China acelera mais do que o esperado. Economia cresce 6,9%

  • ECO
  • 17 Abril 2017

A economia chinesa contribuiu com cerca de um terço da riqueza mundial no ano passado. E os bons dados do primeiro trimestre apontam para que repita o feito no arranque deste ano.

A China está bem… e recomenda-se. A economia chinesa cresceu 6,9% nos primeiros três meses do ano, acelerando face ao último trimestre do ano passado. Um resultado que surpreendeu os economistas, sendo explicado, essencialmente, pelo aumento das vendas de retalho mas também pelo investimento no setor imobiliário.

O crescimento registado nos primeiros meses ganha expressão dado que reafirma a tendência do trimestre anterior, sequencia positiva que não se verificava há sete anos. A taxa de crescimento de 6,9% está inclusivamente acima da meta do governo chinês: em torno dos 6,5%, isto depois de em 2016 ter sido de 6,7% — cerca de um terço da riqueza mundial gerada no ano passado.

O crescimento nas vendas a retalho, o investimento no setor imobiliário e em ativos de rendimento fixo destacam-se como os principais impulsionadores da segunda maior economia do mundo. O investimento em ativos de rendimento fixo aumentou 9,2%, semelhante aos 9,1% relativos ao setor imobiliário. Em paralelo regista-se a a subida na produção industrial, de 7,6% e das vendas a retalho, que escalaram 10,9%.

O aumento do consumo contribuiu largamente para o desempenho da economia chinesa, mais precisamente, 77,2%. Rajiv Biswas, economista da IHS Markit em Singapura salienta que estes dados indicam a manutenção de “um forte consumo”, provavelmente relacionado com a criação de 3,34 milhões novos postos de trabalho no primeiro trimestre.

A força da economia também se tem refletido no turismo, sendo a China o maior emissor de turistas do mundo de 2016, turistas esses que são ainda os que maiores quantias despendem nas suas viagens, totalizando os 246 milhões no ano passado. Contudo, o rendimento per capita abrandou neste primeiro trimestre, de 8,3% para 6,7%, contrariando a tendência positiva do passado.

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Novo presidente da AICEP diz que exportações e atração de investimento são prioridades

  • Lusa
  • 17 Abril 2017

Esta segunda-feira foi a cerimónia de tomada de posse do novo presidente da AICEP. Castro Henriques vai ter como prioridades as exportações e a atração de investimento.

O novo presidente da AICEP, Luís Castro Henriques, disse esta segunda-feira que a aposta nas exportações e a captação de mais investimento são as grandes prioridades e informou que o plano estratégico para os próximos anos será apresentado brevemente. “Apresentaremos em breve o nosso plano estratégico. Posso garantir que reforçar ainda mais o posicionamento de Portugal nos radares dos investidores internacionais e apoiar o tecido empresarial serão, sem dúvida, os dois eixos prioritários. Os objetivos são claros e são captar mais e melhor investimento e continuar a potenciar as exportações”, disse Luís Castro Henriques, na cerimónia da sua tomada de posse, à frente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP).

Posso garantir que reforçar ainda mais o posicionamento de Portugal nos radares dos investidores internacionais e apoiar o tecido empresarial serão, sem dúvida, os dois eixos prioritários.

Luís Castro Henriques

Novo presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal

O novo presidente da AICEP sublinhou que há muitos investimentos em perspetiva e que o ‘pipeline’ [projetos em carteira] é sólido, “com muitos projetos que irão ser assinados este ano”. “Estamos a ter um ano perfeitamente normal, em termos de concretização. Por outro lado, estamos a arrancar o ano em termos de angariação. Estamos quase a chegar a maio e temos um ‘pipeline’ relevante”, afirmou Castro Henriques, destacando que “a palavra chave é a diversificação” e a necessidade das empresas portuguesas adotarem “uma postura cada vez mais diversificada no mercado internacional”.

Na cerimónia, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, falou sobre as funções e os desafios da AICEP e caracterizou o contexto em que a nova administração deste organismo vai atuar. “Vivemos hoje o fim do ciclo de ajustamento que tivemos de fazer. É visível algum sinal de retoma, em relação à qual não podemos ficar apenas numa situação passiva ou de contentamento exagerado. Há sinais de retoma muito importantes, mas é preciso puxar por esses sinais e fazer com que a retoma económica seja um ciclo de crescimento económico robusto e sustentado“, constatou.

