Resultados da CGD confirmam “progresso gradual” do plano estratégico, diz a Moody’s
A Moody's considera que os resultados da Caixa Geral de Depósitos (CGD) no primeiro trimestre representam um "progresso gradual" na implementação do plano estratégico traçado por Paulo Macedo.
A agência de notação financeira Moody’s considera que os resultados da Caixa Geral de Depósitos (CGD) no primeiro trimestre deste ano confirmam o “progresso gradual” na implementação do plano estratégico do banco público até 2020. A nota da Moody’s surge depois de o banco público liderado por Paulo Macedo ter apresentado na quinta-feira os resultados do primeiro trimestre, com lucros de 68 milhões de euros, contra prejuízos de 38,6 milhões de euros registados no mesmo período de 2017.
“Reconhecemos os desafios constantes às receitas operacionais da CGD, decorrentes das baixas taxas de juro e do reduzido volume de negócios, que mantém a rentabilidade da CGD a níveis modestos”, começa por sublinhar a agência. Porém, a Moody’s afirma que “algum progresso gradual será alcançado à medida que o plano estratégico continuar a ser implementado, especialmente em termos de redução de custos e manutenção do baixo custo do risco de crédito, devido à redução ainda mais esperada no stock de empréstimos problemáticos”.
Os resultados da CGD relativos ao primeiro trimestre do ano mostram que a margem financeira do banco público desceu 1%, para 297 milhões de euros, com a margem financeira na atividade em Portugal a aumentar 6,1%, para 182,9 milhões de euros. Já os resultados de comissões e serviços cresceram 9%, para 116 milhões de euros, para o que contribuiu o aumento de 13,8% das comissões em Portugal para 89 milhões de euros, o que, diz a empresa, reflete “as medidas do Plano Estratégico implementadas em 2017”.
As provisões e imparidades reduziram-se 88%, passando dos 108 milhões de euros constituídos no primeiro trimestre de 2017 para 13 milhões de euros entre janeiro e março deste ano. Os custos operativos reduziram 11%, para 239 milhões de euros, o que o banco justifica com redução de custos com pessoal, gastos gerais administrativos e depreciações e amortizações. Contudo, tal não inclui custos de 58,5 milhões de euros referentes aos programas de redução de pessoal, utilizando uma provisão já constituída em 2017.
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