BCP puxa pela bolsa. Energia dá brilho ao PSI-20

A bolsa nacional segue a tendência positiva das restantes praças europeias. Beneficia da subida do BCP numa sessão em que os títulos do setor energético também estão em destaque.

Lisboa está em alta. A praça portuguesa segue a tendência positiva das restantes bolsas europeias, beneficiando do comportamento positivo dos títulos do banco liderado por Miguel Maya. O setor da energia também ajuda à subida.

O índice de referência do mercado português, o PSI-20, arrancou a sessão com uma subida de 0,14% para 5.469 pontos. Com esta subida, acompanha os ganhos de 0,2% a 0,3% registados nos principais mercados do Velho Continente. O Stoxx 600, índice de referência para as praças europeias, segue a ganhar 0,1%.

A ajudar a bolsa nacional a valorizar neste arranque de semana estão, especialmente, os títulos do BCP. As ações do banco somam 0,48% para 25,15 cêntimos, isto depois de a Sonangol ter afirmado que a sua posição no capital da instituição é para manter.

Nota positiva também para as empresas dos setor da energia. A EDP Renováveis destaca-se ao somar 0,68% para 8,84 euros, enquanto a EDP ganha 0,15% para cotar nos 3,408 euros. A Galp Energia, por seu lado, soma 0,2%.

A Jerónimo Martins avança 0,23%, enquanto os CTT — que viram a GreenWood superar os 5% do seu capital — dão também o seu contributo para a valorização do índice com uma valorização de 0,31% para 3,246 euros.

A Semapa e a Navigator arrancaram a sessão em queda, mas estão já a recuperar. Depois da morte de Pedro Queiroz Pereira, os títulos de ambas as empresas cederam, mas estão novamente em terreno positivo, somando 0,87% para 18,58 euros e 0,64% para 4,38 euros, respetivamente.

A impedir uma maior subida da bolsa estão apenas duas cotadas (das 18 do PSI-20): a Corticeira Amorim lidera as quedas ao recuar 1,29% para 10,68 euros, já a Nos recua 0,24%. A operadora está a cotar nos 4,9120 euros.

(Notícia atualizada com mais informação)

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Hoje nas notícias: Aliança, imobiliário e pirotecnia

  • ECO
  • 20 Agosto 2018

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Esta semana começa com boas notícias para o emprego nacional: o número de trabalhadores do setor imobiliário duplicou em três anos. Por falar em imóveis, a Câmara de Lisboa vai receber 11 prédios face à extinção da holding Parque Expo’98. Já no que diz respeito à Saúde, a proposta elaborada pelo Conselho Estratégico Nacional do PSD ameaça desfalcar a equipa de Rui Rio. E ainda na política, Santana Lopes adianta que o Aliança não será “um partido de protesto”. Até quarta-feira é proibido usar fogo-de-artifício e os empresários deste setor não poupam críticas ao Governo.

Emprego no imobiliário duplicou em três anos

O número de portugueses a trabalhar no negócio de compra, venda e arrendamento de imóveis disparou, nos últimos três anos. Segundo dados avançados pelo Instituto Nacional de Estatística, no segundo trimestre deste ano, 35,7 mil pessoas tinham empregos neste setor, quase o dobro do que se registara em igual período de 2015. De abril a junho, o imobiliário registou ainda a maior variação absoluta homóloga desde 2011, ano em que o INE começou a série: o setor somou mais 8,3 mil empregos face ao mesmo período de 2017, o que reflete uma subida de 30%.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Marina e teleférico do Parque das Nações na posse do Estado

Com a extinção da Parque Expo’98, o património da holding vai passar para as mãos do Estado, sendo dividido entre o poder central e local. Nesse sentido, a Câmara de Lisboa irá receber 11 prédios, mas se vender ou alugar esses imóveis terá de dar metade das receitas ao Estado, que fica, por sua vez, com 37 prédios e várias frações situadas na zona do Parque das Nações, bem como com a Marina e com o teleférico.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago).

Saúde provocou ameaças de demissão na equipa de Rio

A proposta para o setor da Saúde elaborada no Conselho Estratégico Nacional do PSD, que dá ao utente a possibilidade de escolher entre o serviço público e o privado, fez tremer o partido de Rui Rio. Alguns social-democratas interpretaram o documento como um passo na direção da privatização do setor, o que levou a ameaças de demissão por parte de dois membros da Comissão Política Nacional. Perante este clima de tensão, a proposta pode nem chegar a ser apresentada no Conselho Nacional do PSD, marcado para dia 12 de setembro.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

“Aliança não será um partido de protesto”

Duas semanas depois de ter formalizado a sua saída do PSD, Santana Lopes revela agora que o nome do seu partido — que será apresentado no início da próxima semana — é Aliança. “O Aliança não será um partido de protesto”, avança o político, prometendo a presença desta nova força política já nas eleições de 2019. Menos impostos e a reforma europeia são algumas das suas bandeiras.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago).

