Lucro da Semapa quase duplicou no primeiro trimestre
A Navigator foi uma das maiores responsáveis pelo aumento de lucro da Semapa, que prevê condições positivas este ano para o seu negócio no cimento, a Secil.
O lucro do grupo Semapa quase duplicou no primeiro trimestre, aumentando 90,3% face ao mesmo período do ano passado, para 27,2 milhões de euros, segundo o comunicado hoje à CMVM.
“O resultado antes de impostos cresceu 62,2% e o resultado líquido atribuível a acionistas da Semapa atingiu os 27,2 milhões de euros, crescendo 90,3% face a igual período do ano anterior”, lê-se no documento da sociedade de investimento e gestão publicado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
A evolução é explicada pelo aumento do EBITDA (ganhos antes de juros, impostos, amortizações, desvalorizações de ativos e provisões) em 18,4 milhões de euros, “sendo a Navigator a responsável por este crescimento”, explica a Semapa.
O EBITDA aumentou 16,6% no primeiro trimestre face ao período homólogo, atingindo 129,6 milhões de euros. A margem consolidada situou-se nos 25,5%, o que representa 4,2 pontos percentuais acima da registada no primeiro trimestre de 2017. Também a redução de amortizações, perdas por imparidade e provisões no valor de 6,3 milhões de euros, a redução dos resultados financeiros líquidos em cerca de um milhão de euros e o aumento dos impostos sobre o rendimento em 5,6 milhões de euros explicam os resultados.
O volume de negócios do grupo Semapa foi de 508,7 milhões de euros nos primeiros três meses do ano, um decréscimo de 2,5% face ao período homólogo. As exportações e vendas no exterior ascenderam a 387,5 milhões de euros, o que representa 76,2% do volume de negócios.
De acordo com o documento, no final de março, a dívida líquida da Semapa ascendia a 1.557,5 milhões de euros, menos 116,1 milhões face ao valor apurado no final de 2017, “explicado positivamente pela geração de ‘cash flow’ operacional”.
Por segmentos, a Semapa indica que no primeiro trimestre, o volume de negócios da Navigator (pasta e papel) foi de 384,9 milhões de euros, apresentando um decréscimo de 2% face ao período homólogo, “essencialmente em resultado de um conjunto de paragens para manutenção nas fábricas”.
Já o volume de negócios da Secil (cimento) acumulado até março foi de 118,3 milhões de euros, 2,5% abaixo do verificado no período homólogo devido ao “impacto negativo da desvalorização cambial face ao euro”, enquanto o volume de negócios da ETSA (ambiente) cifrou-se em 5,5 milhões de euros, menos 26,2% relativamente a igual período de 2017.
Quanto a perspetivas futuras, a Semapa refere que “não se vislumbram fatores que possam indiciar uma alteração significativa nas condições do mercado da pasta e papel”.
Por outro lado, as expectativas para 2018 “são moderadamente positivas” para o cimento, uma vez que a generalidade das previsões para a evolução da construção “são favoráveis”, embora o aumento dos níveis de investimento estejam condicionados pela gestão do défice o que poderá condicionar o crescimento.
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