Este hostel é só para empreendedores e startups. E pode pagar-se com bitcoin

Em Singapura nasceu um hostel direcionado a empreendedores e startups que não tenham condições para se alojarem num hotel. A boa notícia é que pode ser pago com moedas virtuais.

Quem disse que espaços de cowork servem apenas para passar horas a trabalhar num computador? Este hostel em Singapura decidiu inovar esse conceito e criar um espaço de descanso, dedicado a empreendedores e startups, com uma particularidade: os hóspedes podem usar bitcoin e ethereum para pagar a estadia.

O Tribe Theory é um hostel diferente dos milhares de hostels espalhados pelo mundo. A inauguração oficial foi este mês, mas tudo indica que será uma ideia de sucesso. É que, neste hostel, o objetivo é tornar um habitual espaço de cowork num espaço onde empreendedores e startups podem falar e trocar ideias, enquanto descansam. Localizado em Singapura, este hostel “combina as comodidades normais de um hostel com os padrões de um hotel e o ambiente empresarial de um espaço de cowork“, escreve a CNBC (conteúdo em inglês).

Tribe Theory, Singapura – Um hostel onde empreendedores e startups podem trocar ideiasTribe Theory/Facebook

Vikram Bharati, fundador do Tribe Theory, contou à CNBC que estava à espera que o conceito atraísse uma geração de empreendedores que viaja para alguns dos maiores centros de negócios do mundo mas que, normalmente, não tem condições financeiras para se hospedarem num hotel. E o público alvo são, especialmente, empreendedores presentes nos mercados menos desenvolvidos, como é o caso do sudeste asiático. “Temos muitos empresários que estão falidos mas que têm criptomoedas, por isso estamos felizes em aceitar essa forma de pagamento“, contou.

"Temos muitos empresários que estão falidos mas que têm criptomoedas, por isso estamos felizes em aceitar essa forma de pagamento.”

Vikram Bharati

Fundador do Tribe Theory

Geralmente, um hotel em Singapura tem um custo médio de 180 dólares (145 euros) por noite, mas no Tribe Therory os preços rondam os 26 dólares (21 euros). Neste hostel, as camas são uma espécie de cápsulas, espalhadas por quartos partilhados. Como não podia deixar de ser, oferece um espaço de cowork no último andar, somado a wifi gratuito, pequeno-almoço, jornais diários oferecidos e serviço de lavandaria. E a pensar especialmente nos seus hóspedes, as paredes contemplam citações inspiradoras para estimular as mentes mais criativas.

Tribe Theory, SingapuraTribe Theory/Facebook

“O que estamos a tentar fazer é criar uma comunidade. Não só oferecer uma cápsula mais económica e acessível, mas também criar um espaço onde os hóspedes podem conhecer e trocar ideias com empreendedores de todo o mundo“, explicou Vikram. “A ideia é que alguém do Cazaquistão possa conhecer alguém de Londres e colaborarem em negócios conjuntos, algo que é realmente muito difícil em espaços de convívio ou hotéis”.

"A ideia é que alguém do Cazaquistão possa conhecer alguém de Londres e colaborarem em negócios conjuntos, algo que é realmente muito difícil em espaços de convívio ou hotéis.”

Vikram Bharati

Fundador do Tribe Theory

Como nasceu a ideia

Vikram explica que a ideia nasceu de uma viagem por 50 países e da sua experiência anterior na área de investimentos na empresa REAPRA. Juntamente com a esposa e com o apoio da REAPRA, o fundador demorou apenas três meses para criar o conceito e lançá-lo, gastando apenas 45 mil dólares (36,4 mil euros) para renovar o edifício onde se localiza o hostel. “Nós construímos tudo à mão”, revela.

Até ao final de 2019, o empreendedor pretende inaugurar mais quatro espaços semelhantes nos principais centros de negócios: Hong Kong, Tóquio, Berlim e Estónia. Mas a ideia passa também por posicionar-se em dez cidades de dez países diferentes. “Vamos ver como corre, mas gostávamos de levar a ideia às principais cidades do mundo”, conta.

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Portugal registou o maior número de patentes dos últimos dez anos. Porto lidera

O Porto é a cidade que mais se destaca: fez 16% de todos os pedidos de patente apresentados em Portugal.

As empresas e institutos de investigação portugueses registaram 68 patentes no ano passado, o número mais elevado dos últimos dez anos. A tecnologia de medição e a tecnologia médica são as áreas tecnológicas líderes em Portugal e o Porto é a cidade que mais se destaca: fez 16% de todos os pedidos de patente apresentados em Portugal.

O número de pedidos de patentes feitos por Portugal junto do Instituto Europeu de Patentes até diminuiu, passando de 158 em 2016 para 149 no ano passado. Mas o número de patentes europeias efetivamente concedidas pelo instituto a entidades portuguesas aumentou em mais de 15%, para um total de 68, o número mais alto dos últimos dez anos, segundo a informação divulgada esta quarta-feira pelo Instituto Europeu de Patentes.

