Mexia confiante com desfecho da OPA sobre EDP Renováveis

  • ECO
  • 4 Maio 2017

O presidente executivo da EDP está confiante no desfecho da oferta pública de aquisição (OPA) lançada sobre a EDP Renováveis. Mexia prevê que operação possa ser registada nas próximas semanas.

O presidente executivo da EDP está confiante sobre o desfecho da oferta pública de aquisição (OPA) lançada sobre a EDP Renováveis, apesar da contestação ao preço oferecido pela empresa liderada por Manso Neto.

António Mexia, em conversa telefónica com analistas, após a apresentação de resultados do grupo garantia que o resultado da OPA “não vai surpreender”, escreve esta quarta-feira o Jornal de Negócios (conteúdo pago). Mexia disse ainda esperar que a oferta possa ser registada pela CMVM nas próximas semanas. “Esperamos que o registo completo ocorra em uma ou duas semanas. Se tudo correr normalmente“, adiantou.

Ainda na mesma conversa, o presidente da elétrica nacional recusou-se a adiantar o que iria fazer com o dinheiro alocado a esta operação caso a oferta não tivesse sucesso.

“Em todos estes movimentos temos mantido o balanço entre crescimento e desalavancagem” frisou para mais à frente acrescentar que a EDP “está totalmente comprometida” com a redução da dívida sobre o EBITDA para três vezes em 2020.

A oferta da EDP sobre a EDP Renováveis é de 6,80 euros por ação, descendo para os 6,75 euros após pagamento de dividendos num total de 1.300 milhões de euros.

O conselho de administração da EDP Renováveis pronunciou-se a 26 de abril, considerando o preço adequado. “O conselho de administração é de opinião que, não obstante a contrapartida oferecida pela EDP poder não refletir integralmente o valor potencial da empresa no longo prazo, o preço da oferta se encontra num intervalo de valorização da sociedade que se considera adequado”.

Mas nem todos os investidores concordam com a proposta. A gestora de ativos norte-americana, MFS Investments considera que o preço que a EDP quer oferecer aos acionistas minoritários da EDP Renováveis não é justo. Numa carta enviada à administração da EDP, considera que existem condições para melhorar a oferta.

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Calma, o WhatsApp voltou… depois de duas horas de colapso

  • Lusa e ECO
  • 4 Maio 2017

O popular serviço de mensagens deixou milhares de milhões sem... mensagens. O serviço esteve interrompido durante duas horas a nível mundial, mas já voltou a funcionar. Não se sabe o que aconteceu.

Usa o WhatsApp? Então deve ter reparado que… não o conseguiu utilizar. Não foi um problema do seu smartphone, mas sim uma interrupção do serviço a nível mundial que durou cerca de duas horas. Não há ainda qualquer explicação para o sucedido, mas a rede já foi reestabelecida. Já funciona.

De acordo com o sítio da internet Downreport, houve um forte aumento de queixas de suspensão de serviços da WhatsApp a partir das 17h00 horas locais na costa leste dos Estados Unidos (22h00 de Lisboa), tanto nos EUA, como em várias partes da Europa, América Latina e África. Em Portugal, em vários pontos do país, a agência Lusa constatou a falha de serviços.

Nem a WhatsApp, nem a rede social Facebook informaram até ao momento as causas da queda do serviço que conta com mais de mil milhões de utilizadores ativos e é uma das aplicações mais populares da internet.

Depois do colapso durante a noite, o WhatsApp, que é detido pelo Facebook, voltou a funcionar normalmente, permitindo novamente a troca de mensagens e a realização de chamadas.

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Louçã diz que governador do BdP não vai ser substituído

  • ECO
  • 4 Maio 2017

O antigo líder do Bloco de Esquerda considera que hipótese de saída de Carlos Costa é assunto encerrado e salienta os sinais relevantes da reconstituição da administração do Banco de Portugal.

A substituição de Carlos Costa como governador do Banco de Portugal, é assunto encerrado. Quem o diz é Francisco Louçã, que em entrevista ao Público (acesso condicionado) e Rádio Renascença refere que o atual contexto não justifica a saída de Carlos Costa, salientando que, com a mudança na equipa de administração do regulador da banca, o Banco de Portugal “recuperou o assento“.