Por outro lado, aludiu também às “múltiplas incertezas no ambiente internacional”, a nível económico e político-institucional e dirigiu uma série de pedidos à nova administração da AICEP, entre eles, que acompanhe os efeitos do ‘Brexit’ (saída do Reino Unido da União Europeia) também no domínio de captação do investimento, que se debruce sobre as perspetivas e oportunidades de consolidação dos programas de imersão de jovens quadros no mundo empresarial internacional e que melhore a articulação, “o casamento”, das abordagens em termos de mercados e setores.

A cerimónia contou com a presença de vários elementos do Governo, como o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, e o secretário de Estado da Internacionalização, Jorge Costa Oliveira, que destacou o facto de em 2016 terem sido assinados “vários contratos de investimento produtivo de valor relevante e geradores de emprego”, nomeadamente da Bosh, Embraer, Bial ou Portucel.

“O atual ‘pipeline’ da AICEP ascende aos mil milhões de euros. E importa referir que muito do atual caudal de investimento não é imediatamente percetível“, lembrou o secretário de Estado, que durante a sua intervenção recordou também a decisão estratégica de “sediar institucionalmente a diplomacia económica no ministério dos Negócios Estrangeiros” para permitir “de forma mais eficaz a coordenação da representação externa de Portugal, na suas várias vertentes – a rede diplomática, a rede consular e a rede externa da AICEP”.

Luís Castro Henriques substituiu no cargo Miguel Frasquilho e era até agora vogal executivo da administração da AICEP. O novo presidente tem como vogais executivos António Carlos Silva, João Paulo Salazar Dias, Maria Madalena de Sousa Monteiro Oliveira e Silva e Maria Manuel Prado de Matos Aires Serrano.

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Turistas brasileiros aumentam 50% no início do ano face a 2016

Os turistas brasileiros em Portugal estão a aumentar ao ritmo mais acelerado no início deste ano. Os polacos, norte-americanos, irlandeses e franceses também estão a contribuir para as subidas.

O número de turistas brasileiros está a aumentar mais de 50% este ano face a 2016. Os dados de janeiro e fevereiro mostram uma variação homóloga de 50,7%, segundo o destaque sobre atividade turística de fevereiro divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística. Além do Brasil, as principais variações positivas do número de turistas no arranque do ano chegam dos Estados Unidos, Polónia e Irlanda. Os turistas britânicos continuam a liderar o peso total das dormidas, tendo aumentado 5,5%, apesar do Brexit.

“A hotelaria registou 1,1 milhões de hóspedes e 2,8 milhões de dormidas em fevereiro de 2017, a que corresponderam acréscimos de 8,6% e 7,9% (13,8% e 12,7% em janeiro de 2017, respetivamente)”, explica o destaque divulgado esta segunda-feira pelo INE, referindo ainda que “a estada média (2,56 noites) decresceu 0,7%” e que “a taxa de ocupação-cama (35,0%) aumentou 2,5 p.p.”. No total, a subida das dormidas desacelerou, mas o início de 2017 continua a trajetória de 2016, que foi o melhor ano do turismo português.

Fonte: Instituto Nacional de EstatísticaINE

“Nas dormidas totais, o acréscimo foi de 202 mil dormidas em fevereiro (face a igual mês do ano anterior), do qual 54,6% (110,3 mil dormidas) foi gerado pelas dormidas em hotéis de 4 estrelas“, acrescenta o INE, referindo que foram os mercados externos os principais promotores desta subida face a uma desaceleração mais forte no mercado interno. O mercado alemão e sueco registaram quedas em fevereiro, mas foram compensados pelos fortes crescimentos do mercado brasileiro, polaco, irlandês, norte-americanos e francês.

Lisboa continua a ser o destino principal, seguido de perto pelo Algarve e mais longe a Madeira. Contudo, em fevereiro, a principal subida registou-se nos Açores: o aumento das dormidas na região ultrapassou os 14%. Em Lisboa a subida chegou aos 13%.

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Queda de avioneta em Tires causa cinco mortos

  • Lusa
  • 17 Abril 2017

As vítimas são o piloto, os três ocupantes da aeronave, que tinha matrícula suíça e seguia para Marselha e uma quinta pessoa que não estava no aparelho.

