Zuckerberg pede desculpa no Facebook: “Cometemos erros”
Após quase quatro dias de silêncio, o "pai" do Facebook veio a público falar sobre o escândalo que junta a sua rede social e a empresa de análise política Cambridge Analytica.
Após quase quatro dias de silêncio, o “pai” do Facebook veio a público falar sobre o escândalo que junta a sua rede social e a empresa de análise política Cambridge Analytica. “Temos a responsabilidade de proteger os vossos dados e se não conseguimos então não merecemos servir-vos”, afirmou Mark Zuckerberg num post no seu perfil de Facebook.
“Temos estado a trabalhar para perceber exatamente o que aconteceu e garantir que não volta a acontecer”, continua. “A boa notícia é que as ações de prevenção mais importantes que podemos tomar já foram tomadas há muitos anos. Mas também cometemos erros, há mais a fazer e temos de acelerar e fazê-lo.”
Fazendo uma cronologia dos acontecimentos, Zuckerberg conta que um analista da empresa fez um perfil falso e criou uma aplicação de quizzes que foi instalada por mais de 300 mil pessoas e que angariou os dados desses utilizadores e dos seus amigos. Isto em 2013.
Já em 2014, a rede social quis prevenir comportamentos abusivos por parte destas aplicações de terceiros, mas já era tarde. O analista já tinha partilhado todos os dados agregados com a Cambridge Analytica, sem o consentimento dos seus donos. O utilizador foi banido e a Facebook “certificou-se formalmente” de que a informação iria ser apagada, o que não aconteceu.
“Isto foi uma quebra de confiança entre Kogan [o analista], a Cambridge Analytica e o Facebook. Mas foi também uma quebra de confiança entre o Facebook e as pessoas que partilham a sua informação connosco e esperam que nós a protejamos. E temos de reparar isso”, apontou Zuckerberg.
O caminho foi também delineado na publicação, sendo que começa pela investigação de todas as aplicações que têm acesso a grandes quantidades de informação. Caso os developers não concordem com isto, serão banidos. Depois, o acesso à informação também vai ser restringido.
Já no site oficial da rede social, são apontados seis passos para que isto não volte a acontecer: rever a plataforma, alertar as pessoas para o mau uso da informação, desligar o acesso das apps que não são utilizadas, restringir os dados do login com o Facebook, encorajar as pessoas a gerir as aplicações que utilizam e premiar os utilizadores que encontrem vulnerabilidades.
“Quero agradecer a todos os que continuam a acreditar na nossa missão e trabalham em união para construir esta comunidade. Sei que demora mais tempo a reparar estes assuntos do que nós gostaríamos, mas prometo que vamos resolver tudo e construir um serviço melhor a longo prazo“, concluiu o criador da rede social no seu post.
(Notícia atualizada pela última vez às 21h43 com mais informação)
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Zuckerberg pede desculpa no Facebook: “Cometemos erros”
{{ noCommentsLabel }}