Anos de prejuízos levam Deutsche Bank a afastar CEO
John Cryan foi afastado da liderança do Deutsche Bank. Uma decisão tomada pela entidade depois de vários anos de prejuízos. Já há substituto: Christian Sewing, até agora vice-presidente, é o novo CEO.
O conselho de administração do Deutsche Bank decidiu afastar o CEO da instituição financeira, John Cryan, antes do fim do mandato. A decisão foi tomada depois de três anos de prejuízos e várias críticas ao ritmo de implementação do plano de cortes de custos na entidade que emprega 100 mil funcionários em todo o mundo. E já há substituto: Christian Sewing vai agora ocupar o lugar vago, tendo já prometido tomar “decisões difíceis” para inverter os vários anos de perdas.
“Depois de uma análise detalhada, chegámos à conclusão de que precisamos de uma nova dinâmica de execução na liderança do nosso banco.” Foi assim que o chairman do Deutsche Bank, Paul Achleitner, explicou no domingo à noite a saída de John Cryan da liderança da instituição financeira alemã. O gestor abandona o cargo no final do mês.
"Depois de uma análise detalhada, chegámos à conclusão de que precisamos de uma nova dinâmica de execução na liderança do nosso banco.”
Cryan assumiu funções em junho de 2015 e sai agora dois anos mais cedo do que estava determinado pelo mandato, depois de os investidores terem perdido a confiança de que seria capaz de colocar o banco novamente no caminho dos lucros após três anos consecutivos no vermelho.
A administração já encontrou um substituto: Christian Sewing, de 47 anos, era até agora vice-presidente do Deutsche Bank. Passa agora a liderar a equipa, numa altura em que o banco tenta fortalecer a sua marca no mercado doméstico.
O novo CEO da instituição financeira já veio dizer que está preparado para “tomar decisões difíceis”. Numa carta enviada aos quase 100 mil trabalhadores do banco, Christian Sewing assegurou que não se podem repetir “em quaisquer situações que sejam” os prejuízos do quarto trimestre de 2017. O maior banco alemão registou prejuízos de 2.186 milhões de euros no quarto trimestre de 2017, mais 15,6% do que no mesmo período de 2016.
No conjunto de 2017, a entidade registou prejuízos líquidos de 497 milhões de euros que, ainda que tenham baixado 63,3% face aos registados em 2016, representaram o terceiro ano consecutivo de resultados negativos.
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