Fonte: Instituto Europeu de Patentes

Os pedidos de patentes provenientes de Portugal cresceram 100% na área de tecnologia médica, dá conta o instituto. Já as tecnologias com mais pedidos de patentes em Portugal são a medicação e tecnologia médica (representando 8% do total), sistemas de processamento (7%) e engenharia civil (7%).

Fazendo a análise por instituições, o laboratório INL – International Iberian Nanotechnology Laboratory, sediado em Braga, tornou-se em 2017 no maior requerente de pedidos de patentes em Portugal, com oito pedidos. Do top 5 deixou de fazer parte a Novadelta – Comércio e Indústria de Cafés.

Fonte: Instituto Europeu de Patentes

Quanto a regiões, Minho e Douro Litoral são as que apresentam maior número de pedidos de patentes. Já o Porto lidera o ranking das cidades, com 25 pedidos de patentes, um crescimento de 56% que colocou Lisboa no segundo lugar, com 21 pedidos.

A nível europeu, o instituto recebeu um total de 166 mil pedidos de patentes no ano passado, um crescimento de 3,9% em relação a 2016. Estados Unidos, Alemanha, Japão, China e, pela primeira vez, França, são os países com maior número de pedidos de patentes na Europa.

Este crescimento, considera o presidente do Instituto Europeu de Patentes, Benoît Battistelli, “confirma a atratividade da Europa enquanto mercado líder na área da tecnologia”.

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Impresa cai 8% após prejuízos. F Ramada sobe 4% com entrada no PSI-20

O PSI-20 arrancou em terreno negativo, condicionado pela queda de mais de 1% do BCP, mas também pelo recuo das ações das energéticas. Fora do índice a Impresa cai perto de 8% após prejuízos.

A bolsa de Lisboa arrancou em terreno negativo, naquela que é a quinta sessão de perdas para o índice de referência. O PSI-20 abriu a perder quase 0,5%, condicionado pelo recuo dos títulos do BCP e das energéticas. Destaque foram do índice para o recuo de quase 8% dos títulos da Impresa, que apresentou na quarta-feira prejuízos de quase 22 milhões de euros relativos ao ano passado.

O PSI-20 abriu a desvalorizar 0,42%, para os 5,331,88 pontos, acompanhando o rumo descendente dos pares europeus. Segue agora a desvalorizar 0,39%.

O BCP é o principal responsável pelo recuo do índice de referência num arranque de manhã em que as suas ações desvalorizam 1,46%, para os 29,11 cêntimos.

A pesar no rumo do PSI-20 estão também os títulos do setor na energia. Nota ainda para o recuo de 0,61%, para os 14,74 euros, das ações da Galp Energia que segue em sintonia com o rumo das cotações do petróleo nos mercados internacionais.

O início da sessão está também a ser negativo para a Novabase, depois de se saber que será excluída do PSI-20 na próxima revisão do índice, para ser substituída pela F. Ramada. As suas ações perdem 1,38%, para os 2,86 euros. Por sua vez, as ações da F. Ramada somam 4,07%, para os 12,8 euros, com a notícia da sua entrada para a primeira liga da bolsa nacional.

Já as ações dos CTT recuam 1,24%, para os 3,188 euros, no dia em que a empresa liderada por Francisco Lacerda apresenta o balanço das suas contas relativas ao ano passado.

Fora do índice de referencia, o principal destaque recai sobre a Impresa que vê as suas ações derraparem 7,68%, para os 24,65 cêntimos, depois de nesta quarta-feira o grupo de media ter reportado prejuízos de quase 22 milhões de euros no ano passado, em resultado de imparidades com o negócio da venda das revistas.

Impresa cai em bolsa

Os prejuízos apresentados, apesar de não serem uma surpresa total, ficam abaixo daquilo que os analistas esperavam. “Em termos operacionais os resultados da Impresa do quarto trimestre de 2017 não apresentaram surpresas com as receitas ainda sob pressão e diminuição dos custos operacionais. Contudo, os custos de reestruturação e, mais importante, o montante de imparidades registado, conduziram a perdas elevadas no período”, afirmava Helena Barbosa, analista do CaixaBI, na nota de research desta quarta-feira em que comentava os resultados da Impresa.

Mas há títulos que sobressaem pela positiva na sessão. Nomeadamente, a Nos, cujas ações seguem a valorizar 0,29%, para os 4,922 euros.

os títulos da EDP Renováveis valorizam uns ligeiros 0,07%, para os 7,19 euros, isto no dia em que o jornal espanhol El Economista noticia que a EDP vai desenvolver um parque eólico no norte de Espanha, em Saragoça, o qual irá ter um custo de 33 milhões de euros e irá gerar 28.875 MW.

(Notícia atualizada às 9h13 com novas cotações e mais informação)

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Hoje nas notícias: Precários, Tancos e petróleo

  • ECO
  • 7 Março 2018

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que marcam o dia.

