Taxistas acusam ministro de “desconhecimento” e prometem ações de luta em fevereiro

  • Lusa
  • 19 Janeiro 2018

Os representativas dos taxistas acusam o ministro da Administração Interna de estar “completamente alheio” à legislação e às decisões judiciais aplicáveis às plataformas digitais.

As associações representativas dos taxistas acusaram, nesta quinta-feira, o ministro da Administração Interna de “desconhecimento total” e de estar “completamente alheio” à legislação e às decisões judiciais aplicáveis às plataformas digitais, ameaçando com ações de luta no início de fevereiro.

“A reunião correu extremamente bem, muito simpática, mas vim com as mãos vazias e continuo com elas vazias. No fim desta reunião, entendo que o senhor ministro está completamente alheio daquilo que se está a passar em Portugal ao nível da legislação e das decisões de tribunais que proíbem estas plataformas de trabalhar em Portugal”, lamentou o presidente da Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL), Florêncio de Almeida, após reunir com o ministro Eduardo Cabrita.

No encontro, que decorreu no Ministério da Administração Interna (MAI), em Lisboa, esteve presente igualmente o presidente da Federação Portuguesa do Táxi (FPT), Carlos Ramos, que saiu do encontro, que durou cerca de uma hora e um quarto, sem grandes esperanças em relação à atuação futura do ministro Eduardo Cabrita nesta matéria.

“A reunião foi reveladora de um desconhecimento total por parte do ministro do que se está a passar. Essa foi a evidência maior que tiramos desta reunião. Penso que o senhor ministro tem de ter a consciência de que o que se está a passar no nosso país, através de uma multinacional [Uber] que chegou a Portugal, montou a barraca, fez o Governo ajoelhar e, mais uma vez, aqui ficou provado hoje que este ministério está alheio e não demonstrou vontade em encontrar uma solução eficaz para resolver o problema”, criticou Carlos Ramos.

Os taxistas aguardam por uma resposta positiva do Governo nas próximas duas a três semanas, nomeadamente que “cumpra a lei e as decisões judiciais”, proibindo ou impedindo que “empresas de transportes” como a Uber ou a Cabify continuem a “operar ilegalmente”, ou então dizem que vão avançar com formas de luta já no princípio de fevereiro, sem especificar quais serão.

“O que nós dissemos ao senhor ministro é que, se no prazo de 15 dias ou no princípio do mês que vem, se nada houver, a indústria vai movimentar-se e, com certeza, que iremos fazer algo, e por tempo indeterminado”, avisou Florêncio de Almeida.

A ANTRAL e a FPT pediram uma reunião com o ministro Eduardo Cabrita a 20 de dezembro, dia em que o Tribunal Europeu de Justiça considerou a Uber uma “empresa de transportes”, que carece de “licenciamento” e de “contratos de trabalho” com os parceiros que com ela colaboram.

Contudo, esse parece não ser o entendimento do Governo. A Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas, continua a trabalhar a regulamentação do transporte de passageiros em veículos descaracterizados (TDVE), onde se incluem a Uber e a Cabify.

O presidente da FPT discorda e diz que a decisão do Tribunal Europeu de Justiça é clara.

“São empresas de transportes e como tal têm de ter um enquadramento jurídico em Portugal e cumprir com as leis da República. O argumento deste ministério é exatamente o argumento do responsável da Uber quando foi agora para Braga dizer que havia um vazio na lei, e enquanto não houver regras mais claras, vão continuar a trabalhar. Estava a ouvir o ministro e a lembrar-me do representante da Uber”, afirmou Carlos Ramos.

Nesse sentido, para o presidente da FPT já existe uma lei em Portugal para as empresas de transportes: Lei de Base dos Transportes.

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Portugueses consumiram menos açúcar, Governo prepara novo acordo com indústria

  • Lusa
  • 19 Janeiro 2018

Governo tem proposta de três anos, com metas anuais de redução de sal e de açúcar nos produtos que considera mais importantes. Há três áreas na mira: açúcar, sal e gorduras, nomeadamente as ‘trans’.

Os portugueses consumiram menos 5.500 toneladas de açúcar em 2017 devido à taxa das bebidas açucaradas e o governo prepara-se para acordar com a indústria a reformulação de produtos como cereais, tostas ou batatas fritas.

