Grupo hoteleiro quer juntar-se a Amorim na Comporta
Termina esta quinta-feira o prazo para a entrega de ofertas vinculativas pela Herdade da Comporta. O consórcio Vanguard Properties/Amorim Luxury é o único interessado publicamente conhecido.
O consórcio formado pelo fundo Vanguard Properties e a Amorim Luxury, liderado pela empresária Paula Amorim, chega ao último dia para a entrega de propostas de compra da Herdade da Comporta como o único concorrente conhecido publicamente. Mas o consórcio poderá ainda não estar completo, já que tem recebido contactos de outras entidades internacionais interessadas em juntar-se ao projeto numa fase posterior, quando o processo de compra já estiver finalizado.
Estes novos interessados, segundo adianta ao ECO José Cardoso Botelho, diretor-geral da Vanguard Properties, são investidores europeus, que manifestaram vontade de participar no projeto turístico da Comporta. “Seria para participarem como parceiros. Um deles é um grupo hoteleiro conhecido“, aponta o responsável, sem revelar quem é o grupo hoteleiro em causa e ressalvando que os contactos estão numa fase “muito preliminar”.
O prazo para a entrega de ofertas vinculativas pela Comporta termina esta quinta-feira, 20 de setembro, às 17h00. À venda estão dois ativos imobiliários atualmente detidos pelo Fundo Especial de Investimento Imobiliário Fechado (FEIIF) da Herdade da Comporta.
Para já, não são conhecidos outros concorrentes para além do consórcio liderado por Paula Amorim, ainda que o Jornal Económico tenha dado conta de novos interessados oriundos da Europa e do Brasil, sem referir nomes. Isto depois de, recentemente, outros dois concorrentes terem desistido da corrida: o consórcio formado pelo fundo Oakvest, a Portugália e a Sabina Estates, que no anterior processo de venda (concluído sem sucesso) chegou a estar em negociações exclusivas com a Gesfimo, sociedade que gere os ativos da Comporta; e o investidor francês Louis-Albert de Broglie. Em ambos os casos, os investidores desistentes argumentam que não tiveram acesso às regras do novo concurso de venda.
Os projetos turísticos à venda estão avaliados em 200 milhões de euros. No anterior processo de venda, o consórcio Vanguard Properties/Amorim Luxury, que juntamente com a Oakvest apresentava a proposta financeiramente mais atrativa, oferecia cerca de 156 milhões de euros, um montante repartido entre um pagamento em dinheiro e a assunção da dívida de 119,4 milhões de euros da Comporta à Caixa Geral de Depósitos (CGD).
Com a abertura do novo processo de venda, o objetivo dos acionistas da Herdade da Comporta era conseguir a “maximização da alienação dos ativos”, isto é, receber ofertas de valores superiores aos já oferecidos. Com apenas um interessado conhecido na corrida, resta saber se a proposta de 156 milhões de euros se mantém.
Uma vez recebidas as propostas, os acionistas da Herdade da Comporta têm agora até 28 de setembro, data em que será realizada uma nova assembleia geral, para analisá-la. Se nenhuma proposta for aceite, a Herdade da Comporta corre o risco de entrar em insolvência, tal como já alertaram os curadores dos processos de insolvência das empresas do Grupo Espírito Santo (GES) que tinham sede no Luxemburgo (no caso, a Rioforte, uma das acionistas da Comporta).
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