Governo proíbe espetáculos pirotécnicos. Empresas acusam Costa de eleitoralismo

O Governo decretou que, até quarta-feira (data até à qual vigora o alerta vermelho devido ao risco de incêndio em sete distritos), está proibido o uso de fogo de artifício. Em resposta, a Associação Nacional de Empresas de Produtos Explosivos acusa o Executivo de eleitoralismo e diz que o setor está em risco. “Não podemos deixar de demonstrar a nossa indignação perante medidas avulsas que parecem ter uma base ou uma preocupação meramente eleitoralista”, sublinham os empresários em comunicado, salientando a medida é “desprovida de qualquer sentido prático”.

Leia a notícia completa na Rádio Renascença (acesso livre).

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Boom duplica emprego no setor imobiliário

  • ECO
  • 20 Agosto 2018

Havia 35,7 mil empregos no setor imobiliário, no final de junho. É quase o dobro do que se registava no mesmo período de 2015, ano em que o imobiliário começa a despertar depois da crise.

O imobiliário está em alta. Os preços sobem, as transações aumentam, mas o número de pessoas que trabalham na compra, venda e arrendamento de imóveis disparou. Está em máximos de 2011, ano em que a troika chegou a Portugal.

Havia 35,7 mil empregos no setor imobiliário, no final de junho, de acordo com os cálculos do Jornal de Negócios (acesso pago), com base nos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). É quase o dobro do que se registava no mesmo período de 2015.

O jornal sublinha que a pujança do mercado de trabalho neste setor é visível desde esse ano, mas intensificou-se em 2018. No segundo trimestre deste ano, o imobiliário registou a maior variação absoluta homóloga de postos de trabalho desde que a série começou em 2011. O setor somou mais 8,3 mil empregos face ao mesmo período de 2017, disparando mais de 30%.

Há um forte aumento nas profissões que lidam com a compra, venda e arrendamento (apenas longa duração) de bens imobiliários, assim como a mediação e avaliação imobiliária e a administração de imóveis, sejam estes residenciais ou não residenciais. No entanto, os números totais podem ser ainda mais expressivos já que os dados do INE não incluem o alojamento local e a promoção imobiliária.

Apesar do crescimento acelerado, à boleia da escalada dos preços, o Negócios lembra que este continua a ser um setor que pesa muito pouco no mercado de trabalho. É dos que cresce a um ritmo mais elevado (em termos percentuais), mas não chega a 1% do mercado.

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Grécia e Zona Euro celebram hoje fim de oito anos de resgates

  • Lusa
  • 20 Agosto 2018

O país mais atingido pela crise económica e financeira concretiza hoje a saída do seu terceiro programa de assistência, virando assim a página sobre oito anos de resgates.

A Grécia concretiza esta segunda-feira a saída do seu terceiro programa de assistência, numa data histórica para o país e para a Zona Euro, que vira a página sobre oito anos de resgates.

A Grécia, o país europeu mais atingido pela crise económica e financeira, foi o primeiro e último a pedir assistência financeira – e o único “reincidente” –, e a conclusão do seu terceiro programa assinala também o fim do ciclo de resgates a países do euro iniciado em 2010, e que abrangeu também Portugal (2011-2014), Irlanda, Espanha e Chipre.

No passado sábado, o diretor do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), Klaus Regling, congratulou-se com a recuperação da autonomia da Grécia, na saída do último programa de resgate, apontando que o país será “uma história de êxito”.

“Há algum tempo nada faria crer que Portugal, Espanha, Irlanda e Chipre seriam histórias de êxito. Refiro-me sempre a estes países como as nossas quatro histórias de sucesso. Agora poderei incluir a Grécia neste grupo”, seguindo sempre as reformas acordadas, disse, na altura, Klaus Regling ao diário grego News247.

Klaus Regling lembrou ainda a importância de a Grécia continuar as reformas realizadas e concretizar os compromissos firmados com as instituições credoras.

No início de julho, o ministro das Finanças português e presidente do Eurogrupo, Mário Centeno, disse, perante o Parlamento Europeu, em Estrasburgo, poucos dias após o fórum de ministros das Finanças da Zona Euro ter acordado a conclusão do terceiro resgate à Grécia, lançado em agosto de 2015, que “o dia 20 de agosto de 2018 é para marcar no calendário e celebrar”.

O histórico da crise grega e da Zona Euro recua, no entanto, pelo menos, a 2010, altura em que tem lugar a primeira cimeira extraordinária de líderes da UE para discutir o “problema grego”, à luz das revelações de que as autoridades gregas haviam ocultado os verdadeiros dados macroeconómicos do país e manipulado os números do défice público, que era afinal, na altura, de 12,5%, mais do dobro do valor anunciado.

