Esta startup portuguesa faz janelas únicas no mundo. Vai exportar 40% da produção
A FWD é a única empresa europeia a fabricar janelas em fibra de vidro. A startup vai exportar 40% do total que produz. Reino Unido é o principal mercado a que se junta este ano a Alemanha.
A startup portuguesa FWD é a única no país e a primeira na Europa a fabricar janelas em fibra de vidro. A empresa, que nasceu no pico da crise — em 2011 — focada no setor da construção, espera faturar, este ano, um milhão de euros.
Francisco Pereira Branco, presidente executivo da FWD, adianta ao ECO que “apesar de a empresa ter começado em 2011, só em finais de 2016 começou a vender, uma vez que os anos iniciais foram dedicados à investigação e desenvolvimento”.
Para este ano, explica o CEO da startup, são esperadas vendas de um milhão de euros, 40% dos quais destinadas ao mercado externo. Hoje, já é possível encontrar janelas Boavista, a marca da FWD, em edifícios portugueses e britânicos. Uma realidade que tenderá a alargar-se uma vez que já este ano, mercados como Alemanha e Suíça deverão passarão a constar no lote de mercados para onde a FWD exporta.
A estes há ainda que juntar Gibraltar e, brevemente, o Benelux. Sempre, frisa o CEO da empresa, com “recurso a parcerias locais”. Francisco Pereira Branco adianta que “a grande novidade do ano é o crescimento do mercado nacional muito impulsionado pelo bom momento que vive o setor da construção”.
É, aliás com base no setor exportador que a empresa estima atingir, daqui a cinco anos, uma faturação acima dos 7,5 milhões de euros.
Francisco Pereira Branco diz que “esse montante será impulsionado pelas vendas no mercado europeu e o início do mercado asiático”. Na Ásia, a empresa pensa sobretudo, em países como a Índia e a Indonésia, mercados muito habituados a fortes chuvas ácidas e onde a fibra de vidro pode ter um desempenho importante.
Uma aposta certeira
A fibra de vidro é um material com um elevado isolamento térmico e acústico, durabilidade e sustentabilidade. A utilização deste material vem substituir os materiais tradicionais como a madeira, o pvc ou o alumínio. Uma aposta “certeira”, como salienta Francisco Pereira Branco, para quem “estes perfis de caixilharia conferem às janelas melhores propriedades a nível de performance térmica e acústica, bem como grande durabilidade, ao mesmo tempo que apresentam uma reduzia pegada ecológica ao longo do seu ciclo de vida”.
Até ao momento foram investidos na FWD um milhão de euros, resultando sobretudo de capitais próprios. No entanto, a empresa apresentou uma candidatura ao Portugal 2020, Investigação e Desenvolvimento, de onde surgirá uma janela 100% não metálica. O projeto, no montante global de 400 mil euros, já foi aprovado e está em fase de execução.
Esta nova janela junta-se, assim, aos outros cinco modelos de caixilharia que a FWD já produz e comercializa. A patente para a Europa desta nova janela já deverá ter registo no final do verão. A empresa, cuja fábrica está localizada em Vila Nova de Gaia, emprega 15 pessoas devendo, até ao final do ano, atingir os 20 colaboradores.
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