO. Neste sentido, “se têm rácios de 95%, alguma coisa objetivamente não está a funcionar bem”, explica. Com estes rácios, a folga que os bancos têm para emprestar é de perto de 58 mil milhões, de acordo com os cálculos do ECO, assumindo a fasquia dos 120% que era a referência da troika.

Esta ideia foi deixada por Paulo Macedo. O presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD) é o primeiro a dizer que, com o rácio que o banco tem atualmente (88,1%) “não vai gerar rentabilidade”. Macedo quer elevar o rácio até perto de 100%, sendo que não poderá nunca ter um volume de crédito superior ao das poupanças captadas junto dos clientes (acima de 100%), devido ao acordo com a Direção-Geral da Concorrência da Comissão Europeia no âmbito do processo de recapitalização do banco estatal.

Segundo dados compilados pelo ECO, considerando que os depósitos se mantêm estáveis, o banco do Estado ainda pode dar quase dez mil milhões à economia até chegar aos 100%. Há um “excesso de liquidez” na banca, disse Paulo Macedo. “A Caixa quer conceder crédito a bons projetos. Tem liquidez e um bom rácio de transformação.”

Os bancos portugueses são bancos universais, de retalho. Fundamentalmente geram os seus resultados por captação de depósitos e concessão de crédito. Isto é, grosso modo, 65% a 70% dos resultados (…) Se têm rácios de 95%, alguma coisa objectivamente não está a funcionar bem.

Analista do setor

O mesmo se passa no BCP. O banco liderado por Nuno Amado tem espaço para ceder 15 mil milhões, isto considerando o rácio de transformação de 97%. No ECO Talks, o gestor afirmou que a banca portuguesa tem capacidade para emprestar. E relembrou que “se antes o rácio da banca era de 100 euros de depósito para cada 165 euros de crédito [165%], o rácio atual é de 100 para 100. E isso são boas notícias”. São em termos de risco, e de confiança que passa à economia, mas não em termos da geração de resultados para os bancos.

Há um rácio de transformação ideal?

Não há um rácio de transformação ideal. O que há é “bom senso”, explica um especialista no setor que preferiu não ser identificado. “Faz sentido ser maior que 100% e ser menor que 120%“, avança. Um valor muito longe deste patamar “começa a ser excessivo”, diz. “Foi precisamente por isso que a troika pediu que ficasse abaixo deste nível.” O BPI e o Santander Totta são os dois bancos que estão dentro deste intervalo: 104% e 115,8%, respetivamente.

Filipe Garcia também diz que não há um “número mágico”. O economista refere que “o que se quer é que a atividade bancária seja satisfatória e sustentável para clientes e bancos. Isso pode ser conseguido com rácios mais altos ou mais baixos, dependendo de muitos fatores como a carteira de crédito, custos de estrutura, capital e muitos outros“, diz o economista ao ECO.

“Num futuro previsível, admito que os rácios de transformação aumentem porque a procura por crédito está a aumentar e os bancos têm vindo a resolver as suas contingências de capital bem como a reconhecer imparidades”, conclui.

Mais crédito? Procura é fraca

Durante a crise financeira, havia, relembra um especialista no setor, uma excessiva alavancagem. A ajuda externa obrigou os rácios a recuarem abaixo dos 120%. “De seguida, era suposto haver uma dinâmica mais forte do lado do crédito que permitisse alocar a liquidez que continuava a aparecer no sistema”, nota. Mas isso não aconteceu. “O que tem sido dito por parte dos bancos é que há uma escassez da procura por crédito”, esclarece.

Filipe Garcia, da IMF, explica ao ECO que “os bancos têm sido mais conservadores nos critérios de concessão, mas quem cumpre esses critérios não tem procurado o crédito”. Os bancos estão otimistas, prevendo um aumento da procura. Segundo o último inquérito aos bancos sobre o mercado de crédito, divulgado pelo Banco de Portugal, a habitação é a finalidade onde a banca se mostra mais confiante em relação a este aumento da procura.

Entre os cinco bancos que responderam, quatro anteciparam um ligeiro aumento da procura de crédito à habitação e três sinalizaram o mesmo, mas relativamente ao crédito ao consumo — aquele que desperta mais preocupação junto do governador do banco central.

Bancos estão a voltar aos velhos hábitos

“Estamos a seguir muito atentamente” estas tendências, afirmou Carlos Costa aos deputados, na comissão de Orçamento e Finanças. Para o mercado, os bancos estão a voltar aos velhos hábitos de concessão de financiamentos que garantem juros mais elevados, mas que têm taxas de incumprimento também elas altas.

“Muitas das tendências que vejo enquanto analista do setor replicam com uma assustadora semelhança muitos dos erros do passado“, diz, referindo-se especificamente ao facto de o modelo de negócio ter um “foco muito grande no crédito ao consumo e ao regresso ao crédito à habitação”. Por trimestre, a banca está a ceder quase dez mil milhões em novo crédito à habitação e ao consumo. Um aumento que não se reflete no saldo do crédito à economia, que continua em queda fruto do contexto de juros muitos baixos. Mas também de as empresas, as boas empresas, não mostrarem grande apetite.

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No Dia Mundial da Energia, ERSE deixa três alertas

  • ECO
  • 29 Maio 2017

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos assinala o Dia Mundial da Energia com três alertas que ajudam a identificar más práticas comerciais no setor da energia.

Já foi abordado por alguém que se dizia ser da empresa de eletricidade ou gás, mas que não mostrou uma identificação? Já alguém lhe pediu que assinasse um documento “apenas para comprovar que esteve na sua casa”? A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) aproveita o Dia Mundial da Energia para deixar alguns alertas sobre más práticas comerciais.

“O desenvolvimento do mercado retalhista de eletricidade e de gás natural tem trazido um significativo alargamento de escolha aos consumidores de energia, tanto em número de ofertas como em número de comercializadores. Esta evolução, sendo positiva, implica também uma maior complexidade de escolha e uma maior diversidade de comportamentos em mercado”, lê-se no comunicado do regulador.

Neste sentido, a ERSE apresenta a iniciativa “Alerta Más Práticas”, com o objetivo de preparar os consumidores num cenário de “intensificação da concorrência entre comercializadores, nomeadamente na captação de clientes” que tem “levado a que se generalize a prática de recorrerem a serviços externos neste domínio, nem sempre convenientemente enquadrados e formados para prestarem informação adequada aos consumidores”.

Conheça os três alertas da ERSE

 

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