Os precários na função pública e no privado estão nas capas dos jornais, no dia em que é dada nota do atraso da entrega de um dossiê do Ministério da defesa sobre o que falhou em Tancos e em que se sabe que a Galp e a Eni estão preparadas para avançar com perfuração de petróleo no Alentejo no verão.

Precários da função pública que forem excluídos ameaçam com justiça

Há trabalhadores precários da administração pública que entregaram requerimentos para verem revista a sua situação que estão a receber um parecer negativo, com a justificação de que o seu vínculo é adequado e que a sua função que exercem não corresponde a uma necessidade permanente. Dirigentes sindicais contactados pelo Diário de Notícias (acesso pago) dizem não ter dúvidas de que os trabalhadores que forem excluídos deste processo de regularização de precários no Estado vão avançar para tribunal.

 

Precariedade no privado é a mais alta em 15 anos

Cerca de um terço dos trabalhadores do privado tem contratos não permanentes, o nível mais alto em (pelo menos) década e meia, noticia o Jornal de Negócios (acesso pago) nesta quarta-feira. A conclusão é de um estudo do Observatório das Desigualdades que será apresentado esta quarta-feira e que também recorda que a esmagadora maioria dos trabalhadores precários (85%) preferia não estar nessa situação.

Eni e Galp querem furo de petróleo em setembro

Depois de o Governo ter dado mais um ano para o consórcio Eni/Galp fazer o furo de pesquisa de petróleo na bacia do Alentejo, o processo está em consulta pública até 16 de abril. O consórcio que reúne as duas empresas garante que está preparado para fazer o furo de petróleo no mar do Alentejo até ao final de 2018, pretendendo avançar no final do verão, com a perfuração a durar 46 dias, avança o Jornal de Negócios (acesso pago) nesta quarta-feira, citando o documento.

Governo falha entrega de dossier sobre Tancos no Parlamento

O ministro da defesa, Azeredo Lopes, tinha-se comprometido a entregar no Parlamento até final de fevereiro um “dossiê documental” com todas as medidas estruturais que foram tomadas na sequência do roubo de material militar em Tancos. O prazo para essa entrega terminou há sete dias e os documentos ainda não chegaram ao Parlamento, avança o Público (acesso condicionado) na edição desta quarta-feira. A elaboração deste “dossiê documental visava “esclarecer a opinião pública” sobre tudo o que foi feito neste processo.

Braço-de-ferro por meios aéreos pode disparar fatura para o Estado

O Governo lançou um concurso público para conseguir os meios aéreos necessários para combater os incêndios em Portugal, tendo falhado nessa iniciativa já que o valor que queria pagar era de menos de metade do que as empresas pediam pela satisfação desses serviços. Agora, o Estado viu-se obrigado a lançar um novo concurso que poderá resultar numa fatura mais elevada para conseguir reunir os recursos necessários. A notícia é avançada pela TSF (acesso grátis) nesta quarta-feira.

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Precários do Estado vão recorrer ao tribunal se foram excluídos dos concursos públicos

  • ECO
  • 7 Março 2018

Os sindicatos da administração pública acreditam que os trabalhadores deverão avançar para tribunal caso os requerimentos remetidos às CAB sejam recusados.

Entre os quase 32 mil requerimentos de trabalhadores precários da administração pública que foram remetidos às Comissões de Avaliação Bipartida (CAB), há vários que estão a receber parecer negativo por parte dessas entidades. Ainda que a palavra final seja do Governo, os dirigentes sindicais acreditam que aqueles trabalhadores que forem excluídos vão avançar com processos judiciais.

José Abraão, da Fesap, estima que o número de requerimentos a serem deferidos para entrar nos concursos públicos deverá ultrapassar ligeiramente os 25 mil. Quanto aos restantes, as comissões em causa alegam que “esses vínculos são adequados e que a sua função não corresponde a uma necessidade permanente“, escreve o Diário de Notícias. Há a tentação de alguns serviços de dizerem que o vínculo é adequado, mas estes casos vão acabar em tribunal”, adverte José Abraão.

Os sindicatos da função pública chegam mesmo a dar exemplos de situações que têm acontecido na Saúde, na Educação, no Trabalho, etc.. “Estamos a falar de bolseiros, alguns com quase 20 anos de serviço, que começaram por ter um contrato, depois uma bolsa, mais tarde um contrato de prestação de serviços, a seguir nova bolsa e sobre os quais se diz agora que o vínculo é adequado“, explica Helena Rodrigues, do STE. Após verem os seus requerimentos recusados, os trabalhadores têm dez dias para contestar essa decisão.

No entanto, e ainda que a palavra final seja do Governo, José Abraão acredita que alguns dos trabalhadores que sejam excluídos vão avançar para tribunal mesmo antes de o Governo se manifestar. Ana Avoila, da Frente Comum, não duvida do sucesso destes processos judiciais: “Os que estão em regime de outsourcing, como os dos programas comunitários, se forem para tribunal, ganham”.

