Lucros do BCP disparam 67,5% para 150,6 milhões nos primeiros seis meses do ano
Os lucros do maior banco privado português aumentaram 67,5% nos primeiros seis meses do ano. São as primeiras contas semestrais apresentadas por Miguel Maya como CEO.
No primeiro semestre, o maior banco privado português contabilizou lucros de 150,6 milhões, o que representa uma subida de 67,5% face ao período homólogo de 2017. Para esta subida contribuiu a evolução “muito favorável do resultado da atividade em Portugal” que teve um contributo de 59 milhões nos resultados dos primeiros seis meses de 2018, contra os 1,6 milhões de euros do período homólogo.
O BPI já estimava que o banco apresentasse lucros de quase 150 milhões no acumulado dos primeiros seis meses.
Na atividade internacional, o banco registou um aumento de 3,1% do resultado (de 87,1 milhões de euros no primeiro semestre de 2017 para 89,9 milhões de euros no primeiro semestre de 2018). Esta evolução beneficia dos desempenhos positivos das operações na Polónia e em Moçambique. Já esta manhã, o banco tinha anunciado que a sua unidade polaca, o Bank Millennium, registou uma evolução positiva em vários indicadores, com o lucro a crescer 11% para os 82,3 milhões de euros.
A margem financeira cifrou-se em 687,7 milhões de euros nos primeiros seis meses de 2018 (678,5 milhões de euros apurados em igual período do ano anterior), “apoiada no bom desempenho da atividade internacional”, justifica o banco em comunicado enviado à CMVM.
Comissões em alta
As comissões líquidas atingiram 340,2 milhões de euros no primeiro semestre de 2018, evidenciando um crescimento de 3% face aos 330,3 milhões de euros alcançados nos primeiros seis meses de 2017, “determinado essencialmente pelo desempenho favorável da atividade em Portugal, cujas comissões aumentaram 3,9%, mas também pelo contributo da atividade internacional, que registou uma subida de 1,1% face ao primeiro semestre de 2017, alicerçada na operação Polaca”.
A evolução das comissões líquidas no primeiro semestre de 2018 reflete o crescimento quer das comissões bancárias, quer das comissões relacionadas com os mercados financeiros que subiram 2,5% e 5,3% respetivamente.
No comunicado enviado à CMVM, o banco explica ainda que a imparidade do crédito (líquida de recuperações) apresentou uma diminuição de 27,6% face aos 305,0 milhões de euros registados nos primeiros seis meses de 2017, “devido maioritariamente ao desempenho positivo da atividade em Portugal, mas também da atividade internacional, que contou com o comportamento favorável de todas as subsidiárias, sendo de destacar o contributo das operações na Polónia e em Moçambique”.
A apresentação das contas semestrais acontece numa altura de mudança de pastas no BCP, com Miguel Maya a ocupar o lugar de presidente executivo, substituindo Nuno Amado que passa a chairman.
Esta quarta-feira, Maya escreveu uma carta aos trabalhadores e lançou o Plano Mobilizar com a estratégia para colocar o banco na rota do crescimento. Nessa comunicação, o novo CEO do BCP garante que quer reter talento no banco e para isso quer voltar a pagar bónus aos trabalhadores, compromisso que já tinha sido assumido pela administração.
(Notícia atualizada às 17h35)
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