Governo com menos de metade dos meios para combater fogos
O país devia ter a partir de hoje 32 helicópteros e aviões de combate a incêndios. Contudo, o Governo ainda só conseguiu 13, num processo que se tem revelado longo e difícil.
O país devia ter a partir de hoje 32 helicópteros e aviões de combate a incêndios. Mas o Governo ainda só conseguiu garantir 13 aeronaves. Este concurso tem sido dos dossiês mais difíceis de resolver para o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita. Entretanto, o Governo anunciou esta terça-feira de manhã a contratação dos 28 meios que faltavam, não avançando quando é que estarão disponíveis.
Hoje começa a chamada “fase Bravo” de combate a incêndios. Por esta altura, pelo menos nos anos anteriores, o dispositivo de combate tinha inúmeros meios humanos, terrestres e aéreos. Este ano, o Governo deixou cair estas “fases” e passou a incluir diferentes níveis de reforço de meios. Contudo, segundo o Público (acesso condicionado), em vez de contar com os 32 meios aéreos previstos, o Executivo ainda só conseguiu garantir 13.
Na semana passada, o comandante do Grupo Especial de Combate Contra Incêndios (GIPS) da GNR afirmou que “não tem meios necessários” básicos, como luvas, fatos, telemóveis, carros ou computadores, para trabalhar no combate aos incêndios.
“Previsivelmente (com alguma sorte à mistura) podemos ter uma farda por militar, botas, cogula, óculos e capacete no dia 20 de maio. Sublinho que só teremos uma farda… não há tecido em Portugal para mais nesta altura. Esclareço também que nesta altura provavelmente não vai haver luvas (estamos a pensar em soluções ‘imaginativas’ para solucionar o problema. Até agora não vemos a luz ao fundo do túnel”, disse então o major Cura Marques.
(Notícia atualizada às 9h50 com o anúncio do Governo)
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