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Requalificação da 2.ª Circular só avança quando Câmara de Lisboa tiver “projeto mais vasto”

  • Lusa
  • 7 Março 2018

Presidente da câmara de Lisboa diz que a grande intervenção na Segunda Circular só vai avançar quando o município tiver "condições para um projeto mais vasto".

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina (PS), afirmou na terça-feira que a grande intervenção na Segunda Circular só vai avançar quando o município tiver “condições para um projeto mais vasto”.

“Depois de termos de tomar a decisão sobre o projeto da Segunda Circular, eu anunciei que íamos fazer um conjunto de intervenções de urgência sobre os pontos críticos”, começou por dizer o socialista aos deputados da Assembleia Municipal de Lisboa. Segundo o presidente da autarquia, “essas intervenções de urgência foram feitas, estão listadas, estão identificadas e quantificadas”.

“E iremos continuar a fazer, até ao momento em que a câmara apresente, aprove e tenha condições para avançar com um projeto mais vasto relativamente à Segunda Circular”, precisou o autarca.

Medina foi questionado sobre a obra da Segunda Circular pelo deputado do PSD António Prôa (que foi vereador social-democrata no último mandato), durante o período destinado à informação escrita do presidente. O social-democrata disse ter estranhado que o documento não referisse Segunda Circular e que o orçamento municipal em vigor também não.

“O presidente teimou que a obra era urgente”, afirmou Prôa, salientando que “passadas as eleições não há obra e passadas as eleições não há orçamento que as preveja”.

Assim, o eleito questionou Medina sobre se “a obra deixou de ser urgente ou se a Câmara mudou de ideias”. Em resposta, o presidente da câmara apontou que o deputado “está ansioso por uma nova polémica”. “Cá estaremos prontos para isso”, acrescentou.

Em setembro de 2016, a Câmara de Lisboa anulou o concurso da Segunda Circular e abriu um inquérito para averiguar eventuais conflitos de interesses, detetados pelo júri do procedimento, por parte de um projetista que também comercializa a mistura betuminosa que iria ser usada no piso (RAR).

Entretanto, uma auditoria interna admitiu que o projetista poderá ter prejudicado as empresas concorrentes devido à forma como prestou esclarecimentos, tendo sempre como referência esse produto que comercializa. Esta conclusão levou o presidente da Câmara de Lisboa a pedir ao Ministério Público para analisar o caso.

Orçada em mais de 10 milhões de euros, a empreitada visava melhorar a fluidez do tráfego e conferir mais segurança. Ainda em resposta ao PSD na reunião plenária da Assembleia Municipal, Fernando Medina afirmou que a requalificação da Praça de Espanha “vai ser das intervenções mais importantes de espaço público deste mandato”. Esta zona terá “um jardim que será cerca o dobro em área do que é o Jardim da Estrela”, salientou.

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5 coisas que vão marcar o dia

É um dia de estatísticas. INE e Eurostat dão uma panorâmica dos indicadores a nível mundial. Ao nível empresarial, o destaque vai para os CTT que hoje divulgam resultados.

Esta quarta-feira arranca com uma panóplia de dados económicos. Enquanto em Portugal o Instituto Nacional de Estatística divulga o índice de custos de construção, isto na semana em que se ficou a saber que comprar casa em Lisboa é quase tão caro como em Madrid, na Europa aguarda-se com alguma expectativa os dados do Eurostat dando conta do crescimento do PIB na Zona Euro. Do lado de lá do Atlântico, é dia da publicação do Livro Bege, o que dá uma indicação do pensamento da Fed face ao andamento das taxas de juro no país de Donald Trump.

CTT apresentam resultados de 2017

OS CTT vão reportar as contas relativas ao exercício de 2017, após o fecho do mercado. Segundo estimativas dos analistas, em 2017 os lucros da empresa liderada por Francisco Lacerda terão caído cerca de 40%. Estes resultados são os primeiros a ser apresentados depois de a administração ter anunciado um plano de restruturação que passa pela saída de 800 trabalhadores e pelo fecho de pelo menos 22 lojas, na sequência da menor atividade do negócio postal.

 

Eurostat divulga dados do crescimento do PIB

O Eurostat vai esta quarta-feira divulgar o crescimento do PIB nos Estados-membros. Os números deverão confirmar a robustez da economia na Zona Euro. Já na economia nacional o PIB avançou 2,7%. Será que foi a economia que mais cresceu? A resposta será dada quando forem conhecidos os números finais pelo gabinete oficial de estatísticas da União Europeia.