Em entrevista à agência Lusa, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, congratulou-se com o impacto da taxa das bebidas açucaradas que, além de se traduzir num encaixe de 80 milhões de euros para o pagamento das dívidas do Serviço Nacional da Saúde (SNS), levou a indústria a produzir bebidas com menos açúcar.

Segundo Fernando Araújo, os resultados desta medida superaram as melhores expectativas do Governo, levando a uma redução do consumo calculada em 5.500 toneladas de açúcar.

O secretário de Estado sublinhou que o consumo das bebidas mais açucaradas (com mais de oito gramas por 100 mililitros) diminuiu para metade.

Esta redução deveu-se à redução do consumo em si, mas também à “reformulação dos produtos”, adiantou.

No próximo orçamento do Estado, a medida vai ser novamente analisada e poderá levar em conta uma das pretensões da indústria de serem criados escalões mais baixos da taxa.

Outra mudança poderá passar pelo destino da verba resultante desta taxa, superior a 80 milhões de euros no ano passado, que vai ser aplicada no pagamento das dívidas do setor, mas que a tutela veria com bons olhos se pudesse ser usada na área da prevenção.

Vamos com eles (indústria) discutir objetivos concretos para determinado conjunto de gamas de produtos, ao longo de vários anos. A nossa proposta é de três anos com metas anuais de redução de sal e de açúcar nos produtos que consideramos mais importantes para ver se conseguimos por esta via melhorar a qualidade da alimentação dos portugueses.

Fernando Araújo

Secretário de Estado Adjunto e da Saúde

Esse seria, aliás, o destino da taxa do sal, chumbada na Assembleia da República, e que resultaria em 30 milhões de euros anuais para a área da promoção da saúde.

A propósito deste chumbo, Fernando Araújo disse que esse chumbo lhe mereceu “alguma preocupação”.

“O objetivo não era angariar verbas, mas pressionar [a indústria] para reformular os produtos” e produzi-los com menos sal, explicou.

O objetivo de tornar a alimentação dos portugueses mais saudável vai agora ser retomado através de um acordo que o Ministério da Saúde está a preparar com a indústria agroalimentar, com vista à reformulação de produtos.

“Vamos com eles (indústria) discutir objetivos concretos para determinado conjunto de gamas de produtos, ao longo de vários anos. A nossa proposta é de três anos com metas anuais de redução de sal e de açúcar nos produtos que consideramos mais importantes para ver se conseguimos por esta via melhorar a qualidade da alimentação dos portugueses”, afirmou Fernando Araújo.

Na mira do governo estão três áreas: o açúcar, o sal e as gorduras, nomeadamente as ‘trans’ (gorduras artificiais criadas pela indústria de alimentos).

“Vamos colocar objetivos de redução anuais, de modo a que estejam alinhados com as boas práticas europeias”, disse.

Alimentos como cereais, refrigerantes, batatas fritas, sopas prontas a consumir, bolachas, iogurtes, leite com chocolate ou tostas deverão ser reformulados no seguimento deste acordo, explicou Fernando Araújo, adiantando que no acordo ficarão definidas as responsabilidades das partes que, no caso da indústria, será produzir alimentos com menos quantidades de sal e açúcar.

“Vamos propor que seja elaborado um cabaz dos [alimentos] mais representativos. Nos cereais, por exemplo, vamos tentar perceber quais os que 80% da população consome e depois, anualmente, iremos medir o açúcar (…) de modo a saber se estamos a conseguir reduzir a quantidade de sal e açúcar que ficar definido com acordo com a indústria”, referiu.

A ideia é “chegar a acordo” e não criar mais taxas. Ainda assim, Fernando Araújo garante que se a redução de sal e açúcar não se registar, segundo o acordado entre as partes, “há outros instrumentos”.

“Há condições para que a indústria portuguesa e europeia faça essa alteração de conteúdo”, acrescentou.

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Escândalo Volkswagen: condutores afetados queixam-se de problemas após a substituição do software

  • ECO
  • 19 Janeiro 2018

Os donos dos carros afetados pelo escândalo de emissões poluentes da Volkswagen queixam-se que gastaram cerca de mil euros com pequenos arranjos que resultaram das reparações feitas pela marca.

Há dois anos, após o escândalo que tomou de assalto a Volkswagen sobre emissões poluentes, conhecido como “dieselgate”, a Comissão Europeia solicitou à marca que procedesse à reparação de todos os veículos afetados. A empresa comprometeu-se a cumprir esse acordo, assegurando que seria um processo totalmente sem custos para os proprietários. No entanto, com as reparações feitas, os condutores dizem estar insatisfeitos com as implicações que advêm dessas reparações, para além dos custos que têm agora de suportar, que rondam os mil euros.

