Portugal avança para emissão de dívida a dez anos através de sindicato bancário

IGCP mandatou o Barclays, Citigroup, Crédit Agricole, Goldman Sachs, JPMorgan e Novo Banco para o lançamento de uma nova linha de referência de obrigações do Tesouro a dez anos.

O rumor já corria na semana passada e, embora ainda não tenha sido oficializado, a agência Bloomberg adianta que Portugal vai avançar para uma emissão sindicada de obrigações do Tesouro a dez anos. A operação será lançada em breve, sujeita às condições do mercado, frisa a agência de informação económica.

Foram já mandatos os bancos Barclays, Citigroup, Crédit Agricole, Goldman Sachs, JPMorgan Chase e Novo Banco para o lançamento desta nova linha de referência de obrigações do Tesouro a dez anos. Estes novos títulos de dívida da República portuguesa terão a maturidade em 17 de outubro de 2028 e chegarão ao mercado com um rating de Ba1/BBB-/BBB.

O montante a levantar pelo IGCP será anunciado em breve, diz a Bloomberg. Os analistas do Commerzbank, que tinham antecipado a realização desta emissão sindicada para esta quarta-feira, apontavam para um montante entre os 3.000 milhões de euros e os 3.500 milhões de euros, o que se encontra em linha com uma operação semelhante realizada há um ano.

A 11 de janeiro de 2017, o Tesouro português levantou 3.000 milhões de euros em títulos com maturidade a dez anos e pelos quais pagou um juro de 4,227%. Desta vez, a taxa de juro deverá ficar bem abaixo devido ao comportamento das yields o em mercado secundário e que reflete o bom momento de Portugal quanto à confiança que consegue transmitir junto dos investidores, sobretudo depois de duas agências de rating terem colocado a dívida nacional num patamar de investimento de qualidade.

Atualmente, a taxa de juro implícita nas obrigações a dez anos segue nos 1,859%.

Falta apenas a oficialização da operação pelo IGCP, a agência do Estado que faz a gestão da dívida pública que ainda esta segunda-feira apresentou o programa de financiamento da República para 2018. A entidade liderada por Cristina Casalinho prevê a emissão de 15 mil milhões de euros em obrigações do Tesouro ao longo deste ano. Isto para fazer face a necessidades de financiamento que se situam em cerca de 10,9 mil milhões de euros.

Em termos de leilões de títulos de curto prazo, já há datas para as operações a realizar no primeiro trimestre. Na próxima semana conta levantar até 1.750 milhões em bilhetes do Tesouro a a seis e 12 meses. Estão ainda previstos leilões de bilhetes a 21 de fevereiro e a 21 de março, com os montantes indicativos a superarem os 1.000 milhões de euros

(Notícia atualizada às 15h09)

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