Em maio desse ano, e ultrapassadas as reticências iniciais da Alemanha, é aprovado o primeiro resgate para a Grécia, no valor de 110 mil milhões de euros, naquele que seria o início de uma série de resgates a países da Zona Euro – com participação também do Fundo Monetário Internacional (FMI) –, em plena crise da dívida soberana, incluindo, precisamente um ano depois, em maio de 2011, Portugal.

Em março de 2012 é aprovado um segundo resgate à Grécia, no valor de 130 mil milhões de euros, mas Atenas tarda em conseguir o “ajustamento” das suas contas públicas, e a crise mais profunda tem lugar em 2015, quando o partido de extrema-esquerda Syriza de Alexis Tsipras sobe ao poder e enfrenta os credores, a “‘troika’, nas negociações para a conclusão desse segundo programa de assistência, ficando famoso o confronto entre os então ministros das Finanças grego, Yanis Varoufakis, e alemão, Wolfgang Schäuble.

Numa altura em que Portugal já tinha concluído o seu programa de assistência, Bruxelas conhece então dos momentos mais agitados da sua história, com uma “maratona” de cimeiras extraordinárias, ao nível de ministros das Finanças mas também de chefes de Estado e de Governo, durante as quais chegou a pairar a ameaça de uma “expulsão” da Grécia da Zona Euro.

Finalmente, em agosto de 2015, e já com Varoufakis afastado do governo de Tsipras, é alcançado um acordo entre Atenas e os seus credores para um terceiro e derradeiro programa de assistência (num montante máximo de 86 mil milhões de euros), que chega então agora ao fim, com uma “saída limpa” da Grécia, que continuará todavia a ser alvo de uma vigilância reforçada.

Na sua intervenção em 04 de julho perante o Parlamento Europeu, Centeno, que assumiu a presidência do Eurogrupo em janeiro deste ano, advertiu que as autoridades de Atenas devem imperiosamente prosseguir uma “política orçamental prudente” e reformas estruturais, recordando que haverá lugar a uma “vigilância pós-programa reforçada”.

Esta vigilância reforçada – como missões de três em três meses – não significa todavia que a Grécia continue de alguma forma sob programa, asseverou Centeno: “Deixem-se ser claro: «fora do programa» para a Grécia significa «fora do programa»”, disse, acrescentando que “a Grécia deve participar no euro como qualquer outro país”.

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Reconversão monetária na Venezuela. Agora há duas moedas

  • Lusa
  • 20 Agosto 2018

O salário mínimo mensal dos venezuelanos e os preços dos produtos passam a ser afixados com base no valor do petro, que por sua vez está indexado ao valor do preço internacional do barril de crude.

A Venezuela passa a ter duas novas unidades monetárias, o bolívar soberano e o petro, no âmbito da reconversão monetária que hoje entra em vigor e em virtude da qual o Presidente Nicolás Maduro decretou um dia feriado.

O bolívar soberano (Bs.S, ou VES sigla oficial internacional) surge da reconversão anunciada sexta-feira pelo Presidente Nicolás Maduro e que elimina cinco zeros ao atual bolívar forte (BSF) e compreende papel-moeda de oito valores diferentes: dois, cinco, dez, 20, 50, 100, 200 e 500 Bs.S) e duas moedas metálicas (de 50 centavos e 1 Bs.S).

Por outro lado a cripto moeda venezuelana petro passa a ser de uso contabilístico obrigatório para todas as operações da empresa estatal Petróleos da Venezuela SA e o setor petrolífero, e cujo valor equivale a 3.600 bolívares soberanos.

O salário mínimo mensal dos venezuelanos e os preços dos produtos passam a ser afixados com base no valor do petro, que por sua vez está indexado ao valor do preço internacional do barril de crude e estará assente nas reservas de vários recursos naturais, como o petróleo, ouro, diamantes e gás natural.

Com a reconversão monetária que hoje entra em vigor, a Venezuela realizou nos últimos 20 anos duas operações deste tipo, substituindo ou aumentando as notas que estavam em circulação, nalguns casos introduzindo moedas metálicas.

Decretada pelo falecido líder socialista Hugo Chávez – Presidente entre 1999 e 2013 -, a primeira reconversão teve lugar em janeiro de 2008, altura em que o bolívar perdeu três zeros e foi criado o bolívar forte.

A segunda reconversão foi anunciada por Nicolás Maduro a 22 de março último com data de aplicação a 4 de junho de 2018.

A reconversão, que inicialmente eliminaria somente três zeros ao bolívar forte, foi adiada e hoje entra finalmente em vigor com a introdução do bolívar soberano e a subtração de cinco zeros à moeda até agora em vigor.

A reconversão da moeda faz parte de um contestado novo pacote económico, que o Governo acredita solucionará a crise no país e que passa pelo aumento do salário mínimo dos venezuelanos, uma subida do IVA de 12% para 16% mas com isenção de produtos e medicamentos essenciais.