De acordo com a notícia avançada pela Rádio Renascença, um estudo da Deco mostra que os portugueses proprietários de veículos das marcas Volkswagen, Seat, Audi e Skoda, afetados pelo escândalo, acabaram por sair prejudicados com estas reparações. O problema é que, apesar de a substituição do software que manipula a leitura das emissões poluentes ter sido gratuita, os arranjos consequentes dessas reparações são vários e custam, em média, 957 euros ao proprietário.

Os resultados provêm de um inquérito realizado pela Deco a mais de 10.500 proprietários, em conjunto com outras associações de apoio ao consumidor da Bélgica, Espanha e Itália. Bruno Santos, da Deco, em declarações à Renascença, adiantou que há uma margem muito grande de proprietários insatisfeitos porque viram o seu carro piorar depois desta intervenção obrigatória”. No estudo pode ler-se ainda que “13% proprietários decidiram reinstalara o software anterior”.

As principais queixas relativas aos problemas derivados das reparações são, principalmente, aumento do consumo (55%), perda de potência (52%) e mais ruído no motor (37%). Esta quinta-feira, em declarações ao Jornal de Negócios, uma fonte oficial do Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) alertou os proprietários dos veículos afetados de que, caso não procedam à reparação dos mesmos, serão impedidos de circular nas estradas portuguesas. “Os veículos para os quais já exista solução técnica aprovada pelo KBA [regulador alemão] e que, sendo notificados para a ação de reposição da conformidade, não sejam submetidos à reposição da conformidade”, dentro da data estabelecida, “serão considerados em situação irregular”.

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Lisboa em queda com pressão do BCP e da energia

O PSI-20 segue com perdas ligeiras, num dia em que os pares europeus abriram sem rumo definido. Ações do BCP e da energia ditam o rumo do índice de referência nacional.

A praça bolsista lisboeta entrou com o pé esquerdo na última sessão da semana. O PSI-20 arrancou em queda ligeira, condicionado pela desvalorização das ações do BCP e da energia.

O PSI-20 abriu a desvalorizar 0,14%, para os 5.663,39 pontos, num dia em que os pares europeus seguem sem rumo definido. Os 18 títulos que compõem o índice nacional dividem-se quase por igual entre ganhos e perdas.

A maior pressão negativa é exercida pelos títulos do BCP, mas também pelas ações da EDP Renováveis e da Galp Energia.

As ações do banco liderado por Nuno Amado recuam 0,3%, para os 30,25 cêntimos, a corrigir de ganhos de quase 4% na sessão anterior, mas também depois de o Deutsche Bank ter revisto em baixa o preço-alvo que lhes atribui. O banco germânico baixou o preço-alvo, dos 33 para os 32 cêntimos, para o BCP.

Já as ações da EDP renováveis deslizam 0,5%, para os 7,035 euros, enquanto as da Galp Energia recuam 0,34%, para os 16,09 euros, a acompanhar o rumo descendente das cotações do petróleo nos mercados internacionais. O preço do barril de brent recua em torno de 1%, para os 68,65 dólares, no mercado londrino.

A travar perdas mais acentuadas estão as ações da EDP e da Nos, apesar de ambas terem sido alvo de revisões em baixa de targets. Os títulos da elétrica liderada por António Mexia valorizam 0,38%, para os 2,879 euros, sendo que a Investec desceu o preço-alvo que lhes atribui, dos 4 para os 3,5 euros. Por sua vez, as ações da telecom somam 0,27%, para os 5,58 euros, após o Barclays ter descido o seu preço-alvo, dos 6,4 para os 6,1 euros.

(Notícia atualizada às 8h20 com mais informação)

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Governo admite eliminar atestados médicos até três dias

  • Lusa e ECO
  • 19 Janeiro 2018

Ministério da Saúde diz que não se opõe à medida do ponto de vista conceptual mas salienta que seria preciso evitar abusos. Já o Ministério do Trabalho vai convidar o bastonário a apresentar proposta.

O Ministério da Saúde reconheceu esta quinta-feira que a proposta para acabar com os atestados médicos de curta duração é construtiva e que está a ser avaliada pelo Governo, mas avisou que seria sempre necessário encontrar formas de evitar abusos. Já o Ministério do Trabalho diz, em declarações ao Jornal de Negócios (acesso pago), que vai convidar o bastonário da Ordem dos Médicos a apresentar a sua proposta.

