“Decisão de não recondução de Joana Marques Vidal é talvez a mais estranha tomada pela geringonça”, diz Cavaco Silva
O ex-Presidente da República defende que a não recondução de Joana Marques Vidal foi uma "decisão política", "talvez a decisão mais estranha tomada pela geringonça".
Aníbal Cavaco Silva olha com “estranheza” para a não recondução de Joana Marques Vidal como procuradora-geral da República. O ex-presidente admite que é “uma decisão política” estranha tendo em conta o papel que teve no combate à recondução
“A não recondução da Dr.ª Joana Marques Vidal é algo que considero muito estranho”, disse Cavaco Silva à margem da reunião 28º Digital Business Congress, promovida pela Associação para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC), em declarações transmitidas pela RTP3.
“Estranhíssimo, tendo em atenção a forma competente como exerceu as suas funções e o seu contributo decisivo para a credibilização do Ministério Público”, acrescentou o antigo Chefe de Estado a propósito da opção do Executivo em não reconduzir Joana Marques Vidal, recaindo a escolha sobre a procuradora-geral adjunta, Lucília Gago.
“Sou levado a pensar que esta decisão política de não recondução de Joana Marques Vidal é talvez a mais estranha tomada num mandato de Governo que geralmente é reconhecido como Geringonça”, acrescentou Cavaco.
Sou levado a pensar que esta decisão política de não recondução de Joana Marques Vidal é talvez a mais estranha tomada num mandato de Governo que geralmente é reconhecido como Geringonça.
À direita foram várias as vozes críticas pela opção de não recondução da atual PGR, tendo em conta o trabalho desenvolvido. No campo do PSD, Pedro Passos Coelho foi talvez dos críticos mais contundentes. Num artigo de opinião no Observador (acesso pago) o antigo primeiro-ministro escreve que foi “sem surpresa” que recebeu a notícia da saída de Joana Marques Vidal e afirmou que “é pena que seja assim”. De seguida, teceu rasgados elogios à atual PGR que dará o seu lugar a Lucília Gago: “Desempenhou o seu mandato com total independência, sem que ninguém de boa fé possa lançar a suspeição de que tenha feito por agradar a quem pode para poder ser reconduzida — afinal, o argumento invocado para defender o mandato único e longo. Pelo contrário, a sra. procuradora exerceu o seu mandato com resultados que me atrevo a considerar de singularmente relevantes na nossa história democrática”.
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