BCP só deve pagar dividendos em 2020, diz o BPI
O banco ainda liderado por Nuno Amado prevê começar a pagar dividendos já no próximo ano. Contudo, os analistas do BCP não estão tão otimistas. Retorno só deve chegar no ano seguinte.
O BCP só deve começar a pagar dividendos em 2020. Esta é a previsão dos analistas do BPI, que se mostram menos otimistas do que a administração ainda liderada por Nuno Amado. Na apresentação dos resultados, a instituição financeira afirmou que prevê começar a distribuir dividendos já no próximo ano, respondendo ao pedido do seu segundo maior acionista, a Sonangol, que quer começar a ver o retorno do seu investimento.
“Em relação aos dividendos, prevemos que o BCP comece a pagar com base nos resultados de 2019“, afirmam os analistas do BPI numa nota a que o ECO teve acesso. Ou seja, a administração do banco deverá começar a pagar dividendos em 2020.
"Em relação aos dividendos, prevemos que o BCP comece a pagar com base nos resultados de 2019.”
Esta previsão não vai ao encontro do que foi projetado pelo banco. Na conference call sobre os resultados trimestrais, o CFO do BCP afirmou que prevê começar a distribuir dividendos já no próximo ano. “Neste momento, estamos a aproximarmo-nos de um rácio de capital CET de 12% (…) estamos a gerar capital orgânico e o que faz sentido é que distribuamos esse capital aos acionistas”, disse Miguel Bragança em resposta às questões dos analistas e investidores.
“Com base na informação atual, pensamos que até ao final deste ano devemos estar em condições de começar a distribuir dividendos”, referiu o administrador financeiro.
Esta projeção deve agradar mais aos acionistas do que a estimativa dos analistas do BPI. Isto depois de a Sonangol, o segundo maior acionista do banco liderado por Nuno Amado, ter afirmado que espera que o banco dê um salto e alcance resultados “melhores e maiores” de maneira a começar a devolver dividendos aos investidores. “Seria muito bom. Até se fosse este ano”, referiu Carlos Saturnino após a assembleia-geral de acionistas onde foi aprovada a nova administração liderada por Miguel Maya.
O BCP está a cair na sessão desta terça-feira, com os títulos a recuarem 0,57% para 26,35 cêntimos.
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