Segundo o economista que agora pertence ao conselho consultivo do Banco de Portugal, as razões que poderiam justificar a mudança de governador, no seguimento da “gravíssima crise” em torno do banco de Portugal e do processo de resolução do Novo Banco, estão esgotadas. “Nessa altura, foi a minha opinião e de algumas outras pessoas que devia ter sido invocada uma falta grave e, portanto, devia ter sido iniciado o processo de substituição do governador”, começa por referir Francisco Louçã. “O Governo escolheu não o fazer e, portanto, esse assunto está encerrado, não há agora um processo de substituição do governador e não vai haver no contexto que estamos a viver”, diz.

Para Francisco Louçã, as mudanças na equipa de administração do Banco de Portugal, recentemente aprovadas pelo Governo, contribuem mesmo para reforçar a permanência de Carlos Costa na liderança do regulador. “O Banco de Portugal até recuperou o assento, porque reconstituiu a sua administração com sinais que me parecem relevantes, do ponto de vista do seu esforço e da sua competência”, refere a esse propósito.

Relativamente à recente polémica gerada em torno do aumento dos dividendos do Banco de Portugal, no seguimento do relatório sobre a dívida elaborado por um grupo de trabalho composto pelo Partido Socialista e pelo Bloco de Esquerda e do qual Francisco Louçã foi co-autor, o economista diz que as críticas de Passos Coelho “prova ligeireza ou leviandade”. “Passos Coelho disse que o grupo queria assaltar as reservas do Banco de Portugal, o que eu não sei se prova ligeireza ou leviandade, porque as reservas aumentam todos os anos por força de lei: 10% dos resultados são acrescentados em reservas e isso acontece sempre”, remata.

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Efacec pode dispensar até 409 trabalhadores

  • ECO
  • 4 Maio 2017

o grupo controlado por Isabel dos Santos voltou a pedir ao Governo o estatuto de empresa em reestruturação para que, caso necessite, possa dispensar 409 trabalhadores.

A Efacec poderá ainda não ter concluído o plano de reestruturação avançado no período compreendido entre 2014 e 2016. A empresa voltou a pedir ao Governo o estatuto de “empresas em reestruturação” com o objetivo de facilitar a dispensa de até 409 trabalhadores, praticamente um quarto do número de funcionários que emprega em Portugal. Este pedido acontece numa altura em que a empresa terá voltado a ter lucros, como adiantava em entrevista ao ECO, em março, o presidente da Efacec, Ângelo Ramalho.

Na altura, Ramalho adiantava que a empresa tinha passado de um prejuízo de 20 milhões de euros em 2015, para lucros em 2016, não tendo contudo avançado o valor por ainda não ter sido realizada a assembleia geral do grupo.

As empresas abrangidas são a Efacec Energia e a Efacec Engenharia e Sistemas, escreve na edição desta manhã o Jornal de Negócios (acesso pago). Terá sido o próprio ministério da Economia, que em resposta a uma pergunta do grupo parlamentar do PCP, confirmou o pedido por parte da empresa de Isabel dos Santos.

O pedido que tem data de 9 de janeiro deste ano, acaba por ser uma extensão da concessão do estatuto de empresa em reestruturação de que a Efacec já beneficiou no período compreendido entre 2014 e 2016.

Segundo o comunicado do ministério da Economia, o plano de reestruturação da Efacec para o triénio 2017/2019 contempla “rescisões de contratos de trabalho, por mútuo acordo”. O plano engloba 291 contratos na Efacec Engenhara e Sistemas e 118 na Efacec Energia.

Contactada pelo Negócios a Efacec admitiu que “em dezembro de 2016, a Efacec submeteu às entidades competentes um requerimento de extensão da concessão do estatuto de empresa em reestruturação (atribuído para o triénio 2014-2016), que possibilita eventuais ajustes que permitam o reforço de competências da organização”. Para acrescentar: “o número de trabalhadores que a empresa tem atualmente é suficiente para responder ao atual desempenho da Efacec e suportar o crescimento orgânico do negócio que se prevê para os próximos tempos”.