INE publica índice de custos de construção relativos a janeiro

Depois dos custos de construção da habituação terem aumentado 1,7% e os preços de manutenção e regular da habitação terem subido em 2%, em 2017, superando a variação média de 0,6% registada em 2016 por ambos os índices, fica agora a conhecer-se a variação destes índices relativas a janeiro de 2018. Será uma tendência que se mantém? A prova será dada pelos dados do INE revelados esta quarta-feira.

Desigualdade salarial entre homens e mulheres em números

A desigualdade salarial entre homens e mulheres tem marcado as diferentes agendas políticas, tendo mesmo levado a que a Comissão Europeia tenha desencadeado um plano de ação para acabar com as disparidades salariais. Ainda assim, segundo dados divulgados pelo Eurostat relativos a 2015, em Portugal os homens ganhavam, em média, mais 17,8% do que as mulheres, um valor acima da disparidade salarial média da União Europeia que era de 16,3%. Terá esta situação sido alterada? A resposta será dada com base nos novos dados do Eurostat.

Reserva Federal publica livro Bege

A Reserva Federal norte-americana publica esta quarta-feira o livro bege. O relatório da Fed disponibilizado oito vezes por ano, agrega os dados das 12 delegações da Reserva Federal dos Estados Unidos e são um bom indicador da perceção de cada uma em relação à economia do país. O documento ganha importância na medida em que é um bom indicador das projeções da Fed face ao comportamento das taxas de juro.

 

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Comissão Europeia impõe limites aos salários no Novo Banco

O banco não poderá pagar a nenhum trabalhador mais do que dez vezes o salário médio da instituição. Mesmo a partir de 2020, haverá limites aos bónus.

O Novo Banco estará sujeito a uma política de remunerações “rígida” durante os próximos anos. Nenhum trabalhador, independentemente da posição na hierarquia, poderá receber mais do que dez vezes o salário médio oferecido na empresa até 2020. E, mesmo a partir dessa data, haverá limites à atribuição de bónus.

As imposições constam do documento em que a Comissão Europeia fundamenta a autorização dada a Portugal, em novembro do ano passado, para vender 75% do Novo Banco ao Lone Star.

No documento, divulgado recentemente, Bruxelas escreve que “o Novo Banco vai implementar políticas de remuneração rígidas e não irá pagar a qualquer trabalhador, diretor ou gestor uma remuneração total anual (incluindo salário, contribuição para a pensão, ou bónus) superior a dez vezes o salário médio dos trabalhadores, até 30 de junho de 2020”.

A partir dessa data, “os bónus só podem ser atribuídos se as metas de viabilidade do banco forem alcançadas, em conformidade com a lei europeia e os requisitos prudenciais“.

Para além destas, há outras medidas já conhecidas a que o Novo Banco estará sujeito: está impedido de distribuir dividendos e fazer aquisições durante o período de reestruturação. Terá ainda de avançar com mais despedimentos e fecho de balcões, sendo que a instituição prepara-se para acelerar esse processo. Quer dispensar mais 400 funcionários até ao final deste ano.

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Bruxelas mais pessimista que o Lone Star quanto à viabilidade do Novo Banco

O Novo Banco mantém algumas das práticas que contribuíram para a falência do BES, conclui Bruxelas. Há processos de crédito inteiros sem qualquer análise de risco e créditos concedidos "por favor".

A Comissão Europeia está muito mais pessimista do que o Lone Star quanto à viabilidade do Novo Banco. Num documento divulgado recentemente, Bruxelas faz uma avaliação da viabilidade da instituição bancária em que, no cenário mais adverso, os capitais do Novo Banco chegam aos 2,6 mil milhões de euros negativos, o dobro do estimado pelo Lone Star. A contribuir para o problema está o facto de o Novo Banco ter mantido algumas das más práticas do Banco Espírito Santo (BES). Assim, à espera do pior dos cenários, as autoridades europeias dão “luz verde” ao Governo português para avançar com uma injeção de capitais públicos, no caso de todas as medidas previstas para assegurar os rácios de capital do banco falharem.

As informações constam do documento em que a Comissão Europeia fundamenta a autorização dada a Portugal, em novembro do ano passado, para vender 75% do Novo Banco ao fundo norte-americano. E mostram dúvidas fundamentadas de Bruxelas quanto à viabilidade da instituição. “A Comissão nota que o Lone Star já desenhou um cenário adverso, mas fez a sua própria avaliação de qual será a situação num cenário adverso”, pode ler-se no documento. No cenário base atual, o Lone Star espera um return on equity (rentabilidade dos capitais próprios) de 8% a 11%. Já num cenário adverso, o fundo norte-americano prevê que este rácio seja de 6% a 8%. Mas a Comissão antevê um cenário em que a rentabilidade é de -5% a 0%.

Quanto ao rácio Core Tier 1, que traduz a solvabilidade do banco, o Lone Star aponta para um rácio de 10% a 20% tanto no cenário base como num adverso. Já a Comissão aponta para um rácio de 5% a 10%, abaixo do exigido pelo Banco Central Europeu (BCE). E, no que toca à posição de capital, Bruxelas é ainda mais pessimista, antevendo capitais negativos de 2,6 mil milhões, enquanto o Lone Star prevê apenas capitais negativos em 1,3 mil milhões num cenário adverso sem a injeção do fundo. Mesmo com os mil milhões de euros aplicados, a Comissão vê um défice de 1,6 mil milhões.

