Governo e Ministério Público confirmam buscas no Ministério das Finanças
O Ministério Público confirmou ao ECO que fez buscas no Ministério das Finanças esta semana. Para já o inquérito não tem arguidos e está em segredo de justiça.
O Ministério das Finanças foi alvo de buscas esta semana para recolha de prova documental no âmbito de um inquérito em investigação no Ministério Público. O inquérito do DIAP de Lisboa não tem arguidos constituídos e está em segredo de justiça, revelou a Procuradoria-Geral da República ao ECO. Além disso, o MP esclarece que as buscas não foram ao gabinete de Mário Centeno. Segundo o Público, as buscas estão relacionadas com a suspeita de favorecimento a empresa dos filhos do presidente do Benfica.
“Confirma-se a realização de buscas para recolha de prova documental no âmbito de um inquérito em investigação no DIAP de Lisboa”, esclarece fonte oficial da Procuradoria-Geral da República este sábado, assinalando que “o inquérito não tem arguidos constituídos e está em segredo de justiça”.
Já o Público revela este sábado que a investigação está relacionada com a atribuição de isenção de IMI a um prédio da família de Luís Filipe Vieira. Esta isenção aconteceu uma semana depois de o ministro das Finanças, Mário Centeno, ter pedido ao presidente do Benfica para assistir a um jogo na tribuna presidencial — uma relação causal que o Governo já rejeitou. Ministério Público tinha dito que estava a avaliar, mas terá agora avançado com o inquérito.
O Governo também já confirmou a realização das buscas. Questionado pelo ECO, fonte oficial do Ministério das Finanças “confirma a realização de ações inspetivas na passada sexta feira e colabora de forma franca e totalmente disponível com qualquer investigação judicial, colocando à disposição das autoridades judiciárias todos os elementos solicitados”. “É esta a postura do Ministério das Finanças em todos os processos para os quais é chamado a colaborar, respeitando o segredo de justiça“, garante o gabinete de Mário Centeno.
A notícia tinha sido avançada este sábado pelo Correio da Manhã que revelava que as buscas tinham sido conduzidas pelos magistrados da 9.ª secção do DIAP, a que lida com o crime económico. Segundo o jornal, as buscas realizaram-se na quinta-feira de manhã e tiveram como alvo o gabinete do ministro das Finanças, Mário Centeno. Contudo, a PGR nega esta versão: “As buscas foram no Ministério das Finanças, não no gabinete do Ministro”, esclareceu fonte oficial do Ministério Público.
Fonte oficial do Ministério das Finanças disse ao CM que as buscas não estão relacionadas com os processos de privatização que se encontram em investigação nem com o anterior Governo. O jornal recorda que estão em investigação vários processos como o caso da Operação Ciclone, que envolve a EDP e a REN e os polémicos CMEC, mas também as viagens dos ex-membros do Governo ao Euro 2016 pagas pela Galp, ainda que estes já tenham sido constituídos arguidos.
(Notícia atualizada às 16h26 com mais informações)
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