Já o CEO do grupo, Ângelo Ramalho frisou que a Efacec “não pretende rescindir com 409 pessoas” mas sim utilizar o estatuto de “empresa em reestruturação” para “poder fazer rescisões até esse número limite, se e quando necessitar”. Ramalho diz mesmo que é “um guarda-chuva” legal. “A lei dá-me o benefício de poder fazer estas rescisões. Vamos utilizá-lo? O futuro o dirá”, referiu.

A propósito do plano de reestruturação da Efacec, Ramalho tinha já garantido ao ECO que “o processo é contínuo, não há propriamente um processo em que hoje se restrutura e amanhã não se passa nada”. Para logo a seguir frisar a propósito do número de colaboradores “que nem nessa matéria podemos falar de um processo fechado porque todos os dias entra e sai gente””.

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IRS: Já foram reembolsados 495 milhões de euros

O Ministério das Finanças diz que quase 600 mil declarações já foram liquidadas. O IRS automático permitiu acelerar o processo.

Já foram reembolsados 495 milhões de euros de IRS. Este montante, diz o Ministério das Finanças, corresponde a 591.489 declarações processadas, um número que “é cerca de 15 vezes superior ao dia homólogo do ano passado”, quando tinham apenas sido reembolsados 38.568 contribuintes. A rapidez deve-se, em parte, ao IRS automático.

“O IRS automático permitiu um aceleramento do processamento das declarações e, nos casos aplicáveis, da transferência do reembolso aos contribuintes”, refere o comunicado do ministério de Mário Centeno. “Mais de um milhão de declarações foram já processadas, sendo que, além dos reembolsos, resultaram 72 mil notas de liquidação e 337 mil declarações sem reembolso ou pagamento”, acrescenta.

"O IRS automático permitiu um aceleramento do processamento das declarações e, nos casos aplicáveis, da transferência do reembolso aos contribuintes.”

Ministério das Finanças

Apesar da maior celeridade no processamento das declarações, há menos declarações entregues pelos contribuintes. “No mesmo período, foram entregues três milhões de declarações. Um valor ligeiramente abaixo ao de anos anteriores, explicado pela existência de um prazo único para a entrega das declarações (entre 1 de abril e 31 de maio), ao contrário do que aconteceu no passado”, refere.

O Ministério das Finanças salienta, nesta atualização sobre a campanha do IRS, que das três milhões de declarações recebidas até 2 de maio, 20% (ou seja, 599.485) correspondem a confirmações de IRS automático”.

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Lisboa corrige de máximos. EDP trava Galp

A bolsa nacional arrancou em queda, mas inverteu a tendência. Está novamente a desvalorizar, num dia em que a EDP e a Galp assumem o protagonismo no PSI-20.

Depois da queda ligeira no arranque da sessão, a bolsa nacional valorizou, negociando em máximos de um ano. Mas voltou às quedas, com os títulos do setor energético a destacarem-se: a EDP recua enquanto a Galp está a valorizar. O PSI-20 contraria, assim, a tendência positiva registada nas restantes praças do Velho Continente.

O PSI-20 chegou a cair 0,04% nos primeiros instantes desta sessão, mas rapidamente passou para “terreno” positivo para voltar a cair novamente. Numa sessão em que as restantes bolsas sobem cerca de 0,1%, segue a desvalorizar 0,12% para 5.138,91 pontos, corrigindo assim dos máximos de março de 2016 que tem atingido nos últimos dias.

A EDP está a ser a principal responsável pela tendência da praça nacional. A elétrica revelou que os seus lucros recuaram 18% para 215 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, uma queda que está a levar as ações a cederem quase 1% para 3,10 euros. A EDP Renováveis recua 0,74% para os 6,94 euros, ainda acima do valor da OPA.

Além da elétrica liderada por António Mexia, também os CTT estão a pressionar o índice, enquanto a Galp Energia está a travar a queda da bolsa nacional com uma valorização de mais de 1%. Está a cotar nos 14,10 euros.

Nota negativa também para a Navigator. A empresa liderada por Diogo da Silveira segue a cair 0,88% para 3,95 euros depois de ter revelado, antes da abertura da bolsa, que os seus resultados líquidos encolheram no primeiro trimestre. A explicação para a quebra de 20% nos lucros está no aumento da carga fiscal.

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Autarcas desconhecem plano do Governo para a CGD

  • ECO
  • 4 Maio 2017

O encerramento de balcões da Caixa está a deixar os autarcas contra o Governo. O Governo diz que falou com as freguesias para minimizar o efeito, autarcas garantem que não foram contactados.