Comissão Europeia mais pessimista que o Lone Star

Fonte: Comissão Europeia

Novo Banco fez “muito pouco” para remediar práticas do BES

A justificar este pessimismo está o facto de o Novo Banco ter um vasto portefólio de ativos de “má qualidade”, ou que podem “deteriorar-se rapidamente para má qualidade”. Para avaliar o peso destes ativos, a Comissão pediu o registo dos empréstimos do banco, a 30 de junho e a 31 de dezembro de 2016, bem como a documentação completa de uma amostra de 20 desses empréstimos, hierarquizados pelo tipo de cliente e performance.

A informação fornecida pelo Novo Banco foi considerada incompleta ou mesmo incorreta. “Estas conclusões são, em si mesmas, problemáticas, já que mostram problemas graves tanto nos sistemas tecnológicos como na capacidade de gestão do risco”, por parte do banco. E estes problemas “não dizem respeito apenas ao período anterior à resolução de 2014, mas continuam a impactar a performance do Novo Banco sob a gestão do Fundo de Resolução e sob a responsabilidade do Banco de Portugal”, aponta a Comissão Europeia. “Mesmo os novos empréstimos em 2016, depois de o Banco de Portugal estar no comando há mais de um ano, mostram deficiências em todas as categorias“.

Bruxelas formou, assim, uma opinião clara sobre as operações do Novo Banco. “As práticas do BES contribuíram para a sua falência. Mas, mesmo depois da fundação do banco de transição e sob o controlo direto do Banco de Portugal, o Novo Banco parece ter feito muito pouco para remediar práticas de crédito problemáticas“, refere.

A título de exemplo: “em muitos processos de crédito, há ausência de análises de cash flow ou qualquer indicação da capacidade de reembolsar o crédito por parte do cliente (ausência de declaração de rendimentos de clientes do retalho e concessão de crédito a empresas com base apenas no colateral oferecido)”.

Confiar nos registos do Novo Banco para avaliar a qualidade da sua carteira de crédito poderá levar a uma subavaliação grave da real desvalorização dos ativos.

Comissão Europeia

Há também casos em que a documentação é “imprecisa, incompleta ou insuficiente”. Outros em que os imóveis dados como garantia do crédito estão sobreavaliados. Outros ainda em que não há uma avaliação consistente do risco do crédito. E há mesmo casos é que foi “concedido crédito por favor”, identificou a Comissão Europeia.

Bruxelas conclui, assim, que “confiar nos registos do banco para avaliar a qualidade da sua carteira de crédito poderá levar a uma subavaliação grave da real desvalorização dos ativos” do Novo Banco.

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Cerca de 600 precários denunciam ao BE problemas com PREVPAP

  • Marta Santos Silva
  • 7 Março 2018

O programa de integração dos precários do Estado está atrasado em relação aos prazos da lei e as comissões de avaliação nem sempre funcionam como deveriam, afirma o deputado José Soeiro.

Foram cerca de 600 pessoas, de todo o tipo de serviços do Estado, que responderam ao apelo do Bloco de Esquerda para que partilhassem os seus problemas com o Programa de Regularização Extraordinária de Vínculos Precários na Administração Pública, conhecido como PREVPAP, que agora está a decorrer.

Segundo explicou o deputado José Soeiro ao ECO, as pessoas que enviaram as suas denúncias ao Bloco de Esquerda vinham de todo o tipo de áreas da Administração Pública. “São pessoas de todo o tipo de serviços, desde contratados a prazo do Ministério da Educação até estagiários da PSP, recibos verdes do IEFP, recibos verdes de juntas de freguesia, técnicos superiores de alterações climáticas no Ministério do Ambiente, trabalhadores da RTP, enfim…”, assinalou.

O PREVPAP, afirmou o deputado, tem aspetos que precisam de ser corrigidos, como foi demonstrado pela vaga de reclamações recebidas pelo Bloco nas vésperas da sua interpelação ao Governo, esta quarta-feira no Parlamento, sobre este mesmo tema.

O principal problema para o Bloco e para muitas das pessoas que se queixaram é o atraso do processo. A lei previa que até ao final de 2017 todos os casos, entre os cerca de 31 mil requerimentos de trabalhadores precários para entrar nos quadros do Estado, já tivessem sido analisados pelas Comissões de Avaliação Bipartidas (CAB) que são constituídas por representantes dos trabalhadores, da tutela, do Ministério do Trabalho e dirigentes dos serviços em questão. Os concursos deveriam ser abertos em fevereiro. “Estamos em março e ainda não abriu nenhum concurso”, resumiu José Soeiro. “As pessoas nem têm noção do ponto de situação do seu caso”.