“Esta proposta está a ser estudada pelo Ministério da Saúde em articulação com o Ministério da Segurança Social. Do ponto de vista conceptual não temos oposição à medida. Há países onde já acontece”, afirmou o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, em entrevista à agência Lusa.

O governante comentava assim uma proposta do bastonário da Ordem dos Médicos para deixar de tornar obrigatórios os atestados médicos de curta duração, até três dias.

O secretário de Estado lembrou que nos três primeiros dias de atestado ou de certificados de incapacidade temporária os trabalhadores não recebem qualquer retribuição.

Em Portugal temos um problema, que é o número de dias excessivo de baixa com incapacidade temporária, que é elevado na área pública. Diria que a proposta é construtiva, que vale a pena avaliar e discutir, há espaço para debate. Desde que se encontre resposta para evitar uso excessivo e abusivo

Fernando Araújo

Secretário de Estado Adjunto e da Saúde

Alertou, porém, para a necessidade de uma medida deste género ter de ser monitorizada e de se encontrar um mecanismo que limite o seu uso abusivo. A este propósito, lembrou que noutros países que adotaram este sistema há um número limitado de dias por ano em que o trabalhador pode faltar por doença sem ter de entregar atestado médico.

“Em Portugal temos um problema, que é o número de dias excessivo de baixa com incapacidade temporária, que é elevado na área pública. Diria que a proposta é construtiva, que vale a pena avaliar e discutir, há espaço para debate. Desde que se encontre resposta para evitar uso excessivo e abusivo”, declarou Fernando Araújo à agência Lusa.

O secretário de Estado entende que esta medida não traria um grande alívio às urgências, mas admite que pudesse retirar peso de doentes nos cuidados de saúde primários, abrindo espaço para quem realmente precisa de consultas.

Já fonte oficial do Ministério do Trabalho afirmou, ao Jornal de Negócios, que Vieira da Silva vai convidar o bastonário a apresentar a sua proposta.

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Decisão judicial pode ter impacto negativo nos preços da eletricidade

  • ECO
  • 19 Janeiro 2018

Em causa está o pedido de anulação pela EDP e Endesa da devolução de benefícios fiscais decidida pelo Governo que acusou as elétricas de repercutirem nos consumidos os custos com tarifa social e CESE.

A EDP e a Endesa pediram aos tribunais a anulação da devolução de 90 milhões de euros em benefícios fiscais decidida pelo Governo que acusou as duas elétricas de repercutir sobre os consumidores os custos com a tarifa social e a Contribuição Extraordinária sobre o Setor Energético (CESE). Caso o tribunal dê razão a essa reivindicação das duas empresas, a decisão pode ter um impacto negativo sobre os preços da eletricidade, avança o Jornal de Negócios (acesso pago) nesta sexta-feira.

A decisão tomada pelo secretário de Estado da Energia, Jorge Seguro Sanches, ajudou as tarifas de eletricidade do mercado regulado, estipuladas pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), a recuarem 0,2% este ano. “Este valor está a ser repercutido nas tarifas pagas pelos consumidores de eletricidade em 2018”, garantiu ao Negócios fonte oficial da ERSE.

Ou seja, se o tribunal der razão às reivindicações das duas empresas, tal irá impactar negativamente nos preços da eletricidade. Contudo, a ERSE salvaguarda que esta é apenas um cenário hipotético. “A eventual repercussão de valores relativos a decisões de processos judiciais depende, naturalmente, da existência dessa mesma decisão, refletindo a ERSE nos processos tarifários a lei e as decisões judiciais”, explicou o regulador.

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ADSE diz que novas tabelas implicam corte de 6% na faturação, privados falam em 10%

  • ECO
  • 19 Janeiro 2018

ADSE diz que as novas tabelas evitam que o sistema venha a gerar um saldo de tesouraria negativo em 2018. Privados dizem que não podem aceitar uma redução de 10% na faturação.  

A Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP) diz que as novas tabelas de preços da ADSE vão significar um rombo na faturação de 10%, escreve o Público [acesso condicionado]. Já a direção do instituto responsável pela gestão da ADSE fala numa descida de 6% face à faturação apresentada pelas entidades convencionadas em 2017.

