Fidelidade acorda com sindicatos aumentos salariais até 1,5% para próximos três anos
O acordo, considerado "histórico" pela seguradora, foi concluído com todos os sindicatos afetos à CGTP e à UGT. O novo acordo coletivo de trabalho vai vigorar até 2021.
A seguradora Fidelidade fechou com os sindicatos, esta sexta-feira, o acordo coletivo de trabalho para os próximos três anos (2019-2021), incluindo aumentos salariais até 1,5%, após anos marcados por alguma conflitualidade laboral.
Segundo disse em comunicado a Fidelidade, o acordo foi concluído esta sexta-feira com “todos os sindicatos afetos à CGTP e à UGT”, considerando o grupo detido pela chinesa Fosun que este “acordo histórico permitirá estabelecer um ambiente laboral de construção de um clima de paz e harmonia social dentro da empresa”. O acordo, acrescenta, implica “aumentos salariais para os três anos e mecanismos futuros de ajuste a estes aumentos no caso de a inflação subir”.
Segundo um dirigente sindical contactado pela Lusa, o acordo implica aumentos salariais que dependerão do vencimento de cada trabalhador. Assim, em 2019 os aumentos serão entre 0,75% e 1,5%, em 2020 entre 0,80% e 1,4% e em 2021 entre 0,80% e 1,20%. Foram ainda acordados aumentos no subsídio de almoço, sendo a diária de 10,90 euros em 2019, 11,05 euros em 2020 e 11,18 euros em 2021.
Já os associados do Sindicato Nacional dos Profissionais de Seguros e Afins (SINPSA) receberão retroativos referentes quer ao subsídio de almoço, quer aos aumentos salariais, uma vez que não estiveram sujeitos às mesmas melhorias de vencimento.
Ainda segundo a Fidelidade, o acordo coletivo de trabalho agora assinado substitui os prémios de antiguidade e de permanência e as promoções obrigatórias “por benefícios de carreira que acompanham o ciclo de vida do colaborador das empresas de seguros do Grupo”.
A cada cinco anos, diz o grupo segurador, o trabalhador “poderá optar livremente por ter um prémio monetário, por ter mais dias de férias ou uma contribuição adicional para um Fundo de Pensões”. Ainda ao fim de cinco anos, no caso de saída da empresa, pode o trabalhador pedir a portabilidade do seu Fundo de Pensões, de acordo com o grupo.
A Fidelidade tem 3.496 trabalhadores, incluindo funcionários em situação de pré-reforma, segundo fonte oficial do grupo. É detida pelo grupo chinês Fosun, que comprou a seguradora em 2014 à Caixa Geral de Depósitos. Em Portugal, a Fosun detém ainda a Luz Saúde, é o maior acionista do banco Millennium BCP e tem ainda uma participação de 5% na REN – Redes Energéticas Nacionais.
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