Os autarcas desconhecem o plano alternativo avançado pelo Governo no parlamento de que existe acordo com as freguesias para que estas cedam instalações para prestar serviços bancários feitos até agora nas agências da CGD. O Diário de Notícias contactou dez presidentes de Junta que viram os balcões do banco público fechar nos últimos dias e todos negaram ter sido contactados.

Ricardo Mourinho Félix, secretário de Estado Adjunto e das Finanças afirmou a semana passada no parlamento que “existem freguesias onde já houve acordo entre as freguesias e a própria Caixa para que nas instalações dessas freguesias sejam prestados os serviços” bancários.

Contactado pelo DN, o Ministério das Finanças não forneceu a lista de freguesias e remeteu a resposta para a CGD. Já o banco liderado por Paulo Macedo remeteu o esclarecimento para momento oportuno.

O plano da CGD contempla 61 agências, mas algumas estão em grandes centros urbanos.

Os autarcas dizem que ninguém falou com eles e contestam inclusive as afirmações do ministro das Finanças, Mário Centeno, que também no Parlamento garantiu que “existe um contacto muito próximo da administração da Caixa com os municípios e esperaria que dessa interação pudessem sair decisões que permitam que a missão pública da Caixa se possa fazer sentir”.

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Offshore: Fisco passa a ter de divulgar transferências

  • Lusa
  • 4 Maio 2017

Os montantes, mas também os destinos das transferências para offshore passam a ter de ser obrigatoriamente publicados anualmente. A lei que aperta ao cerco a estas operações já está em vigor.

O valor total e o destino das transferências de dinheiro de Portugal para paraísos fiscais vão ser publicados anualmente a partir de hoje, dia da entrada em vigor de uma lei que aumenta as obrigações de reporte sobre offshore.

“A Autoridade Tributária e Aduaneira fica obrigada a publicar anualmente, no seu sítio na Internet, o valor total anual das transferências e envio de fundos, bem como o motivo da transferência, por categoria de operação e de acordo com a respetiva tipologia, quando tenham como destinatários países, territórios e regiões com regime de tributação privilegiada mais favorável”, lê-se na lei da Assembleia da República publicada na quarta-feira e que entra hoje em vigor.

Este diploma dá ainda ao Ministério das Finanças o “prazo de três meses”, a contar de quarta-feira, data da publicação da lei, para regulamentar esta lei que aumenta as obrigações de publicação dos dados das transferências e de envio de fundos para países, territórios e regiões com regime de tributação privilegiada mais favorável.

A lei, promulgada pelo Presidente da República há menos de um mês, em 15 de abril, foi aprovada em março no parlamento, por unanimidade, depois da polémica em torno da não publicação, pelo Governo anterior, do PSD/CDS-PP, de dados estatísticos de transferências para ‘offshore’.

Entre 2011 e 2015, quando o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais era Paulo Núncio, não foram publicadas as estatísticas da AT com os valores das transferências para offshore, uma publicação regular desde 2010, e as estatísticas só voltaram a ser publicadas por decisão do atual secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Fernando Rocha Andrade, existindo 20 declarações de operações transfronteiriças – entre 2011 e 2014, no valor de quase 10.000 milhões de euros – sem tratamento estatístico da Autoridade Tributária.

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Mais impostos tiram 20% aos lucros da Navigator

A Navigator viu os seus resultados líquidos encolherem nos primeiros três meses do ano. Há uma quebra que é explicada pelo aumento da fatura fiscal.

A Navigator lucrou, mas menos. A empresa liderada por Diogo da Silveira fechou o primeiro trimestre com resultados líquidos de 35,6 milhões de euros, um valor que representa uma quebra de 20% face ao mesmo período do ano passado. A explicação está nos impostos. As receitas continuaram a crescer.

“Os resultados líquidos do trimestre foram de 35,6 milhões, e comparam com um resultado líquido de 44,7 milhões no primeiro trimestre de 2016, tendo este beneficiado de uma taxa efetiva de IRC de 16,88%, minorada por benefícios fiscais contratuais entretanto esgotados. Deste modo, a taxa efetiva de imposto no período voltou a situar-se em 27,5%”, diz a Navigator em comunicado à CMVM.