Esta quinta-feira houve uma reunião entre o presidente da APHP, Óscar Gaspar, e o responsável da ADSE, Carlos Liberato Baptista, e foi nesse encontro que a associação ficou finalmente a conhecer as novas tabelas a aplicar a partir de março.

“Confirma-se o pior cenário. A nova tabela representa uma redução na ordem de 10% daquilo que é a faturação dos privados à ADSE”, afirmou Óscar Gaspar no final do encontro, notando que os hospitais privados não trabalham com margens de 10% e, por isso, não podem aceitar uma redução dessa ordem de grandeza.

Por outro lado, numa nota enviada ao Público, o presidente da ADSE assume outro número: “O presidente da APHP terminou a reunião informando que a APHP manifestava uma posição contrária a alterações na tabela da ADSE que se traduzissem em reduções relevantes da faturação, ao que o conselho diretivo informou que a redução prevista na tabela do regime convencionado representava apenas cerca de 6% do valor da faturação apresentada em 2017”.

A APHP vai analisar a tabela ao pormenor, mas alerta: “Não podemos trabalhar abaixo do preço de custo. Os hospitais não têm como ambição ter mais pessoas, mas tratar bem as pessoas. Se no limite tivermos de abdicar de uma fatia do mercado…” Vão então os privados deixar de trabalhar com a ADSE? Óscar Gaspar frisa que agora é tempo de alertar para as consequências das medidas.

Já ontem, a Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) pediu aos profissionais que ponderem acabar com o acordo com a ADSE caso se mantenha a proposta das novas tabelas, que o bastonário considera “absolutamente incompatíveis com tratamentos de qualidade”.

Do lado da ADSE, Liberato Baptista fala de sustentabilidade financeira. E alerta também para a urgência da aplicação das novas tabelas para evitar que o sistema venha a gerar um saldo de tesouraria negativo em 2018.

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Administração e trabalhadores da Autoeuropa regressam hoje às negociações para um novo acordo laboral

  • Lusa
  • 19 Janeiro 2018

Continua por resolver o diferendo sobre novos horários e remuneração dos sábados. Trabalhadores e administração voltam a reunir esta sexta-feira.

Administração e trabalhadores da Autoeuropa voltam esta sexta-feira às negociações para um novo acordo laboral na fábrica de Palmela numa altura em que continua por resolver o diferendo sobre novos horários e remuneração dos sábados.

No início deste mês, a Comissão de Trabalhadores (CT) e a administração da fábrica do grupo Volkswagen começaram a negociar um caderno reivindicativo tendo em vista o novo acordo laboral, negociação que prossegue hoje.

Alguns funcionários da Autoeuropa admitem, no entanto, que o problema dos novos horários e do trabalho aos sábados também poderá voltar à mesa das negociações, informação que não foi possível confirmar junto dos representantes dos trabalhadores.

Otimistas em relação ao futuro da Autoeuropa parecem estar os trabalhadores das 18 empresas fornecedoras instaladas no parque industrial, uma vez que já há acordo para a laboração aos sábados em pelo menos seis empresas e em outras também parece estar bem encaminhado.

Essa foi, pelo menos, a mensagem do Coordenador das Comissões de Trabalhadores do Parque Industrial da Autoeuropa, Daniel Bernardino, após uma reunião com os representantes dos trabalhadores da Autoeuropa e das 18 empresas fornecedoras instaladas no referido parque industrial.

Conscientes de que o futuro dessas 18 empresas depende do que se passar na Autoeuropa, os trabalhadores das referidas fornecedoras da fábrica de automóveis da Volkswagen em Palmela esperam um entendimento naquela que é a maior empresa do setor automóvel em Portugal.

Com o novo modelo T-Roc, a Autoeuropa estima produzir mais de 240.000 veículos em 2018, quase triplicando a produção de 2016.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • Juliana Nogueira Santos
  • 19 Janeiro 2018

No Parlamento, vota-se o fraque dos cobradores, enquanto no Campus da Justiça o ano judicial arranca com Oliveira Costa no banco dos réus. 

Esta sexta-feira é dia de reuniões entre os trabalhadores e as administrações de duas multinacionais a operar em Portugal e entre Angela Merkel e o seu cada vez mais parceiro Emmanuel Macron. No Parlamento, vota-se o fraque dos cobradores, enquanto no Campus da Justiça o ano judicial arranca com Oliveira Costa no banco dos réus.