As alterações contemplam ainda a imposição de um imposto às grandes transações, o aumento do preço dos combustíveis para equiparar a níveis internacionais, um novo sistema de controlo cambial e um programa de “austeridade e zero défice fiscal” cujos pormenores ainda não foram anunciados.

O Fundo Monetário Internacional prevê que a Venezuela terminará 2018 com uma inflação anual acumulada de 1.000.000%.

A falta de segurança, os baixos salários, os altos preços e a escassez de produtos e medicamentos têm levado dezenas de milhares de venezuelanos a emigrar para outros países, designadamente os vizinhos Brasil e Colômbia, mas também para o Peru e Equador.

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5 coisas que vão marcar o dia

No dia em que termina o programa de resgate à Grécia, o INE mostra o estado da economia portuguesa atual e o mercado reage ao stress vindo da Turquia.

A Grécia sai do seu último programa de resgate e a Venezuela tenta salvar a sua moeda no meio de uma crise contínua de hiperinflação. Em Portugal, o INE mostra a conjuntura económica, e na Europa é o Eurostat que conta a história das despesas de turismo dos europeus. Nos mercados, há que estar atento à crise da lira turca, que continuou na sexta-feira a inspirar desconfiança aos investidores.

Fim do terceiro resgate à Grécia

Três mil dias, três resgates e 300 mil milhões de euros depois, chega ao fim o resgate financeiro à Grécia. Esta segunda-feira, marca o fim do terceiro resgate à economia helénica, oito anos após a primeira ajuda financeira internacional prestada pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional. A partir deste dia 20 de agosto, Atenas tem de caminhar pelos próprios pés e garantir sozinha o financiamento junto dos mercados.

Como vai o nervosismo dos mercados?

Na sexta-feira, e após um dia de acalmia, o nervosismo voltou a imperar nos mercados. Os investidores voltaram a estar de olho em mais possíveis agitações nos mercados emergentes, num dia em que a lira turca voltou a afundar mais de 4% e os principais mercados também mergulharam após mais uma recusa por parte da Turquia do pedido de libertação de um pastor cristão norte-americano. Irão os receios dos investidores ter continuidade nesta segunda-feira e ditar novas perdas nos mercados?

Como se sentem os consumidores? E os investidores?

Com a Síntese Económica de Conjuntura, a ser publicada esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), será possível ter uma imagem de conjunto do panorama económico português, permitindo perceber “as tendências do crescimento da procura, da produção, do rendimento e dos preços”. Na última publicação, referente a junho, era assinalável que tanto a confiança dos consumidores como o sentimento económico tinham diminuído na Zona Euro. O INE dá agora a conhecer os valores do mês de julho.

As despesas do turismo na União Europeia

Como é que os europeus gastam o seu dinheiro quando viajam, e quais são os países que mais beneficiam? Como parte das suas estatísticas relativas ao turismo, o Eurostat revela as Despesas no Turismo, que permitem perceber a despesa dos residentes durante as suas viagens. É possível assim perceber não só os principais destinos mas também que europeus preferem quais países. Portugal continuará “na moda”?

Venezuela tenta reabilitar o bolívar

A Venezuela volta esta segunda-feira a tentar reformar a sua moeda, o bolívar, para procurar resistir à crise que se vem instalando no país com mais força há quatro anos. Este ano prevê-se que a inflação atinja os 1.000.000%. O novo bolívar, que substituirá o bolívar forte, tem menos cinco zeros, e é apelidado de bolívar soberano. O Presidente venezuelano Nicolás Maduro indicou que esta medida servirá para mostrar maior disciplina orçamental, interrompendo a impressão excessiva de dinheiro que tem marcado a política monetária do país. Falta saber se a medida terá impacto na hiperinflação no país.

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Grécia: 3.000 dias, três resgates e 300 mil milhões depois. À terceira será de vez?

Termina hoje o calvário grego. Oito anos depois do primeiro pedido de ajuda, a Grécia volta mandar nos seus destinos. Economia está a recuperar, mas dívida deixa Atenas e investidores em alerta.

“Estamos diante de uma nova Odisseia”. A 23 de abril de 2010, George Papandreou anunciava que a Grécia não tinha resistido à pressão dos mercados e não restava outra alternativa senão pedir ajuda financeira internacional à União Europeia e ao Fundo Monetário Internacional (FMI), atirando o país para a incerteza. O então primeiro-ministro grego falava a partir da ilha de Kastellorizo. Mais de 3.000 dias, três regastes e 300 mil milhões de euros depois, há esta segunda-feira uma cerimónia simbólica naquela ilha pitoresca ao largo da costa turca para celebrar o fim de uma crise sem precedentes na democracia mais antiga do mundo que deixou a Zona Euro à beira do colapso. Findo o terceiro resgate, os gregos passam a andar pelo seu próprio pé a partir de hoje.

