China reduz taxas sobre carros. Portugal pode beneficiar
O setor automóvel é aquele em que Portugal mais exporta para a China, pelo que o anúncio de que as tarifas alfandegárias sobre esses produtos vão ser reduzidas pode ser favorável para o país.
A China vai reduzir as taxas alfandegárias sobre carros importados, de 25% para 15%, beneficiando o setor com maior peso nas exportações portuguesas para o país, informou hoje o ministério chinês das Finanças. Em comunicado, o ministério detalha que a medida, que entra em vigor no início de julho, abrange também peças para automóveis.
A categoria veículos e materiais de transporte ocupa a maior parcela nas exportações portuguesas para a China. Em 2017, representou 34,2% das exportações, somando um total de 288 milhões de euros, sobretudo devido às vendas de veículos fabricados pela Autoeuropa, a unidade da Volkswagen em Setúbal, que até 2014 contribuía para mais de metade das exportações portuguesas para o país asiático. Esta decisão visa “promover a reforma do lado da oferta, a transformação e modernização do setor, e responder à procura do consumidor”, disse o ministério.
A medida surge depois de Pequim se ter comprometido, no domingo, a “aumentar significativamente” as suas compras de produtos norte-americanos, ao fim de dois dias de conversações de alto nível, em Washington. A taxa alfandegária de 25% na importação de automóveis era um ponto de discórdia com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que exige taxas alfandegárias chinesas equivalentes às praticadas pelos EUA. Os EUA impõem uma taxa de 2,5% sobre as importações de automóveis, mas cobram 25% para camiões.
O impacto imediato desta medida deverá ser limitado: a maioria dos carros vendidos na China por marcas estrangeiras é produzida em fábricas locais.
Nos últimos trinta anos, Pequim recorreu a altas taxas alfandegárias e outras medidas para levar fabricantes automóveis mundiais a deslocar a produção para o país e impulsionar assim a indústria local.
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