Tal como os lucros, também o EBITDA encolheu. “O EBITDA registado no trimestre situou-se em 90,2 milhões, ligeiramente abaixo do valor registado no ano anterior“, diz a empresa, salientando que “no primeiro trimestre, foram contabilizados alguns custos não recorrentes associados ao início de produção e comercialização das pellets de cerca de dois milhões de euros”.

Estas quebras acontecem num contexto em que o volume de negócios registou um aumento de 2,1%, para um valor de 392,7 milhões, possibilitado pelo bom desempenho operacional nas vendas de pasta, de tissue e de energia, tendo o negócio de papel registado também um nível de vendas acima do previsto.

Menos dívida, menos custos

A Navigator diz que “continua a trabalhar na redução global dos seus custos e no aumento de produtividade “e registou, já no primeiro trimestre, uma evolução positiva, com um impacto estimado de cerca de 6 milhões no EBITDA”. A maior eficiência operacional será conjugada com a redução dos custos associados à dívida, também ela mais baixa.

“No final do trimestre o endividamento bruto era de 707,1 milhões de euros, sendo a dívida líquida de 616,6 milhões, o que representa uma diminuição de 24,1 milhões em relação ao final do ano de 2016“, refere a empresa liderada por Diogo da Silveira. “Em termos do custo a dívida, importa salientar que, em resultado do processo de reestruturação da dívida concluído em 2016, o custo das operações de financiamento continua a ter uma evolução positiva, tendo registado um decréscimo de 777 mil”, conclui.

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Menos 84 famílias sobre-endividadas pedem ajuda à Deco

  • Lusa
  • 4 Maio 2017

Encolheu o número de famílias sobre-endividadas que pediram ajuda à Deco durante o primeiro trimestre. O desemprego continua a ser a principal causa dos pedidos de ajuda.

Mais de sete mil famílias sobre-endividadas pediram no primeiro trimestre ajuda ao Gabinete de Apoio ao Sobre-endividado (GAS) da Deco, menos 84 famílias do que em igual período de 2016, mas apenas 630 tiveram as dívidas reestruturadas.

De acordo com a associação de defesa do consumidor, o desemprego foi a causa de 20% dessas situações de sobre-endividamento, quando no primeiro trimestre do ano passado tinha sido responsável por 27% das situações.

O crédito à habitação voltou a ser o mais renegociado pela Deco, em quase 83% dos pedidos de apoio, o crédito pessoal cerca de 14% e o crédito automóvel 11%.

Quanto às habilitações académicas, a maioria das famílias que pede ajuda têm o ensino secundário (31%) ou o 3.º ciclo (16%), representando o ensino superior 23%.

A taxa de esforço média dos processos de sobre-endividamento nas mãos da Deco foi de 69% nos primeiros três meses do ano, mostrando uma subida face à taxa de esforço de 67% no primeiro trimestre de 2016.

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5 coisas que precisa de saber antes de abrirem os mercados

Resultados empresariais, Orçamento espanhol e indicadores para todos os gostos. Esta quinta-feira será um dia em cheio para os investidores.

Em Portugal, o dia nos mercados começa bem cedo com a Navigator a apresentar os resultados trimestrais ainda antes da abertura da bolsa. Após o fecho do PSI-20 é a vez da Sonae Capital. Também os bancos gigantes como o britânico HSBC e o suíço Credit Suisse reportam contas. No plano macroeconómico também não faltarão pontos de interesse, tanto cá na Europa como nos EUA. Em Madrid, vota-se pela primeira vez o Orçamento do Estado espanhol para 2017. Há indicadores que permitirão avaliar o importante setor dos serviços da zona euro. Nos EUA, atualizam-se dados sobre o mercado laboral e défice comercial. Tudo para investidor ver.

Navigator e Sonae Capital apresentam contas…

É a vez de a produtora de pasta de papel The Navigator Company prestar contas relativas ao primeiro trimestre do ano. Fá-lo ainda antes da abertura da bolsa. Os analistas sondados pela Bloomberg projetam um resultado líquido na ordem dos 44 milhões de euros entre janeiro e março deste ano. As ações têm estado em evidência no PSI-20: ganham mais de 20% este ano. Também a Sonae Capital apresenta resultados, após o fecho do mercado.