Apesar das celebrações, avizinham-se tempos desafiantes em Atenas. A economia está a crescer após um longo período de recessão e o Governo de Alexis Tsipras consegue apresentar excedentes orçamentais que têm contido a escalada da dívida pública acima dos 180% do Produto Interno Bruto (PIB). Mas o endividamento público continua tão elevado que deixa o país sem grande margem de manobra. Assim como continua elevado o desemprego: um em cada cinco gregos está sem emprego, o maior dos flagelos sociais que a Grécia herda dos resgates.

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Longe da contestação nas ruas de outros tempos, a Grécia prepara-se agora para uma transição pós-programas suave, assim esperam os economistas do Commerzbank. Mas não se vai livrar de perigos no futuro.

Para já, os investidores parecem novamente dispostos a emprestar dinheiro ao país a um preço aceitável. Os juros gregos na maturidade a 10 anos rondam os 4,322%, bem longe dos 40% observados em 2012, aquando do perdão de dívida à Grécia no valor de mais de 100 mil milhões de euros envolvendo apenas os investidores privados, bancos portugueses incluídos.

Por outro lado, a tranche final de 15 mil milhões de euros vai permitir ao Governo dispor de uma almofada financeira relativamente confortável, de cerca de 20 mil milhões de euros. “Será o suficiente para fazer face ao serviço da dívida até meados de 2020”, estima o banco alemão.

Ainda assim, os próximos anos vão ser um verdadeiro teste à capacidade do país. Para o pós-resgate, a Grécia comprometeu-se a produzir excedentes primários de 3,5% do PIB até 2022, um feito alcançado por poucos países nas últimas cinco décadas. Até 2060, terá de apresentar excedentes de 2,2% até 2060. Demasiada ambição?

“Não é apenas do FMI que considera esta meta irrealista. Também agências de rating duvidam que a Grécia seja capaz de pagar a sua dívida numa perspetiva de longo prazo”, nota o Commerzbank.

Em 2011, gregos manifestavam-se contra as primeiras medidas de austeridade no país no âmbito da assistência internacional.Simela Pantzartze/EPA 21 junho 2011

“Último ato do drama”

Reclamar novamente a soberania do país será o “último ato do drama” para a Grécia, sublinhava Atenas, após a última tranche da ajuda ter obtido luz verde dos parceiros europeus. “Agora podemos virar para uma nova página de progresso, justiça e crescimento”, frisava ainda.

Para trás fica uma economia que contraiu 26% durante os últimos anos e as perspetivas apontam agora para um crescimento de 2% este ano e 2,4% no próximo, o suficiente para a União Europeia falar numa história de sucesso. “Sem a ajuda europeia, a Grécia teria colapsado e iria estar num profundo caos político e económico durante décadas”, assinalou o comissário para os Assuntos Económicos e Financeiros, Pierre Moscovici, num artigo de opinião num jornal alemão.

Na verdade, o fim do resgate a Atenas significa também o fim uma das maiores crises financeiras no Velho Continente. Desde 2010, mais quatro países além da Grécia sucumbiram ao aperto dos investidores, no que ficará na história como as crises das dívidas soberanas na Zona Euro. A Irlanda, Portugal, Espanha e Chipre também pediram ajuda financeira internacional, embora cada pacote de assistência tivesse particularidades e impactos diferentes em cada país. Se no caso irlandês, espanhol e cipriota o que estava em causa era sobretudo sobrevivência dos bancos, a situação portuguesa comparava-se mais à tragédia grega. Por várias vezes ouvimos os responsáveis portugueses dizerem que “Portugal não é a Grécia”. Por alguma razão.

Foi também durante este período que mais se especulou sobre a continuidade do projeto da moeda única como o conhecemos desde sempre. A crise levou Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu (BCE), a proferir as famosas palavras de redenção: “Dentro do nosso mandato, o BCE está pronto a fazer tudo o que for preciso para preservar o euro. E, acreditem em mim, será suficiente”. Foi num discurso em Londres, a 26 de julho de 2012, que o italiano começou a reescrever a história na Zona Euro. Uma história que teve sobretudo epicentro em Atenas.

Tal como em Portugal, também na Grécia a palavra troika entrou depressa no vocabulário da população, mas não pelas melhores razões. Rapidamente os credores oficiais passaram a ser o inimigo comum de várias franjas da sociedade.

Por várias vezes, os gregos manifestaram-se nas ruas contra as medidas de austeridade, incluindo cortes nos rendimentos e aumento dos impostos, com greves, protestos e violência à mistura. Os momentos de tensão com a polícia colocaram a praça Syntagma, em Atenas, nos jornais e televisões de todo o mundo.