O Bloco pede que os meios das Comissões de Avaliação Bipartidas sejam reforçados para que a análise dos processos seja mais célere, e pede que os concursos comecem a ser abertos ainda em março. “Há processos que já foram analisados e homologados. Não há razão para que os processos não deem origem à abertura de concursos”, acrescentou o deputado.

Outra preocupação, assinalou José Soeiro, é o caso de “dirigentes que estão a dar pareceres que partem de interpretações criativas sobre o que são ou não necessidades permanentes”. Para serem considerados trabalhadores com um vínculo precário injustificado, os candidatos do PREVPAP têm de demonstrar que suprem necessidades permanentes do serviço embora tenham um tipo de vínculo que é temporário. Alguns dirigentes, no entanto, estarão a interpretar os casos de trabalhadores em falso outsourcing ou em estágio como não sendo casos de precariedade, segundo Soeiro. No entanto, deixa a responsabilidade aos pés do Governo. “Os dirigentes só conseguirão boicotar o programa se tiverem o respaldo e a conivência do próprio Governo, porque está representado nas CAB, tal como os sindicatos”, afirmou o deputado.

Outra preocupação é com as autarquias. “Há autarcas de vários partidos, não apenas da direita mas também do PS, que estão a boicotar a aplicação do processo nas suas autarquias”, continuou Soeiro. “Temos de garantir que o programa chega às autarquias e que haja um compromisso de regularização dos precários da Administração Local”.

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Maria Fernanda Amorim, viúva de Américo Amorim, é a única representante de Portugal na lista dos mais ricos da Forbes

De três, Portugal passou a ter apenas um representante na lista dos mais ricos da Forbes. A viúva de Américo Amorim surge na posição 382 com uma fortuna avaliada em 5,1 mil milhões de dólares.

De três, a representação de Portugal na lista dos mais ricos da Forbes passou para apenas um com a saída de Belmiro de Azevedo e Soares dos Santos. A prestigiada revista norte-americana coloca Maria Fernanda Amorim, a viúva de Américo Amorim, na posição 382, com uma fortuna avaliada em 5,1 mil milhões de dólares (4,1 mil milhões de euros).

“Maria Fernanda Amorim é a viúva de Américo Amorim, que faleceu em julho de 2017“, refere a Forbes. “Ela e as suas três filhas herdaram a sua fortuna”, acrescenta a publicação, salientando que desde o último ranking, essa fortuna aumentou. No ano passado, Amorim aparecia na posição 385, com mais de quatro mil milhões de euros.

A fortuna herdada vem de Américo Amorim, um “self made man” que construiu um império com a cortiça. Os milhares de milhões que deixou à família resultam do negócio da Corticeira Amorim, mas também de participações noutros setores, nomeadamente na Galp Energia. “O maior ativo da viúva de Amorim é uma posição estimada em 18% na Galp Energia, que tem como chairman a sua filha mais velha, Paula Amorim”, nota a Forbes.

"Maria Fernanda Amorim é a viúva de Américo Amorim, que faleceu em julho de 2017. Ela e as suas três filhas herdaram a sua fortuna.”

Forbes

Maria Fernanda Amorim (uma das 256 mulheres do ranking) é a única portuguesa na lista dos multimilionários, quando no último ranking eram três. Alexandre Soares dos Santos estava na posição 745 no ano passado, com uma fortuna avaliada em 2,5 mil milhões de euros, enquanto Belmiro de Azevedo, que faleceu também em 2017, aparecia na posição 1.376 com um património de 1,4 mil milhões de euros. Ambos desapareceram da lista.

Quem continua no ranking é Isabel dos Santos. A empresária angolana que tem vários investimentos em Portugal, entre eles a Galp Energia, deu um trambolhão no ranking deste ano. Estava, no ano passado, na posição 630, com 3,1 mil milhões de dólares, tendo a sua fortuna encolhido para 2,6 mil milhões de dólares (2,09 mil milhões de euros), recuando para a 924ª posição.

A filha do ex-presidente de Angola, que recentemente foi exonerada da liderança da Sonangol, surge pouco acima do meio da tabela da Forbes que este ano conta com um número recorde de multimilionários: são 2.208 (mais 165 do que em 2017) de 72 países. “Este grupo de elite apresenta uma fortuna avaliada em 9,1 biliões de dólares, um crescimento de 18% face ao ano passado”, nota a revista.

Na liderança deste ranking há novidades. Bill Gates foi destronado por Jeff Bezos. O norte-americano, fundador e presidente da Amazon, é a pessoa mais rica do mundo, com uma fortuna avaliada em 112 mil milhões de dólares. Gates, que encabeçou a lista dos mais ricos 18 vezes nos últimos 24 anos, tem uma riqueza avaliada em 90 mil milhões de dólares.