… HSBC e BMW também

A temporada de resultados é sempre um ponto de interesse para os investidores. Lá por fora, entre as grandes companhias europeias que também prestam contas ao mercado esta quinta-feira, estão o banco britânico HSBC e o banco suíço Credit Suisse e a fabricante de automóveis alemã BMW.

Madrid vota Orçamento do Estado

Já vamos no quinto mês de 2017 mas só agora é que o Orçamento do Estado espanhol para este ano é votado no Parlamento. Em Madrid, fala-se em prova de fogo para o Governo de Mariano Rajoy depois de novos casos de corrupção.

Serviços na zona euro à prova

Os índices Purchasing Managers Index (PMI) são importantes indicadores para os investidores avaliarem a força da economia e as atuais condições de negócio das empresas. Esta quinta-feira são revelados os dados sobre os PMI no importante setor dos serviços no bloco da moeda única, numa altura em que a e economia continua a dar sinais de retoma: no primeiro trimestre do ano, o PIB da zona euro cresceu 1,7% em termos homólogos.

Indicadores para todos os gostos nos EUA

Do outro lado do Atlântico, há uma bateria de indicadores económicos que poderão ajudar a definir o rumo dos mercados norte-americanos, quando os principais índices negoceiam perto de máximos. Pedidos iniciais de subsídio de desemprego (semanal), confiança dos consumidores (semanal), produtividade e custos de trabalho (primeiro trimestre), défice comercial (março) e encomendas à indústria (março) registam atualizações esta quinta-feira.

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CaixaBank entra no BPI… e as comissões disparam

O BPI vai subir consideravelmente um conjunto de comissões bancárias a partir de agosto. A decisão surge depois de o CaixaBank ter assumido o controlo do banco português, em fevereiro.

Fotomontagem de Raquel Sá Martins

Foi há cerca de três meses que o CaixaBank “ficou com as chaves” do BPI, e já se começam a vislumbrar os primeiros efeitos práticos no bolso dos clientes da passagem da gestão do banco para mãos espanholas. O banco agora liderado por Pablo Forero prepara-se para aumentar um conjunto de comissões bancárias. Há situações em que o agravamento chega a superar os 300%.

O BPI publicou no seu site um documento com as alterações do respetivo preçário para vigorarem a partir do início de agosto, onde está prevista a subida de diversas comissões, sobretudo relacionadas com cartões de crédito e débito, bem como com cheques.

BPI com a anuidade mais cara nos cartões de crédito

Fonte: Preçários dos bancos | acresce Imposto de selo de 4%

Nos cartões de crédito, por exemplo, a anuidade do cartão BPI aumenta em 33%, com esta a passar dos 15 para 20 euros a partir do dia 1 de agosto. Este é o único cartão de crédito entre a oferta disponibilizada pelo banco a sofrer uma subida no valor da anuidade, sendo que se trata também da primeira mexida no custo deste cartão desde pelo menos o final de 2011. A substituição do cartão de crédito também fica mais cara — 16,6% –, com o cliente a passar a ter de pagar 17,50 euros, acima dos 15 euros em vigor atualmente.

O valor da anuidade também sobe nos casos dos cartões de débito BPI Electron, BPI Electron Private e BPI Electron Puro Online. Para qualquer destes cartões, o encargo passa dos 15 euros atuais para 18 euros. Ou seja, um aumento de 20%. Pedir a substituição do cartão de débito também vai custar mais. Neste caso, a subida é de 33%, com este encargo a passar de 7,5 para 10 euros.

BPI aproxima-se da concorrência nos cartões de débito

Fonte: Preçários dos bancos | acresce Imposto de selo de 4%

Já quem requisite um cartão de débito ou de crédito com urgência, o preço da respetiva produção mais do que triplica. O cliente passa a ter de pagar 35 euros, acima dos 10 euros atualmente em vigor.