“Keep calm and go to hell”: assim era recebida a troika em Atenas, num cartaz de um grego durante o discurso Alexis Tsipras, após a vitória nas eleições de janeiro de 2015.Orestis Panagioutou/EPA 25 janeiro 2015

Num momento de grande convulsão social, o Syriza ascendeu ao poder em janeiro de 2015, conquistando a maioria no Parlamento grego, com a promessa de fazer finca-pé às exigências da Europa e virar a página da austeridade. Uma luta que cá em Portugal se sentiu de forma particular. Foi pelo apoio incondicional da União Europeia à Grécia que o ministro das Finanças Yannis Varoufakis batalhou em Bruxelas, emergindo como um dos protagonistas do movimento anti-austeridade. O economista grego travou acesos combates com os seus pares europeus, sobretudo com o alemão Wolfgang Schäuble e o então presidente do Eurogrupo Jeroen Dijsselbloem, em intermináveis reuniões noturnas em Bruxelas.

Conforme o próprio relatou no seu blogue sobre um desses encontros: “A reunião do Eurogrupo de 27 de junho de 2015 não ficará gravada na história da Europa como um momento de orgulho. (…) A própria ideia de um governo consultar o seu povo sobre uma proposta problemática apresentada pelas instituições era tratada com incompreensão e muitas vezes com desdém, perto do desprezo. Eu fui questionado: ‘Como espera que pessoas comuns entendam estas questões complexas?’. De facto, a democracia não teve um bom dia na reunião do Eurogrupo de ontem“.

O impasse em Bruxelas a propósito de uma nova ajuda à Grécia deixou novamente o país numa situação limite em julho de 2015. O Governo quis auscultar a população sobre as condições que vinham associadas ao novo empréstimo. Quando foram às urnas, os gregos foram claros e disseram ‘não’ no referendo, intensificando a crise na Zona Euro. Tudo se precipitou. Na iminência de o Estado entrar em falência e de o país abandonar a moeda única, o Governo apresentou a sua demissão, convocou eleições antecipadas. Tsipras voltaria a sair vitorioso com nova maioria. Legitimado, aceitou as condições do novo resgate. Para Varoufakis, já dispensado do novo elenco governativo, foi a “legalização da capitulação” da Grécia.

Com eleições agendadas para setembro do próximo ano, Tsipras já não granjeia tanta popularidade como quando foi eleito pela primeira vez, com a melhoria da economia ainda longe de se refletir na vida de muitos gregos.

As sondagens colocam o Syriza com uma desvantagem de dez pontos face aos conservadores da Nova Democracia e o partido vai querer recuperar terreno político acenando com a bandeira do fim da presença da troika em Atenas. Há quem veja, por isso, um Governo muito menos disposto a reformar a partir de agora. E mais dificuldades para a Grécia se manter num rumo estável.

Alexis Tsipras e Yannis Varoufakis, primeiro-ministros e ministro das Finanças da Grécia: a dupla não permaneceu muito tempo no Governo, após braço-de-ferro com parceiros europeus em julho de 2015.Orestis Panagiotou/EPA

Sobretudo num momento em que Itália parece encaminhar-se para o olho do furacão dos mercados. A Economist escrevia há dias que uma “crise em Itália, uma economia muito maior e com um pesado fardo da dívida, seria um teste severo e, atravessando-se na miséria da Grécia, fatal” para os gregos.

O Commerzbank alerta para as “fundações instáveis” que suportam a retoma económica helénica, estimulada sobretudo pela procura externa, para os quais contribuíram fatores como o boom do turismo, a depreciação do euro (que fomentou a competitividade das exportações dos Estados-membros) e empresas muito mais orientadas para as exportações, num ajustamento em tudo semelhante com o português. “Contudo, o estímulo do comércio internacional vai possivelmente diminuir”, avisa o banco alemão.

“Outro risco é a evolução das taxas de juro”, acrescentam os analistas do banco. “Se subirem significativamente, o fardo com juros vai crescer bastante no longo prazo. Cerca de metade da dívida grega tem taxa de juro variável. Esta foi uma das razões pelas quais os ministros das Finanças vão examinar a necessidade de um novo alívio na dívida para assegurar a sua sustentabilidade”, destacam. E de um novo resgate, se à terceira ainda não for de vez.

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Queiroz Pereira morreu no iate em Ibiza

  • ECO
  • 19 Agosto 2018

Diário de Ibiza revela que Pedro Queiroz Pereira faleceu no iate em Ibiza, onde estava a passar férias. na sequência de um ataque cardíaco. Por imposição legal, polícia investiga caso.

O empresário Pedro Queiroz Pereira morreu no sábado, por volta das 23h15, no seu iate, estacionado em Ibiza, na sequência de um ataque cardíaco fulminante, revelou esta tarde o Diario de Ibiza. Segundo aquele jornal, a polícia espanhola abriu um processo de investigação por imposição legal.

O empresário e líder do grupo Semapa, que controla a Navigator e a Secil, entre outras empresas, terá caído num lance de escadas no seu iate, uma embarcação “com mais de 30 metros” atracada numa zona conhecida como “o martelo”, área da marina Ibiza Magna que fica mesmo em frente ao monumento que homenageia os corsários que frequentavam a ilha.