A queda de uma aeronave em Tires provocou esta segunda-feira a morte dos cinco ocupantes, disse à Lusa fonte oficial do GPIAAF – Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários.

Segundo esta fonte, a aeronave descolou do aeródromo de Tires, no concelho de Cascais (distrito de Lisboa), tendo-se despenhado cerca de dois mil metros depois da descolagem e caído perto de uma superfície comercial.

As vítimas são o piloto e os três ocupantes da aeronave, que tinha matrícula suíça, acrescentou a mesma fonte. A avioneta seguia para Marselha. E ainda uma pessoa que não estava no aparelho, segundo a Sic.

De acordo com a página da Internet da Proteção Civil, encontram-se no local 50 bombeiros, apoiados por 18 viaturas.

Fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Lisboa confirmou à Lusa que a aeronave caiu junto ao supermercado Lidl e indicou que o alerta foi dado às 12:05.

“Tudo indica que ocorreu uma explosão no ar”, referiu à Lusa fonte da Autoridade Nacional de Proteção Civil, acrescentando que o incêndio já está dominado.

A Proteção Civil está ainda a verificar se há vítimas além dos ocupantes.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já está no local.

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DGS confirma epidemia de sarampo

  • ECO
  • 17 Abril 2017

De acordo com Francisco George, já estão confirmados 11 casos de sarampo, sobretudo em crianças que não tinham sido vacinadas. Outros 12 casos estão em investigação.

O diretor-geral da Saúde confirmou hoje que existe uma epidemia de sarampo em Portugal. Em declarações à Antena 1, Francisco George indicou que desde o início do ano, mas sobretudo nas últimas semanas, foram comunicados 23 casos.

“Onze estão devidamente confirmados pelo Instituto Ricardo Jorge, isto é, as análises feitas confirmam que eram casos de sarampo sobretudo em crianças que não tinham sido vacinadas“, estando ainda 12 casos em investigação, explicou.

"Onze estão devidamente confirmados pelo Instituto Ricardo Jorge, isto é, as análises feitas confirmam que eram casos de sarampo sobretudo em crianças que não tinham sido vacinadas.”

Francisco George

Diretor-geral da Saúde

Francisco George entende que é preciso “combater em termos pedagógicos o excesso de liberalismo, o excesso de garantias individuais, aqueles que decidem que, antes de mais nada está o interesse do próprio”. Mas acrescente que, nesta situação, “nem é isso que está em conta” e faz o paralelismo: se a escolaridade é obrigatória, “porque é que a vacinação também não pode ser obrigatória?”, questionou.

Porém, o diretor-geral de Saúde desdramatiza, salientando que a grande maioria da população está protegida contra o sarampo, até porque muitos já tiveram a doença.

Seis casos de internamento

A imprensa no fim de semana revelou que há seis casos de internamento por sarampo na região de Lisboa, um dos quais uma adolescente que teve de ser transferida em estado grave de Cascais para o Hospital D. Estefânia, escreve a Lusa.

Segundo divulgou o Expresso no domingo à noite, a transferência foi feita para o Hospital D. Estefânia porque era a única unidade “com quartos de pressão negativa e cuidados intensivos necessários para este tipo de situações”. Citando a diretora-geral do Hospital de Cascais, o Expresso revelou ainda que a jovem faz parte de um grupo de seis casos de menores que deram entrada em Cascais com sarampo.

A primeira infeção terá sido detetada numa criança de 13 meses, não vacinada, que deu entrada no hospital a 27 de março, tendo depois contagiado cinco funcionárias, que como estavam vacinadas tiveram a doença mas de forma mais leve.

A DGS informou ainda que hoje, pelas 18:30, emitirá um comunicado pormenorizado sobre este assunto.

O sarampo é uma das doenças infecciosas mais contagiosas, podendo provocar doença grave ou mesmo a morte. É evitável pela vacinação e está, há vários anos, controlada em Portugal.

Consideram-se já protegidas contra o sarampo as pessoas que tiveram a doença ou que têm duas doses da vacina, no caso dos menores de 18, e uma dose quando se trata de adultos.

