Novo Banco vende Banco Internacional de Cabo Verde à IIBG Holdings
Os planos entre o Novo Banco e a IIBG já eram conhecidos desde agosto do ano passado, altura em que o interesse foi comunicado à CMVM. A operação ficou dependente da aprovação dos reguladores.
O Novo Banco anunciou esta quarta-feira a venda de 90% do capital do Banco Internacional de Cabo Verde, que passa para as mãos da sociedade IIBG Holdings. Em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o banco liderado por António Ramalho afirma ainda que os restantes 10% estão cobertos por “um conjunto de opções de compra e venda”.
“O Novo Banco informa que concretizou a venda de 90% do capital social do Banco Internacional de Cabo Verde, S.A. à sociedade IIBG Holdings B.S.C., constituída no Reino do Bahrain”, pode ler-se no comunicado. “O acordo de venda assinado prevê ainda um conjunto de opções de compra e venda, com condições já acordadas, que cobrem os restantes 10% e são exercíveis num prazo de três a quatro anos a contar desta data.”
Para o banco português, “esta transação representa mais um importante passo no processo de desinvestimento de ativos não estratégicos do Novo Banco, prosseguindo este a sua estratégia de foco no negócio bancário doméstico e ibérico.” O valor da operação não foi divulgado.
Os planos entre o Novo Banco e a IIBG já eram conhecidos desde agosto do ano passado, altura em que o interesse foi comunicado à CMVM. A operação ficou dependente da aprovação dos reguladores dos dois países.
O Banco Internacional de Cabo Verde, o antigo Banco Espírito Santo Cabo Verde, passou para o Novo Banco aquando da resolução do Banco Espírito Santo em agosto de 2014. A venda do banco chegou a estar acordada ao empresário português José Veiga, mas foi chumbada pelo supervisor cabo-verdiano, depois de o Banco de Portugal também se ter oposto à operação.
Entre o plano de negócios da IIBG Holdings para o Banco Internacional de Cabo Verde, segundo o que foi divulgado pelo banco central de Cabo Verde, está a “construção de um banco de investimento na África Ocidental e de um negócio de gestão de patrimónios localizados em Cabo Verde, tendo como principal objetivo gerir e expandir as atividades do BICV para operações da banca de retalho/banca comercial, serviços de banca transacional e serviços internacionais”.
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