Lembra-se do velhinho Koleos? Esqueça. Este é todo um novo SUV

Mudou tudo desde o primeiro Koleos. E mudou para melhor. Esteticamente apelativo, o grande SUV da marca gaulesa destaca-se pelo conforto. Só o 2.0 a gasóleo podia ter um ronronar menos intrusivo.

Lembra-se do velhinho Koleos? Esqueça. Este é todo um novo SUV. A Renault caprichou no desenho do seu topo de gama para este segmento, conseguindo apresentar um modelo de grande porte, mas de linhas arredondadas, que procura utilizar o conforto como principal argumento para conquistar os condutores que privilegiam uma posição mais elevada na estrada. E também os que não abdicam de potência. Há 175 cv.

Quando o vir no retrovisor, vai saber imediatamente que é um Renault. A marca gaulesa manteve a imagem dos restantes modelos neste SUV mas, neste caso, em ponto grande. A luz diurna em formato de C contorna os faróis, marcando toda a dianteira de onde sobressai o logótipo. Na parte posterior, as óticas são em tudo idênticas às da restante gama, atravessando o portão traseiro.

A dupla saída de escapes, encaixada no para-choques, dá o look mais fora de estrada ao Koleos que, de resto, recorre a aplicações na parte inferior das portas, mas também a um lip em cor de alumínio na parte frontal para esse efeito. A altura ao solo ajuda a aumentar a sensação de que estamos perante um modelo capaz de sair do asfalto. É alto, mas sem obrigar a um escadote para subir a bordo.

Bancos? Poltronas

Quando se entra no Koleos já se sabe o que se vai encontrar. É em tudo idêntico às restantes propostas da marca, nomeadamente o SUV mais pequeno, o Kadjar. Um volante de boa pega (com muitos botões, seja para controlar o autorrádio, seja para verificar os parâmetros do veículo), um conta-quilómetros digital que muda consoante o modo de condução definido (o Eco, o modo de condução, não o site de informação económica, muda a cor para verde), mas depois há o ecrã de 8,7 polegadas, na vertical.

Tudo isto à mão do condutor, que vai sentado numa verdadeira poltrona. Um assento fofo quanto baste, com apoios laterais convincentes, são a garantia de uma viagem tranquila. Seja no dia-a-dia, em cidade, seja rumo ao fim de semana, via autoestrada. E não há só uma poltrona. São duas, sendo que mesmo quem vai atrás não pode queixar-se. O padrão de conforto mantém-se. E as malas não perturbam. Vão bem arrumadas nos 579 litros disponíveis.

Pena o barulho

Cintos apertados, motor ligado e… Drive. Quem comprar o Koleos vai poder escolher entre uma caixa manual de seis velocidades ou uma automática de variação contínua (CVT). A versão que o ECO ensaiou, a Initiale Paris (carregada de equipamento), vinha equipada a CVT. Primeiro estranha-se. Depois… habitua-se. O pisar no acelerador traduz-se num aumentar de regime do motor sem que muito aconteça. Só depois, o Koleos ganha fôlego.

Em vez de um 1.6 a diesel, a Renault apostou no bloco Energy dCi com 2.0 litros de cilindrada com 175 cv. Porquê? Por causa das portagens. Recorrendo a um bloco mais pesado, a marca consegue que o Koleos seja Classe 1, um ponto a favor para aumentar as vendas de um modelo cujo preço começa nos 41.250 euros, chegando aos 52.900 no caso do Initiale Paris 4×4. Os cavalos sentem-se, seja na força, seja na velocidade – sendo que nem sempre a suspensão ajuda a evitar algum rolar da carroçaria nas curvas a ritmos mais acelerados. Só é pena o barulho que se ouve a bordo. Falta um pouco de isolamento para uma viagem tranquila.

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