Mais de 500 casos de sarampo foram reportados só este ano na Europa, afetando pelo menos sete países, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

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Abstenção eleitoral dá nisto — veja o vídeo

Circula na RTP 3 e nas redes sociais uma campanha de sensibilização contra a abstenção nas eleições. É como "um soco no estômago" para quem a vir. Veja-a aqui também.

Desde a semana passada que circula por aí um anúncio diferente. Anúncio, porque passa na televisão; diferente, porque tem apenas um objetivo: alertar os portugueses para os efeitos da abstenção eleitoral. Ora veja:

Está é a versão longa da campanha de sensibilização desenvolvida pela agência criativa 004 e produzida pela Krypton Films, com realização de Gonçalo Franco. Está a ser divulgada através da RTP 3 e das redes sociais, com outras quatro versões mais curtas, numa iniciativa integrada no “Festival Política”, a decorrer no Cinema São Jorge, em Lisboa, nos dias 21 e 22 de abril.

Em ano de eleições autárquicas, os promotores recordam os elevados números da abstenção que têm sido registados em sufrágios anteriores. Segundo a Pordata, nas legislativas de 2015, 44,1% dos recenseados não votou. Nas europeias em 2014, a abstenção chegou aos 66,2%. Nas presidenciais do ano passado, o número atingiu os 51,3%. E olhando para as regiões autónomas, nas últimas eleições regionais nos Açores e na Madeira, mais de metade dos eleitores não foi às urnas.

“Fazer esta campanha foi um enorme orgulho e um tremendo desafio. O que tentámos fazer foi dar um soco no estômago de quem visse este filme, tudo isto a partir de uma ideia muito simples: se tu te absténs e sabes que o mundo está cheio de pessoas sem os mínimos valores civilizacionais, então são estas pessoas que decidem por ti”, considera o diretor criativo da 004, João Gomes de Almeida.

A mesma disrupção é também assinalada por João Vilela, produtor executivo da Krypton Films: “Aceitámos este desafio por ser uma campanha necessária para combater um dos grandes problemas da nossa sociedade: a indiferença dos cidadãos relativamente à política, sobretudo na hora de decidir quem nos vai representar. Decidir quem vai decidir por nós é algo que não devemos abdicar.” “Esperamos que surta o efeito desejado”, conclui.

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BE diz que taxa sobre rotatividade pode compensar pensões sem cortes

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 17 Abril 2017

Agravar a TSU de empresas com maior rotatividade poderia gerar 350 milhões de euros no primeiro ano, o que compensaria o pagamento de pensões sem cortes a quem começou a trabalhar antes dos 16 anos.

O Bloco de Esquerda quer pensões antecipadas sem cortes para quem começou a trabalhar antes dos 16 anos e diz que a medida pode ser compensada financeiramente com o agravamento da TSU para empresas com maior rotatividade de trabalhadores.

Em declarações transmitidas pela RTP3, Catarina Martins avançou com uma proposta “no imediato” para que se dê “passos no caminho da justiça”, embora sublinhe que não seja essa a posição de partida do Bloco: defendeu então “que seja atribuída a pensão por inteiro para quem tem 60 anos e começou a carreira contributiva antes dos 16 anos”.

E como se paga esta medida? “Os estudos do impacto financeiro” mostram “que pode ser compensada incluindo a taxa de rotatividade que estava no estudo económico que Mário Centeno fez para o programa das legislativas do Partido Socialista”, afirmou a coordenadora do Bloco. António Costa já disse que esta taxa vai mesmo avançar.

Nesse estudo, “a medida de agravar a TSU nos casos de grande rotatividade de trabalhadores”, penalizando “quem recorre à precariedade”, poderia “arrecadar logo no primeiro ano de implementação 350 milhões de euros” e é por isso “perfeitamente capaz de equilibrar a Segurança Social no momento em que é preciso responder à geração que começou a trabalhar criança”, notou ainda.

A proposta apresentada pelo Governo aos parceiros sociais prevê a inexistência de cortes nas pensões antecipadas pedidas por trabalhadores com mais de 48 anos de carreira a partir dos 60 anos de idade — a idade mínima para passar à reforma na Segurança Social. Mas no debate quinzenal, António Costa admitiu ir mais longe, afirmando que quem começou a trabalhar aos 14 anos “deve ter acesso à reforma sem penalização”. O Bloco queria ainda mais, eliminando cortes para trabalhadores que iniciaram a vida ativa aos 16.

