Expansão em Portugal trava lucros do Bankinter

  • Rita Atalaia
  • 25 Janeiro 2018

O banco espanhol conseguiu registar lucros de 495 milhões, superando o recorde atingido no ano passado. Os maiores custos em Portugal impediram um resultado ainda melhor.

O Bankinter registou lucros recorde em 2017. Superou as estimativas dos analistas com um resultado líquido de 495 milhões de euros, 1% superior ao do ano anterior, de 490 milhões. O saldo do ano só não foi ainda mais positivo por causa do aumento dos custos em Portugal, tendo em conta que o banco liderado por Maria Dolores Dancausa só finalizou a compra da atividade do Barclays em território nacional em abril de 2016.

Sem o negócio em Portugal, o resultado líquido do Bankinter teria crescido 20%, explica o banco. Em relação à operação portuguesa, o lucro antes de impostos fixou-se nos 31,4 milhões de euros. Os custos operacionais aumentaram 24,7% para 87,1 milhões de euros só na atividade em Portugal.

Mas o Bankinter está otimista. “A margem bruta do Bankinter Portugal atingiu a 31 de dezembro de 2017 os 133 milhões de euros e um resultado antes de impostos de 31,4 milhões de euros, confirmando a contribuição positiva da operação em Portugal para os resultados do Grupo”, nota a instituição financeira. “Apesar de o total dos custos operacionais ter crescido 4,7%, ou 3% sem considerar Portugal, as maiores receitas verificadas levam a uma melhoria do rácio de eficiência da atividade bancária com amortizações”, acrescenta.

Sobre a possibilidade de o banco vir a fazer novas aquisições, a CEO do Bankinter, Maria Dolores Dancausa, explicou na apresentação dos resultados que “não estamos a pensar comprar em Portugal” e esclareceu ainda que não estão interessados na compra do Deutsche Bank.

"Apesar de o total dos custos operativos ter crescido 4,7%, ou 3% sem considerar Portugal, as maiores receitas verificadas levam a uma melhoria do rácio de eficiência da atividade bancária com amortizações.”

Bankinter

A dar força aos resultados esteve a subida da margem financeira — diferença entre os juros cobrados nos empréstimos e os juros pagos nos depósitos. Esta rubrica registou um crescimento de 7,8% para os 1.851,3 milhões de euros, graças “sobretudo, à boa performance das comissões que cresceram 11,7% em termos líquidos”. O rácio de crédito malparado também diminuiu. Passou de 8,5% para 7,5%.

Já o rácio de capital CET1, totalmente implementado, fixou-se nos 11,46%, uma subida em comparação com os 11,2% registados nas contas referentes ao ano anterior, “resultado de uma gestão rigorosa dos riscos”.

(Notícia atualizada às 13h38 com mais informação)

jornalista viajou para Madrid a convite do Bankinter.

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