Depois dos escândalos, redes sociais preparam armas para enfrentar próximas eleições nos EUA
Promover o voto e oferecer informação confiável aos utilizadores das redes sociais, de modo a que estes possam votar em consciência, são os meios para conseguir aumentar a transparência das eleições.
Depois de as passadas eleições presidenciais nos Estados Unidos da América (EUA) terem ficado fortemente marcadas pelos escândalos nas redes sociais, nomeadamente no Facebook e no Twitter, estas plataformas estão já a preparar-se para que o mesmo não se repita em novembro, altura em que acontecem as eleições intercalares.
O Twitter acaba de lançar uma nova campanha que tem como objetivo encorajar os seus utilizadores a votar. “Hoje [terça-feira], o Twitter está a lançar a campanha #BeAVoter para promover uma maior participação e mais informada nas eleições de 2018 dos EUA”, pode ler-se numa das publicações do Twitter Government.
Tweet from @TwitterGov
Através desta campanha, a rede social liderada por Jack Dorsey conectará os seus utilizadores ao TurboVote, uma organização sem fins lucrativos que pode ajudá-los a registar-se para votar, inscrever-se para receber lembretes eleitorais e solicitar cédulas de absentismo, avança o Engadget (acesso livre, conteúdo em inglês).
“O Twitter é o sítio onde as pessoas procuram notícias e informações sobe as eleições”, disse a empresa num post no blog. “É a nossa obrigação assegurar que atendemos a essa expectativa e fornecemos uma plataforma que promove conversas públicas saudáveis e oferece informações confiáveis”, pode ler-se.
Tweet from @TwitterGov
O #BeAVoter faz parte dos esforços do Twitter para aumentar a transparência das eleições, não esquecendo que, tal como o Facebook, esta plataforma também teve problemas relacionados com a credibilidade das informações, mesmo antes das eleições presidenciais dos EUA de 2016, nas quais Donald Trump saiu vencedor.
Mais recentemente, o Twitter proibiu várias contas, originadas no Irão, que chamou de “manipulação coordenada”. Foi à luz desses problemas que a empresa decidiu lançar uma nova política de propaganda política no início deste ano.
No Facebook os escândalos não foram menores
Começou com o grande escândalo da Cambridge Analytica, em que políticos fizeram uso indevido de dados pessoais para conseguir uma vantagem estratégica nas eleições, depois veio a acusação de que o Facebook terá partilhado deliberadamente informações pessoais dos utilizadores com 60 empresas. Já para não falar das acusações de deixar proliferar interferências russas, visando manipular a opinião pública norte-americana.
Uma série de problemas que levaram a rede social de Mark Zuckerberg a anunciar, durante este mês, a “War Room” — a mais recente iniciativa do Facebook para evitar manipulações nas eleições –, particularmente nas próximas do Brasil e dos Estados Unidos. Nesta sala, que é uma sala física, estará uma equipa composta por 20 pessoas a monitorizar todas as atividades na rede social que possam espalhar informações erradas.
O Instagram também está, por sua vez, preocupado em informar da melhor maneira os seus utilizadores e, ao mesmo tempo, preocupado em incentivar o voto. Por isso, no início deste mês lançou a sua campanha para registar eleitores, também em parceria com a TurboVote.
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