Marcelo Rebelo de Sousa já veio lamentar a morte de Pedro Queiroz Pereira. “O Presidente Marcelo Rebelo de Sousa apresenta suas sentidas condolências à família de Pedro Queiroz Pereira, lamentando o prematuro desaparecimento desse grande industrial português“, lê-se numa nota publicada no site da Presidência.

No ranking publicado em julho pela revista Forbes, PQP, como era conhecido, aparecia como o quinto na lista das maiores fortunas em Portugal, avaliada em 1.129 milhões de euros. Segundo a revista Exame, era detentor de uma fortuna avaliada em 779 milhões de euros (em conjunto com a mãe), o que fazia dele o sétimo mais rico do país.

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Marques Mendes revela que Governo prepara nova descida de IRS em 2019

O último orçamento da legislatura está a ser desenhado para uma vitória nas eleições. Com descida de IRS, aumento de pensões e aumentos dos salários na Função Pública.

O governo já decidiu politicamente uma redução do IRS no Orçamento do Estado de 2019, revelou Luís Marques Mendes no seu comentário semanal na SIC. O comentador adiantou as prioridades de António Costa para o ano de eleições e, no contexto de um orçamento que considera que será eleitoralista, uma delas é a área fiscal, mas avançou que o governo está ainda a fazer contas. As outras são a função pública, com um aumento salarial , aumentos das pensões acima do que é definido na lei, além da descida do IVA na eletricidade e uma nova taxa sobre as renováveis.

Vêm aí as negociações do Orçamento do Estado para 2019, o último de legislatura, que será apresentado até ao dia 15 de outubro, e Marques Mendes revelou que “há pelo menos cinco prioridades já definidas que têm muito a ver com a vida dos portugueses”. “O Governo vai dar uma grande importância ao aumento das reformas”, antecipou Mendes, “em duas direções”. Um aumento decorrente da aplicação da lei, que apanha cerca de dois terços dos pensionistas, até 857 euros. De quanto? De 0,5%. E um segundo aumento, por decisão política, cujos números ainda não estão fechados.

Além disto, Mendes salientou que “vai haver um alívio fiscal em sede de IRS, e está agora a fazer contas”. De resto, na linha do que já foi decidido em 2018.

A terceira prioriodade, diz Mendes, será na energia, com duas deciões. Por um lado, com uma descida do IVA na eletricidade, e o comentador da SIC antecipa uma redução para 13%. Além disso, regressará a ideia de uma taxa sobre as renováveis, que chegou a ser discutida com o BE no orçamento de 2018, mas acabou por cair. Agora, será recuperada em modes diferentes, mas com o mesmo universo a atingir.

Marques Mendes revela, ainda, que o governo vai voltar a pôr o investimento público como uma prioridade, depois de o ter anunciado nos orçamentos anteriores, mas com resultados finais limitados por causa das cativações. Aqui, as prioridades serão a saúde, a ciência e a cultura. Precisamente as áreas mais sob pressão política.

Finalmente, a quinta orientação será a função Pública, com novas contratações e, sobretudo com aumentos salariais, negociação que decorre neste momento com o BE e o PCP. Neste contexto, Mendes reconhece que as negociações com os professores são um “berbicacho” para o governo e para o PS. “Sem a ajuda dos professores, vai ser difícil ter maioria absoluta”.

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Pedro Queiroz Pereira: Santana Lopes recorda empresário de “visão cosmopolita”

  • Lusa
  • 19 Agosto 2018

O político Santana Lopes recordou hoje Pedro Queiroz Pereira, que faleceu aos 69 anos, como um empresário de “visão cosmopolita” que “acrescentou valor” à economia portuguesa.

“Enquanto empresário de visão cosmopolita, acrescentou valor à economia portuguesa, criou emprego e contribuiu largamente para os resultados positivos das exportações nacionais”, disse Santana Lopes numa nota enviada à comunicação social.

Para o antigo primeiro-ministro, a morte de Queiroz Pereira junta-se à de outros “nomes cimeiros” da economia nacional, o que “deve estimular” o Estado, a iniciativa privada e a economia social a “honrar as suas obras, fazendo com que se crie mais riqueza nacional para distribuir com mais justiça social”.

Santana Lopes frisou ainda que aquilo que o empresário construiu “perdurará” muito além de hoje.

“Expresso muito pesar por tão grande perda”, concluiu.

O empresário Pedro Queiroz Pereira, um dos mais importantes de Portugal, dono da Navigator (antiga Portucel) e da cimenteira Secil morreu este sábado, aos 69 anos, noticiou hoje a edição ‘online’ do Expresso.

Segundo a revista Exame, era detentor de uma fortuna avaliada em 779 milhões de euros (em conjunto com a mãe), o que fazia dele o sétimo mais rico do país.

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Qual é a maior empresa exportadora em Portugal?

Quando a maior exportadora trava a produção por algum motivo, a economia abranda. Por isso, tem um papel decisivo para a evolução do PIB.

