FMI diz que já há empresas em Portugal com dificuldades em contratar, sobretudo trabalhadores qualificados
Em certos setores, as empresas começam a sentir dificuldade em contratar, sobretudo no caso de qualificações mais altas. FMI projeta redução do desemprego para 7,3% em 2018 e 6,7% em 2019.
Há empresas que estão a começar a ter dificuldades em preencher postos de trabalho, sobretudo mais qualificados, alerta o Fundo Monetário Internacional (FMI). A instituição liderada por Christine Lagarde vê o desemprego em Portugal cair de 8,9% em 2017 para 7,3% em 2018, continuando a recuar até aos 6,5% em 2020.
No comunicado final da missão do artigo IV, o Fundo indica que o desemprego caiu para 7,4% em março, abaixo da média da zona euro, apontando ainda para quebras nas várias dimensões da subutilização do trabalho. E acrescenta depois: “Em alguns setores da economia, as empresas estão a começar a ter dificuldades em preencher vagas”, especialmente no que toca a empregos mais qualificados, diz o documento.
O Fundo prevê uma redução da taxa de desemprego para 7,3% em 2018, abaixo do valor que o Governo antecipa no Programa de Estabilidade (7,6%). Em 2019 e 2020, o desemprego deverá recuar novamente, para 6,7% e 6,5%, ainda a avaliar pelas projeções do FMI.
As previsões do FMI para a economia portuguesa
O comunicado também refere que os salários médios reais continuaram a avançar e nota que a cobertura do salário mínimo aumentou (para 22%, de acordo com dados provisórios), o que reflete “em parte” o crescimento de emprego de baixa qualificação, diz.
O Fundo entende que há condições propícias para dar passos adicionais no âmbito do investimento e indica que as reformas levadas a cabo no passado facilitaram a recuperação rica em empregos. Mas introduzir novas formas de rigidez, ou recuperar antigas, prejudicaria a competitividade e a produtividade.
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