Portugal entre os países onde apoios sociais têm menos impacto na redução do risco de pobreza

Portugal está entre os países da União Europeia onde a atribuição de apoios sociais tem um menor impacto na redução da população em risco de pobreza. No ano passado, estes apoios só serviram para tirar do risco de pobreza menos de um quarto da população portuguesa.

Os dados foram divulgados, esta terça-feira, pelo Eurostat, que dá conta de que, na União Europeia, as transferências sociais resultaram na redução de quase um terço (32,4%) do número de pessoas classificadas como “em risco de pobreza”.

O impacto destes apoios, onde se incluem o subsídio de desemprego ou benefícios para a habitação, tem, contudo, vindo a reduzir-se quase todos os anos desde 2010, quando as transferências sociais permitiam reduzir em 36,8% o número de pessoas em risco de pobreza.

O impacto deste tipo de apoios varia muito entre os Estados membros. Na Finlândia, onde se regista o maior impacto, 56,9% das pessoas que receberam estes apoios deixaram de estar em risco de pobreza. Já na Grécia, no extremo oposto, só 15,8% das pessoas que receberam apoios sociais deixaram de estar em risco de pobreza.

Portugal fica na metade inferior da tabela: as transferências sociais serviram para reduzir em apenas 22,5% o número de portugueses em risco de pobreza.