Uma década depois, grupo TAP volta a dar lucro
A TAP SGPS apresentou lucros de 21,2 milhões de euros no ano passado. Só o negócio da aviação triplicou os resultados, ultrapassando os 100 milhões.
Fernando Pinto já tinha deixado a pista, ainda antes de abandonar o cargo de presidente executivo da TAP. O relatório e contas do grupo relativo ao ano passado vem agora confirmar que o grupo TAP SGPS, a casa mãe que engloba a companhia aérea, voltou a apresentar lucros, depois de uma década de prejuízos. O negócio da manutenção e engenharia continua a dar prejuízo, mas a aviação foi suficiente para compensar.
O relatório é revelado, esta segunda-feira, pelo Jornal de Negócios (acesso pago), que dá conta de que a TAP SGPS alcançou lucros pela primeira vez desde 2007, reportando um resultado líquido de 21,2 milhões de euros no ano passado, contra os prejuízos de 27,7 milhões em 2016.
A contribuir para este resultado esteve o negócio da aviação. A TAP S.A., que controla companhia aérea, obteve um lucro de 100,4 milhões de euros no ano passado, o triplo dos lucros 33,5 milhões que tinham sido registados em 2016. Já a TAP Manutenção e Engenharia Brasil continua a pesar sobre as contas e registou prejuízos de 50,1 milhões, um agravamento face às perdas de 31,9 milhões de 2016.
Esta “significativa melhoria” dos resultados fica a dever-se ao “forte comportamento do mercado observado no início de 2017, que permaneceu praticamente o mesmo ao longo do ano, sustentado por uma retoma generalizada das condições económicas”, aponta a TAP no relatório.
Em sentido contrário, o aumento dos preços do petróleo fez aumentar os custos com os combustíveis de 433,8 milhões em 2016 para 580,2 milhões em 2017.
Ainda assim, o resultado operacional do grupo atingiu os 106,8 milhões de euros em 2017, mais 93,8 milhões do que os 13 milhões registados no ano anterior. Já as receitas operacionais subiram mais de 600 milhões, para um total de 2.977 milhões de euros.
Também a dívida melhorou, diminuindo de 642 milhões para 582,4 milhões no ano passado. Isto depois de, em junho de 2017, ter sido assinado, com vários bancos, um acordo de adaptação e monitorização do passivo financeiro do grupo TAP, que envolveu uma reestruturação da dívida.
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