BiG lança solução online para capitalizar PME
É uma tentativa de democratizar os serviços da banca de investimento: uma ferramenta digital para permitir às PME procurarem soluções de capitalização online.
O banco liderado Carlos Rodrigues quer funcionar com uma espécie de cupido da banca de investimento, tendo lançado uma plataforma online — em www.capitalizer.eu — onde procura “casar” as empresas à procura de capital e investidores com dinheiro à procura de novos projetos.
A ideia é relativamente simples: as pequenas e médias empresas (PME) nem sempre têm acesso à tradicional, e muitas vezes seletiva, banca de investimento. Como tal, podem inscrever-se na plataforma online do BiG — denominada Capitalizer — e entram assim para uma espécie de montra digital onde estarão vários operadores de private equity, corporate investors, family offices e fundações com dinheiro à procura de novas oportunidades de negócio.
O Capitalizer “faz a ponte entre os investidores profissionais na União Europeia, que muitas vezes têm dificuldades em encontrar empresas para investir, e as PME”, explicou o administrador do banco Mário Bolota, numa apresentação do produto aos jornalistas.
O BiG olhou para o mercado a nível ibérico e concluiu que os operadores de capital de risco movimentam, em média, 286 milhões de euros por ano em operações com dimensão entre 500 mil e cinco milhões de euros. É para este segmento de mercado que o BiG aponta e para as PME (não as micro empresas), que em Portugal representam 45,4% do VAB (valor acrescentado bruto) da economia e 35% em Espanha.
Mas nem todas as PME podem ter acesso: o Capitalizer é destinado a pequenas e médias empresas “com um histórico de atividade relevante, que apresentem um resultado operacional superior a 300 mil euros e resultados líquidos positivos”, explica a instituição liderada por Carlos Rodrigues num comunicado distribuído aos jornalistas.
E como é que o BiG ganha dinheiro com esta ferramenta?
O modelo de negócio também é relativamente simples. O acesso ao portal e o registo são grátis, mas a partir do momento em que as PME recebem o primeiro contacto por parte de um investidor, têm de pagar 500 euros, um valor que o BiG diz ser “simbólico”. Quando recebem uma proposta não-vinculativa pagam mais 1.500 euros. E se o negócio chegar a bom porto, tal como na banca de investimento tradicional, há lugar a um ‘success fee‘ que corresponde a uma percentagem do capital angariado.
Nesta fase de lançamento, o Capitalizer “conta com 15 parceiros/investidores profissionais, incluindo vários dos principais operadores ibéricos de capital de risco focados no segmento de mid-market e que detêm mais de quatro mil milhões de euros de ativos sob gestão”, explica o BiG no mesmo comunicado.
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