Hoje, Catarina Martins afirmou que o ministro Vieira da Silva já tinha prometido logo para 2016 o acesso a pensões antecipadas sem os atuais cortes no caso de trabalhadores com mais de 45 anos de descontos. Mas a matéria não consta do Programa de Estabilidade. E ainda há outras medidas “extraordinariamente importantes” para a recuperação de rendimentos que não fazem parte do documento, o que Catarina Martins considera “preocupante”: é o caso do aumento do salário mínimo, cujo aumento negociado à esquerda prevê uma subida dos atuais 557 euros para 580 em 2018, atingindo 600 euros em 2019.

Outro ponto passa pela aumento da progressividade do IRS. “Aumentar o número de escalões, que é o acordo que foi feito nas posições conjuntas, é a única forma, não só de recuperar rendimento do trabalho, como também uma forma essencial de repor progressividade e de repor justiça”, adiantou ainda a coordenadora do Bloco.

O BE defende ainda a redução do número de alunos por turma e aponta o dedo ao objetivo do Governo de reduzir o emprego público. “O país precisa de mais médicos, de mais enfermeiros”, de mais professores e trabalhadores nos serviços públicos, sublinhou Catarina Martins.

No que diz respeito ao combate à precariedade, a líder do Bloco volta a defender mudanças na legislação laboral, defendendo mudanças nos limites dos contratos a prazo e temporários.

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Mazda 6 Wagon: Para famílias que adoram devorar asfalto

A 6 Wagon não sofreu grandes alterações na versão deste ano. Há alguns detalhes no exterior, centrando-se a renovação no interior. E os motores? Continuam em boa forma. Especialmente o 2.2 de 175 cv.

Um SUV? Sim, muitos portugueses têm-se rendido aos encantos destes “jipes” citadinos. Até os preferem às carrinhas, mas… há propostas e propostas. A da Mazda, com a renovada 6 Wagon, é, certamente, uma opção a ter em conta. Então se se estiver a falar da versão mais potente a gasóleo, com 175 cv. Devora asfalto a uma velocidade que faz o pendura rezar por um pedal de travão.

Esteticamente a 6 Wagon não sofreu grandes alterações nesta versão de 2017. Há uma nova grelha, faróis que agora são totalmente em LED mas pouco mais, do lado de fora. Por dentro, a atualização é mais percetível. E agradece-se. Está mais moderna, sendo que a atualização tecnológica ajuda bastante a passar essa imagem: conta agora com um sistema multimédia de sete polegadas tátil no tablier.

Os bancos também são novos. Estão mais confortáveis, mas continuam a ser desportivos quanto baste. E se a opção recair pela versão mais potente a gasóleo, vai agradecer o maior apoio lombar. É que se na versão de 150 cv a Mazda já demonstrava as aptidões, no 2.2 SKYACTIV-D de 175 cv… segure-se. Anda? Muito.

A dupla sobrealimentação garante um binário elevado que permite que não tenha de se andar sempre a mexer na caixa… basta pisar mais um pouco o pedal da direita para ganhar velocidade. Mas em estrada aberta, cada passagem de caixa traz mais um pouco de diversão para quem vai ao volante. E os restantes passageiros? Para alguns, faz desejar um pedal de travão.

A sensação de velocidade é reforçada com a posição mais próxima do asfalto, típica de automóveis japoneses. Mas sempre com a garantia de segurança — há sistemas de segurança passiva e ativa para tudo. Mesmo uma entrada em curva um pouco mais brusca é rapidamente resolvida pela tecnologia (não sendo intrusiva). Com o controlo de tração desativado, a diversão está garantida (embora as jantes de 19 polegadas não ajudem).

Potência, velocidade e… consumos? Numa condução regrada é possível fazer consumos reais pouco acima da fasquia dos seis litros, o que é um resultado simpático para um bloco de 2.2. Fazer o gosto ao pé saiu um pouco mais caro, mas nada de extraordinário para a satisfação que proporciona. O “Intelligent Energy Loop”, o sistema da Mazda de regeneração da energia de travagem, ajuda a poupar.