Sempre que se fala em pôr a economia a crescer fala-se também em pôr as empresas a exportar. E daí até pensar quem são as empresas que mais podem contribuir para este objetivo vai um saltinho. Os nomes que aparecem no ranking das empresas que mais vendem para o exterior são bem conhecidos. Mas o que têm estas empresas de especial? E qual delas é a líder das exportadoras?

Em 2017, foi a Galp que ocupou a primeira posição na lista das maiores exportadoras. Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que a petrolífera era também a líder das exportadoras no ano anterior. O INE não revela qual o valor exportado pela empresa e a companhia liderada por Carlos Gomes da Silva também não. Fonte oficial da petrolífera adianta apenas que em cada um destes dois anos a empresa vendeu para fora do país cerca de 7,7 milhões de toneladas de produtos.

E o que significa isto de ser a maior exportadora? Significa, por exemplo, que já houve momentos em que paragens de produção na petrolífera mostraram uma economia com sinais de constipação. Em novembro de 2016, quando o INE revelou os dados do terceiro trimestre desse ano, os economistas mostraram-se agradavelmente surpreendidos, recordando que nos trimestres anteriores a economia tinha tido penalizada por paragens na refinaria de Sines.

Por outro lado, se a Galp lidera a lista das maiores exportadoras, ocupa também a lista das maiores importadoras, o que reduz assim o contributo da empresa para as exportações líquidas das importações — um indicador bem melhor quando é preciso aferir o contributo de uma empresa para as exportações.

Em 2017, e ainda segundo os dados do INE do ranking das maiores exportadoras, em segundo lugar ficou a Autoeuropa e em terceiro a Navigator. Um ano antes, a empresa que produz automóveis e a papeleira tinham papéis contrários na tabela das 10 maiores exportadoras.

Fonte: INE

 

Os dados oficiais que existem em Portugal para avaliar quem são as maiores exportadoras permitem apenas aferir a exportação de bens. No entanto, para medir a evolução do total de exportações é preciso ter em conta também os serviços que são prestados ao exterior.

No ano passado, segundo contas do Banco de Portugal, que têm em consideração as exportações de bens e serviços, as vendas para o exterior representaram 43,1% do PIB. O Governo tem como objetivo que estas cheguem a 50% do PIB até 2025. O secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, olha para este número como uma espécie de barreira psicológica para não pôr em causa a competitividade da economia nacional.

Nos últimos anos, a evolução das exportações foi assinalável, surpreendendo até o Banco de Portugal, que calcula que as vendas para o exterior ascenderão em 2020 “a um nível 70% superior ao observado antes da crise financeira internacional, sendo que as exportações de turismo mais que duplicam”.

Apesar disso, as exportações estão a perder gás. As contas do Governo indicam que as vendas para o exterior devem crescer este ano 6,3%, um abrandamento face aos 7,8% verificados em 2017. O Executivo acredita que o crescimento do PIB este ano, previsto para 2,3%, deverá resultar do contributo de 2,5 pontos percentuais da procura interna, ao passo que a procura externa líquida dará um contributo negativo de duas décimas.

Quanto custa produzir uma bola de Berlim? Os portugueses bebem muita cerveja? Quanto ganha um motorista da Uber? E um presidente de junta? A quem é que Portugal deve mais dinheiro? 31 dias e 31 perguntas. Durante o verão, o ECO preparou a “Sabia que…”, uma rubrica diária para dar 31 respostas.

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Ricciardi lembra “homem criador de riqueza e emprego”

  • Lusa
  • 19 Agosto 2018

O antigo banqueiro José Maria Ricciardi lembrou Pedro Queiroz Pereira, que morreu hoje aos 69 anos, como um “homem criador de riqueza e de emprego”, bem como um “adepto do ‘fair-play’”.

“Queremos hoje saudar um homem criador de riqueza e de emprego, um amante do desporto, um homem atento à nossa comunidade”, disse José Maria Ricciardi, que foi presidente do Haitong Bank (ex-BES Investimento), numa mensagem escrita enviada à Lusa.

Segundo Ricciardi, Pedro Queiroz Pereira foi “um grande adepto do ‘fair-play’ em todas as circunstâncias”, bem como “um homem sério, um grande empresário português [e] um grande amigo”.

O empresário Pedro Queiroz Pereira, um dos mais importantes de Portugal, dono da Navigator (antiga Portucel) e da cimenteira Secil morreu este sábado, aos 69 anos, noticiou hoje a edição ‘online’ do Expresso.

Segundo a revista Exame, era detentor de uma fortuna avaliada em 779 milhões de euros (em conjunto com a mãe), o que fazia dele o sétimo mais rico do país.

Pedro Queiroz Pereira era acionista maioritário do grupo Semapa, proprietário da Navigator, mas também da cimenteira Secil e de negócios na área do ambiente e da energia.

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