Nos cheques também são implementadas diversas mudanças nas tabelas de custos. Por exemplo, no caso da primeira requisição ao balcão de um módulo de 10 cheques cruzados à ordem, o cliente paga atualmente 4 euros ao levantá-lo ao balcão. Nas requisições seguintes de módulos desta dimensão realizadas ao balcão o custo sobe para 10,25 e 7,25 euros, consoante a entrega seja feita ao balcão ou pelo correio. Com a revisão do preçário de agosto, esta emissão vai passar a custar 18 e 12 euros, respetivamente, em entregas ao balcão ou pelo correio. Ou seja, subidas de 76% e 66%, respetivamente. Como o BPI vai descontinuar, a partir do início de agosto, o “desconto” que dava no primeiro módulo de 10 cheques requisitados, isto significa em termos práticos que a primeira requisição de um módulo desta dimensão vai encarecer em 350%. Ou seja, passa dos 4 para os 18 euros.

Os restantes moldes de emissão de cheques seja na dimensão dos módulos ou no tipo de cheque, seja cruzado não à ordem, não cruzado à ordem, ou não cruzado e não à ordem, também sofrem subidas em linha com os casos acima referidos.

De salientar ainda a subida dos valores a cobrar nos portes de correio. A comissão cobrada em comunicações feitas por correio nacional passam a ter um custo único de 3 euros, quando este valor oscila atualmente entre um mínimo de 1 euro no envio por correio normal e um máximo de 3 euros, por envios em correio Azul registado. Caso seja um envio especial (via DHL), a comissão sobe 100%, passando dos atuais 12,5 euros, para 25 euros. Já a cópia de documentos comprovativos que não têm hoje um preço definido, passa a ter um preço de 5 euros.

Mas não há só más notícias para o bolso dos clientes do BPI. No documento com as alterações previstas no preçário do banco está uma diminuição da taxa de juro aplicada no cartão de crédito BPI. Quem ultrapasse o período de pagamento sem juros, vê a TAN (Taxa Anual Nominal) descer dos atuais 12,5%, para 11,1%.

Uma aproximação à concorrência

Quaisquer dos aumentos das comissões do BPI podem parecer excessivos, contudo, sobretudo no caso dos cartões de crédito e de débito, são uma aproximação face ao valor cobrado pela concorrência. Considerando os cartões de crédito da oferta base dos cinco maiores bancos a operar em Portugal, o BPI que cobrava a terceira maior anuidade, ultrapassa a CGD, para passar a cobrar o valor mais elevado, a par do Santander Totta.

Aliás, basta consultar o histórico dos preçários do BPI para verificar que a instituição liderada por Fernando Ulrich não aumentava a anuidade do cartão BPI pelo menos desde o final de 2011. Já nos cartões de débito, o aumento do custo anual a cobrar aos clientes coloca o BPI em linha com os preçários em vigor na CGD e BCP. No caso do Novo Banco a anuidade do cartão de débito mantém-se acima, nos 19,5 euros. Já o Santander Totta apresenta o custo mais baixo: 17 euros. Há mais de um ano que o BPI também não mexia no custo deste serviço. Contactado, não foi possível obter esclarecimento sobre os aumentos por parte do BPI.

O anúncio do aumento de algumas comissões no banco que tem como novo CEO, Pablo Forero, surge cerca de três meses depois de o CaixaBank ter assumido o controlo do capital do BPI. Com a OPA concluída a 8 de fevereiro deste ano, o banco espanhol passou a deter cerca de 85% do capital do banco português.

Entretanto, o CaixaBank já salientou as virtudes da gestão de Fernando Ulrich, mas falou também de alguns problemas de eficiência do BPI. Em entrevista ao El Economista em meados de abril, o administrador financeiro do grupo catalão afirmou isso mesmo. “A rede tem uma grande atividade comercial e há um dia-a-dia em que estamos focados. É um banco bem gerido, sem problemas de solvência ou liquidez, que é o principal de uma companhia financeira, mas tem um problema de eficiência”, declarou na ocasião Javier Pano.

O aumento das comissões pode ser uma via para o conseguir, uma tendência que tem sido, aliás, seguida por outros bancos que operam em Portugal. Só em 2016, Caixa Geral de Depósitos, BCP, Santander Totta e também o BPI arrecadaram, conjuntamente, mais de 1.500 milhões de euros, por essa via. Ou seja, mais de seis milhões de euros por dia. As comissões tornaram-se no “el dorado” para a banca contornar o impacto negativo sobre as suas contas resultante do ambiente de juros historicamente baixos.

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