Mas antes de se preocupar com os consumos, terá de se preocupar com o preço a pagar na hora de comprar a Mazda 6. Os preços da gama começam nos 35 mil euros para o 6 de quatro portas, na versão a gasóleo com 150 cv. A Wagon com o mesmo motor exige apenas mais 120 euros, mas para ter a Mazda6 Wagon 2.2 SKYACTIV-D 175 MT Excellence Leather Cruise TAE Navi (sim, esta é a designação completa), terá de desembolsar 49.923 euros.

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Vitória de Erdogan faz disparar a lira turca

A Turquia deu mais poderes ao Presidente. Recep Tayyip Erdogan clamou vitória no referendo constitucional, levando a moeda do país a disparar.

A lira turca está a destacar-se entre todas as outras moedas mundiais. A divisa da Turquia regista uma forte valorização após o referendo constitucional que vai dar mais poderes a Recep Tayyip Erdogan. Apesar da contestação da oposição, os investidores estão a celebrar a perspetiva do fim da incerteza política no país.

A moeda chegou a ganhar um máximo de 2,5% face ao dólar, naquela que é a maior valorização intradiária desde 30 de janeiro. Está a valorizar 1,05% contra a moeda norte-americana, registando ainda uma subida de 1% face ao euro. Apesar da subida, o desempenho da divisa no acumulado do ano continua a ser negativo.

Os turcos foram chamados a referendar uma revisão constitucional. 51% dos votos foram no sentido da passagem de um regime parlamentar para um presidencialista, reforçando os poderes de Erdogan. O “Sim” ganhou, embora por uma curta margem, e no meio de contestação dos partidos da oposição. O Partido Republicano do Povo pediu ao conselho eleitoral para cancelar os resultados do referendo devido a irregularidades no escrutínio.

Moeda turca acelera

A valorização da moeda após este referendo está a ser vista como reflexo da menor incerteza política, isto depois de uma tentativa de golpe de Estado no último verão. Essa incerteza levou a cortes de rating sucessivos, levando muitos investidores a afastarem-se do país, penalizado o desempenho da lira.

A tendência poderá, no entanto, não durar. “Estas movimentações [da moeda] não deverão durar muito já que os mercados deverão voltar a centrar atenções para os grandes desafios políticos — a relação com os EUA, a Rússia, e os desafios na fronteira curda”, diz Tatha Ghose, economista do Goldman Sachs, à Bloomberg.

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Portugal? É vulnerável e pouco influente, diz economista do Goldman Sachs

  • ECO
  • 17 Abril 2017

O economista-chefe do Goldman Sachs diz que Portugal é dos países mais vulneráveis à retirada dos estímulos do Banco Central Europeu. Mas acredita que Draghi vai encontrar a forma de evitar crises.

Portugal é dos países mais vulneráveis, é demasiado pequeno para ser verdadeiramente relevante na política da zona euro, mas não se pode arriscar a ser o segundo caso especial da moeda única. É assim que o economista-chefe do Goldman Sachs para a Europa, Huw Pill, vê Portugal, numa entrevista publicada esta segunda-feira (acesso pago), no Jornal de Negócios.

A zona euro precisa de aprender a viver sem os estímulos do Banco Central Europeu (BCE), mas Portugal é um dos países que coloca mais dúvidas sobre como é que esta retirada das ajudas vai ser feita. Como é que a economia portuguesa encaixa neste cenário? “De forma complicada”, assume Huw Pill.

"Não diria o mais vulnerável, mas [Portugal] é certamente um dos mais vulneráveis. Itália tem muitos dos mesmos problemas que Portugal. Mas Itália é grande, logo tem um peso maior na avaliação e é claramente sistémica.”

Huw Pill

Economista-chefe do Goldman Sachs para a Europa

O perito enumera três dificuldades com que o país se depara: não é o país mais vulnerável, “mas é certamente um dos mais vulneráveis“; é uma economia pequena, que “tem pouco peso na discussão do conjunto da zona euro“; mas ser tratado da mesma forma que a Grécia — considerada como “o caso especial” da zona euro — “seria entrar num terreno perigoso.”

Ainda assim, Huw Pill não está completamente pessimista e acredita que Mário Draghi vai retirar a política de estímulos “de uma forma que não desencadeie crises.” Nomeadamente, quando a dívida portuguesa comprada pelo BCE atinge a maturidade, a sua receita é reinvestida o que, na prática, equivale a uma monetização da dívida, explica.