Parlamento vai a votos sobre cobradores do fraque

A cobrança extrajudicial de créditos vencidos volta ao, desta vez para a votação do proposta do Partido Socialista. Na sessão parlamentar desta quinta-feira, os deputados do PSD, CDS e PCP recusaram a ideia de tirar o “fraque” aos cobradores por ser uma forma de legalizar a atividade. O Bloco de Esquerda demarcou-se da proposta, mas diz estar disponível para discutir uma solução.

Ano judicial começa com Oliveira Costa no banco dos réus

Após a cerimónia protocolar de abertura do ano judicial, o ex-presidente do BPN, Oliveira Costa, o antigo ministro da Saúde dos Governos de Cavaco Silva, Arlindo de Carvalho, e mais cinco arguidos vão ocupar o banco dos réus da instância central criminal. Estes são acusados de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação de documentos, branqueamento de capitais, infidelidade, fraude fiscal qualificada e aquisição ilícita de ações.

Banco de Portugal mede a atividade económica

O Banco de Portugal divulga os indicadores coincidentes relativos a dezembro de 2017, que permitem medir a evolução da atividade económica e o consumo privado. No último mês, o indicador para a atividade económica desceu pela segunda vez consecutiva para os 2,6%. Já o indicador para o consumo privado fixou-se nos 2,0%.

Multinacionais reunidas com os trabalhadores

É dia de tensão entre as multinacionais em território nacional e os seus trabalhadores. Depois de a General Electric anunciar os planos para encerrar a sua unidade em Setúbal e pôr em causa 400 postos de trabalho, segundo a agência Lusa, os responsáveis da americana vão estar reunidos com o SITE Sul para discutir uma solução. Mais ao lado, em Palmela, as conversações entre a administração da Autoeuropa e a Comissão de Trabalhadores relativamente aos novos horários continuam.

Merkel e Macron discutem aproximação dos países

A fazer prever uma aproximação entre Alemanha e França, Angela Merkel e Emmanuel Macron vão reunir-se esta sexta-feira para discutir “o futuro da Europa e as prioridades futuras”. Na calha está a celebração do 55.º aniversário da assinatura do Tratado franco-alemão, mas vai mais além disto: os dois países pretendem também apresentar propostas europeias comuns nas áreas da união bancária e da convergência fiscal.

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EDP já subiu o preço da eletricidade. Vale a pena voltar para o regulado?

A elétrica subiu o preço da luz no mercado liberalizado em 2,5%, em média, nesta quinta-feira. Já no regulado há uma descida este ano. Compensa voltar ao mercado regulado ou escolher outro fornecedor?

Mais de quatro milhões de portugueses vão ver a fatura de eletricidade agravada. Depois de anunciar, a EDP cumpriu: nesta quinta-feira aumentou 2,5%, em média, o preço que cobra aos seus clientes do mercado liberalizado de eletricidade. A elétrica liderada por António Mexia que tem mais de 80% dos clientes deste segmento decidiu assim não acompanhar a descida média de 0,2% anunciada pela ERSE para a tarifa regulada. Tendo em conta estas alterações, impõe-se a questão: compensa a estes consumidores manterem a solução atual, regressar ao mercado regulado ou mudar de fornecedor?

Para perceber o que faz sentido fazer, o ECO realizou um conjunto de simulações no site da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE). Simulações que tiveram em consideração três tipologias distintas de consumo — horário simples, bi-horário e tri-horário –, bem como o cenário de referência considerado pelo regulador do setor na determinação da poupança média na revisão das tarifas de eletricidade para este ano. Mais em específico foi considerado um consumo médio anual de 2.225 kWh e potência contratada de 3,45 kVA. Desta análise foram excluídos os tarifários com ofertas que implicassem custos adicionais ou estivessem dependentes de parcerias.

Tendo em conta este cenário, no caso da tarifa simples, a mudança para o mercado regulado não compensa para os clientes da EDP. A fatura dos clientes da EDP que estão no mercado liberalizado, já após a subida de preços deste operador, ascende a 556 euros anuais. Este valor fica aquém face aos 562 euros anuais que seriam cobrados a quem preferisse regressar ao mercado regulado, uma opção que passou a ser possível no início deste ano. Mas o mesmo já não acontece face a outros fornecedores de energia que apresentam propostas mais económicas. O tarifário mais barato permite poupar ao final de um ano 36 euros. Essa poupança é conseguida com a adesão a um produto que a Endesa tem em campanha: o tarifário Aniversário.

