Trump recua nas tarifas automóveis. Ações dos fabricantes europeus brilham em bolsa
Afinal, os EUA não vão aplicar novas tarifas aduaneiras à importações automóveis com origem na União Europeia. Assim, os títulos das fabricantes do Velho Continente estão a subir significativamente.
A reunião de Donald Trump com Jean-Claude Juncker foi um sucesso… Especialmente no que diz respeito à indústria automóvel. Afinal, os Estados Unidos não vão aplicar novas tarifas aduaneiras sobre as viaturas vindas do Velho Continente, o que está a animar os mercados. Nesse sentido, o índice de referência do setor automóvel europeu está a subir quase 2%, esta manhã: o Sxap está valorizar 1,65% para 565,19 pontos.
Depois de os Estados Unidos terem recuado nas ameaças e deixado cair a possibilidade de aplicarem novas tarifas sobre as importações automóveis, os títulos das principais fabricantes automóveis estão em alta. As ações da Fiat são as que mais ganham: sobem 4,19% para 14,567 euros.
No mercado dos carros de luxo, também a Porsche segue esta tendência positiva, com os seus títulos a avançarem 3,47% para 57,86 euros. Do mesmo modo, as ações da Volkswagen estão a registar uma valorização de 3% para 150,3 euros.
Com ganhos mais modestos (embora ainda significativos), os títulos da BMW estão a subir 1,97% para 81,83 euros e os da Daimler 0,52% para 58,4 euros. Isto apesar desta última empresa ter adiantado, na quarta-feira, que viu os seus lucros encolher homologamente 27% para 1,8 mil milhões de euros, no segundo trimestre do ano. As tensões comerciais entre a União Europeia e os Estados Unidos tinham sido apontados pela dona da Mercedes como uma das principais razões para esse emagrecimento.
No final de maio, a Casa Branca encarregou o seu Departamento do Comércio de examinar a possibilidade de impor taxas suplementares (até 25%) sobre este setor, fazendo tremer os mercados europeus. Este dossiê tinha-se tornado particularmente sensível para a Alemanha, onde pelo menos 800 mil empregos estão ligados a este setor. A concretizarem-se, estas taxas fariam com que os preços dos automóveis europeus vendidos nos EUA crescessem, pelo menos, dez mil euros, calcula a Bloomberg, daí que o seu afastamento esteja a animar os investidores.
Ainda que a possibilidade de aplicação de tarifas sobre o setor automóvel se tenha desvanecido, as taxas adicionais impostas pelos norte-americanos sobre o aço e o alumínio europeus continuam, pelo menos por agora, a castigar as fabricantes. Resta esperar os resultados das negociações.
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