Cristas diz que para derrotar as esquerdas unidas é necessária uma alternativa
A presidente do CDS-PP disse que para "derrotar as esquerdas unidas tem de existir a perceção clara de que há uma alternativa". Falou ainda do PSD como um partido "parceiro" e "amigo".
A presidente do CDS-PP disse esta segunda-feira que para “derrotar as esquerdas unidas tem de existir a perceção clara de que há uma alternativa”, acreditando que o centro direita só voltará a governar se tiver uma maioria de 116 deputados.
“Em relação ao PSD, temos sempre uma posição de relacionamento com um partido que é amigo, que é parceiro, com o qual temos muitas convergências. Isso é positivo porque se queremos derrotar as esquerdas unidas tem de ser com a perceção clara de que há uma alternativa. Essa alternativa passará por CDS e PSD terem no parlamento o mínimo de 116 deputados [mais de metade]”, disse a líder do CDS-PP, Assunção Cristas.
Assunção Cristas falava aos jornalistas a meio de uma ação de campanha nas ruas do Porto, um dia depois de ter assistido ao encerramento do congresso do PSD, o primeiro com a liderança de Rui Rio. A presidente dos centristas foi questionada se acredita que existirá uma maioria de direita no próximo mandato legislativo tendo respondido que o CDS “está a trabalhar”. “Nós do nosso lado estamos a trabalhar. Estou a lutar há muito tempo e continuarei a lutar por isso (…). Acredito que o centro direita só voltará a governar se tiver uma maioria de 116 deputados“, disse a presidente dos centristas.
Integrado na iniciativa “Ouvir Portugal”, Assunção Cristas liderou uma arruada que passou por uma das artérias mais movimentadas do coração do Porto, a rua de Santa Catarina. A líder do CDS contactou com pessoas que desabafavam sobre os seus problemas, mas também faziam criticas à atuação do Governo de Pedro Passos Coelho do qual Cristas fez parte. Já em declarações aos jornalistas, quando questionada sobre o congresso do PSD, a Assunção Cristas referiu que “o CDS tem apresentado muitos temas no parlamento”, temas que viu, “e bem”, disse, “destacados no congresso” dos sociais-democratas.
Enumerando áreas como a saúde, a coesão territorial, o apoio aos mais idosos ou a educação, a líder do CDS garantiu que o seu partido “continuará a ter uma atitude muito construtiva”: “Continuaremos a apresentar projetos e a conversar com todos os partidos”, concluiu, explicando que nas ruas pede às pessoas que lhe enviem cartas e emails com as suas preocupações e estejam atentas aos debates que decorrem na rede social Facebook.
Já questionada a escolha de Elina Fraga para uma das vice-presidências do PSD e depois de a ex-bastonária da Ordem dos Advogados ter sido apupada no congresso dos sociais-democratas, Assunção Cristas escusou-se a comentar. “Seria uma deselegância comentar as escolhas feitas dentro de um partido que é um partido para o qual olhamos como partido amigo e parceiro neste desafio muito grande que é ter uma alternativa às esquerdas unidas. Basta olhar para o discurso de ontem [domingo] e para o trabalho que tem sido desenvolvido pelo CDS nos últimos anos para perceber que há uma convergência de ideias”, concluiu.
Esta tarde, a agenda da líder do CDS-PP inclui uma passagem pela Maia para presidir à tomada de posse da Juventude Popular local e termina com um jantar com apoiantes em Perafita, concelho de Matosinhos.
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