Custo anual na tarifa simples

Fonte: Simulador da ERSE | Considera os cinco tarifários mais baratos no mercado liberalizado e a tarifa da EDP Comercial, bem como o tarifário regulado (1) Reflete o desconto da 12ª fatura a cada 12 meses. Proposta válida até 31-1-2018; (2) Requer contratação online. Proposta válida até 31-12-2018; (3) Requer contratação online. Oferta válida até 20-1-2018; (4) Devolução ao cliente de 50% da margem no preço de energia (kWh) após 12 meses de contrato. Obrigatoriedade de subscrição online. Oferta válida até 31-12-2018; (5) Tarifa transitória de Venda a Clientes Finais. Oferta disponibilizada pela EDP Serviço Universal, Energia Simples, Goldenergy e Luzboa.

De salientar que a Endesa foi um dos operadores que logo no início deste ano, já após a EDP Comercial ter surpreendido com o anúncio de que iria rever em alta as suas tarifas, informou que não pretendia avançar com uma decisão semelhante. A mesma decisão foi tomada pela Gold Energy, que possui um dos tarifários mais baratos na tarifa simples, o tarifário Monoelétrico + Cliente, com a fatura anual a ascender a 540 euros.

Já no que respeita à simulação para a solução de bi-horário, foi considerado um consumo em vazio de 40% do total. Tendo em conta este cenário, os clientes da EDP Comercial conseguem encontrar tarifas mais em conta tanto no mercado regulado, como em muitos operadores concorrentes do mercado liberalizado. A mudança para a tarifa regulada iria permitir uma poupança anual de 33 euros: de 575 euros anuais para 542. Maior seria a poupança de escolher o tarifário mais em conta: o Tarifa e-luz da Endesa. A fatura anual associada a este tarifário é de 500 euros, ou seja, 75 euros mais barato. Também a Gold Energy, a Galp ou a low cost YLCE estão entre os fornecedores que propõem as tarifas mais baixas no bi-horário.

Custo anual na tarifa bi-horária

Fonte: Simulador da ERSE | Considera os cinco tarifários mais baratos no mercado liberalizado e a tarifa da EDP Comercial, bem como o tarifário regulado; (1) Requer contratação online. Proposta válida até 31-3-2018; (2) Requer contratação online. Oferta válida até 20-1-2018; (3) Requer contratação online. Proposta válida até 31-12-2018; (4) Obrigatoriedade de subscrição online.Oferta válida até 31-12-2018; (5) Tarifa transitória de Venda a Clientes Finais. Oferta disponibilizada pela EDP Serviço Universal, Energia Simples, Goldenergy e Luzboa

Mas para quem tenha hábitos de consumo mais adequados a uma utilização tri-horária, o cenário muda radicalmente. Para os clientes da EDP Comercial ou de outros fornecedores de eletricidade do mercado liberalizado, regressar ao mercado regulado compensa sempre. Assumindo uma utilização de 40% do consumo no período vazio e os restantes 60% repartidos por igual nos restantes dois horários, a fatura anual no regulado ascenderia a 520 euros, abaixo de qualquer das propostas do mercado liberalizado.

Custo anual na tarifa tri-horária

Fonte: Simulador da ERSE | Considera os cinco tarifários mais baratos no mercado liberalizado, bem como o tarifário regulado; (1) Tarifa transitória de Venda a Clientes Finais. Oferta disponibilizada pela EDP Serviço Universal e Energia Simples; (2) Proposta válida até 31-12-2018; (3) Requer contratação e fatura electrónica. Proposta válida até 31-12-2018; (4) Oferta válida até 31-12-2018; (5) Proposta válida até 31-12-2018.

A poupança seria de 66 euros anuais face ao tarifário mais barato do mercado liberalizado — plano base da jafPlus –, cujo custo anual ascende a 613 euros. Maior ainda seria a poupança de quem deixasse a EDP Comercial para passar ao mercado regulado: 81 euros. O tarifário tri-horário mais económico da EDP Comercial implica uma fatura anual de 628 euros.

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Cavaco Silva em silêncio sobre Rio e recorda quando Portugal era “bom aluno”

  • Lusa
  • 18 Janeiro 2018

Ex-Presidente da República recordou os primeiros dez anos de adesão à CEE. Dias depois das eleições no PSD, evitou falar do novo líder.

Cavaco Silva fez esta quinta-feira um “exercício de memória” sobre os primeiros dez anos de adesão à CEE, quando Portugal foi, disse, “bom aluno”, e evitou falar sobre o novo líder do PSD, Rui Rio, escreve a agência Lusa citada pelo Público.