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Criação de empresas cai em Espanha. Mas não em Portugal

A criação de empresas no país vizinho continua a cair. Espanha registou uma descida de mais de 4% no início do ano. E em Portugal? O número ainda aumenta, apesar de as insolvências dominarem.

A criação de novas empresas está a cair em Espanha. O país vizinho registou uma queda de mais de 4% no primeiro trimestre. O número de insolvências também aumentou, mantendo a tendência registada nos períodos anteriores. E em Portugal? Continuam a surgir novas empresas, apesar de a um ritmo mais lento. Foi no setor dos serviços que foi criado o maior número de empresas.

Espanha continua a não conseguir atrair a criação de novas empresas. Dados divulgados pelo Governo, e citados pelo Cinco Días (acesso livre, conteúdo em espanhol), mostram que foram constituídas 28.481 novas empresas no primeiro trimestre deste ano, o que representa uma queda de 4,3% em comparação com o mesmo período de 2016. Esta descida acompanha o aumento do número de insolvências, sobretudo na região autónoma da Cantábria e da Andaluzia.

Mas este cenário não se assemelha ao que acontece em Portugal, onde há sinais de recuperação. Segundo um estudo da empresa de informação empresarial Iberinform, a criação de empresas aumentou. Isto apesar de ter acontecido a um ritmo mais lento. Entre janeiro e março deste ano, o número cresceu 7,5%. E foi em Lisboa e no Porto que se registaram as subidas mais expressivas.

Criação de empresas continua a aumentar em Portugal

Fonte: Iberinform

Embora continuem a ser criadas novas empresas, o número de insolvências ainda está a aumentar. Estes processos aumentaram 25,8% em março. “O número total de empresas insolventes nos dois primeiros meses de 2017 é superior ao valor registado nos últimos dois anos (+13,4%)”, refere o mesmo estudo. O aumento mais significativo de insolvências regista-se, segundo o documento, no setor dos serviços e no comércio de veículos.

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APETRO: “É impossível absorver estas variações fiscais”

  • ECO
  • 17 Abril 2017

António Comprido salienta ainda que "não faz sentido" subir ou descer "o ISP com muita frequência".

O secretário-geral da Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (APETRO) diz que as gasolineiras não têm espaço para descer o preço dos combustíveis. Em entrevista ao Jornal de Negócios (acesso pago) e Antena1, António Comprido afirma que “não há margem de comercialização nos combustíveis que permita absorver alterações fiscais”.

“O aumento de seis cêntimos verificado em janeiro de 2016 é superior ao que é, em média, a margem líquida dos grossistas e dos retalhistas. É impossível absorver estas variações fiscais”, acrescenta.

António Comprido recorda que, no que diz respeito ao imposto sobre os produtos petrolíferos (ISP), “todo o aumento da carga fiscal é refletido no consumidor”. E diz que “não faz sentido” subir ou descer “o ISP com muita frequência”, aludindo às revisões trimestrais.

O secretário-geral da APETRO nota que há agora “um certo regresso aos combustíveis aditivados e aos de mais qualidade, que hoje representam 20 e tal, 30% do mercado, mas tem tido tendência nos últimos tempos para um ligeiro crescimento”. Embora os combustíveis simples continuem a deter maior quota de mercado, António Comprido acredita que isso não se deve “exclusivamente” à “opção do consumidor, mas quase como uma consequência da oferta que hoje é apresentada no mercado”.

Metade dos condutores abastece em postos de marca

Um estudo divulgado esta segunda-feira indica que metade dos condutores portugueses abastece sempre em postos de combustível de marca e gasta menos de 40 euros por cada abastecimento.

O trabalho — elaborado em março pela Nova IMS (Information Management School) e pela Qdata-Recolha e Tratamento de Dados — avança que 51% dos inquiridos refere abastecer apenas em postos de combustível de marca e só 12% afirma utilizar também os postos low cost (sem marca e com preços mais reduzidos).

“Menos de um quarto dos entrevistados refere recorrer a postos low cost sete ou mais vezes em cada dez vezes que abastece a sua viatura”, nota o estudo, citado pela agência Lusa.

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