Crude cai 7% para mínimos de agosto de 2017 e pressiona Wall Street
Depois do trambolhão de segunda-feira, Wall Street está agora a recuperar. O índice de referência fechou na linha de água, mas o industrial e o tecnológico ficaram em terreno positivo.
O início da semana foi delicado em Wall Street, mas a praça norte-americana já está a recuperar. Ainda que a confiança dos investidores continue afetada pelo receio de que a Reserva Federal aumente as taxas de juro, o bom desempenho das cotadas tecnológicas puxou por Wall Street. A pesar sobre a bolsa esteve, por outro lado, a queda significativa do preço do barril de petróleo, em mínimos desde 30 de agosto de 2017, revela Bloomberg.
O preço do barril de petróleo negociado em Nova Iorque afundou 7,34% para 46,22 dólares, acompanhando a tendência registada em Londres (o preço do barril de crude Brent caiu 5,52% para 56,32 dólares). A explicar desempenho estão as expectativas de que haja um aumento da produção de petróleo de xisto nos Estados Unidos, bem como os crescentes receios em torno do crescimento global.
No fecho da sessão de terça-feira, o índice de referência, o S&P 500, ficou na linha de água, enquanto que o tecnológico Nasdaq subiu 0,45% e o industrial Dow Jones somou 0,36%. Wall Street está, assim, a recuperar depois de ter dado um trambolhão na segunda-feira: caiu mais de 2% e tocou em mínimos de 14 meses. Essa queda explicou-se pelo receio de que a Reserva Federal anuncie, na quarta-feira, uma nova subida das taxas de juro (a quarta do ano), o que poderia resultar numa desaceleração da economia global.
“A reunião de amanhã da Fed é muito importante e o último obstáculo do ano para muitos investidores”, sublinha, nesse sentido, o economista David Page, citado pelo Reuters. “Estamos a assistir a uma breve pausa e estabilização enquanto os mercados aguardam o que irá acontecer”, acrescenta.
Embora o foco dos investidores se mantenha nessa decisão (que deverá ser apresentada no fim da reunião de dois dias do banco central norte-americano), esta terça-feira, as tecnológicas puxaram pela praça nova-iorquina.
As principais estrelas foram as ações da Apple, que subiram 1,30% para 166,07 dólares, as da Amazon, que valorizaram 2,01% para 1.551,48 dólares, e as da Facebook, que somaram 2,48% para 143,66 dólares.
Também a puxar pela praça norte-americana, estiveram os títulos da Goldman Sachs, que valorizaram 2,08% para 171,50 dólares, apesar de a Malásia ter processado o grupo por suspeitas de corrupção e lavagem de dinheiro.
Destaque ainda para as ações da Boeing, que subiram 3,77% para 328,06 dólares, à boleia do reforço anunciado dos dividendos.
Por outro lado, a pressionar Wall Street esteve ainda a possibilidade de um shutdown parcial do Governo norte-americano. Segundo a Reuters, a proposta relativa à despesa apresentada pelo líder da maioria no Senado foi chumbada pelos democratas, o que coloca em risco o funcionamento de várias agências. Tal abalou a confiança dos investidores e fez emagrecer os ganhos que se estavam a ser registados no início desta sessão.
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