No início e no fim da conferência, na Sociedade de Geografia de Lisboa, os jornalistas perguntaram o que achou da eleição de Rui Rio para a presidência do PSD, mas Cavaco Silva, primeiro-ministro e líder do partido de 1985 a 1995, sorriu e só disse que nada ia dizer.

“Hoje não vou falar com os senhores [jornalistas] sobre nada”, afirmou, antes de começar a sessão, na Sala Portugal, da centenária Sociedade de Geografia e repetiu quase o mesmo, depois de trocar umas palavras com Pedro Passos Coelho, o ainda presidente do PSD, que assistiu à conferência.

Da conferência de uma hora e dez minutos, Cavaco Silva fez o elogio à opção europeia de Portugal, sem se referir a Mário Soares, o líder histórico do PS que lançou o processo de adesão, ficou a ideia do “grande salto” no desenvolvimento do país, recordando os elogios do antigo presidente da Comissão Europeia Jacques Delors a Portugal, quando dizia que era “um bom aluno”.

Se em 1985, Portugal registava 53% da média europeia no rendimento per capita, recordou, evoluiu para 66% em 1995, o desemprego foi reduzido a 6%, o défice orçamental foi de 1,5%. E foram feitas “reformas estruturais”, como a revisão da lei laboral ou a reforma fiscal, com o IRS e o IRC.

O antigo Presidente da República (2005-2015) recordou reuniões duras, em Bruxelas, para renegociação e duplicação dos fundos comunitários para Portugal ao longo dos anos que foi primeiro-ministro.

Sem nunca falar de atualidade, nem mesmo quando lhe perguntaram da assistência porque deixou o país de crescer ao ritmo daquela década, Cavaco Silvou fez, no fim, uma metáfora a lembrar a tese do “bom aluno”.

“Ao fim de 32 anos de adesão às Comunidades Europeias, os factos já demonstraram que o bom aluno atrai bons ventos e que o mau aluno atrai tempestades”, disse.

Na assistência estavam, além de Pedro Passos Coelho, de Adriano Moreira, presidente honorário da Sociedade de Geografia, vários ex-ministros de Cavaco como João de Deus Pinheiro e Mira Amaral, e o secretário de Estado dos Assuntos Europeus Vítor Martins.

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Wall Street corrige. Queda na Boeing arrasta Dow Jones

As bolsas norte-americanas corrigiram os ganhos registados em sessões anteriores. Depois de uma abertura em máximos, o Dow Jones fechou com perdas, arrastado pela desvalorização das ações da Boeing.

As bolsas norte-americanas fecharam esta quinta-feira no vermelho, numa sessão marcada pela apresentação de resultados pouco satisfatórios por parte de algumas empresas. O setor tecnológico ainda resistiu até bem perto da hora de encerramento de Wall Street, mas os ganhos marginais de algumas gigantes da tecnologia não foram suficientes para puxar o índice para terreno positivo.

Neste contexto, o S&P 500 encerrou a cair 0,16% para 2.798,15 pontos. O tecnológico Nasdaq fechou praticamente inalterado, tendo caído apenas 0,04% para 7.295,5 pontos. Já o industrial Dow Jones, que abriu em máximos históricos, foi o índice que registou a maior desvalorização nesta sessão: recuou 0,36% para 26.021,03 pontos.

A Boeing foi uma das empresas que mais pesou no índice industrial, com o preço das ações da fabricante aeroespacial a derraparem 2,4% para 340,9 dólares. De acordo com a Reuters, também o setor da saúde esteve sob pressão, com quedas expressivas em empresas como a Merck, a J&J e a Pfizer.

“Isto poderá ter sido apenas uma pequena correção, especialmente após os ganhos significativos de ontem, até entrarmos mais a fundo na temporada de apresentações de resultados”, explicou à agência Lindsey Bell, estratega de investimentos da CFRA Research em Nova Iorque.

Nota positiva para as ações do banco Morgan Stanley, que apresentou esta quinta-feira ganhos acima das estimativas dos analistas. A instituição bancária contrasta assim com o Goldman Sachs e o Bank of America, que divulgaram resultados abaixo das estimativas na sessão desta quarta-feira. O Morgan Stanley avançou pela segunda sessão consecutiva, com ganhos de 0,88% para 55,84 dólares.

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