Moody’s retira perspetiva positiva ao rating dos depósitos do Novo Banco. Está à espera dos resultados do primeiro semestre
A agência de notação manteve o rating do Novo Banco em Caa1, mas retirou a pespetiva "positiva". Pelo menos enquanto não chegarem os números do banco referentes aos primeiros seis meses.
A incerteza em torno dos resultados para o primeiro semestre do Novo Banco levou a Moody’s a retirar a perspetiva “positiva” ao rating dos depósitos da instituição financeira liderada por António Ramalho, mantendo a notação em Caa1. A agência de notação aguarda agora pelos números para tomar uma decisão.
“A Moody’s Investors Service afirmou o rating de longo prazo dos depósitos do Novo Banco em Caa1 e mudou o outlook para ‘em desenvolvimento’ face a ‘positivo'”, lê-se na nota a que o ECO teve acesso. Esta decisão, explica fonte oficial do Novo Banco, reflete o facto de a agência de notação estar ainda à espera dos resultados do banco para os primeiros seis meses do ano. Portanto, tanto se pode traduzir numa melhoria ou deterioração do rating.
A Moody’s refere, na nota, que esta alteração segue-se à “avaliação que a agência de notação fez da estrutura do mecanismo contingente do Novo Banco depois do anúncio do resultado da oferta de troca de dívida sénior e a emissão de 400 milhões de euros de dívida subordinada”. Além disso, reflete “o menor volume de depósitos júnior no final de março de 2018”.
Foi no final do mês passado que o Novo Banco pagou um juro de 8,5% para emitir 400 milhões de euros em obrigações subordinadas, numa nova operação para capitalizar o banco e que incluiu uma troca de 260 milhões de euros em dívida.
A nova perspetiva para os depósitos do banco reflete a possibilidade de o Novo Banco começar a “cumprir metas importantes no seu plano de reestruturação, nomeadamente uma melhoria do perfil de risco dos ativos, uma mudança a nível das operações e uma recuperação da capacidade de geração de receitas”.
Por outro lado, a Moody’s pode reduzir o rating caso o Novo Banco “reduza mais o stock de depósitos júnior, não compensado esta diminuição com a emissão de instrumentos de dívida para absorver potenciais perdas”.
(Notícia atualizada às 15h03 com mais informação)
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