Wall Street renova máximos na ressaca do acordo EUA-México
O acordo alcançado entre os Estados Unidos e o México está a aliviar os receios dos investidores quanto a uma guerra comercial global. Mas ainda é preciso a aprovação do Canadá.
As bolsas norte-americanas abriram, esta terça-feira, com ganhos ligeiros, a prolongar a tendência positiva que registaram na última sessão. A animar os mercados, levando-os a renovarem máximos, está o acordo comercial alcançado entre os Estados Unidos da América (EUA) e o México.
O índice de referência S&P 500 está a valorizar perto de 0,2%, para os 2.902,18 pontos, renovando máximos históricos. Também o tecnológico Nasdaq negoceia no nível mais elevado de sempre, ao subir 0,25%, para os 8.037,77 pontos. Já o industrial Dow Jones avança 0,23%, para os 26.110,58 pontos.
Este movimento acontece depois de, na segunda-feira, os Estados Unidos e o México terem anunciado que decidiram acabar com o Acordo de Comércio Livre da América do Norte (NAFTA, na sigla em inglês), para dar início a um novo acordo. Os dois países ainda aguardam pelo Canadá, mas as notícias foram suficientes para acalmar os receios que os investidores têm demonstrado em relação a uma guerra comercial a nível global.
“O acordo EUA-México parece ter aumentado a confiança de que a guerra comercial está a chegar ao fim. A próxima pergunta é quem é que será o próximo a fechar um acordo com Trump“, comenta um analista da FXTM, citado pela Reuters.
Há, contudo, condicionantes que poderão afetar o desempenho dos mercados acionistas. “As notícias de segunda-feira e um eventual acordo com o Canadá podem enfrentar obstáculos, já que implicam a aprovação da legislatura de cada país. Assim, o risco da incerteza e a volatilidade dos mercados ainda não estão postos de parte“, aponta um analista da BlackRock, citado pelo MarketWatch.
A impedir subidas mais expressivas nas bolsas estão também novos dados macroeconómicos. Esta terça-feira, as autoridades norte-americanas divulgaram que o défice comercial do país superou os 72 mil milhões de dólares, o mais elevado dos últimos cinco e um valor que ficou acima do que esperavam os economistas.
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