Crédito para a casa já vai em três mil milhões em quatro meses. É um máximo de 2010
A nova concessão de empréstimos para a compra de casa aumentou 27% entre janeiro e abril, para 2.969 milhões de euros. É um novo máximo de 2010.
A concessão de crédito para a compra de casa não para de aumentar. Nos primeiros quatro meses deste ano foram quase três mil milhões de euros, o montante disponibilizado pelos bancos nacionais em novos empréstimos à habitação. Trata-se de um máximo de 2010.
Os números foram disponibilizados pelo Banco de Portugal, nesta terça-feira, mostrando que o total do crédito à habitação concedido entre janeiro e abril deste ano cresceu 27% face ao período homólogo.
De acordo com os dados da entidade liderada por Carlos Costa, em abril, os bancos disponibilizaram 783 milhões de euros em empréstimos para a compra de casa. Este valor representa um decréscimo face aos 879 milhões que se tinham registado em março, mas permite elevar para perto de três mil milhões de euros o total do crédito concedido com esse fim nos primeiros quatro meses do ano.
Crédito da casa nos primeiros quatro meses de cada ano
Fonte: Banco de Portugal
No total, a banca concedeu 2.969 milhões de euros em crédito à habitação até abril, valor que corresponde a um aumento de 27% face ao montante disponibilizado no mesmo período do ano passado. Significa ainda a quantia mais elevada de empréstimos com esse fim disponibilizada, em termos homólogos dos últimos oito anos. Seria necessário recuar até abril de 2010 para ver um valor superior. Nos primeiros meses daquele ano foram disponibilizados 3.283 milhões de euros em crédito à habitação.
Numa altura em que a economia dá sinais de recuperação e as famílias se sentem também mais motivadas a recorrer ao crédito para comprar casa, perante a melhoria do seu rendimento e a recuperação do emprego, sustentam essa recuperação dos níveis de recuperação. Mas a vontade dos bancos em disponibilizar crédito também é uma ferramenta determinante para sustentar esse crescimento.
A quebra dos spreads é um dos espelhos mais visíveis dessa vontade dos bancos em dar crédito. ainda há poucos dias, a CGD avançou com a segunda descida no spread mínimo que se dispõe a cobrar aos clientes que procuram contrata um crédito para a compra de casa. O banco estatal colocou essa margem mínima nos 1,3%, aproximando-se dos valores disponibilizado pelos concorrentes BCP, Santander Totta e Novo Banco (1,25%).
Apesar de em menor dimensão, a concessão de crédito ao consumo também registou uma subida acentuada. Nos primeiros quatro meses deste ano, os bancos concederam 1.493 milhões de euros em empréstimos com esse fim. Esse montante corresponde a um aumento de perto de 16% face ao período homólogo e é ainda o mais elevado desde 2004.
A contrariar essa tendência estiveram os créditos a particulares com outros fins, sendo observada uma diminuição de perto de 4%, para os 599 milhões de euros nos primeiros quatro meses do ano. Ou seja, mais 4% face ao verificado em 2017.
Crédito às empresas em máximos de três anos
O ano de 2018 está a ser também de recuperação dos níveis de concessão de empréstimos às empresas. Nos primeiros quatro meses do ano a banca disponibilizou 9.933 milhões de euros em crédito a esse segmento. Ou seja, mais 15,5% face ao período homólogo e um máximo de 2015.
Esse movimento resulta sobretudo do crédito concedido às empresas de maior dimensão. Até abril, a banca deu um total de 4.362 milhões de euros às grandes empresas. Trata-se de um crescimento de 34% face ao que se tinha verificado no ano passado.
Ainda assim, em termos de montantes disponibilizados, as pequenas e médias empresas ficaram com mais dinheiro dos bancos. Estes disponibilizaram-lhes 5.571 milhões e euros em crédito nos primeiros meses deste ano.
Em termos globais, as instituições financeiras já deram quase 15 mil milhões de euros em crédito às famílias e às empresas nos primeiros quatro meses do ano. Foram 14.994 milhões de euros, o valor mais elevado desde o mesmo período de 2014.
(Notícia atualizada às 11h55 com mais informação)
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Crédito para a casa já vai em três mil milhões em quatro meses. É um máximo de 2010
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