Bezos é o mais rico do mundo. Tem mais de 100 mil milhões

Fonte: Forbes

Bezos, que no ano passado ocupava a terceira posição, registou ganhos de 39,2 mil milhões de dólares e relegou o também norte-americano Warren Buffett, com uma fortuna avaliada em 84 mil milhões de dólares, para o terceiro lugar. Na quarta posição está o empresário francês Bernard Arnault, com 72 mil milhões de dólares, sendo que Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, aparece em quinto, com uma fortuna avaliada em 71 mil milhões.

(Notícia atualizada às 23h15 com mais informação)

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Assembleia Municipal de Lisboa pede ao Estado que decida juros da Taxa de Proteção Civil

  • Lusa
  • 6 Março 2018

PSD e PAN abstiveram-se. Os restantes partidos votaram favoravelmente a moção no sentido de solicitar ao Governo e ao parlamento que tomem medidas para que os contribuintes tenham direito aos juros.

A Assembleia Municipal de Lisboa aprovou uma moção no sentido de solicitar ao Governo e ao parlamento que tomem medidas para que os contribuintes tenham direito aos juros da Taxa Municipal de Proteção Civil (TMPC), “corrigindo uma injustiça”.

A moção, subscrita pelos grupos municipais do PS, do BE e pelos deputados municipais independentes do movimento Cidadãos Por Lisboa, foi aprovada com a abstenção do PSD e do PAN. Os restantes eleitos — do PCP, MPT, PPM, PS, BE, independentes, CDS-PP e BE — votaram favoravelmente esta moção.

O documento prevê “solicitar ao Governo e à Assembleia da República que tomem medidas com vista ao reconhecimento do direito dos contribuintes a juros indemnizatórios, sempre que os mesmos decorram da anulação de atos tributários em função da declaração de inconstitucionalidade das normas que os fundam, preferencialmente através de lei interpretativa ao artigo 43.º da Lei Geral Tributária”.

"O não pagamento dos juros constitui uma situação de especial injustiça, apenas se indemnizando os grandes contribuintes que tinham ao seu dispor meios de impugnação graciosa e/ou contenciosa, penalizando-se uma legião de pequenos contribuintes.”

Assembleia Municipal de Lisboa

“Independentemente dos pareceres que possam entretanto ser solicitados, deveria a Assembleia da República, mediante lei interpretativa – por a mesma se integrar na norma desde o início da sua vigência – ou alteração com efeitos retroativos, corrigir esta clamorosa injustiça”, considera o texto.

Nos pareceres que emitiram sobre este assunto, os serviços do município restringem a “obrigação de pagamento de juros indemnizatórios aos sujeitos passivos que hajam reclamado e/ou impugnado judicialmente as liquidações, ou ainda quando a Câmara Municipal não proceda ao reembolso no prazo de 30 dias após a anulação dos atos de liquidação”, indica a moção assinada pelas três forças políticas.

Isto deve-se a facto de “o artigo 43.º, n.º 1 da Lei Geral Tributária” ser interpretado pelos serviços como “não conferindo direito aos juros indemnizatórios dos sujeitos passivos que não hajam impugnado graciosamente ou contenciosamente os atos de liquidação da taxa, respaldando-se tal parecer na letra da lei e em diversos acórdãos do Supremo Tribunal Administrativo”.

Para os deputados, o não pagamento dos juros constitui “uma situação de especial injustiça, apenas se indemnizando os grandes contribuintes que tinham ao seu dispor meios de impugnação graciosa e/ou contenciosa, penalizando-se uma legião de pequenos contribuintes que acabaram por se ver na contingência de financiar coerciva e ilegalmente o município de Lisboa por períodos que quase chegam a três anos a custo zero”.

“Não parece razoável impor sobre os sujeitos passivos o ónus de impugnação graciosa ou contenciosa relativas a liquidações de tributos de baixo valor, quando os custos para a sua elaboração são desproporcionadamente pesados e as normas que fundam o ato tributário são objeto de posterior declaração de inconstitucionalidade com força obrigatória geral”, salientam.

Acresce que o “parecer dos serviços do município de Lisboa alerta ainda para a suscetibilidade de responsabilidade financeira e reintegratória dos responsáveis que aprovem ou procedam ao pagamento de juros compensatórios para além destas situações”.

A 16 de janeiro, a Câmara de Lisboa aprovou em reunião privada do executivo solicitar à Procuradoria-Geral da República um parecer sobre a devolução da TMPC com juros, e pedir ao Governo e ao parlamento que a medida seja aplicada em situações semelhantes.

No final de 2017, o Tribunal Constitucional decretou inconstitucional a taxa que o município aplicou entre 2015 e 2017.

Na reunião plenária de hoje, foram também rejeitadas quatro recomendações (duas do PSD, uma do PCP e outra do BE), pela devolução da taxa com juros, pela reposição da confiança nos serviços municipais e para ressarcir os munícipes dos prejuízos causados pela TMPC.

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